Bom, antes de mais cabe-me apresentar um pedido de desculpas por andar alheado dos meus compromissos blogosféricos, mas tudo se deveu às minhas responsabilidades académicas. Além disso, fugi para um sítio onde não houvesse Natal, e como esse sítio fica um bocado longe, levei algum tempo a regressar.
Durante o tempo que passei fora do mundo da web, e do mundo dos seres humanos em geral, aproveitei para fazer um leve teste de personalidade. Resposta aqui, resposta ali, concluí o dito teste em pouco mais de meia hora, e os resultados que me foram aparecendo pouco ou nada me surpreenderam, até porque eu já sabia tudo aquilo: "você é espectacular", "você possui uma inteligência superior", "você deveria ser o senhor do Universo", "você tem um pénis de 25 cm". Foi isto que foi sendo debitado, até que a dada altura apareceu algo de que eu, definitivamente, não estava à espera, e que nunca pensei ser um componente da minha personalidade: "você sofre do complexo de Peter Pan". (para os menos familiarizados, o complexo de Peter Pan é aquele distúrbio de personalidade em que a pessoa se recusa a crescer e a assumir as responsabilidades de um adulto)
Alto e pára o baile, foi o que pensei ao levar com esta acusação. Então eu, só porque sou o Peter of Pan, tenho de sofrer do complexo de Peter Pan?! Isso é tão absurdo quanto, caso eu fosse bêbado, usasse bigode e tivesse apenas metade do cérebro, me taxarem imediatamente de benfiquista!
Não quis acreditar naquilo que o teste me revelava, tanto que bati o pé, fiz birra e recusei-me a comer a sopa. Mais calmo, procedi então a uma rigorosa análise interior, buscando nos mais recônditos cantos do meu ser, descendo às profundezas negras da minha alma... e faltam-me agora mais metáforas estúpidas dignas de um psiquiatra de quinta categoria! Para resumir, e agora em linguagem de pessoa normal, fiquei a pensar um bocado naquilo, pronto!
E foi assim que fiz uma revisão da matéria dada, em que essa matéria era minha vida. E enquanto o fazia, não pude deixar de pensar no Michael Jackson: havia algumas semelhanças entre a vida dele e a minha própria vida! Não, não estou a ficar mais branco; também não sou pedófilo; a verdade é que nunca consegui dançar o moonwalking; e não dou gritinhos histéricos quando canto.
As analogias prendiam-se com a rapidez com que ambos crescemos. Michael Jackson já era uma figura pública na idade em que a maior parte ainda anda de chupeta. Michael Jackson nunca brincou aos índios e aos cowboys porque andava a dar concertos, a ensaiar ou a gravar discos. Michael Jackson nunca apalpou uma rapariga na escola porque teve sempre pessoas a tratar-lhe da imagem.
Da mesma maneira, eu também fui muito precoce, embora a minha precocidade nada tivesse a ver com a do rei da pop. Aos cinco anos, já via filmes pornográficos em leitores beta; aos nove, já me assumia como anti-americano, dava palestras no quintal do Cajó e via filmes pornográficos em leitores VHS; aos onze, afirmava-me ateu, ia mijar às portas das igrejas e tinha exemplares das Playboy americana e brasileira debaixo do colchão; aos treze, lia Platão, Kant, Nietzsche e já fazia alguma crítica literária ("estes livros ficariam melhores se tivessem cenas de lesbianismo explícito") e desenhava a Paulinha do 2º frente em poses sensuais; aos dezasseis anos, discutia com os professores, escrevia cartas para o jornal O Independente a dizer mal do Paulo Portas e realizava o meu primeiro filme erótico, protagonizado pela Joana Cigana e por uma cenoura descascada.
Ou seja, a minha personalidade manifestou-se muito cedo. Enquanto os outros rapazes e raparigas da minha idade faziam coisas típicas, como rachar as cabeças uns dos outros, eu dedicava-me a assuntos adultos e avançados, daqueles que facilmente estragariam a cabeça de qualquer criança desprovida de lucidez, equilíbrio e saúde mental. Quantos dos que estão a ler este texto aguentariam lidar com aquilo que eu lidei na minha infância e adolescência, e manter a sanidade? Vá, quantos?! Não é fácil ser o único a querer ver filmes pornográficos numa sala cheia de miúdos que só pensam no Tio Patinhas. E ser-se anti-americano em plenos anos 80, época da expansão ideológica do capitalismo dos EUA? As vezes em que me cheguei junto de amigos (acabados de ver o Rocky ou o Rambo), para avisá-los que o governo americano era imperialista e falso e como paga fui ameaçado... E a nega que levei da Sara, quando esta soube que eu não acreditava em Deus?! Então e aquela vez em que o Zé Bronco apareceu na rua com uma revista do Super Homem e eu, todo arrogante, disse que o único super-homem fixe era do Nietzsche e fiquei um mês sem poder jogar à bola?! Não é fácil, meus amigos e minhas amigas, não é fácil...
