segunda-feira, março 03, 2008

Uma Declaração Pública de AMOR!


Minha querida... estivemos afastados durante tanto tempo... Demasiado tempo... Passou quase um ano desde a última vez, recordas-te, minha paixão? Eu recordo-me... desde então, ansiava loucamente por ti, desejava voltar a acariciar essa tua forma perfeita, redonda esfera do prazer, sonhava estar contigo... Oh, como eu sofri, amor meu! Mas ontem, oh, ontem, sim, ontem voltámos a estar juntos, e eu quase não queria acreditar! Lágrimas desciam pelo meu rosto emocionado, o meu coração aumentava de ritmo, as pernas tremiam-me; por um momento, julguei desfalecer, e só não o fiz porque a minha vontade de te ter foi mais forte: queria tocar-te, queria agarrar-te, queria - acima de tudo - aplicar o meu potente e vigoroso remate de pé esquerdo em ti e fazer-te, como sempre, voar!
Outros estavam perto de nós, mas nenhum deles te amava nem ama como eu. Esqueci-os, portanto, e dirigi-me, decidido, para ti. Peguei-te nos meus braços, olhei para a tua face murcha, pedi carinhosamente uma bomba e enchi-te, minha deusa, enchi-te de tal maneira que pareceste renascer, e eu renasci contigo. E não mais te larguei: corri contigo, driblei contigo, fingi que te levava para um lado quando, na verdade, te conduzia para o outro, e pontapeei-te, pontapeei-te inapelavelmente. E tu adoraste, meu doce! A maneira como rolavas, lânguida e insinuante, denunciava os teus sentimentos por mim e despertava inveja em todas as outras bolas que por ali perto brincavam. Mas nenhuma era como tu, nenhuma! Tu és especial, uma coisa minha e só minha, que não partilho com mais ninguém, apesar dos insistentes apelos de "Passa, Tanis, passa", "Dá a bola, fuço de merda", "Cabrão, pára com essas fintinhas". Ontem, o dia era só nosso, nenhuma outra pessoa poderia meter-se no meio.
E, confesso-te, foste magnífica! Foste brilhante! E eu também, apesar de ter levado cacetada de criar bicho! Mas por ti aguentei tudo e aguentaria novamente. Por ti, e só por ti, minha adorada, meu amor, minha louca paixão.
Aguardo agora, em desespero, a próxima vez. Não podemos estar afastados por muito tempo. O nosso destino é ficarmos juntos, como ontem. Juntos e felizes para sempre, minha redondinha. Até que o cabrão do árbitro apite para o final do jogo!

Tanis

1 comentário:

Ilda disse...

Que grande declaração de amor sim senhora! Pena é as dorzitas no corpo... mas quem corre por gosto não cansa não é o que diz a sabedoria popular!