segunda-feira, dezembro 17, 2007

Voldemort: breve retrato psicológico

Terminei recentemente a leitura do último volume da saga Harry Potter, e confirmei duas suspeitas que já há muito possuía: 1, Harry Potter era o derradeiro Horcrux; 2, Voldemort é (ou melhor, era) gay. Os fãs da série podem verificar com facilidade o primeiro ponto, até porque o livro explicita-o, mas o segundo aparece de forma menos óbvia, sendo então preciso um hermeneuta dotado de impecável inteligência e notável argúcia, além de uma capacidade de análise psicológica capaz de fazer inveja a um médico do Júlio de Matos, para pôr a nu as tendências larilas evidenciadas por Lord Voldemort (aka Senhor das Trevas, aka Voldy, a Maluca), no decisivo Harry Potter e os Talismãs da Morte. Ou seja, é preciso um Eterno Entorno, e como ele sou eu, aqui vai.
Baseio a minha tese da homossexualidade do Voldemort em 4 argumentos capitais, que qualquer leitor atento poderá confirmar junto das páginas redigidas por aquela gaja inglesa que levou porrada do companheiro em Portugal. Podiam ser só 3 argumentos, e já bastava, mas como gosto de ser chato, resolvi inventar mais um. Têm algum problema com isto, ou querem que eu chame os criadores dos Morangos com Açúcar? Não? Bem me parecia… Bom, aqui estão esses argumentos:

Argumento nº 1: Voldemort passa metade do livro agarrado à cobra (a serpente Nagini). Quando não está agarrado à cobra, está a dar miminhos à cobra; quando não está a mimar a cobra, está a passear com a cobra; e assim por diante. Ora, a cobra é, por excelência, um símbolo fálico (nunca ouviram a expressão “cobra zarolha”?), e o facto de o Voldemort só com muita dificuldade se conseguir separar da sua reptiliana amiga já diz tudo! Perceberam, ou tenho de vos comprar as obras do Freud para chegarem à mesma conclusão que eu?

Argumento nº 2: Naquele pouco tempo em que não está preocupado com a cobra, Voldemort envida os seus esforços mariconços em busca de uma tal Varinha de Sabugueiro, ou, como também é apelidada, Pau da Morte (foi a J.K. que escreveu isto, juro!!!). Quer dizer, quando se farta de agarrar a cobra, ao maluco do Voldy só dá vontade de agarrar o Pau, que ainda por cima é da Morte, e todos nós conhecemos, creio eu, os incríveis efeitos do rigor mortis. No fundo, aquilo que este rabilóide pretende é uma espécie personalizada de vibrador, mas parece que lá na terra dos feiticeiros chamam àquilo “varinha mágica”. Bem, para falar a verdade, nesta terra também há pessoas que lhe dão esse nome, portanto se calhar aqui não há propriamente nada de novo.

Argumento nº 3: Quando não está entretido nem com a cobra nem com o Pau (que é da Morte, não se esqueçam), Voldemort só fala em Harry Potter, um jovenzinho de 17 anos que é a obsessão daquela parva que alega ser o maior de todos os feiticeiros negros. O mero facto de Voldemort querer apanhar o Harry a todo o custo já deixa antever uma certa bichisse (“Ó Harry, vem cá ao paizinho, vem! Deixa cá ver a tua varinha! Olha, por acaso não tens uma cobra, pois não?”), mas pior ainda é ele querer apanhar o jovenzito para posteriormente o matar. Mais uma vez, lá está, é aquela tara com o rigor mortis (Veja-se o argumento nº 2)! Caramba, já não lhe chegava o Pau da Morte? E a cobra Nagini? Bolas, é mesmo um tarado, este Voldy!...

Argumento nº 4: A única pessoa que, em toda a história, ama o Voldemort é uma gaja, a feiticeira Bellatrix Lestrange (que, dizem as más línguas, é uma autêntica doida na cama!). Mas pensam que o Voldemort lhe dá trela? Nem pó! Nada! A tipa é mais desprezada do que o bom futebol nos jogos do Benfica! Voldemort prefere outro tipo de fruta, e é por vezes dramático assistir aos avanços da Bellatrix e vê-la sair sempre frustrada. Se quisesse, Voldemort paparia a moça sem a mínima dificuldade, mas não! Ele só pensa é no Harry, no Pau e na cobra! E a Bellatrix, coitada, só se lixa! Depois admiram-se por ela se ter voltado para o lado do mal…

Pronto, espero que tenham ficado devidamente esclarecidos através de toda esta exposição. Penso ter ficado mais do que provado que o Voldemort, Aquele Cujo Nome Não Pode Ser Pronunciado Mas Cujo Esfíncter Está Mais do Que Alargado, era gay. Não que eu seja homofóbico, pois não sou, mas as verdades são para ser ditas.

Eterno Entorno

1 comentário:

Vera Isabel disse...

Como fã dos livros, eu deveria sentir-me indignada...
...em vez disso, estou a roncar de rir.
=P