Portanto, quando era criança e jovem já me tinha tornado adulto. E agora, que sou adulto, e à semelhança do Miguel Jáqueson, só me apetece ser criança e fazer coisas de criança. E sendo que não posso refugiar-me no Dubai, ou ter uma Neverland só para mim, e não me passa sequer pela cabeça dormir com menores, a não ser que se trate da Salma Hayek (1,57m), da Scarlet Johansson (1,63m) ou da Monica Bellucci (1,70m - para mim, tudo o que é abaixo de um metro e oitenta e três é considerado "menor", portanto não me venham com histórias!!!!), resta-me fazer figuras infantis à frente de toda a gente, como fazer cocó no gabinete do patrão, brincar com a pilinha nos transportes públicos (tendo ela 25 cm, é um risco para os outros passageiros. Recentemente, vazei um olho a uma velhota), chapinhar nas poças de água da rua (pá, o que me tenho divertido nos últimos dias...) e mostrar a língua e fazer caretas à minha gaja, o que dá como resultado ser mal visto e malquisto por todos os que me rodeiam.
Afinal, sempre tenho complexo de Peter Pan... a criança que tanto tempo esteve escondida, está agora à solta e indomável.
Bom 2010 e brinquem muito.
quarta-feira, dezembro 30, 2009
segunda-feira, dezembro 21, 2009
Sei que estamos a chegar ao Natal quando...
...vejo bonecos vestidos de vermelho pendurados em janelas e varandas...
...não consigo demorar menos de cinco horas no supermercado...
...gente que não conheço de lado nenhum se auto-convida para ir jantar a minha casa na noite de 24 de Dezembro...
...tenho de arranjar espaço nas gavetas para acomodar a quantidade de meias e cuecas que certamente irei receber!
...não consigo demorar menos de cinco horas no supermercado...
...gente que não conheço de lado nenhum se auto-convida para ir jantar a minha casa na noite de 24 de Dezembro...
...tenho de arranjar espaço nas gavetas para acomodar a quantidade de meias e cuecas que certamente irei receber!
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sexta-feira, dezembro 18, 2009
A Bichice de Deus
Ontem foi aprovado em concelho de ministros o casamento (civil) entre pessoas do mesmo sexo. Eu congratulo-me com tal decisão, pois isto abre as portas para, finalmente, poder casar-me com o Liédson, o homem dos meus sonhos.
Brincadeiras à parte, as objecções a esta proposta continuam a vir da parte dos beatinhos. Para estes, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é uma medida errada porque Deus e a Bíblia condenam a homossexualidade. Mas será que é assim mesmo?!? Deixando de lado o facto de Deus não existir, atentemos mais de perto naquilo que a Bíblia narra e interpretemo-la como seres racionais que somos. Ah, já estou a ouvir as vossas palavras vindas do fundo da vossa beatitude: "Mas quem és tu para interpretar a Bíblia?! Essa tarefa cabe aos hermeneutas, aos teólogos, aos padres da santa Igreja!", às quais respondo da maneira seguinte: sim, pode até ser, porém eu, ao contrário daqueles celibatários cujo único sentido da vida é ler merdas que foram escritas há um porradão de anos, venero mamas em vez de seres inexistentes, por isso tenho mais propriedade para falar de sexualidade do que essas pessoas.
Peguemos então na Bíblia. Vejamos o Génesis. Deus está 5 dias a criar o dia e a noite, as águas e o céu, os animaizinhos e essas tretas, e chega ao 6º dia com a possibilidade de acabar a criação com chave de ouro e o que faz? Cria um pilas! Um pilas!!!! À sua imagem e semelhança, o que dá um ar narcisista à rabetice! E depois, como se fosse coisa de somenos importância, Deus lá percebe que o Adão precisa de companhia e arranca-lhe uma costela, e daí faz a Eva. Ora, um Deus com eles no sítio (já agora, umas pergunta teológicas para os beatos responderem: se Deus está em todo o lado, onde estão os seus tintins? É possível que eu ande, sem saber, a mandar cabeçadas nas divinas bolas? Isso é muito nojento, especialmente se o gajo não rapar o escroto!), em vez de dar tanta atenção ao Adão, criaria a Eva em primeiro lugar. Um Deus completamente hetero agiria assim: "Vamos cá a ver, pernas ok, braços ok, cara ok... hmmm, como posso melhorar isto? Já sei, umas mamocas aqui... hmmm, muito pequenas... é melhor crescerem um bocado... hmmm, ainda não é isto, deviam ser ainda maiores... e porquê pôr apenas duas? As cadelas, as vacas e as outras fêmeas têm mais pares... se calhar vou por só mais duas mamas aqui nas costas, para ver como ficam... ahhhh, perfeito, vou chamar-te Eva!", e depois - e só depois - criaria o Adão. Isto é que seria um Deus às direitas, pá!
