quarta-feira, março 31, 2010
Isto agora é que vai ser living la vida loca!
Pois é, mais um que decidiu revelar-se: Ricky Martin assume-se bichona. Eu acho muito bem. Acho muito bem que cada um se mostre tal como é, e sobretudo acho muito bem que o Ricky Martin, em particular, seja bicha, que é para ver se as gajas param de se babar. Tantos gajos heterossexuais (tipo eu), produtivos (tipo eu) e que andam aí pela rua (tipo eu) e elas gostam é de sonhar com artistas, só porque os acham... hmmm, qual é o termo correcto?!?... ah, "giros"! Ora tomem lá aquilo em que os gajos ditos "giros" dão: em larilinhas! O que vocês, gajas, precisam e no fundo querem, não são gajos "giros" que saibam cantar, dançar, ter uma carinha laroca e abdominais de aço: são sim gajos duros, labregos, capazes de coçar os tomates umas 45 vezes por hora, que cuspam para o chão e se peidem nos elevadores, gajos com barriga de cerveja, pêlos nos sovacos, nas partes baixas, nas costas e sim, também no rabo, e cuja única dança que saibam executar seja a dança do dito a enfiar no pito!
(sou um poeta, eu... e muito macho!)
Bons dias e umas óptimas férias. Comam muitas amendoazinhas, muitos coelhinhos de chocolate, e comam-se muito também.
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terça-feira, março 30, 2010
Isto hoje não está nada bom!
Sinto-me cansado, amorfo, apático e indiferente ao que me rodeia. Se isto continua assim, ou muito me engano ou, até final da semana, das duas, uma: sou convidado para ser o próximo líder da bancada parlamentar do PSD ou assino um contrato de várias épocas para jogar no Sporting.
Wish me luck...
Wish me luck...
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segunda-feira, março 29, 2010
Antigamente, assustava-se as criancinhas
com a história de que o papão vinha buscá-las.
Hoje em dia, se quero ver terror na cara dos petizes, basta substituir "papão" por "Papa".
E ainda dizem que as nossas sociedades estão cada vez mais seculares... eu nunca falei tanto do Papa como actualmente!
Hoje em dia, se quero ver terror na cara dos petizes, basta substituir "papão" por "Papa".
E ainda dizem que as nossas sociedades estão cada vez mais seculares... eu nunca falei tanto do Papa como actualmente!
sexta-feira, março 26, 2010
Três coisinhas
1 - A agência de rating Peter of Pan estabelece que o canal FX é o melhor canal de sempre da televisão por cabo. Quem não estiver de acordo com este dado é porque está talhado para concorrer à liderança da bancada parlamentar do PSD (ou seja, é doido). E porque é que o canal FX é o melhor canal de todos, perguntam vocês, quais Franciscos Louçãs da televisão, desconfiados da objectividade e seriedade da agência de rating Peter of Pan?! Porque tem isto:
Desconheço o resto da programação do FX, mas sobeja contar com o Ren & Stimpy para automaticamente ser eleito para o topo das preferências televisivas. E o que é o Ren & Stimpy?! Uma pergunta dessas nem merece resposta. Quem desconhece o conteúdo destes desenhos animados deveria levar um calduço bem mandado no cachaço. Digo só que este programa fez mais pela minha formação intelectual, e moral, do que todos os livros que já li até hoje, incluindo os tratados kantianos. A javardice, a estupidez, o nonsense... tudo aquilo com que me identifico está lá, e é óptimo rever estas personagens tão profundas vários anos depois da primeira vez (anos 90 do século XX, na SIC). Viva o FX, viva o Ren & Stimpy Show.
2 - Amanhã tem lugar o muito falado e antecipado jogo do título, que vai opor o Benfica ao Braga. Juro que nunca pensei que este campeonato pudesse vir a ser disputado por duas equipas de menor dimensão; antes da época começar, julgava que, lá para Fevereiro, já não haveria pretendentes ao título, porque o mesmo já estaria virtualmente entregue, com 23534 pontos de avanço, à melhor equipa do mundo, e também de Portugal: o Sporting. Todavia, o futebol é quase sempre injusto e nem sempre aqueles que merecem ganham. Neste caso, aqueles que merecem estão à rasquinha para consolidar o 4º lugar...
Mas, não podendo o Sporting conquistar o título, quem é que eu acho que deveria ser o campeão nacional? A resposta é óbvia: todos, menos o Porto e o Benfica. Portanto torcerei, amanhã, pelos jogadores da cidade dos arcebispos.
Aliás: já vos tinha dito que sou do Braga desde pequenininho?!?!
3 - Por fim, quero dedicar a seguinte canção aos partidos que aprovaram, na Assembleia da República, o Plano de Estabilidade e Crescimento. O som é para, como dizem os brasileiros, "colocar no talo". Espero que os deputados do PS e do PSD gostem:
Bom fim-de-semana
Desconheço o resto da programação do FX, mas sobeja contar com o Ren & Stimpy para automaticamente ser eleito para o topo das preferências televisivas. E o que é o Ren & Stimpy?! Uma pergunta dessas nem merece resposta. Quem desconhece o conteúdo destes desenhos animados deveria levar um calduço bem mandado no cachaço. Digo só que este programa fez mais pela minha formação intelectual, e moral, do que todos os livros que já li até hoje, incluindo os tratados kantianos. A javardice, a estupidez, o nonsense... tudo aquilo com que me identifico está lá, e é óptimo rever estas personagens tão profundas vários anos depois da primeira vez (anos 90 do século XX, na SIC). Viva o FX, viva o Ren & Stimpy Show.
2 - Amanhã tem lugar o muito falado e antecipado jogo do título, que vai opor o Benfica ao Braga. Juro que nunca pensei que este campeonato pudesse vir a ser disputado por duas equipas de menor dimensão; antes da época começar, julgava que, lá para Fevereiro, já não haveria pretendentes ao título, porque o mesmo já estaria virtualmente entregue, com 23534 pontos de avanço, à melhor equipa do mundo, e também de Portugal: o Sporting. Todavia, o futebol é quase sempre injusto e nem sempre aqueles que merecem ganham. Neste caso, aqueles que merecem estão à rasquinha para consolidar o 4º lugar...
Mas, não podendo o Sporting conquistar o título, quem é que eu acho que deveria ser o campeão nacional? A resposta é óbvia: todos, menos o Porto e o Benfica. Portanto torcerei, amanhã, pelos jogadores da cidade dos arcebispos.
Aliás: já vos tinha dito que sou do Braga desde pequenininho?!?!
3 - Por fim, quero dedicar a seguinte canção aos partidos que aprovaram, na Assembleia da República, o Plano de Estabilidade e Crescimento. O som é para, como dizem os brasileiros, "colocar no talo". Espero que os deputados do PS e do PSD gostem:
Bom fim-de-semana
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quinta-feira, março 25, 2010
Lili Caneças, Elsa Raposo e Manuela Moura Guedes
vão regravar um recente e conhecido hit dos Black Eyed Peas.
Vai chamar-se "I Got a Peeling"...
Até amanhã...
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quarta-feira, março 24, 2010
(esta hoje é muito profunda e exige conhecimentos filosóficos)
A minha sogra trata o Pedro Passos Coelho por, e cito, "Pato-Coelho". É o que dá ir, à socapa, aos meus livros de Wittgenstein nos intervalos do programa do Manuel Luís Goucha...
Amanhã, prometo-vos algumas reflexões sobre o Farmville. Ou isso, ou sobre o conteúdo da minha pasta. Até lá, podem sempre colocar, na caixa de comentários deste blogue, a vossa opinião sobre o que está nesta figura de cima: um pato ou um coelho?! E, já agora, se quiserem, deixem também a vossa opinião sobre o Pedro "Pato-Coelho": ele é parvo ou é estúpido?!
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terça-feira, março 23, 2010
Variações sobre o tema do bom selvagem
Diz-se que uma das coisas que separa as pessoas de direita (bestas) das pessoas de esquerda (outras bestas, excepto eu) é a tese do optimismo antropológico. Isso e bolas de Berlim. Mas mais o optimismo antropológico. Em resumo, as pessoas de esquerda, pegando na herança do Jean-Jacques Rousseau, consideram que nós somos todos bonzinhos, e que é a sociedade e o meio que nos corrompe; já as pessoas de direita são mais sensíveis ao legado judaico-cristão e acham que somos todos uns pecadores neste mundo sem salvação, e deixar-nos à solta - sem regras, sem instituições, sem gente a mandar - é o fim da picada. Enfim, como eu disse atrás, tanto as gentes da direita como as gentes da esquerda não passam de umas bestalhonas.
A verdade é que nem uns nem outros têm razão. Há pessoas boas tal como há vasos ruins: dizer-se que somos todos uns inocentezinhos ou dizer-se que somos todos uns pulhas padece da mesma argumentação falaciosa que toma o todo pelas partes. Há indivíduos que são naturalmente maus, tal como há outros que são naturalmente bons. Todos nós conhecemos exemplos de uns e de outros: Adolf Hitler (mau), Mohandas K. Gandhi (bom), Jorge Nuno Pinto da Costa (terrível), São Francisco de Assis (bom), Josef Estaline (péssimo), Monica Bellucci (óptima), Luís Delgado (ruim), Eu (cândido). E sabemos também que juntar maus com maus só provoca mais maldade e que juntar bons com bons em princípio gera mais bondade. Daí a minha opinião de que, se queremos salvar o mundo, basta pegarmos em muitas pessoas boas, sei lá, tipo eu, a Bellucci, a Megan Fox, a Sophie Marceau, a Shakira e mais umas quantas e juntá-los a todos, de preferência num jacuzzi. Infelizmente, esta minha ideia de salvação do planeta não tem tido muitos adeptos para além de mim, a começar pela minha própria mulher, que vê nisto um simples oportunismo. Por mais que eu diga que não, não se trata de oportunismo, é o futuro da Terra a minha preocupação, ela não se deixa convencer. Uma pena...
O bom senso diz-nos, ainda, que além de gente boa e gente má, também há ou pode haver sociedades e meios bons e sociedades e meios maus. Assim, ficamos com as possibilidades seguintes:
a) pessoa boa
b) pessoa má
c) sociedade boa
d) sociedade má
O ideal será sempre ter a + c. Uma pessoa boa num meio bom jamais deixará de ser boa. Ambos se alimentam mutuamente. Porém, isto nem sempre se verifica, se é que alguma vez se verificou: eu não duvido da existência de pessoas boas, mas sou um bocado céptico quanto a haver sociedades boas. Mas pronto, vamos fingir que estou enganado e há, nesse mundo, uma sociedade realmente, pronto, não digo boa mas assim tipo agradávelzinha. A questão que ora se põe é: o que acontece a uma pessoa má numa sociedade boa?! Será ela contagiada pela bondade da sociedade ou, pelo contrário, corroerá esta por dentro como se fosse um cancro? E a situação oposta, como será? Que esperança haverá para uma pessoa boa que esteja no seio de uma sociedade má? Se me permitem partilhar a minha própria experiência, digo que não tem sido fácil a uma pessoa tão boa quanto eu suportar as provocações de uma sociedade tão peste quanto aquela em que vivemos; o que me vale é a existência de pequenos oásis que me dão alento e me indicam que estou no bom caminho, oásis como o meu Sporting, a música heavy metal, os gelados e, acima de tudo, mamocas!
