— Ó pénis... nem sabes quanto eu gostaria de ser como tu. Daria tudo para me tornar num órgão imponente e altivo, forte e vigoroso. Mas, hélas, não passo de um falo mirrado e delicado, fraco e vergonhoso.
O grande, compreensivo, respondeu:
— Ó péninhito... mal sabes a sorte que tens. Não é pêra doce ser um mastruço como eu! Na vida dos grandes pénis nada é fácil, garanto-te. Imaginas por exemplo o que é não ter tempo para mais nada senão sexo, sexo, sexo e sexo?! Calculas a pressão que é estarem constantemente a exigir de ti um bom desempenho?! Eu não tenho descanso nem sossego, estou exangue e ainda assim tenho de estar preparado para a próxima sessão de coito. Fazes alguma ideia da angústia que me acompanha? Da tristeza que percorre o meu corpo cavernoso?
Oh, como desejaria ser como tu, ter oportunidade de gozar uma existência digna... em vez de estar reduzido à esmagadora condição de objecto sexual. Tu, pequena picha — sim tu! —, é que és verdadeiramente feliz.
Moral da história:
Se tiverem um pénis pequeno, não se lamentem por isso. Há coisas piores na vida.
Se, pelo contrário, forem possuidores de um garboso mastro, cuidem para que ele não ande por aí a filosofar como o pénis deste conto. De outro modo, estão bem lixados, pois de um pénis filosofante nunca sai o que deveria sair, escorre apenas um amontoado de verborreia inútil.
Se não possuem pénis algum (isto é, são raparigas ou o José Castelo Branco), porque é que leram o texto até ao fim? Vão trabalhar, malandras!
Eterno Entorno
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