Mas a panasquice divina não fica por aqui. Vejamos os 10 mandamentos. Para começar, aquilo foi dado a Moisés (e aposto que as pedras onde os mandamentos estavam gravados vinham embrulhadas numas cortinas lilazes e com lantejoulas por cima...); e basta lê-los para percebermos que são máximas cujos alvos são os homens (que coisa é aquela de não cobiçar a mulher alheia?!?). Os dois primeiros mandamentos mostram o nível a que a frufruzice do Deus judaico-cristão chegou. Diz Deus que só ele é que é o Deus e o senhor e que está interdito ao homem ter outros deuses para além dele. Ou seja, Deus quer exclusividade na adoração do homem (é mesmo nilas, fildra-se!!!), que não pode ter outros ídolos além de Deus. Desculpem lá, mas isto é assédio sexual, e do grande! Ademais, com este segundo mandamento, proíbe-se que machos à séria idolatrem, por exemplo, esses objectos gloriosos que são as mamas. E depois ainda querem os padrecos alegar que a Bíblia condena a homossexualidade...
Ainda há mais! Todo o Antigo Testamento está cheio de histórias de gajos. Os heróis da Bíblia são sempre os homens: é o Moisés, é o Abraão, é o David, é o Salomão... E gajas?!? Gajas, nem vê-las, tirando uma que se transforma em sal, ou outra que, mesmo a cair de velha, tem um filho que depois vem a ser trocado por um carneiro... Se a Bíblia estimulasse a heterossexualidade, haveria no mínimo umas 29530958765 histórias de gajas todas boas a lamberem-se, mamas contra mamas, scissor scisters e tudo, e com Deus, lá do alto, a decretar "E isto é bom". Mas nãããão... É o Adão, o Noé, são os profetas, é o Jonas, é o Jó, é o Sansão ("ui, que músculos", deveria ter pensado Deus para consigo...), é o raio que os afunde!
E o Novo Testamento também não se safa! Deus quer redimir o mundo, e então opta por fazer vir à Terra o salvador. Mas vejam lá se ele escolheu uma gaja toda boa para salvar a humanidade!... O tanas: para Deus, essa tarefa, para ser bonitinha, teria de ser levada a cabo por um homem, Deus encarnado, que se diverte a passear pela terra santa acompanhado por doze (sim, doze!) apóstolos, todos eles homens. Por que é que, em vez de um Cristo, Deus não optou por uma Crista? Com, em lugar de grandes cabelos, grandes mamas! Podia até muito bem manter a relação com a Maria Madalena: se há algo comum a todo o heterossexual, isso é, lá está!, o gosto por lesbianismo!
Mas há pior, ó se há! Para além de meter um Cristo em vez da Crista e de fazê-lo rodear-se de apóstolos, para lá de Cristo ser incriminado à conta de um beijo do Judas (um beijo, meus senhores!!!! Entre dois homens, pá!!!!), há outro pormenor que deveria causar espécie ao mais devoto cristão. Pegue-se no episódio da crucificação de Cristo: ele está ladeado por dois supostos criminosos, certo?! Um deles interpela Jesus (o original, não aquela abécula que treina o Benfica) pedindo para ser recordado no Além, e o que Jesus responde? Não um "vocês os três, façam um quadrado", como a ave rara lampiã, mas um "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso". Estas são as palavras do filho de Deus!!!! E elas dizem tudo acerca da tendência sexual do Criador, que já deveria ser mais do que evidente a partir do momento em que, para inseminar a Maria, teve de recorrer à patranha mais mal contada da história do cristianismo (e se elas são muitas...), o Espírito Santo! A um Deus mesmo Deus, bastaria chegar junto da Maria, apalpar-lhe as mamas e pimba, cá vai alho! Mas não, ui, ele não gosta dessas coisas, então vai lá o Espírito Santo impregnar a gaja.
Por fim, a última prova da bichice de Deus. Esta já não é retirada da Bíblia, mas encontra-se em plena Capela Sistina do Vaticano, lugar eleito pelos auto-aclamados opositores da homossexualidade para debitarem as suas incongruências. Aquele tecto contém os mais famosos frescos da história da humanidade, ali colocados por um dos artistas mais paneleirões (eu sei chamar paneleiro a um artista é algo, em si, redundante, mas avancemos...) de todos os tempos, esse renascentista que, para agravar, possui o mesmo nome de um vocalista de uma banda de Cascais... Os senhores do Vaticano, tão ciosos em condenar a homossexualidade, deleitam-se, hoje e sempre, com a composição do senhor Miguel Ângelo, que revela um Deus nada másculo a tocar um Adão que expõe toda a sua meiguice. Ou seja, a mais famosa representação de Deus não é nada abonatória, virilmente falado, para esse mesmo Deus. E essa representação encontra-se não na cave do Cajó, não no sótão da dona Felismina, não no arquivo do Hugh Hefner, mas na Capela Sistina...