Falta só equacionarmos a pior das combinações, que é b + d, ou seja, uma pessoa naturalmente má inserida num meio também ele mau. Pois bem, uma sociedade má composta apenas de pessoas más vê-se na impossibilidade de obter um antídoto contra a maldade: continuará a ser má, má e má! E uma pessoa má dentro de uma sociedade má não tem qualquer hipóteses de redenção: será má até ao fim, vil até ao mais profundo da sua essência, gerará feitos terríveis e contaminará qualquer outro que consigo se cruze!
Exemplos disto? Há muitos, mas nos nossos dias um se destaca. Este:
Este aqui é a maldade em estado acabado. Como se não bastasse ter nascido mau, teve a agravante de se inserir num meio que é como o inferno na Terra: a equipa de futebol do FCP. Tanta maldade junta deu nisto: um troglodita sem percepção epistemológica do que é a moral, a beleza, a bondade, a filantropia, a amizade. As pessoas de esquerda (mais uma vez: bestas, excepto eu) dirão que não, coitadinho do Bruninho, ele não tem culpa de nada, ele é inocente, a culpa é toda do FCP, esses sacanas. As pessoas de direita (mais uma vez: bestas) dirão uma ova, ele é mau mesmo mau, qualquer paliativo é infrutífero e uma natureza assim não pode ser alterada. Nem que rodeássemos o pobre neandertal de florzinhas, passarinhos e outras coisas fofinhas. Ele é mau e nada o pode mudar.
Qual é a vossa opinião? Estão do lado das bestas de esquerda ou do lado das bestas de direita? Acham que a culpa é do FCP ou tudo se deve ao próprio Bruno Alves? Ou, num exercício de lucidez só comparável ao do autor deste blogue, acham que nem bestas de direita nem bestas de esquerda têm razão e que a culpa é de ambos, FCP e Bruno Alves?
Respondam sem medos, pá. Dependendo do número de respostas parecidas com a minha, eu prometo equacionar a formação de um partido político. Vá, toca a fomentar a minha carreira política...
A verdade é que nem uns nem outros têm razão. Há pessoas boas tal como há vasos ruins: dizer-se que somos todos uns inocentezinhos ou dizer-se que somos todos uns pulhas padece da mesma argumentação falaciosa que toma o todo pelas partes. Há indivíduos que são naturalmente maus, tal como há outros que são naturalmente bons. Todos nós conhecemos exemplos de uns e de outros: Adolf Hitler (mau), Mohandas K. Gandhi (bom), Jorge Nuno Pinto da Costa (terrível), São Francisco de Assis (bom), Josef Estaline (péssimo), Monica Bellucci (óptima), Luís Delgado (ruim), Eu (cândido). E sabemos também que juntar maus com maus só provoca mais maldade e que juntar bons com bons em princípio gera mais bondade. Daí a minha opinião de que, se queremos salvar o mundo, basta pegarmos em muitas pessoas boas, sei lá, tipo eu, a Bellucci, a Megan Fox, a Sophie Marceau, a Shakira e mais umas quantas e juntá-los a todos, de preferência num jacuzzi. Infelizmente, esta minha ideia de salvação do planeta não tem tido muitos adeptos para além de mim, a começar pela minha própria mulher, que vê nisto um simples oportunismo. Por mais que eu diga que não, não se trata de oportunismo, é o futuro da Terra a minha preocupação, ela não se deixa convencer. Uma pena...
O bom senso diz-nos, ainda, que além de gente boa e gente má, também há ou pode haver sociedades e meios bons e sociedades e meios maus. Assim, ficamos com as possibilidades seguintes:
a) pessoa boa
b) pessoa má
c) sociedade boa
d) sociedade má
O ideal será sempre ter a + c. Uma pessoa boa num meio bom jamais deixará de ser boa. Ambos se alimentam mutuamente. Porém, isto nem sempre se verifica, se é que alguma vez se verificou: eu não duvido da existência de pessoas boas, mas sou um bocado céptico quanto a haver sociedades boas. Mas pronto, vamos fingir que estou enganado e há, nesse mundo, uma sociedade realmente, pronto, não digo boa mas assim tipo agradávelzinha. A questão que ora se põe é: o que acontece a uma pessoa má numa sociedade boa?! Será ela contagiada pela bondade da sociedade ou, pelo contrário, corroerá esta por dentro como se fosse um cancro? E a situação oposta, como será? Que esperança haverá para uma pessoa boa que esteja no seio de uma sociedade má? Se me permitem partilhar a minha própria experiência, digo que não tem sido fácil a uma pessoa tão boa quanto eu suportar as provocações de uma sociedade tão peste quanto aquela em que vivemos; o que me vale é a existência de pequenos oásis que me dão alento e me indicam que estou no bom caminho, oásis como o meu Sporting, a música heavy metal, os gelados e, acima de tudo, mamocas!
Falta só equacionarmos a pior das combinações, que é b + d, ou seja, uma pessoa naturalmente má inserida num meio também ele mau. Pois bem, uma sociedade má composta apenas de pessoas más vê-se na impossibilidade de obter um antídoto contra a maldade: continuará a ser má, má e má! E uma pessoa má dentro de uma sociedade má não tem qualquer hipóteses de redenção: será má até ao fim, vil até ao mais profundo da sua essência, gerará feitos terríveis e contaminará qualquer outro que consigo se cruze!
Exemplos disto? Há muitos, mas nos nossos dias um se destaca. Este:
Este aqui é a maldade em estado acabado. Como se não bastasse ter nascido mau, teve a agravante de se inserir num meio que é como o inferno na Terra: a equipa de futebol do FCP. Tanta maldade junta deu nisto: um troglodita sem percepção epistemológica do que é a moral, a beleza, a bondade, a filantropia, a amizade. As pessoas de esquerda (mais uma vez: bestas, excepto eu) dirão que não, coitadinho do Bruninho, ele não tem culpa de nada, ele é inocente, a culpa é toda do FCP, esses sacanas. As pessoas de direita (mais uma vez: bestas) dirão uma ova, ele é mau mesmo mau, qualquer paliativo é infrutífero e uma natureza assim não pode ser alterada. Nem que rodeássemos o pobre neandertal de florzinhas, passarinhos e outras coisas fofinhas. Ele é mau e nada o pode mudar.
Qual é a vossa opinião? Estão do lado das bestas de esquerda ou do lado das bestas de direita? Acham que a culpa é do FCP ou tudo se deve ao próprio Bruno Alves? Ou, num exercício de lucidez só comparável ao do autor deste blogue, acham que nem bestas de direita nem bestas de esquerda têm razão e que a culpa é de ambos, FCP e Bruno Alves?
Respondam sem medos, pá. Dependendo do número de respostas parecidas com a minha, eu prometo equacionar a formação de um partido político. Vá, toca a fomentar a minha carreira política...
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segunda-feira, março 22, 2010
Para acabar de vez com a conversa do "eles querem é uma mulher e uma mãe"
As mulheres, desde que se emanciparam e passaram a ter os mesmos direitos que os homens, têm-se portado como umas autênticas cabras, pois o seu passatempo predilecto passou a ser o de desvalorizar a classe masculina. Elas, do cimo dos seus saltos altos, vangloriam-se de fazer coisas que os homens não fazem (dar à luz, limpar o pó...) e de enfrentar obstáculos e vencê-los (patrões tarados, gordura nos tachos...). Pelo meio, tornam-se demasiado condescendentes e pretendem assumir uma posição de suposta superioridade face a nós, machos alfa.
Uma dessas marcas de condescendência e de putativa superioridade está no discurso, cada vez mais escutado, que alega o seguinte: "aquilo que os homens querem como esposa é uma mulher que seja ao mesmo tempo uma mãe"!
Vá, gajas, confessem: quantas vezes, nas vossas vidas, já não pensaram isto?!? Qual é a vossa ideia? Acham que não sabemos tomar conta de nós próprios? Acham que desmoronamos na ausência de uma figura materna? Acham que não é já suficientemente chato aturarmos uma mulher para vocês insistirem em que aturemos duas numa?! Vocês estão enganadas!!! Nós não queremos uma mulher que seja simultaneamente uma mãe! Não achamos piada nenhuma a que, quando estamos a jogar futebol descalços no quintal, nos venham com a história do "O que é que estás a fazer?!?! Estás descalço no quintal?!?! És doido?!? Depois vens queixar-te de estares constipado, e quem sofre com isso é aqui a moira!!! Larga já a porcaria da bola e vai calçar uns chinelos! Raios parta o miúdo! Até parece que já é Verão!! Estamos em Março, meu idiota!!! Olha só o que eu tenho de aturar, irra!!! Vai já para dentro antes que eu te dê com a vassoura nesse rabo!"
Não achamos mesmo piada nenhuma, está bem?!? Eu, pelo menos, não acho... Por favor, gajas: não tentem ser nossas mães, 'tá?! Nós não apreciamos esse tipo de atitude, ao contrário do que vocês pensam...
P.S.: O caso acima do machão enorme e lindo que está todo contente a jogar descalço no quintal e depois chega atirana ditadora opressora cara-metade ao pé dele para o descompor e coiso e tal é meramente fictício e qualquer semelhança com factos e pessoas reais não passa de uma puta de uma merda de uma coincidência do carvalho.
Uma dessas marcas de condescendência e de putativa superioridade está no discurso, cada vez mais escutado, que alega o seguinte: "aquilo que os homens querem como esposa é uma mulher que seja ao mesmo tempo uma mãe"!
Vá, gajas, confessem: quantas vezes, nas vossas vidas, já não pensaram isto?!? Qual é a vossa ideia? Acham que não sabemos tomar conta de nós próprios? Acham que desmoronamos na ausência de uma figura materna? Acham que não é já suficientemente chato aturarmos uma mulher para vocês insistirem em que aturemos duas numa?! Vocês estão enganadas!!! Nós não queremos uma mulher que seja simultaneamente uma mãe! Não achamos piada nenhuma a que, quando estamos a jogar futebol descalços no quintal, nos venham com a história do "O que é que estás a fazer?!?! Estás descalço no quintal?!?! És doido?!? Depois vens queixar-te de estares constipado, e quem sofre com isso é aqui a moira!!! Larga já a porcaria da bola e vai calçar uns chinelos! Raios parta o miúdo! Até parece que já é Verão!! Estamos em Março, meu idiota!!! Olha só o que eu tenho de aturar, irra!!! Vai já para dentro antes que eu te dê com a vassoura nesse rabo!"
Não achamos mesmo piada nenhuma, está bem?!? Eu, pelo menos, não acho... Por favor, gajas: não tentem ser nossas mães, 'tá?! Nós não apreciamos esse tipo de atitude, ao contrário do que vocês pensam...
P.S.: O caso acima do machão enorme e lindo que está todo contente a jogar descalço no quintal e depois chega a
sexta-feira, março 19, 2010
O último grito do moribundo
É oficial: a época do Sporting acabou ontem. Nem um títulozinho para guardar memória. Foi tudo um desastre. Uma merda. Nem ao Patético de Madrid, treinado pelo Patético Pica Flores, conseguiram ganhar. Desilusão completa.
Eu ainda pensei que o Sporting fosse esmagar os madrilenos. Eu ainda pensei que o Sporting tinha possibilidades de ganhar a Liga Europa. Eu ainda pensei que os jogadores verde-e-brancos iriam espalhar o perfume do seu futebol pelo relvado do Hamburgo (cujo estádio foi escolhido para receber a final daquela competição da UEFA), de preferência contra o Sport Lisboa e Lampiões. Mas não, o leão não rugiu, apenas fez dois miaus insuficientes. Deixou-se levar pelo clube do gajo que saiu de Portugal montado na Orsi, uma das poucas coisas boas que a Hungria nos tinha legado (lembram-se de mais alguma?!? Eu não!!!).
