Começo pelo cabelo. Quem lê este blog há já algum tempo, sabe que a minha testa vem aumentando consideravelmente de tamanho. Ok, pronto, isto não foi senão um eufemismo: a verdade é que estou a ficar cada vez mais careca! Durante muito tempo, isto incomodou-me, até que o acaso me fez deparar com uma fotografia minha da época em que eu possuía uns viçosos dois mesitos e meio. E o que constava daquela foto? Um puto rechonchudo, pançudo, pezinhos pequenos, vestidinho com um bibezito, e… e… ONDE ESTÁ O MEU CABELO? Ahhhhh, é isso, eu NÃO tinha cabelo!!! Nasci careca, e ganhei cabelo enquanto envelhecia; agora, está a dar-se o movimento inverso, ou seja, estou a perder cabelo, portanto, estou a “enovecer” (este é um neologismo que acabei de inventar e que significa “estar a ficar mais novo”).
A foto mostrou-me ainda outra coisa para além da minha falta de cabelo quando bebé: o meu eu dessa época detinha outra propriedade que só recentemente readquiri. Estou a falar de uma notória pança. Eu nasci gordinho e pançudo, mas à medida que cresci, emagreci de tal maneira que me tornei um autêntico pau de virar tripa. Sim, a idade fez-me escanzelado, mas verifico que isto está também a mudar… continuo magricela, sim, porém a minha barriga vem aumentando bastante de tamanho, tal como o meu rabo. Por este andar, daqui a uns 5 anos estou novamente gordinho, tal como era em bebé. Mais uma vez, o que se retira daqui é: estou a ficar mais novo!
Nem só o cabelo ou a barriga são provas do meu rejuvenescer: alguns dos meus comportamentos são-no igualmente. Apercebi-me disso no último fim-de-semana: estava eu a jogar futebol com os amigos quando, em sequência de um lance disputado com um adversário, caio e rebolo pelo chão e esfolo o braço e cotovelo direitos, a palma da mão esquerda e ainda as costas e parte do abdómen. Enquanto sangrava e jogava (sim, continuei a jogar! Não sou maricas como os jogadores do Benfica!), fui ao âmago das minhas memórias na tentativa de desenterrar uma ocorrência semelhante. Perguntei-me: “Ó Tanis, não mandavas um tralho destes há eras! Quando foi a última vez que isso aconteceu?”. Entre dois dribles e um remate que passou ao lado, lá me recordei: tinha sido há coisa de 20 e tal anos, quando um puto estúpido me passou uma rasteira e me fez rastejar uns 5 metros pelo chão, levando-me a esfolar braços, pernas, joelhos, peito, antes de apanhar com o meu pé esquerdo (que não estava esfolado) no meio das nalgas. Novamente, o que o baú das memórias evidenciava era isto: estou a ficar mais novo, sem dúvida, uma vez que voltei a ter o aspecto ferido e massacrado, qual Jesus Cristo na cruz, que tinha quando era criança, tudo fruto dos meus comportamentos e brincadeiras.
O que se segue agora? Não sei, mas estou muito satisfeito com tudo isto, confesso! As perspectivas são assaz animadoras! Voltar à infância agrada-me imenso, e mal posso esperar pelos restantes efeitos! Vai ser mesmo giro, embora tema perder algumas das minhas actuais amizades. Mas enfim, ao menos ficam de sobreaviso: se virem aí um tipo com cerca de 1 metro e 80, de fraldas, a mamar num par de seios e a fazer gugúdadá, já sabem: sou eu! Venham cumprimentar-me e ponham-me a chucha na boca, já agora. Obrigados, pá!
Tanis
3 comentários:
Mto se poderia dizer acerca deste post... mas eu prefiro ficar caldinha que é melhor para mim...
Confesso, porém, que fiquei de certa forma preocupada com algumas afirmações!
Não percebo nem a vossa preocupação, nem a vossa risota. Isto é um tema sério, pá!
Pois, as minhas preocupações tb são sérias!!! Mas eu tb gostava de "enovecer"!!!
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