segunda-feira, junho 30, 2008

Mas, afinal, que raios tem o José Mourinho que os outros não têm?!

A Espanha sagrou-se ontem campeã europeia de futebol. Falando com total honestidade, jamais equacionei a hipóteses dos peropomperos aqui do lado vencerem o Euro 2008. Julgava, até, ser mais difícil a Espanha sair vitoriosa do que Portugal. E não era só eu: mesmo os espanhóis estavam muito cépticos relativamente à sua selecção, como aliás vem sendo hábito: o descrédito de nuestros hermanos face à selecção de todos eles é - ou melhor, vinha sendo - insuperável, e ultrapassa mesmo o torcer de nariz dos adeptos sportinguistas quando lhes dizem que o clube ganhará, um dia, a Champions League (eu, que sou sportinguista, acredito tanto nisso quanto na possibilidade de Alberto João Jardim possuir um cérebro...).
Se eu e outros não ligávamos, antes do início do Euro 2008, à selecção espanhola, e muito menos equacionávamos que ela viesse a conquistar o ceptro, tal deve-se ao seguinte: os espanhóis só são bons em duas coisas, a saber, levar cornadas de touros e apanhar porrada de padeiras. Mais nada! Os espanhóis só são bem sucedidos nestas duas actividades, o resto é o resto. Futebol de selecções, então, não é com eles, e a prová-lo estão os títulos conquistados até antes de ontem: apenas um, também europeu, não obstante os espanhóis contarem com alguns dos melhores jogadores do mundo, e isto desde sempre.
O que eu quero dizer é: nada, absolutamente nada, apontava para que a selecção espanhola pudesse sagrar-se campeã europeia. E ninguém, absolutamente ninguém, acreditava no sucesso dos batedores de castanholas. Ninguém, excepto uma pessoa... o special one (agora, lo speziale) José Mourinho! Cerca de duas semanas antes do início do torneio, o arrogante treinador, quando questionado sobre qual a selecção com melhores possibilidades de vitória, declarou simplesmente "Espanha". Eu, é claro, fartei-me de rir, e julguei até que o setubalense estava a sofrer de jet lag, e portanto havia lançado o primeiro nome que lhe viera à cabeça, mas agora já não me rio... O tipo acertou mesmo na mosca, e isso irrita-me profundamente!
Porquê? Bom, porque jogadores havia melhores do que o Mourinho quando ele jogava (eu, por exemplo), comentadores há que são melhores do que ele (eu, por exemplo) e também existem treinadores que lhe dão um abafo (eu, por exemplo)! Mas, apesar disso, os prognósticos dele saem sempre correctos e os meus nem sequer dão para ganhar 5 euros quando jogo no Totobola! Que sabe ele que eu, e outros, não sabemos? O que levou Mourinho a garantir, com tanta certeza, que a Espanha - a Espanha, minha gente! - seria campeã?
Só há uma leitura possível: Mourinho tem um pacto com o demónio. Qual Fausto do futebol, Mourinho vendeu a sua alma em troca de conhecimento, e é por isso que ele acerta e os outros não, apesar de esses outros serem mais competentes, mais trabalhadores e mais inteligentes. E vejam bem como isto faz sentido: com quem Mourinho, durante a sua ascensão, esteve associado? Com os acólitos do mafarrico! Senão, vejamos: quem era o presidente do Benfica quando Mourinho foi contratado? Vale e Azevedo! E depois foi para onde? Para a União de Leiria, liderada pelo mefistofélico João Bartolomeu. E de Leiria foi para onde? Para o Porto, onde Pinto da Costa, mais do que Papa, é o segundo nome nas hierarquias infernais, somente abaixo do próprio Lúcifer. E do Porto, seguiu para Chelsea, onde o satânico Abrahamovic vem fazendo das suas. E depois do Chelsea, segue agora para o Inter de Milão, dominado por outro diabólico presidente, Massimo Moratti. É este o segredo do homem, e eu congratulo-me por o ter desvelado. É que, bem vistas as coisas, só um homem protegido pelas hordas infernais teria o sucesso que tem! E só um homem pactuado com o demo apostaria nos espanhóis e acertaria! Olhem que diabos!

1 comentário:

Anónimo disse...

El español Don Alfredo di Stéfano, el mejor futbolista de todos los tiempos