É triste ver o melhor clube português dos anos 40 do século XX nesta situação. É triste ver pelas ruas da amargura o clube dos cinco violinos, do Damas, do Manuel Fernandes. O clube que deu ao mundo Cristianos Ronaldos e Figos (não coloco o Futre na lista porque ele também foi jogador do Patético de Madrid, e isso agora dói). Mas hélas, a vida é assim e o futebol também. Há alturas em que somos comidos por todos. O Sporting este ano deixou-se comer pelo Benfica, pelo Porto, pelo Braga, pelo Patético. Paciência. Resta erguer a cabeça e esperar por melhores dias. Os portugueses também têm sido comidos por socialistas, liberais, patrões, sindicatos, bancos, operadoras móveis, e não desistem. Continuam aí. E nós, sportinguistas, somos muito portugueses, tanto que até mandamos pedras aos espanhóis. Podemos perder com eles à bola, mas ao menos ganhamos à pedrada. Estou certo que hoje há uma Manuela Ferreira Leite orgulhosa de nós...
E para o ano há mais. Vamos à luta de novo. Porque o mais importante, tanto no jogo da bola como no jogo da vida, nem é ganhar: é tentar ganhar! E, claro, ter fruta suficiente para dar à equipa de arbitragem. Aconteça o que acontecer, isto não mudará: "És a nossa fé, Força Sporting Allez!"
Bom fim-de-semana e saudações leoninas para todos. E, já agora, um pedido aos lamps: se apanharem com o Patético de Madrid pela frente, cilindrem esses peropomperos de um raio!
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quinta-feira, março 18, 2010
Peter of Zen
Cada vez mais, pareço um político. Prometo, prometo, prometo, mas cumprir que é bom, nada! Quero com isto dizer que, mais uma vez, não vou postar sobre o fim-de-semana que passou. Enfim, tenho de pôr um aviso algures para me lembrar de passar o raio das fotografias para o hard disk... e, já agora, de passar pelo supermercado e buscar duas dúzias de ovos, que lá em casa já me andam a chatear com isto há mais de três semanas!
Para que não fiquem irritados com as minhas sucessivas faltas de palavra, deixo-vos hoje, só para vocês, uns exercícios zen. Experimentem-nos e vão ver se não ficam logo mais relaxados.
Exercício nº1: Sente-se numa cadeira sólida. Coloque as costas num ângulo de 90º relativamente às pernas. Inspire profundamente. Expire. Comece a rodar a cabeça no sentido dos ponteiros do relógio, muito lentamente. Isso. Continue. Não se esqueça de inspirar e expirar. À quinta volta, pare. Comece a rodar a cabeça no sentido inverso. Não ligue aos colegas ou familiares (dependendo de estar no trabalho ou em casa) que, neste momento, acham que você é doido(a) varrido(a) por andar com a cabeça à roda. Inspire fundo e, prendendo a respiração, levante-se, lentamente, e faça-lhes um manguito com ambas as mãos. Expire. Fim do exercício.
Exercício nº 2: Sente-se na posição de lótus. Novamente, as costas têm de estar direitas e num ângulo de 90º. Feche os olhos. Não, é melhor não fechar porque depois não consegue ler estas instruções. Feche só um olho. Inspire. Imagine-se num imenso campo florido. O céu está limpo e azul, as ervas e as flores soltam cheiros agradáveis. Pode sorrir, desde que não seja apaneleiradamente. Coloque as duas mãos sobre o baixo ventre. Não, não seja parvo(a), não vou pedir um exercício de masturbação! Pare de se tocar! Com os dedos indicador e médio da mão esquerda, vai massajar a palma da mão direita, em movimentos muito suaves e no sentido do ponteiro do relógio. Se está à beira de sufocar, pode expirar agora. Inspire. Expire. Inspire e expire ao mesmo tempo que faz as massagens. Agora, troque de mão. Para aqueles de compreensão mais lenta, isto significa massajarem a palma da mão direita com os dedos indicador e médio da mão esquerda e... ESPERO QUE ESTEJA ATENTO(A)!!! É AO CONTRÁRIO!!! É A PALMA DA MÃO ESQUERDA COM O INDICADOR E MÉDIO DA MÃO DIREITA!!! FIZ ISTO SÓ PARA APANHÁ-LO(A), ENTÃO TENHO DE EXPLICAR TUDO?!?!? Vá, porte-se bem e faça como indico. Regresse mentalmente ao campo florido. Imagine que, ao fundo de uma colina, estão o Paulo Rangel, o Pedro Passos Coelho e o Aguiar-Branco. Dirija-se a eles. Pare de massajar a mão esquerda. Agora - foi para isto que serviu o exercício - imagine-se a mandar três chapadões em cada um destes três candidatos à liderança do PSD. Inspire. Expire. Levante-se. Fim do exercício.
Exercício nº 3: Deite-se no chão, com as pernas ligeiramente afastadas e os braços ligeiramente afastados do tronco. Mas não se esqueça de olhar para o ecrã do computador para seguir estas instruções. Inspire. Expire. Inspire. Expire. Inspire. Expire. Inspire. Expire só 50% do ar. Agora expire os outros 50%. Lentamente, e enquanto inspira, estique os braços e levante-os por sobre a sua cabeça. Agora, enquanto expira, devolva-os ao solo. Repita este movimento por 10 vezes. Inspire fundo. Imagine-se numa praia deserta. Junto da rebentação, está um armário com todos os fatos vestidos pelo José Sócrates. Um pouco mais atrás, junto a umas dunas, repara num conjunto de gravetos. Pegue neles. Traga-os para ao pé do armário. Imagine-se a esfregar dois gravetos um no outro para fazer fogo. Enquanto imagina isto, esfregue as duas palmas da mão uma na outra. Está a ver fumo a sair dos gravetos. Faz-se fogo. Coloque os gravetos junto dos outros. Agora, coloque este conjunto por baixo do armário dos fatos socráticos. Veja como tudo arde e crepita. Pare de esfregar as suas mãos. Imagine agora que na praia, por detrás de si, ouve o José Sócrates a gritar "Nããããão" e a correr na sua direcção. Imagine-se a fugir enquanto diz "Esta é pelo PEC, meu cabrão". Expire tudo, levante-se e vá ao W.C. fazer um xixi. Fim do exercício.
E pronto, espero que, ao executarem estas zenadas, possam ter um dia mais agradável. Até amanhã.
Para que não fiquem irritados com as minhas sucessivas faltas de palavra, deixo-vos hoje, só para vocês, uns exercícios zen. Experimentem-nos e vão ver se não ficam logo mais relaxados.
Exercício nº1: Sente-se numa cadeira sólida. Coloque as costas num ângulo de 90º relativamente às pernas. Inspire profundamente. Expire. Comece a rodar a cabeça no sentido dos ponteiros do relógio, muito lentamente. Isso. Continue. Não se esqueça de inspirar e expirar. À quinta volta, pare. Comece a rodar a cabeça no sentido inverso. Não ligue aos colegas ou familiares (dependendo de estar no trabalho ou em casa) que, neste momento, acham que você é doido(a) varrido(a) por andar com a cabeça à roda. Inspire fundo e, prendendo a respiração, levante-se, lentamente, e faça-lhes um manguito com ambas as mãos. Expire. Fim do exercício.
Exercício nº 2: Sente-se na posição de lótus. Novamente, as costas têm de estar direitas e num ângulo de 90º. Feche os olhos. Não, é melhor não fechar porque depois não consegue ler estas instruções. Feche só um olho. Inspire. Imagine-se num imenso campo florido. O céu está limpo e azul, as ervas e as flores soltam cheiros agradáveis. Pode sorrir, desde que não seja apaneleiradamente. Coloque as duas mãos sobre o baixo ventre. Não, não seja parvo(a), não vou pedir um exercício de masturbação! Pare de se tocar! Com os dedos indicador e médio da mão esquerda, vai massajar a palma da mão direita, em movimentos muito suaves e no sentido do ponteiro do relógio. Se está à beira de sufocar, pode expirar agora. Inspire. Expire. Inspire e expire ao mesmo tempo que faz as massagens. Agora, troque de mão. Para aqueles de compreensão mais lenta, isto significa massajarem a palma da mão direita com os dedos indicador e médio da mão esquerda e... ESPERO QUE ESTEJA ATENTO(A)!!! É AO CONTRÁRIO!!! É A PALMA DA MÃO ESQUERDA COM O INDICADOR E MÉDIO DA MÃO DIREITA!!! FIZ ISTO SÓ PARA APANHÁ-LO(A), ENTÃO TENHO DE EXPLICAR TUDO?!?!? Vá, porte-se bem e faça como indico. Regresse mentalmente ao campo florido. Imagine que, ao fundo de uma colina, estão o Paulo Rangel, o Pedro Passos Coelho e o Aguiar-Branco. Dirija-se a eles. Pare de massajar a mão esquerda. Agora - foi para isto que serviu o exercício - imagine-se a mandar três chapadões em cada um destes três candidatos à liderança do PSD. Inspire. Expire. Levante-se. Fim do exercício.
Exercício nº 3: Deite-se no chão, com as pernas ligeiramente afastadas e os braços ligeiramente afastados do tronco. Mas não se esqueça de olhar para o ecrã do computador para seguir estas instruções. Inspire. Expire. Inspire. Expire. Inspire. Expire. Inspire. Expire só 50% do ar. Agora expire os outros 50%. Lentamente, e enquanto inspira, estique os braços e levante-os por sobre a sua cabeça. Agora, enquanto expira, devolva-os ao solo. Repita este movimento por 10 vezes. Inspire fundo. Imagine-se numa praia deserta. Junto da rebentação, está um armário com todos os fatos vestidos pelo José Sócrates. Um pouco mais atrás, junto a umas dunas, repara num conjunto de gravetos. Pegue neles. Traga-os para ao pé do armário. Imagine-se a esfregar dois gravetos um no outro para fazer fogo. Enquanto imagina isto, esfregue as duas palmas da mão uma na outra. Está a ver fumo a sair dos gravetos. Faz-se fogo. Coloque os gravetos junto dos outros. Agora, coloque este conjunto por baixo do armário dos fatos socráticos. Veja como tudo arde e crepita. Pare de esfregar as suas mãos. Imagine agora que na praia, por detrás de si, ouve o José Sócrates a gritar "Nããããão" e a correr na sua direcção. Imagine-se a fugir enquanto diz "Esta é pelo PEC, meu cabrão". Expire tudo, levante-se e vá ao W.C. fazer um xixi. Fim do exercício.
E pronto, espero que, ao executarem estas zenadas, possam ter um dia mais agradável. Até amanhã.
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quarta-feira, março 17, 2010
Sobre os trambolhos
Mais uma vez, peço desculpa por faltar à minha palavra. Voltei a esquecer-me de passar as fotografias do fim-de-semana para o computador, e isso impede-me de executar a reportagem que tenho preparada. Enfim...
Em substituição, venho falar de um tema quiçá polémico, talvez insensível, decerto tosco: os trambolhos. Começo por circunscrever o tema: o que é um trambolho?! Ora, eu entendo por trambolho, e creio que, latu sensu, todos concordarão comigo, uma gaja muita gorda, mas gorda daquelas supergordas, tipo elefanta, à qual se acrescenta a feiúra (não estou a dizer que todas as gordas são feias, até porque há gordas bonitas. A Kate Winslet, por exemplo, quando era gorda era bonita. O mesmo vale para a René Zelwegger. Mas os trambolhos associam a gordura extrema à feiúra imensa) e, por fim, uma locomoção muito particular: um trambolho não se movimenta da mesma forma que os seres humanos, mais parece uma foca caso estas pudessem andar sobre duas pernas.
