Junto do meu local de trabalho, pintaram numa paragem de autocarro um A anarca, aquele A cujos vértices extravasam os limites de um círculo, a tinta verde. Normalmente, este A só vem pintado a duas cores, as cores da bandeira anarca, as cores do AC Milan, as cores do mais famoso romance do Stendhal, as cores do Odivelas FC: ou a vermelho, ou a negro. Mas aquele era a verde, e tive de parar por um bocadinho para me certificar do facto. Examinei bem o A, como se eu estivesse num museu a ver uma qualquer obra-prima. Era mesmo um A. Num círculo. Não havia hipótese de não ser o A anarca. E estava mesmo pintado a verde.
Quase me vieram as lágrimas aos olhos, para espanto de uma velhota que aguardava pelo autocarro que a levasse ao sítio onde as velhotas vão, sítio que eu desconheço por não ser uma velhota. Um A anarca pintado a verde... isso só pode significar que há anarquistas sportinguistas aqui e agora. E que eu não sou o único.
Claro que pode haver uma outra explicação. Bem mais simples. A tinta vermelha e a tinta preta podiam estar esgotadas. Ou a tinta verde ser mais barata. E anarca que é anarca não tem guito, portanto...
Mas não me lixem o emotivismo. Para mim, aquilo foi pintado por anarcas sportinguistas. E crer nisso dá-me alento e faz-me esperar por um mundo melhor.
Quase me vieram as lágrimas aos olhos, para espanto de uma velhota que aguardava pelo autocarro que a levasse ao sítio onde as velhotas vão, sítio que eu desconheço por não ser uma velhota. Um A anarca pintado a verde... isso só pode significar que há anarquistas sportinguistas aqui e agora. E que eu não sou o único.
Claro que pode haver uma outra explicação. Bem mais simples. A tinta vermelha e a tinta preta podiam estar esgotadas. Ou a tinta verde ser mais barata. E anarca que é anarca não tem guito, portanto...
Mas não me lixem o emotivismo. Para mim, aquilo foi pintado por anarcas sportinguistas. E crer nisso dá-me alento e faz-me esperar por um mundo melhor.
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