segunda-feira, novembro 02, 2009

Um jogo de poker é uma lição de vida!


Eu adoro Poker (gosto mais ainda de Poke-Her, se é que me entendem...). E como noticiei na passada quinta-feira, descobri que o Facebook permite aos utilizadores jogarem um joguinho que é o Zynga Poker. Com muita pena minha, devido aos meus compromissos e devido à circunstância de a gaja querer andar a plantar coisinhas e cuidar de animaizinhos no Farmville (mais outra aplicação do Facebook), não jogo tanto quanto gostaria. Mas, de quando em vez, lá vou dar uma cartada.

Foi o que aconteceu ontem durante grande parte do dia. Os planos antecipados que tinha para passar o domingo foram furados e lá me enfiei diante do monitor, não sem antes mandar a gaja fazer as suas coisas (varrer a casa, lavar a loiça, passar a ferro... nós lá em casa somos muito adeptos da divisão de tarefas: ela trabalha, eu divirto-me!)* Eram, pois, umas 16h quando comecei a primeira pokerzada do dia. Possuía 38 mil fichas, que vinham dos outros dias em que havia jogado, e em pouco mais de meia hora, fruto de jogadas geniais da minha parte, cheguei às 85 mil fichas.

Depois disto, foi o descalabro. Imaginem o Benfica a dar tareias de 5 a 0 e 6 a 1 a equipas como o Everton e o Nacional e depois imaginem o mesmo Benfica a sair com o rabo entre as pernas em Braga. Pois: comigo foi pior! Cheio de bazófia por ter ganho tantas fichas em tão pouco tempo, abandonei claramente o meu calculismo e passei a revelar uma arrogância ao jogo maior do que a arrogância do Pacheco Pereira quando se fala de política. Passei a apostar à grande... e a perder também à grande. Quando dei por terminado o meu dia de jogatana, lá pelas 22h30, já só me restavam 15 mil fichas, ou seja, menos do que aquilo com que tinha começado a jornada.

Isto, sem dúvida, é uma lição. Há muito tempo que considero o Poker como o jogo mais filosófico que existe, e o dia de ontem não fez mais do que comprová-lo. A vida, afinal, é como o Poker: há gente que faz bluff. Há gente que só vai lá pela certa. Há gente que tem outras cartas na manga. E há gente que, quando as coisas correm bem - por vezes, bem demais -, fica deslumbrada. E o deslumbramento, assim como qualquer outro tipo de ilusão, tolda o raciocínio e leva-nos a fazer coisas que não faríamos caso estívessemos na posse do nosso pleno juízo. Quando a vida vai bem, o melhor é refrear o entusiasmo em lugar de querer mais, mais e mais. Se não o refrearmos, a bolha corre o risco de rebentar, como aliás se passou com a recente crise económico-financeira que andamos a enfrentar desde 2008.

A vida é isto, e o Poker também. Já agora, ninguém me empresta umas 50 mil fichas para eu limpar os meus adversários?!?! Obrigado.

* Espero bem que não tenham acreditado nisto. Eu farto-me de trabalhar. Se eu ficasse descansadinho no sofá a não fazer um cu, a minha gaja já me tinha enfiado uma vassoura pelo... bem, pelo cu!

4 comentários:

Ilda disse...

É,cada um tem o que merece(não é o que costumas dizer?)! Ao menos eu na "farm" perco muito pouco e quase sempre ganho!

Pulha Garcia disse...

Caro Peter of Pan,

jogar poker é engraçado. Acho que deverias adoptar uma estratégia Caicedo ... assustar os outros jogadores com um ar de mau, mas por dentro seres uma alma dócil, incapaz de fazer mal a uma mosca.

Estou sempre a aprender coisas que dão para fazer com o facebook mas infelizmente nunca as ponho em prática. Só lá vou ver se tenho mails e se há algum amigo online.

Lexy disse...

Deixa estar,eu compreendo-te já fui assim um dia :P
Mas depois passei a dar cartas altas faseado,ou seja,vou lá de tempos a tempos mais ou menos certos, e a coisa dá frutos.

jogodopoker disse...

Eu vejo você nice.thx este blog é para compartilhar essa informação. poker game tem
sido jogado por muitas pessoas.