É, portanto, sobre estas pessoas que me debruço aqui. Os trambolhos. Podem alegar que estou a ser um sacana sem coração, que os trambolhos também têm sentimentos, que eu próprio não devo ter moral para falar do aspecto físico dos outros, etc. Vamos lá a ter calma e observemos uma coisa de cada vez.
Primeira, à acusação de que eu não posso falar sobre o físico dos outros, eu respondo: porquê, carvalho?!? Desde muito cedo, mais ou menos por volta dos 3-4 anos, idade em que descobri os espelhos, que me considero um homem horrível. Daqueles de meter quase tanto medo quanto o texto do Plano de Estabilidade e Crescimento. Porém, há algo que me caracteriza para além do meu aspecto: há muito tempo que aprendi a viver com ele, ao ponto de não me importar com o facto de ser feio. E isto - adiante explicarei - é o que faz a diferença entre mim e os trambolhos.
Segunda, à defesa de que os trambolhos também têm sentimentos, eu contra-argumento que os sentimentos que as megagordas feias e todas tortas têm são maus. Mais uma vez, explicarei isto à frente.
Por último, se vêm com a história de que sou um sacana sem coração, está bem, eu até concedo. Mas em compensação, tenho um pâncreas maravilhosamente belo.
Voltemos aos trambolhos, então. O que se passa com eles? Isto: os trambolhos são trambolhos mas não gostam de ser trambolhos; no entanto, não querem fazer nada para deixarem de ser trambolhos, o que eles querem é que a sua trambolhice desapareça como num golpe de magia, por obra e graça do Espírito Santo. É por esta razão que eu tenho moral para gozar com os trambolhos. Sim, sou feio. Sim, o meu aspecto assusta qualquer petiz que ainda acredite em monstros. Contudo, estou-me a cagar para tal. A minha feiúra está perfeitamente interiorizada e não me incomoda absolutamente nada. Mas a feiúra dos trambolhos incomoda-me, e não me refiro à feiúra propriamente física e sim à espiritual. Porque o verdadeiro problema dos trambolhos não está em serem gordas. Não está em serem feias. Não está em se movimentarem como um pinguim. Está na sua irredutível estupidez.
Duvidam? Então peguem num trambolho qualquer que conheçam. Uma rapariga gorda, feia e toda torta. Vá, é fácil de encontrar, há muitas por aí. Agora, digam-me lá: quantas delas é que vivem no choradinho? Quantas delas detestam ser trambolhos? Quantas delas passam a vida a ler livros de auto-ajuda, a consultar sites do tipo "Fique mais bonita em apenas 2 horas", como se fosse possível alterar uma aberração assim por dá cá aquela palha? Quantas delas querem deixar de ser trambolhos mas, paradoxalmente, quantas delas vão à luta?! Porque o que caracteriza verdadeiramente os trambolhos é eles lamentarem-se continuamente sem aprenderem a viver com a sua trambolhice ou, em alternativa, fazer algo a sério para se tornarem menos trambolhos (por exemplo, encetar uma dieta rigorosa, com exercício físico à mistura, em lugar de, quando chegam a casa, se enfiarem 10 horas seguidas no sofá a enfardar chispes e entremeadas). O trambolho, no fundo, é mais um trambolho mental do que um trambolho físico: sonha com o príncipe encantado e com o próximo conselho da Oprah ou do Dr. Phil, e continua a viver trambolhisticamente a sua vida, entristada com o facto de ser um trambolho mas simultaneamente crente de que a trambolhice se resolve com um estalar de dedos. Os trambolhos estalam os dedos, sim, mas é só para mandar vir a próxima dose de leitão no restaurante...
Acham este retrato demasiado cruel?! Isso é porque não apanham com os trambolhos que eu apanho no comboio. Umas lêem aquelas coisas do You (aconselhado, claro está, pela Oprah); outras falam ao telemóvel com as mãezinhas que, coitadas, têm de apanhar com o discurso trambolho ("Uhhhh, estou tão gorda que já nem caibo na tenda que o pai me ofereceu pelo Natal"), outras folheiam revistas como a Happy, pensando que quando acabarem de ler aquelas páginas, automaticamente se transformarão em elegantes esqueletos e estarão aptas a conquistar o George Clooney.
Assim são os trambolhos... quem é que tem a lata de me contradizer?!
Em substituição, venho falar de um tema quiçá polémico, talvez insensível, decerto tosco: os trambolhos. Começo por circunscrever o tema: o que é um trambolho?! Ora, eu entendo por trambolho, e creio que, latu sensu, todos concordarão comigo, uma gaja muita gorda, mas gorda daquelas supergordas, tipo elefanta, à qual se acrescenta a feiúra (não estou a dizer que todas as gordas são feias, até porque há gordas bonitas. A Kate Winslet, por exemplo, quando era gorda era bonita. O mesmo vale para a René Zelwegger. Mas os trambolhos associam a gordura extrema à feiúra imensa) e, por fim, uma locomoção muito particular: um trambolho não se movimenta da mesma forma que os seres humanos, mais parece uma foca caso estas pudessem andar sobre duas pernas.
É, portanto, sobre estas pessoas que me debruço aqui. Os trambolhos. Podem alegar que estou a ser um sacana sem coração, que os trambolhos também têm sentimentos, que eu próprio não devo ter moral para falar do aspecto físico dos outros, etc. Vamos lá a ter calma e observemos uma coisa de cada vez.
Primeira, à acusação de que eu não posso falar sobre o físico dos outros, eu respondo: porquê, carvalho?!? Desde muito cedo, mais ou menos por volta dos 3-4 anos, idade em que descobri os espelhos, que me considero um homem horrível. Daqueles de meter quase tanto medo quanto o texto do Plano de Estabilidade e Crescimento. Porém, há algo que me caracteriza para além do meu aspecto: há muito tempo que aprendi a viver com ele, ao ponto de não me importar com o facto de ser feio. E isto - adiante explicarei - é o que faz a diferença entre mim e os trambolhos.
Segunda, à defesa de que os trambolhos também têm sentimentos, eu contra-argumento que os sentimentos que as megagordas feias e todas tortas têm são maus. Mais uma vez, explicarei isto à frente.
Por último, se vêm com a história de que sou um sacana sem coração, está bem, eu até concedo. Mas em compensação, tenho um pâncreas maravilhosamente belo.
Voltemos aos trambolhos, então. O que se passa com eles? Isto: os trambolhos são trambolhos mas não gostam de ser trambolhos; no entanto, não querem fazer nada para deixarem de ser trambolhos, o que eles querem é que a sua trambolhice desapareça como num golpe de magia, por obra e graça do Espírito Santo. É por esta razão que eu tenho moral para gozar com os trambolhos. Sim, sou feio. Sim, o meu aspecto assusta qualquer petiz que ainda acredite em monstros. Contudo, estou-me a cagar para tal. A minha feiúra está perfeitamente interiorizada e não me incomoda absolutamente nada. Mas a feiúra dos trambolhos incomoda-me, e não me refiro à feiúra propriamente física e sim à espiritual. Porque o verdadeiro problema dos trambolhos não está em serem gordas. Não está em serem feias. Não está em se movimentarem como um pinguim. Está na sua irredutível estupidez.
Duvidam? Então peguem num trambolho qualquer que conheçam. Uma rapariga gorda, feia e toda torta. Vá, é fácil de encontrar, há muitas por aí. Agora, digam-me lá: quantas delas é que vivem no choradinho? Quantas delas detestam ser trambolhos? Quantas delas passam a vida a ler livros de auto-ajuda, a consultar sites do tipo "Fique mais bonita em apenas 2 horas", como se fosse possível alterar uma aberração assim por dá cá aquela palha? Quantas delas querem deixar de ser trambolhos mas, paradoxalmente, quantas delas vão à luta?! Porque o que caracteriza verdadeiramente os trambolhos é eles lamentarem-se continuamente sem aprenderem a viver com a sua trambolhice ou, em alternativa, fazer algo a sério para se tornarem menos trambolhos (por exemplo, encetar uma dieta rigorosa, com exercício físico à mistura, em lugar de, quando chegam a casa, se enfiarem 10 horas seguidas no sofá a enfardar chispes e entremeadas). O trambolho, no fundo, é mais um trambolho mental do que um trambolho físico: sonha com o príncipe encantado e com o próximo conselho da Oprah ou do Dr. Phil, e continua a viver trambolhisticamente a sua vida, entristada com o facto de ser um trambolho mas simultaneamente crente de que a trambolhice se resolve com um estalar de dedos. Os trambolhos estalam os dedos, sim, mas é só para mandar vir a próxima dose de leitão no restaurante...
Acham este retrato demasiado cruel?! Isso é porque não apanham com os trambolhos que eu apanho no comboio. Umas lêem aquelas coisas do You (aconselhado, claro está, pela Oprah); outras falam ao telemóvel com as mãezinhas que, coitadas, têm de apanhar com o discurso trambolho ("Uhhhh, estou tão gorda que já nem caibo na tenda que o pai me ofereceu pelo Natal"), outras folheiam revistas como a Happy, pensando que quando acabarem de ler aquelas páginas, automaticamente se transformarão em elegantes esqueletos e estarão aptas a conquistar o George Clooney.
Assim são os trambolhos... quem é que tem a lata de me contradizer?!
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terça-feira, março 16, 2010
Slogans para a Madeira: um contributo deste vosso criado
Peço-vos imensa desculpa, mas não vou poder hoje escrever o post que prometera ontem. É que me esqueci de passar para o disco rígido as fotografias do fim-de-semana. Fica para amanhã, creio... ainda não é desta que vêem uma parte nua do meu corpo.
Sendo assim, hoje trago um tema mais suave. Reparei que, tendo em vista a retoma do fluxo turístico, o governo regional da Madeira criou uma campanha publicitária debaixo do slogan "Madeira: As Beautiful As Ever", que é como quem diz, em linguagem propagandística, "epá, o temporal foi há quase um mês, isto está tudo destruído mas na verdade nem se nota, venham é para cá e sobretudo tragam o vosso dinheirinho".
Por mais simples e eficaz que aquela frase de efeito seja, acredito que não diz tudo acerca da pérola do Atlântico. E é por essa razão que proponho mais alguns slogans, os quais podem muito bem figurar em folhetos informativos, em campanhas televisivas, em neons, em cartazes luminosos. Tudo para bem da Madeira, claro... Aqui ficam eles, imediatamente abaixo da frase já consolidada. Digam lá se as de minha lavra não assentam melhor aos madeirenses...
Slogan oficial de recuperação da Madeira
Madeira: As Beautiful As Ever
Slogans auxiliares de recuperação da Madeira. Um contributo Peter of Pan
Madeira: Hey, At Least We're Not Cubans
Madeira: Sucking Continental's Money Since 1976
Madeira: Free Of Masonry Lesbians
Madeira: Bananas' Republic. We Believe In.
Madeira: Say "PSD", Or Else Fuck You
Nada mal, pois não?! Assentam ou não assentam que nem uma luva à AlbertoJoãoJardimlândia?!
Sendo assim, hoje trago um tema mais suave. Reparei que, tendo em vista a retoma do fluxo turístico, o governo regional da Madeira criou uma campanha publicitária debaixo do slogan "Madeira: As Beautiful As Ever", que é como quem diz, em linguagem propagandística, "epá, o temporal foi há quase um mês, isto está tudo destruído mas na verdade nem se nota, venham é para cá e sobretudo tragam o vosso dinheirinho".
