Em Castro D’Aire, conta-se a história de João Pedro, um rapaz de 16 anos que tem medo de queijos, mas só às terças-feiras, e ninguém percebe porquê. As reacções do moço quando depara com um queijo às terças evidenciam estarmos perante uma grave patologia: corre durante 8 exactos minutos, depois pára, senta-se onde calhar e desata a cantar o “Ser Benfiquista”, do Luís Piçarra, em falsetto. Alguns psicólogos que estudaram o caso admitem não saber o que fazer; limitam-se a adiantar que, se o João Pedro tivesse esta fobia aos domingos, talvez fosse possível encontrar uma cura, mas sendo às terças, aparentemente não há qualquer solução.
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Susana Costa, uma empregada doméstica de 41 anos residente em Massamá, convivia até há bem pouco tempo com o seguinte problema: aterrorizava-se sempre que diante de si surgiam duas ou mais baratas a dançar o fandango. E se, por sinal, os insectos envergassem barretes de campino, era mais do que certo que a pulsação da pobre senhora ultrapassaria as 250 batidas por minuto! A Dª. Susana, no entanto, conseguiu libertar-se desta fobia após seis meses de sessões de psiquiatria. O seu médico, o Dr. Fiel Castro, explica-nos:
- Bem, na verdade foi tudo muito simples. Limitei-me a sugerir à Dª. Susana que, quando voltasse a ver baratas a dançar o fandango, imaginasse antes que estavam a dançar o corridinho. Ela assim procedeu, e desde então nunca mais voltou a ter chatices.
- Bem, na verdade foi tudo muito simples. Limitei-me a sugerir à Dª. Susana que, quando voltasse a ver baratas a dançar o fandango, imaginasse antes que estavam a dançar o corridinho. Ela assim procedeu, e desde então nunca mais voltou a ter chatices.
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Paulo Silva, um fervoroso adepto do F.C. Porto, deixou de poder assistir aos jogos do seu clube do coração desde que o Ricardo Quaresma foi contratado para o plantel azul-e-branco. O motivo prende-se com a fobia do Paulo: golos marcados de trivela. Segundo Joaquim, o irmão mais velho (que não teme nada, excepto peúgas pretas), a origem da fobia do Paulo está numa partida de futebol entre amigos, disputada há coisa de 15 anos. Paulo era o guarda-redes quando o Ciço, atacante adversário, driblou meia equipa e chutou de trivela para a baliza. A bola entrou e nesse preciso momento a trave da baliza caiu, o terreno de jogo abateu, um trovão soou, deu-se um golpe de estado num país qualquer da América Latina e o téni direito do Paulo rasgou-se. Os especialistas defendem que o Paulo ficou marcado por esta estranha coincidência de acontecimentos, e que só conseguirá curar-se caso se dê a seguinte combinação: o Ciço marca outro golo de trivela ao Paulo e nesse momento o Paulo ganha o Euromilhões, aparece a Angelina Jolie no céu toda nua, o Miguel Sousa Tavares desiste de escrever e o Luís Filipe Vieira casa-se com o José Veiga. Bem, boa sorte, Paulo! Ficamos a torcer por ti!!!
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Eterno Entorno, um parvalhão qualquer que escreve num blogue chamado Peter of Pan, morre de medo da fenomenologia alemã. Quando depara com um texto proveniente desta corrente filosófica, embrulha-se-lhe o estômago, enche-se de suores frios e põe-se a recitar o canto VII d’Os Lusíadas em húngaro até ficar com a boca seca. Enfim, é maluco, coitado…
Eterno Entorno
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