quarta-feira, janeiro 30, 2013

Com companhias destas ao almoço, o melhor é passar fome

Azares do destino colocaram-me hoje junto de três tiazorras, daquelas que um gajo só tem vontade de lhes mandar um pontapé naquelas cabeçorras, três tiazorras, dizia eu, que só falavam das suas aventuras no ginásio. "Ah ah ah, veja lá, uma vez sofri um desmaio depois de vir da sauna, ah ah ah, que chiquérrimo", dizia uma. "Ah ah ah, então ó minha amiga, sei lá, pois eu nunca faço sauna, prefiro banho turco, ah ah ah", dizia outra. "Ah ah ah, eu houve um dia em que dia tropeçando a fazer stepping, ah ah ah", dizia a terceira. E mais isto, e mais aquilo, e nhé nhé nhé nisto, e renhó renhó renhó naquilo...

E eu com cara de parvo a comer o meu tofu com arroz à pressa, tanta pressa que fiquei com alguns bagos colados às calças, junto da braguilha, é dizer, da picha. Devo dizer que foi das refeições que mais me custaram na vida, e nada tem isto a ver com o preço, o qual é até muito em conta. Mas nada compensa ter de aturar canalhada desta estirpe. Preferia ter como comensais, ora deixa cá ver, gente manhosa como um Miguel Relvas, um Reinaldo Teles, um Al Capone, mesmo em decomposição. De certezinha que teriam diálogos menos indutores de vazio existencial. 

Não há pachorra para as tias, livra!

(ah, e já comi os bagos de arroz que trazia colados às calças. Fora daquele ambiente execrável, até nem souberam mal)

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