Por mais simples e eficaz que aquela frase de efeito seja, acredito que não diz tudo acerca da pérola do Atlântico. E é por essa razão que proponho mais alguns slogans, os quais podem muito bem figurar em folhetos informativos, em campanhas televisivas, em neons, em cartazes luminosos. Tudo para bem da Madeira, claro... Aqui ficam eles, imediatamente abaixo da frase já consolidada. Digam lá se as de minha lavra não assentam melhor aos madeirenses...
Slogan oficial de recuperação da Madeira
Madeira: As Beautiful As Ever
Slogans auxiliares de recuperação da Madeira. Um contributo Peter of Pan
Madeira: Hey, At Least We're Not Cubans
Madeira: Sucking Continental's Money Since 1976
Madeira: Free Of Masonry Lesbians
Madeira: Bananas' Republic. We Believe In.
Madeira: Say "PSD", Or Else Fuck You
Nada mal, pois não?! Assentam ou não assentam que nem uma luva à AlbertoJoãoJardimlândia?!
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segunda-feira, março 15, 2010
Hoje não me apetece
porque estou cansado, tenho sono e mais não sei o quê, mas amanhã coloco aqui um resumo do meu fim-de-semana, com direito a fotografias de uma parte completamente nua do meu corpo.
Até amanhã, então, e continuem a reflectir nos discursos do Rangel, do Aguiar Branco e do Passos Coelho.
Até amanhã, então, e continuem a reflectir nos discursos do Rangel, do Aguiar Branco e do Passos Coelho.
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sexta-feira, março 12, 2010
No que eu penso quando almoço
Já repararam que o produto de um número multiplicado por si mesmo é igual ao produto do triplo desse número multiplicado pela sua terça parte? Explico com um exemplo muito simples: 9 X 9 = 81, certo? Agora façam o mesmo com 27 (triplo de 9) X 3 (um terço de 9). O resultado é 81.
Para que serve esta merda?!?! Não faço a mínima! Mas era nisto que eu pensava durante o meu almoço de ontem. Eu sei, eu sei: estúpido, não é?! Nem tanto. A opção era pensar em números ou em mamas, e por mais que eu prefira as segundas aos primeiros, a verdade é que é muitíssimo chato ter de me levantar da mesa com uma erecção descomunal. Sei do que falo, pois foi algo que já me aconteceu por várias vezes, e em todas elas fiquei a sentir-me culpado pelos desmaios que as senhoras sofreram, coitadas... não deviam estar habituadas a ver uma torre de menagem dentro de uns jeans!
Outra coisa muito gira, e que podem praticar em casa, ou em qualquer outro lado onde pensar em mamas não seja adequado, é a decomposição de multiplicações. Em vez de se porem a fazer, de cabeça, contas como 94 X 7, cujo resultado, diz-me a máquina calculadora do Windows, e eu confirmo, é 658, façam 94 X 10, para dar conta certa (940), depois façam 94 + 94 + 94 (282) e depois diminuam o primeiro resultado pelo segundo. E ficam com 658. Ou, claro, sempre podem recorrer à calculadora do telemóvel - mas esse não é o objectivo do exercício, caraças! O propósito é distrair a nossa cabeça de coisas como mamas!!!
Isto leva-me a propor a seguinte teoria: os grandes génios da física, da ciência, do cálculo, da matemática, como Einstein, Ranganathan, Heisenberg, Feynman, Bohr e tantos, tantos outros, foram tipos que a dada altura das suas vidas se viraram para os números abstractos porque era a melhor forma de não viverem obcecados por mamas. Tal como eu, eles engendraram um mecanismo que impedisse erecções indesejadas cuja causa era o mero pensar em seios, mas ao contrário de mim, descobriram-no numa idade ainda relativamente jovem, e tiveram tempo para aperfeiçoá-lo. Esse mecanismo, lá está, é pensar em números e contas. Neles deu origem a revoluções científicas, em mim apenas dá origem a idiotices sobre a multiplicação. Mas o princípio, bem, o princípio é o mesmo: limpar a cabeça da ditadura das mamas, que coloca sempre a dita dura.
Estão a torcer o nariz, não estão?! Então pensem nas mamas da Rita Pereira. Estão a pensar?! E agora olhem para o vosso baixo ventre. Estão a ver o efeito, não estão?! [NOTA: isto também vale para as raparigas. Não acredito que haja gente em quem as mamas da Rita Pereira não provoquem qualquer entumescimento...] Pois. Agora experimentem fazer umas continhas, umas inocentes continhas. Não vale utilizar telemóveis, nem sequer papel e caneta: é para ser de cabeça. Esperem uns segundos e agora olhem novamente para o vosso baixo ventre. Espectáculo, não é?!? Pois, eu sei. É um poderoso antídoto...
[MAIS UMA NOTA: se os cálculos e as contas não provocaram nenhuma redução da vossa erecção, se até a aumentaram, então é porque vocês se integram na classe dos Nerds. Isto é muito grave, e eu aconselhar-vos-ia a procurarem ajuda especializada o mais rapidamente possível]
Bom fim-de-semana e matematiquem muito quando não for de bom tom pensar em mamocas.
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quinta-feira, março 11, 2010
Não há nada como um poemeto estúpido para derreter uma gaja
Quando as noites são mais frias, lá em casa é certo certinho que as manhãs aquecem. E aquecem não porque se liga o ar condicionado e sim porque à gaja sobe-lhe a temperatura. E quem paga, quem?! Eu...
Nos últimos dias, só lhe dá para me culpabilizar por furtos do edredão. Diz ela - sem apresentar provas concretas - que eu durante a noite puxo o edredão todo para o meu lado, deixando-a exposta ao frio. São acusações destas, totalmente infundadas, que destroem a harmonia de um lar...
É claro que tenho respondido sempre à altura. Sempre que ela me dizia "roubaste-me o edredão", eu devolvia "não roubei nada", "não sei de nada, estava a dormir", "tu é que se calhar empurraste o edredão para cima de mim", "foram as gatas", "foi o cão", "foi o José Sócrates", "não sei do que estás a falar, vai mais é comprar-me um gelado" e outras coisas que tais.
Como a gaja não ficava convencida, achei que talvez devesse mudar de estratégia. Foi o que fiz hoje. Quando ela veio com a conversa do costume: "blá, blá, blá, e esta noite voltaste a roubar-me o edredão", não estive com merdas e adoptei uma medida radical: assumir a culpa mas de uma forma que evitasse qualquer punição. E que medida foi essa? Uma singela e estúpida rima, acompanhada de uma expressão facial que, em termos de fofice, nada devia ao focinho de um cachorrinho abandonado: "Sim, confesso, roubei...como tu me roubaste o coração, então eu roubo-te o edredão!"
E não é que funcionou?! Ela ficou mais derretida do que a cara da Manuela Moura Guedes. Esqueceu logo ali o alegado furto do edredão e muito menos equacionou castigar-me. Só fez aquele "ooooohhhhhhhh" de emoção e ficou ali, a olhar para mim, totalmente satisfeita com aquilo que, no ver dela, era uma declaração romântica (só a minha gaja para achar romântica uma frase em que aparece a palavra edredão...).
Isto diz muito acerca da minha gaja. E não só: isto diz muito acerca das gajas em geral. Qualquer laracha assim mais sensível pega. Uma frase atirada assim, à pressão, desde que contenha termos como "coração", "amor", "beijinhos", "carinhos" e afins, tem o efeito, junto do sexo feminino, das amnistias presidenciais: qualquer crime que se tenha cometido fica logo ali perdoado.
Estamos aqui, portanto, perante algo digno de um case-study. Alguém um dia ainda há-de explicar-me por que é que a mente feminina funciona como funciona... Sugestões, anyone?!
P.S.: Gaja, antes que resolvas dar-me tareia com um martelo, lembra-t ede que não vale a pena empunhares um martelo quando o nosso amor é tão belo. [será que vai resultar outra vez?!]
Nos últimos dias, só lhe dá para me culpabilizar por furtos do edredão. Diz ela - sem apresentar provas concretas - que eu durante a noite puxo o edredão todo para o meu lado, deixando-a exposta ao frio. São acusações destas, totalmente infundadas, que destroem a harmonia de um lar...
É claro que tenho respondido sempre à altura. Sempre que ela me dizia "roubaste-me o edredão", eu devolvia "não roubei nada", "não sei de nada, estava a dormir", "tu é que se calhar empurraste o edredão para cima de mim", "foram as gatas", "foi o cão", "foi o José Sócrates", "não sei do que estás a falar, vai mais é comprar-me um gelado" e outras coisas que tais.
Como a gaja não ficava convencida, achei que talvez devesse mudar de estratégia. Foi o que fiz hoje. Quando ela veio com a conversa do costume: "blá, blá, blá, e esta noite voltaste a roubar-me o edredão", não estive com merdas e adoptei uma medida radical: assumir a culpa mas de uma forma que evitasse qualquer punição. E que medida foi essa? Uma singela e estúpida rima, acompanhada de uma expressão facial que, em termos de fofice, nada devia ao focinho de um cachorrinho abandonado: "Sim, confesso, roubei...como tu me roubaste o coração, então eu roubo-te o edredão!"
E não é que funcionou?! Ela ficou mais derretida do que a cara da Manuela Moura Guedes. Esqueceu logo ali o alegado furto do edredão e muito menos equacionou castigar-me. Só fez aquele "ooooohhhhhhhh" de emoção e ficou ali, a olhar para mim, totalmente satisfeita com aquilo que, no ver dela, era uma declaração romântica (só a minha gaja para achar romântica uma frase em que aparece a palavra edredão...).
Isto diz muito acerca da minha gaja. E não só: isto diz muito acerca das gajas em geral. Qualquer laracha assim mais sensível pega. Uma frase atirada assim, à pressão, desde que contenha termos como "coração", "amor", "beijinhos", "carinhos" e afins, tem o efeito, junto do sexo feminino, das amnistias presidenciais: qualquer crime que se tenha cometido fica logo ali perdoado.
Estamos aqui, portanto, perante algo digno de um case-study. Alguém um dia ainda há-de explicar-me por que é que a mente feminina funciona como funciona... Sugestões, anyone?!
P.S.: Gaja, antes que resolvas dar-me tareia com um martelo, lembra-t ede que não vale a pena empunhares um martelo quando o nosso amor é tão belo. [será que vai resultar outra vez?!]
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quarta-feira, março 10, 2010
O anti-gay que gostava de apanhar no rabiosque
Esta notícia é, a vários capítulos, excepcional: um senador republicano dos EUA, conhecido por negar direitos aos gays, assumiu que afinal gosta é de levar no pacote! Sempre achei que os maiores puritanos eram os maiores hipócritas, e mais uma vez tal fica comprovado. Quão hipócrita se pode ser ao ponto de, por um lado, reivindicar que os gays não têm os mesmos direitos das outras pessoas e, por outro lado, querer que lhe empurrem o cocó para dentro? E quão estúpido se pode ser ao ponto de ter sustentado durante anos uma família e quatro filhos, escondendo-lhes a sua verdadeira natureza homófila? Será isto que os anti-gays querem dizer com defesa da família?!? Desculpem lá, mas na minha opinião andar anos e anos a fingir que gosta da mulher quando na realidade o que se quer é ir ao bar gay mais próximo para dançar todo nu com outros homens não é defender nem preservar a família.
E outra coisa: como é que um gajo destes justifica esse absurdo de que os gays são nocivos para a família tradicional? Eu, que sou heterossexual, não vejo no que é que os gays possam constituir uma ameaça. Mas como é que um anti-gay argumentará? Será assim:
Filho de anti-gay: Papá, papá: posso ficar a ver televisão até mais tarde?
