Se há algo que ultimamente me vem irritando de uma maneira solene, é a esquizofrenia dos portugueses em relação a José Saramago. Como sabem, o prémio Nobel nunca foi propriamente uma figura unanimemente respeitada, bem pelo contrário; porém, nos últimos anos, tem-se assistido a uma constante atitude de desprezo, injúria e desrespeito para com o homem. Acrescento até que alguns dos insultos a ele dirigidos são dignos de ser proferidos contra Luís Filipe Vieira ou Pinto da Costa, o que é algo deveras ofensivo em se tratando de um homem das letras. Por esse motivo, aqui ficam o meu protesto contra essa gentalha e a minha apologia do autor de O Evangelho Segundo Jesus Cristo.
Não batam mais no homem! Cessem os vossos vitupérios de crianças em idade pré-escolar. Não atentem contra o bom nome da literatura portuguesa, o que quer que isso seja. Saramago pode estar velho e acabado, pode ser um comunista jarreta (pleonasmo?), pode escrever frases intermináveis, pode perturbar com os seus temas politicamente incorrectos e fracturantes, como se fosse uma Ana Drago com geriatria, pode chatear constantemente a malta de direita (esperem, isto é uma qualidade!…), pode até preferir Espanha a Portugal (chamem-lhe parvo!…), pode estar vendido aos interesses dos livreiros, pode ser um nabo do caraças e pode até mesmo escrever artigos bacocos, pode ser tudo isso, mas uma coisa ele ainda não é: um canalha asséptico que repete sempre e sempre os mesmos livros, mas com mais páginas e uma escrita ainda mais baralhada. Se alguém pensou em António Lobo Antunes (que também muito admiro), juro que não fui eu!
Parem, pois, de maldizer o Saramago. Parem de bater em mortos. E lembrem-se sempre deste aforismo:
“Saramago pode ter muitos defeitos, mas possui um prémio Nobel. Os restantes escritores portugueses têm apenas defeitos”
Não batam mais no homem! Cessem os vossos vitupérios de crianças em idade pré-escolar. Não atentem contra o bom nome da literatura portuguesa, o que quer que isso seja. Saramago pode estar velho e acabado, pode ser um comunista jarreta (pleonasmo?), pode escrever frases intermináveis, pode perturbar com os seus temas politicamente incorrectos e fracturantes, como se fosse uma Ana Drago com geriatria, pode chatear constantemente a malta de direita (esperem, isto é uma qualidade!…), pode até preferir Espanha a Portugal (chamem-lhe parvo!…), pode estar vendido aos interesses dos livreiros, pode ser um nabo do caraças e pode até mesmo escrever artigos bacocos, pode ser tudo isso, mas uma coisa ele ainda não é: um canalha asséptico que repete sempre e sempre os mesmos livros, mas com mais páginas e uma escrita ainda mais baralhada. Se alguém pensou em António Lobo Antunes (que também muito admiro), juro que não fui eu!
Parem, pois, de maldizer o Saramago. Parem de bater em mortos. E lembrem-se sempre deste aforismo:
“Saramago pode ter muitos defeitos, mas possui um prémio Nobel. Os restantes escritores portugueses têm apenas defeitos”
Tanis
3 comentários:
Este recado não é para mim! Não tenho nada contra o senhor!
Eu até aprecio o tipo de escrita não que tenha lido muita coisa dele, mas o que li gostei!
eu até goso de Saramago já que devido à falta de pontuação é um daqueles livros que se TEM de ler de uma assentada.
No final confesso que me falta fôlego mas fora isso é na boa!
:P
e o resto são cantigas
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