segunda-feira, abril 28, 2008

Sonho de uma Conspiração de Verão

Passam-se-me várias coisas pela cabeça quando estou acordado, mas quando estou a dormir... bem, nem sei o que diga! Mais noite, menos noite, acordo a exclamar, de mim para mim: "porra, que raio de sonho tão estranho!". Foi o que aconteceu recentemente: tive um sonho digno de uma aventura de James Bond, assim género uma intriga policial com laivos de conspiração internacional à mistura, mas tudo de uma maneira nonsense típica de devaneios oníricos.

Tudo começou com um cientista finlandês, que havia descoberto, nas suas investigações, um qualquer segredo que o tornava num homem bastante perigoso, e que vários governos e organizações desejavam eliminar. Receoso, o cientista decide desaparecer, não sem antes colocar o conteúdo da sua pesquisa num e-mail e enviá-lo a duas, e só duas, pessoas: uma era eu, a outra... bom, a outra era o comediante norte-americano descendente de irlandeses, Conan O'Brien.
Ao recebermos o e-mail, eu e o Conan entrámos em contacto. O assunto parecia sério e sabíamos que estava ali algo potencialmente explosivo, só que havia um pequeníssimo problema: nenhum de nós sabia nada da língua suomi, isto é, finlandesa. Durante algum tempo, não posso precisar quanto porque os meus sonhos não trazem relógio ou calendário, lutámos por perceber aquilo que constava do ficheiro enviado pelo cientista e trabalhámos também arduamente para traduzir esse conteúdo para inglês. Porém, praticamente no fim da empresa, descobrimos que também nós andávamos a ser espiados, e que, no preciso momento em que imprimíamos a tradução do texto do cientista, com o propósito de a levarmos até um editor para posterior publicação, dois patifes contratados pelo governo norte-americano subiam as escadas que davam até ao nosso apartamento.
Eu entrei em pânico, mas o Conan não! Ele disse-me, calmamente: "Relax, Tanis. We'll jump through the window!". Quando me preparava para espetar um murro naquelas fuças, pois a ideia de saltar pela janela parecia-me extremamente absurda, ouvi tiros no corredor: os dois patifes estavam a disparar contra a fechadura, preparando-se de seguida para entrar no local onde estavam eu, o Conan e o manuscrito. Pensei: "Olha, que se lixe! A mim não me apanham vivo!", e, virando-me para o Conan, "Let's go, motherfucker!". E saltámos! Todavia, não nos estatelámos: poucos andares abaixo da nossa janela, encontrava-se um saco elástico que ligava a outro apartamento; este gadget tinha sido montado horas antes pelo próprio Conan O'Brien, que já andava desconfiado de ser seguido. Entrámos então no outro apartamento, o Conan recolheu o saco e fugímos dali para fora. Já na rua, lançámos ambos um olhar sarcástico para a nossa janela: os dois mercenários encontravam-se lá, com esgar de espanto, perguntando-se a si mesmos como pudéramos nós escapar. Eu e o Conan rimo-nos, e não aguentei: lancei um "Hey, motherfuckers, come and get us" para os dois meliantes e ainda lhes fiz um manguito, desatando depois a correr, com o manuscrito debaixo do braço e o Conan atrás, deixando os tipos ainda mais especados a olhar da janela!
Já mais descansados, Conan e eu decidimos comprar uma passagem para Paris. Aqui chegados, dirigimo-nos até uma editora francesa, falámos com o manda-chuva e convencemo-lo a publicar o manuscrito o mais rapidamente possível, pois detinha informação que, tornada pública, mudaria o rumo da humanidade. Mais rápido do que o diabo a esfregar um olho (é a vantagem dos sonhos: os cortes acontecem assim, tipo cinema), o manuscrito dá lugar a milhares de exemplares em livro e saímos, eu e o Conan, da editora, carregando cada um o seu exemplar, para recordação. E passeámos sorridentes por Paris, conscientes de que havíamos salvo o mundo. Fim do sonho!

Já sei o que vão dizer: "Ó Tanis, a sério, interna-te!"... Que sonho tão estúpido, não é verdade?! Juro que vou deixar de ver o Late Night With Conan O'Brien na Sic Radical...

Tanis

1 comentário:

Ilda disse...

Bom, como já te recomendaste a ti pp o que eu ia recomendar! Fiquei sem palavras!:)