Anti-gay: Não, filho. Vais deitar-te agora.
Filho de anti-gay: Papá, papá, mas porquê?! Eu quero...
Anti-gay: Schiu, está calado ou eu chamo os monstros.
Filho de anti-gay: Mas papá, os monstros não existem.
Anti-gay: Então está calado ou eu chamo um gay.
Filho de anti-gay: Papá, papá, o que é um gay?
Anti-gay: Um gay é uma coisa parecida com uma pessoa e que gosta de atacar as famílias das pessoas.
Filho de anti-gay: Papá, papá, como é que um gay faz mal às pessoas?
Anti-gay: Ahhm... hmmm... ele chega ao pé delas vestido com roupas de cores berrantes e a tresandar a perfume!
Filho de anti-gay: Só isso?!
Anti-gay: Ahhh... e também mete coisas no cu.
Filho de anti-gay: Papá, papá: mete coisas no cu das pessoas?
Anti-gay: Não, não... no seu próprio cu!
Filho de anti-gay: Papá, papá, e como é que isso faz mal às pessoas?
Anti-gay: Ahnnn, hmmm, ahnnn... um gay, ao mesmo tempo que mete coisas no cu, ouve musiquinhas estúpidas e mariconças e faz movimentos abichanados.
Filho de anti-gay: Papá, papá: não estou a perceber...
Anti-gay: Olha, cala-te mas é, ó fedelho, e vai mas é deitar-te antes que leves uma tareia de cinto.
E depois de ir deitar o puto, e ver se o resto da família já dorme, o anti-gay esgueira-se de casa e vai até à esquina mais próxima engatar um africano de um metro e noventa, passando o resto da noite a ver as suas entranhas exploradas por um imponente mastro. É isto, não é?! Só pode ser...
E outra coisa: como é que um gajo destes justifica esse absurdo de que os gays são nocivos para a família tradicional? Eu, que sou heterossexual, não vejo no que é que os gays possam constituir uma ameaça. Mas como é que um anti-gay argumentará? Será assim:
Filho de anti-gay: Papá, papá: posso ficar a ver televisão até mais tarde?
Anti-gay: Não, filho. Vais deitar-te agora.
Filho de anti-gay: Papá, papá, mas porquê?! Eu quero...
Anti-gay: Schiu, está calado ou eu chamo os monstros.
Filho de anti-gay: Mas papá, os monstros não existem.
Anti-gay: Então está calado ou eu chamo um gay.
Filho de anti-gay: Papá, papá, o que é um gay?
Anti-gay: Um gay é uma coisa parecida com uma pessoa e que gosta de atacar as famílias das pessoas.
Filho de anti-gay: Papá, papá, como é que um gay faz mal às pessoas?
Anti-gay: Ahhm... hmmm... ele chega ao pé delas vestido com roupas de cores berrantes e a tresandar a perfume!
Filho de anti-gay: Só isso?!
Anti-gay: Ahhh... e também mete coisas no cu.
Filho de anti-gay: Papá, papá: mete coisas no cu das pessoas?
Anti-gay: Não, não... no seu próprio cu!
Filho de anti-gay: Papá, papá, e como é que isso faz mal às pessoas?
Anti-gay: Ahnnn, hmmm, ahnnn... um gay, ao mesmo tempo que mete coisas no cu, ouve musiquinhas estúpidas e mariconças e faz movimentos abichanados.
Filho de anti-gay: Papá, papá: não estou a perceber...
Anti-gay: Olha, cala-te mas é, ó fedelho, e vai mas é deitar-te antes que leves uma tareia de cinto.
E depois de ir deitar o puto, e ver se o resto da família já dorme, o anti-gay esgueira-se de casa e vai até à esquina mais próxima engatar um africano de um metro e noventa, passando o resto da noite a ver as suas entranhas exploradas por um imponente mastro. É isto, não é?! Só pode ser...
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terça-feira, março 09, 2010
Porra para as poças!
Encontrar neste país um passeio completamente plano é algo tão improvável quanto o José Sócrates falar verdade por uma vez que seja. Não se trata de uma impossibilidade lógica, nem matemática, mas meramente factual: basta sairmos à rua para se constatar que não há passeios planos! Seja uma pedra solta, um declive, ou - o mais comum - mil buracos em 5 m2 de pedra calcária, as zonas pedonais deste Portugal mais se assemelham às trincheiras da Europa em plena Grande Guerra.
O cenário piora quando chove. Então, quando chove muito, como foi o caso de ontem, os nossos passeios transformam-se em autênticas pistas de obstáculos, em que só calçando uns galochões de meio metro conseguimos evitar molhar as patas. Há locais até em que se aconselha possuir conhecimentos na área da natação, pois num momento podemos estar com os dois pés em terreno firme e no momento seguinte cairmos numa espécie de piscina ao ar livre no bocado de passeio que fica entre a tasca do Zé Manel e a paragem do autocarro.
As estradas padecem do mesmo problema. Outros países possuem estradas completamente rasas; Portugal, por uma razão qualquer que me escapa, tem estradas com uma superfície convexa, em que o ponto mais alto está ao meio e os pontos mais baixos nas extremidades... ou seja, junto das bordas dos passeios, ou seja, é para aqui que a água escorre quando chove, ou seja, um carro que venha mais junto do passeio acaba por acertar em poças, ou seja, irá atirar água para os passeios, ou seja, molhará quem quer que por esse passeio caminhe, ou seja, deve esta gente pensar que os portugueses são franceses. Os franceses é que não tomam banho em casa, pá!
Isto é uma questão estrutural. Não sei para quê tanta cagança com mais pontes sobre o Tejo, aeroportos, TGVs e o camandro quando já se viu que os portugueses não têm jeito nem para coisas tão simples quanto passeios e estradas. Dá para pensar na qualidade dos engenheiros deste país. Pelos vistos, os engenheiros do nosso Portugal só sabem ou violar adolescentes em Telheiras ou violar os portugueses.
(peço desculpa por esta última afirmação. O tipo que anda a violar os portugueses desde 2005 afinal não é engenheiro)
Da próxima vez que cair um toró, juro que vou buscar o equipamento de mergulho. Só assim se pode andar ("andar"?!?) pelos passeios deste conjunto de poças à beira-mar plantado.
Até amanhã e evitem estradas e passeios. Em boa verdade, evitem todo o solo português...
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segunda-feira, março 08, 2010
Lúcidos comentários acerca de Alice no País das Maravilhas
Ah, ganda Liédson, 4 golos num jogo é só para os eleitos, és o maior, viva o Sporting, ainda vamos ganhar o campeonato e...
Desculpem, ainda estou num período de euforia sportinguista. As vitórias têm sido tão escassas que, quando surgem, há que aproveitá-las ao máximo. Já agora, como está a ser evidente que o Sporting só dá cabazadas a equipas que vistam de azul (3 a 0 ao Everton e ao Porto, 4 a 0 aos Belenenses), sugiro que todos os adversários do SCP passem a envergar jerseys azulinhos.
Ontem fui ver a Alice do Tim Burton. E tenho três comentários a fazer:
1 - QUERO O MEU DINHEIRO DE VOLTA! NÃO CONSIGO VER PUTO COM AQUELES ÓCULINHOS 3D!
2 - Onde estava o Humpty Dumpty? Faltaram ovos ao catering durante as gravações e decidiram utilizá-lo como ingrediente para uma omolete?!
3 - SPOOOOOOOOOORTING!!!
Mas é um bom filme. Vale a pena. Estão à espera do quê para comprar os óculos 3D e ver o filme? Vá, despachem-se...
E bons dias a todas as gretas deste mundo no Dia Internacional da Greta.
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sexta-feira, março 05, 2010
Do Amor
CHARLES: Ahm, look...
CHARLES: Sorry. Sorry. I just - this is a really stupid question - practically in view of our recent shopping excursion - but I just wondered if by any chance - I mean, obviously not, because I’m just some git who’s only slept with... (confessing) ... nine people, but I just wondered - I really feel... ahm... In short, to recap in a slightly clearer version - the words of David Cassidy, in fact, while he was still with the Partridge Family - ‘I think I love you’, and I just wondered whether by any chance you wouldn’t like to... no, no, of course not - I’m a idiot, he’s not. Excellent. Excellent. Fantastic. Lovely to see you. Sorry to disturb - better get on.
He turns away.
CHARLES: Fuck!
CARRIE: That was very romantic...
CHARLES: Well, I thought it over a lot, you know, I wanted to get it just right...
CHARLES: Important to have said it, I think.
Esta cena, retirada dessa brilhante comédia que é o Quatro Casamentos e Um Funeral, ilustra bem aquilo que eu entendo por amor. Amor não é declarar poemas martelados durante dias e dias: amor é dizer com sinceridade aquilo que vai na alma, mesmo que o discurso venha aos pontapés. Na minha opinião, tem mais valor um tipo dizer, à sua tipa, "anda cá filha, vou dar-te cá uma trancada!" desde que o faça com honestidade, do que andar a decorar as falas do Romeu & Julieta para poder repeti-las à sua mais que tudo.
A primeira vez que eu disse à minha gaja que a amava faz hoje dois anos. E a minha atrapalhação não ficou nada a dever à do Hugh Grant quando se declarou à Andie McDowell no diálogo que reproduzi acima. Acho até que lhe pedi desculpa... vejam lá quão tolo se pode ser! Porém, as coisas são mesmo assim: inesperadas, não ensaiadas e surpreendentes, porque vêm lá do fundo, e tal como tudo o que vem lá do fundo, irrompe sem fazer prisioneiros. "Important to have said it", dizia a personagem do Hugh Grant. Pois...
Quem lê este blogue, pode ficar a pensar que a minha gaja é uma ditadora, uma fascista, uma teimosa, uma intolerante, uma incompreensiva, uma benfiquista. A realidade, no entanto, é que ela é muito pior.
Quem lê este blogue, pode ficar a pensar que eu sou um desastrado, um distraído, um preguiçoso, um lunático, um aluado, um maltrapilho, um sportinguista. A realidade, no entanto, é que sou muito pior.
Como é que duas pessoas assim podem, neste mundo, dar-se bem? Um mundo em que gente que tem mais coisas em comum do que nós os dois anda à batatada... Um mundo em que povos tão semelhantes como israelitas e palestinianos divertem-se a massacrar-se uns aos outros... Como, então?!
A resposta é muito simples. Por mais diferenças que tenhamos, há algo que nos une e nos move. Esse algo, por mais piroso que possa parecer, é uma palavra muito simples e muito pequenina começada por A e acabada em mor. E isso é o que nos basta.
E se nos basta a nós, por que não há-de bastar aos outros? Por isso, meus amigos: amem-se! Se és uma gaja, ama o teu gajo. Se és um gajo, ama a tua gaja. Se és uma gaja lésbica, ama a tua gaja lésbica (e depois manda as fotografias para o meu e-mail, s.f.f.). Se és um gajo gay, vai levar no pacote. Se és solteiro, ama a tua mão. Se és solteira, ama os teus deditos. Enfim, façam o que quiserem com quem quiserem, desde que amem e sejam amados. Porque é isto que verdadeiramente importa.
Bom fim-de-semana e amem-se muito.
P.S.: E muitos mchuacs para ti, ó gaja!
CHARLES: Sorry. Sorry. I just - this is a really stupid question - practically in view of our recent shopping excursion - but I just wondered if by any chance - I mean, obviously not, because I’m just some git who’s only slept with... (confessing) ... nine people, but I just wondered - I really feel... ahm... In short, to recap in a slightly clearer version - the words of David Cassidy, in fact, while he was still with the Partridge Family - ‘I think I love you’, and I just wondered whether by any chance you wouldn’t like to... no, no, of course not - I’m a idiot, he’s not. Excellent. Excellent. Fantastic. Lovely to see you. Sorry to disturb - better get on.
He turns away.
CHARLES: Fuck!
CARRIE: That was very romantic...
CHARLES: Well, I thought it over a lot, you know, I wanted to get it just right...
CHARLES: Important to have said it, I think.
Esta cena, retirada dessa brilhante comédia que é o Quatro Casamentos e Um Funeral, ilustra bem aquilo que eu entendo por amor. Amor não é declarar poemas martelados durante dias e dias: amor é dizer com sinceridade aquilo que vai na alma, mesmo que o discurso venha aos pontapés. Na minha opinião, tem mais valor um tipo dizer, à sua tipa, "anda cá filha, vou dar-te cá uma trancada!" desde que o faça com honestidade, do que andar a decorar as falas do Romeu & Julieta para poder repeti-las à sua mais que tudo.
A primeira vez que eu disse à minha gaja que a amava faz hoje dois anos. E a minha atrapalhação não ficou nada a dever à do Hugh Grant quando se declarou à Andie McDowell no diálogo que reproduzi acima. Acho até que lhe pedi desculpa... vejam lá quão tolo se pode ser! Porém, as coisas são mesmo assim: inesperadas, não ensaiadas e surpreendentes, porque vêm lá do fundo, e tal como tudo o que vem lá do fundo, irrompe sem fazer prisioneiros. "Important to have said it", dizia a personagem do Hugh Grant. Pois...
Quem lê este blogue, pode ficar a pensar que a minha gaja é uma ditadora, uma fascista, uma teimosa, uma intolerante, uma incompreensiva, uma benfiquista. A realidade, no entanto, é que ela é muito pior.
Quem lê este blogue, pode ficar a pensar que eu sou um desastrado, um distraído, um preguiçoso, um lunático, um aluado, um maltrapilho, um sportinguista. A realidade, no entanto, é que sou muito pior.
Como é que duas pessoas assim podem, neste mundo, dar-se bem? Um mundo em que gente que tem mais coisas em comum do que nós os dois anda à batatada... Um mundo em que povos tão semelhantes como israelitas e palestinianos divertem-se a massacrar-se uns aos outros... Como, então?!
A resposta é muito simples. Por mais diferenças que tenhamos, há algo que nos une e nos move. Esse algo, por mais piroso que possa parecer, é uma palavra muito simples e muito pequenina começada por A e acabada em mor. E isso é o que nos basta.
E se nos basta a nós, por que não há-de bastar aos outros? Por isso, meus amigos: amem-se! Se és uma gaja, ama o teu gajo. Se és um gajo, ama a tua gaja. Se és uma gaja lésbica, ama a tua gaja lésbica (e depois manda as fotografias para o meu e-mail, s.f.f.). Se és um gajo gay, vai levar no pacote. Se és solteiro, ama a tua mão. Se és solteira, ama os teus deditos. Enfim, façam o que quiserem com quem quiserem, desde que amem e sejam amados. Porque é isto que verdadeiramente importa.
Bom fim-de-semana e amem-se muito.
P.S.: E muitos mchuacs para ti, ó gaja!
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quinta-feira, março 04, 2010
O meu cabelo
O meu cabelo é algo independente de mim. É uma matéria com vida própria, algo que só faz aquilo que lhe apetece e não o que eu lhe peço. O meu cabelo, no fundo, nem sequer é lá muito meu: convive comigo, mas apenas porque nasceu agarrado à minha cabeça. Quanto ao resto, somos como que duas entidades diferentes, um pouco como dois gémeos siameses condenados a ficar juntos mesmo que um queira ir para a esquerda e o outro para a direita.
O meu cabelo espanta muita gente. Recordo-me de uma vez ter sido interpelado no comboio por um senhor com os seus quarenta anos. Esteve uns 15 minutos a olhar especado para mim e para o meu cabelo e não resistiu a perguntar-me "Desculpe incomodá-lo, mas o senhor sabe que tem um ser alienígena em cima da sua cabeça?". Quando lhe respondi que não, não era uma forma de vida de outro planeta e sim o meu tecido capilar, ele não pareceu ficar lá muito convencido e disse apenas para si, baixinho mas não tanto que eu não pudesse ouvir, algo como "Olha, este já foi dominado... vou é sair daqui, não vá isto pegar-se".
Outra vez, estava no restaurante ocupado com a minha refeição e duas mesas ao lado uma criança fazia birra para não comer a sopa. Lembro-me bem do diálogo entre o petiz e a mãe deste... A mãe disse-lhe "Come a sopa, senão chamo o Papão!" O puto, esperto e com ar de quem já não é levado por tais patranhas, devolveu simplesmente um "Ha! O Papão não existe!" A mãe, porém, mais esperta e decidida a fazer com que o puto comesse a sopa, atirou-lhe com esta: "Ai não existe?! Existe, existe! Olha ali o Papão em cima da cabeça daquele senhor! Se não comeres a sopa toda, vou lá buscá-lo!" A cara que o puto fez enquanto olhava, horrorizado, para o meu cabelo era digna de um filme de Hollywood. Não sei se hoje em dia, passados muitos anos, o puto ainda acredita no Papão. O que eu sei é que, naquele dia, ele lá comeu a sopa toda...
O meu cabelo poderia muito bem figurar na colecção do Museum of Bad Art (sim, este museu, tal como o meu cabelo, existe). Esteticamente falando, o meu cabelo constitui uma mistura de dadaísmo, cubismo, surrealismo, abstraccionismo extremo, op art, pop art, expressionismo, fauvismo e, claro, arte rupestre. Ou não, porque o meu cabelo não gosta de ser categorizado (é muito senhor do seu vaso capilar, ele).
O meu cabelo é assim, desconcertante. Água, champô, pente ou secador não o dominam. Só a majestosa tesoura o consegue aplacar. O único paliativo que eu conheço para o meu cabelo é cortá-lo. E é o que eu vou fazer no próximo fim-de-semana, o que significa que só o vou cortar daqui a um mês. Sim, a frase é estúpida, valha-me Liédson, mas ao contrário do meu cabelo, faz todo o sentido: quando eu digo que vou cortar o cabelo no fim-de-semana e só o corto um mês depois, tal deve-se a ter de preparar psicologicamente o meu cabelo para o que vai acontecer. Se a tesoura o ataca de surpresa, ele reage mal... Quando eu tinha 14 anos, deu-me um vaipe e tomei a decisão de cortar o cabelo na tarde de uma quinta-feira. Fui ao barbeiro, sentei-me e ao primeiro gesto do baetas, o meu cabelo picou-lhe a mão em vários sítios (o pobre homem teve de ir parar ao hospital e nunca mais pôde exercer a profissão). Foi aí que percebi que tinha de ser mais diplomático e sensível. Daí a frase acima.
Aposto que o Tony Carreira não tem destes problemas...
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tenha vermelha
quarta-feira, março 03, 2010
I am the Veggie Monsta!
Já vos contei daquela vez em que fui a uma visita de estudo à Assembleia da República e apanhei uma piela porque antes de entrar emborquei litro e meio de cerveja?! Então foi assim: fui a uma visita de estudo à Assembleia da República e apanhei uma piela porque antes de entrar emborquei litro e meio de cerveja.
Uma das mais radicais e difíceis decisões da minha vida foi não ter mandado um calduço no Durão Barroso quando o vi caminhar, em plena Av. 5 de Outubro, na minha direcção. Ainda hoje não consigo explicar o porquê... nem um calduço, nem uma rasteira, nem ao menos uma cuspidela naquela tromba... não consegui fazer nada, e carregarei o arrependimento até ao final dos meus dias.
Outra decisão radical e difícil foi ter-me tornado vegetariano. Tal opção significaria, daí para diante, deixar de comer coisas que me davam prazer: chouriço, farinheira, um bife mal passado, enfim tudo coisas de que a maior parte das pessoas não está preparada para abdicar. Mas escolhi esta via por razões éticas: a integridade dos animais está acima do prazer que eu pudesse ter ao consumi-los.
Como é natural, a minha entourage (família, amigos, colegas, prostitutas de Monsanto...) não compreendeu logo tal decisão. Temiam que a minha saúde se ressentisse; temiam que eu, já de mim magro, sofresse com a ausência da carne e ficasse um anémico de pele e osso. Porém, nada disso ocorreu...
Desde que resolvi ser vegetariano, não só não emagreci como fui mesmo capaz de engordar mais de 10 quilos... and counting! Ou seja, os temores dos que me circulavam eram completamente infundados. A razão é simples: hoje em dia, eu como desmesuradamente mais do que comia antigamente. Se na minha fase omnívora eu ficava bem com um bife acompanhado de batatas fritas, agora só fico saciado se comer, a cada refeição, uma sopa, uma travessa com salada (tomate, alface, cebola, orégãos), um pratinho de queijo fresco (vedado aos vegans, mas não aos vegetarianos - um dia explico a diferença), um prato cheio com rancho/lasanha/pizza/qualquercoisa vegetariana, uma peça de fruta, uma taça de gelado, uma taça com amendoins/cajús/amêndoas/passas ou tudo junto.
Portanto, tudo o que for vegetal ou fruto, tal como couves, alfaces, soja e seus subprodutos como seitan e tofu, cenouras, tomates, alhos franceses, maçãs, beringelas, courgettes, cebolas, laranjas, batatas, melancias, espinafres, nabos, morangos, pepinos, abóboras, batatas-doces, pêras, etc. eu como. Por vezes, tudo ao mesmo tempo. Eu sou o equivalente vegetariano ao monstro das bolachas. Eu sou um monstro vegetariano! E a minha saúde não sai prejudicada, bem pelo contrário, embora os mais de 10 quilos que já ganhei às contas desta "dieta" tenham prejudicado um pouco o meu rendimento futebolístico. No fundo, o que eu quero dizer é que compensa ser vegetariano: compensa eticamente, porque não se agride os animais; compensa monetariamente, porque, mesmo a enfardar vegetais à maluca gasto menos do que gastava com carne; compensa na saúde, porque tenho uma alimentação rica sem ter de me chatear com gorduras e nitrofuranos e coisas afins.
E mais: consigo ser vegetariano e ainda assim manter uma certa coolidade de vida. Sim, coolidade, que é como quem diz uma qualidade cool. Já viram que seitan, foneticamente, se assemelha a Satã? E que eu como disto praticamente todos os dias? Vocês imaginam o cool que é estar em concertos de bandas satânicas (mais de metade das bandas que eu ouço são-no...) e no meio de duas canções virar-me para o vocalista e berrar "I did eat some seitan two hours ago. It was good"? Quem disse que os vegetarianos são todos uns nhónhós, hmmm? Ser vegetariano é fixe, sobretudo quando se é um veggie monsta que come satãzinhos ao almoço...
Até amanhã e boas refeições. Comam muito seitan, que faz bem ao corpo e à alma.
Uma das mais radicais e difíceis decisões da minha vida foi não ter mandado um calduço no Durão Barroso quando o vi caminhar, em plena Av. 5 de Outubro, na minha direcção. Ainda hoje não consigo explicar o porquê... nem um calduço, nem uma rasteira, nem ao menos uma cuspidela naquela tromba... não consegui fazer nada, e carregarei o arrependimento até ao final dos meus dias.
Outra decisão radical e difícil foi ter-me tornado vegetariano. Tal opção significaria, daí para diante, deixar de comer coisas que me davam prazer: chouriço, farinheira, um bife mal passado, enfim tudo coisas de que a maior parte das pessoas não está preparada para abdicar. Mas escolhi esta via por razões éticas: a integridade dos animais está acima do prazer que eu pudesse ter ao consumi-los.
Como é natural, a minha entourage (família, amigos, colegas, prostitutas de Monsanto...) não compreendeu logo tal decisão. Temiam que a minha saúde se ressentisse; temiam que eu, já de mim magro, sofresse com a ausência da carne e ficasse um anémico de pele e osso. Porém, nada disso ocorreu...
Desde que resolvi ser vegetariano, não só não emagreci como fui mesmo capaz de engordar mais de 10 quilos... and counting! Ou seja, os temores dos que me circulavam eram completamente infundados. A razão é simples: hoje em dia, eu como desmesuradamente mais do que comia antigamente. Se na minha fase omnívora eu ficava bem com um bife acompanhado de batatas fritas, agora só fico saciado se comer, a cada refeição, uma sopa, uma travessa com salada (tomate, alface, cebola, orégãos), um pratinho de queijo fresco (vedado aos vegans, mas não aos vegetarianos - um dia explico a diferença), um prato cheio com rancho/lasanha/pizza/qualquercoisa vegetariana, uma peça de fruta, uma taça de gelado, uma taça com amendoins/cajús/amêndoas/passas ou tudo junto.
Portanto, tudo o que for vegetal ou fruto, tal como couves, alfaces, soja e seus subprodutos como seitan e tofu, cenouras, tomates, alhos franceses, maçãs, beringelas, courgettes, cebolas, laranjas, batatas, melancias, espinafres, nabos, morangos, pepinos, abóboras, batatas-doces, pêras, etc. eu como. Por vezes, tudo ao mesmo tempo. Eu sou o equivalente vegetariano ao monstro das bolachas. Eu sou um monstro vegetariano! E a minha saúde não sai prejudicada, bem pelo contrário, embora os mais de 10 quilos que já ganhei às contas desta "dieta" tenham prejudicado um pouco o meu rendimento futebolístico. No fundo, o que eu quero dizer é que compensa ser vegetariano: compensa eticamente, porque não se agride os animais; compensa monetariamente, porque, mesmo a enfardar vegetais à maluca gasto menos do que gastava com carne; compensa na saúde, porque tenho uma alimentação rica sem ter de me chatear com gorduras e nitrofuranos e coisas afins.
E mais: consigo ser vegetariano e ainda assim manter uma certa coolidade de vida. Sim, coolidade, que é como quem diz uma qualidade cool. Já viram que seitan, foneticamente, se assemelha a Satã? E que eu como disto praticamente todos os dias? Vocês imaginam o cool que é estar em concertos de bandas satânicas (mais de metade das bandas que eu ouço são-no...) e no meio de duas canções virar-me para o vocalista e berrar "I did eat some seitan two hours ago. It was good"? Quem disse que os vegetarianos são todos uns nhónhós, hmmm? Ser vegetariano é fixe, sobretudo quando se é um veggie monsta que come satãzinhos ao almoço...
Até amanhã e boas refeições. Comam muito seitan, que faz bem ao corpo e à alma.
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terça-feira, março 02, 2010
O próximo passo da evolução humana
Que os cientistas misturam tudo e mais alguma coisa, já não é novidade nenhuma. Há estudos e estudos e estudos sobre tudo e mais alguma coisa, desde os benefícios de esfregar a pele com urina de ouriço até aos riscos que o coração masculino corre se o homem não olhar, 5 vezes ao dia, para fotografias da Bar Rafaeli (hmmm, na verdade, desconheço se há alguma investigação científica a ir neste sentido, mas se não há, devia haver!). Mas este novo estudo não deixa de causar alguma surpresa: aqui, associa-se a fidelidade conjugal à inteligência. O mote é este: "Homens que traem as esposas e namoradas tendem a ter QI mais baixo e ser menos inteligentes". E mais: “homens inteligentes estão mais propensos a valorizar a exclusividade sexual do que homens menos inteligentes”.
Admito que nunca pensei ver a promiscuidade ligada à estupidez. Também não sei em que bases empíricas se fundamenta a investigação, mas não é por aí que quero ir. Aonde eu quero ir é aqui: "outra conclusão do estudo é que o comportamento "fiel" do homem mais inteligente seria um sinal da evolução da espécie".
Isto é que é digno de um olhar atento! A investigação sugere que o homem está a evoluir para a fidelidade. Adeus, fodilhões. Adeus, machos que comem tudo o que aparece à frente. O vosso tempo está a chegar ao fim - pelo menos, é isso que o estudo parece dizer.
Ah, mas há mais, ó se há! Não é só a fidelidade que é traduzida em inteligência. Leiam isto: "De acordo com o estudo, o ateísmo e o liberalismo político também são características de homens mais inteligentes".
Portanto, e em suma, o homem do futuro, o super-homem nietzscheano, o próximo passo da evolução, será um tipo fiel numa relação, ateu e liberal.
Agora é que são elas: quantas pessoas vocês conhecem que respondem a estas características?!? Hmmmm?!? Vá, pensem lá bem! Quantas pessoas possuem, em simultâneo, as propriedades acima referidas como sendo indissociáveis da inteligência?!? Quantas, vá?!?!
Vamos por partes:
Fidelidade: conheço umas quantas pessoas fieis ao seu cônjuge... o Hugo, o Henrique, o Ricardo... ah, e eu! Já são quatro pessoas, no mínimo.
Ateísmo: conheço gente que não acredita em Deus. O José Saramago, o Jaime... ah, e eu! Já somos três pessoas.
Liberal: Bom, antes de elencar pessoas liberais, há que fazer uma distinção prévia, que o estudo não fez, mas que urge colocar em cima da mesa, entre liberais de esquerda (gente consciente, preocupada e solidária) e liberais de direita (bestas de merda). Assim, no grupo dos liberais, coloco gente como o Pedro Passos Coelho (besta de merda) e, e... ah, já sei, eu (liberal de esquerda, entenda-se!).
Ou seja, só conheço uma, umazinha, pessoa que obedece simultaneamente às propriedades de ser fiel, ser ateu e ser liberal: EU! Eu sou, então, o próximo passo da evolução! Eu sou o futuro! O caminho do Homem é aquele que eu já segui. E está tudo comprovado cientificamente!!! Ora tomem lá! Contemplem-me! Adorem-me! Façam-me uma estátua! Doem uns quantos milhares de euros à minha conta bancária! Componham músicas em minha honra! Escrevam épicos! Realizem filmes! Calem o José Sócrates! A humanidade evoluirá para fieis ateus liberais, e eu já cá estou! Da próxima vez que passarem por mim, olhem-me com reverência, pois é assim que os vosso bisnetos irão ficar.
Coisa mais linda, não é?!?
Até amanhã e respeitem os(as) vossos(as) companheiros(as) enquanto não acreditam em Deus e defendem uma sociedade justa, livre e responsável e em que todos possuam os mesmos direitos. Vão ver que ficam mais inteligentes, pá!
Admito que nunca pensei ver a promiscuidade ligada à estupidez. Também não sei em que bases empíricas se fundamenta a investigação, mas não é por aí que quero ir. Aonde eu quero ir é aqui: "outra conclusão do estudo é que o comportamento "fiel" do homem mais inteligente seria um sinal da evolução da espécie".
Isto é que é digno de um olhar atento! A investigação sugere que o homem está a evoluir para a fidelidade. Adeus, fodilhões. Adeus, machos que comem tudo o que aparece à frente. O vosso tempo está a chegar ao fim - pelo menos, é isso que o estudo parece dizer.
Ah, mas há mais, ó se há! Não é só a fidelidade que é traduzida em inteligência. Leiam isto: "De acordo com o estudo, o ateísmo e o liberalismo político também são características de homens mais inteligentes".
Portanto, e em suma, o homem do futuro, o super-homem nietzscheano, o próximo passo da evolução, será um tipo fiel numa relação, ateu e liberal.
Agora é que são elas: quantas pessoas vocês conhecem que respondem a estas características?!? Hmmmm?!? Vá, pensem lá bem! Quantas pessoas possuem, em simultâneo, as propriedades acima referidas como sendo indissociáveis da inteligência?!? Quantas, vá?!?!
Vamos por partes:
Fidelidade: conheço umas quantas pessoas fieis ao seu cônjuge... o Hugo, o Henrique, o Ricardo... ah, e eu! Já são quatro pessoas, no mínimo.
Ateísmo: conheço gente que não acredita em Deus. O José Saramago, o Jaime... ah, e eu! Já somos três pessoas.
Liberal: Bom, antes de elencar pessoas liberais, há que fazer uma distinção prévia, que o estudo não fez, mas que urge colocar em cima da mesa, entre liberais de esquerda (gente consciente, preocupada e solidária) e liberais de direita (bestas de merda). Assim, no grupo dos liberais, coloco gente como o Pedro Passos Coelho (besta de merda) e, e... ah, já sei, eu (liberal de esquerda, entenda-se!).
Ou seja, só conheço uma, umazinha, pessoa que obedece simultaneamente às propriedades de ser fiel, ser ateu e ser liberal: EU! Eu sou, então, o próximo passo da evolução! Eu sou o futuro! O caminho do Homem é aquele que eu já segui. E está tudo comprovado cientificamente!!! Ora tomem lá! Contemplem-me! Adorem-me! Façam-me uma estátua! Doem uns quantos milhares de euros à minha conta bancária! Componham músicas em minha honra! Escrevam épicos! Realizem filmes! Calem o José Sócrates! A humanidade evoluirá para fieis ateus liberais, e eu já cá estou! Da próxima vez que passarem por mim, olhem-me com reverência, pois é assim que os vosso bisnetos irão ficar.
Coisa mais linda, não é?!?
Até amanhã e respeitem os(as) vossos(as) companheiros(as) enquanto não acreditam em Deus e defendem uma sociedade justa, livre e responsável e em que todos possuam os mesmos direitos. Vão ver que ficam mais inteligentes, pá!
segunda-feira, março 01, 2010
Quiz Peter of Pan
Vejam lá se descobrem a que é que se referem os qualificativos seguintes:
MAGNÍFICA. PORTENTOSA. FANTÁSTICA. ESPECTACULAR. LINDA. MAJESTOSA. PERFEITA. IMPRESSIONANTE. ESPLÊNDIDA. FORMIDÁVEL. PRODIGIOSA. DIVINA. EXTRAVAGANTE. LUXUOSA. IRREPREENSÍVEL. EXCELENTE. DELICIOSA. ADMIRÁVEL. REQUINTADA. SUMPTUOSA. FASCINANTE.
E não se esqueçam: o Marat Is My Love.
E já vos disse que sempre gostei do Djaló?
(Amanhã prometo que não falo sobre futebol...)
MAGNÍFICA. PORTENTOSA. FANTÁSTICA. ESPECTACULAR. LINDA. MAJESTOSA. PERFEITA. IMPRESSIONANTE. ESPLÊNDIDA. FORMIDÁVEL. PRODIGIOSA. DIVINA. EXTRAVAGANTE. LUXUOSA. IRREPREENSÍVEL. EXCELENTE. DELICIOSA. ADMIRÁVEL. REQUINTADA. SUMPTUOSA. FASCINANTE.
E não se esqueçam: o Marat Is My Love.
E já vos disse que sempre gostei do Djaló?
(Amanhã prometo que não falo sobre futebol...)
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