Está tudo dito, portanto, e a moral da história é: aqueles que condenam a homossexualidade com base na Bíblia e em Deus, é melhor olharem com olhos de ver para a mesma Bíblia e para o mesmo Deus. Talvez reconheçam que, em termos de rabilonzice, tudo o que é contado pela santa Igreja não fica nada atrás de uma comum parada gay.
P.S.: E porque não vos quero deixar sem nada para fazer durante o fim-de-semana, deixo um passatempo: contem o número de vezes que o termo "mamas" aparece neste texto.
Brincadeiras à parte, as objecções a esta proposta continuam a vir da parte dos beatinhos. Para estes, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é uma medida errada porque Deus e a Bíblia condenam a homossexualidade. Mas será que é assim mesmo?!? Deixando de lado o facto de Deus não existir, atentemos mais de perto naquilo que a Bíblia narra e interpretemo-la como seres racionais que somos. Ah, já estou a ouvir as vossas palavras vindas do fundo da vossa beatitude: "Mas quem és tu para interpretar a Bíblia?! Essa tarefa cabe aos hermeneutas, aos teólogos, aos padres da santa Igreja!", às quais respondo da maneira seguinte: sim, pode até ser, porém eu, ao contrário daqueles celibatários cujo único sentido da vida é ler merdas que foram escritas há um porradão de anos, venero mamas em vez de seres inexistentes, por isso tenho mais propriedade para falar de sexualidade do que essas pessoas.
Peguemos então na Bíblia. Vejamos o Génesis. Deus está 5 dias a criar o dia e a noite, as águas e o céu, os animaizinhos e essas tretas, e chega ao 6º dia com a possibilidade de acabar a criação com chave de ouro e o que faz? Cria um pilas! Um pilas!!!! À sua imagem e semelhança, o que dá um ar narcisista à rabetice! E depois, como se fosse coisa de somenos importância, Deus lá percebe que o Adão precisa de companhia e arranca-lhe uma costela, e daí faz a Eva. Ora, um Deus com eles no sítio (já agora, umas pergunta teológicas para os beatos responderem: se Deus está em todo o lado, onde estão os seus tintins? É possível que eu ande, sem saber, a mandar cabeçadas nas divinas bolas? Isso é muito nojento, especialmente se o gajo não rapar o escroto!), em vez de dar tanta atenção ao Adão, criaria a Eva em primeiro lugar. Um Deus completamente hetero agiria assim: "Vamos cá a ver, pernas ok, braços ok, cara ok... hmmm, como posso melhorar isto? Já sei, umas mamocas aqui... hmmm, muito pequenas... é melhor crescerem um bocado... hmmm, ainda não é isto, deviam ser ainda maiores... e porquê pôr apenas duas? As cadelas, as vacas e as outras fêmeas têm mais pares... se calhar vou por só mais duas mamas aqui nas costas, para ver como ficam... ahhhh, perfeito, vou chamar-te Eva!", e depois - e só depois - criaria o Adão. Isto é que seria um Deus às direitas, pá!
Mas a panasquice divina não fica por aqui. Vejamos os 10 mandamentos. Para começar, aquilo foi dado a Moisés (e aposto que as pedras onde os mandamentos estavam gravados vinham embrulhadas numas cortinas lilazes e com lantejoulas por cima...); e basta lê-los para percebermos que são máximas cujos alvos são os homens (que coisa é aquela de não cobiçar a mulher alheia?!?). Os dois primeiros mandamentos mostram o nível a que a frufruzice do Deus judaico-cristão chegou. Diz Deus que só ele é que é o Deus e o senhor e que está interdito ao homem ter outros deuses para além dele. Ou seja, Deus quer exclusividade na adoração do homem (é mesmo nilas, fildra-se!!!), que não pode ter outros ídolos além de Deus. Desculpem lá, mas isto é assédio sexual, e do grande! Ademais, com este segundo mandamento, proíbe-se que machos à séria idolatrem, por exemplo, esses objectos gloriosos que são as mamas. E depois ainda querem os padrecos alegar que a Bíblia condena a homossexualidade...
Ainda há mais! Todo o Antigo Testamento está cheio de histórias de gajos. Os heróis da Bíblia são sempre os homens: é o Moisés, é o Abraão, é o David, é o Salomão... E gajas?!? Gajas, nem vê-las, tirando uma que se transforma em sal, ou outra que, mesmo a cair de velha, tem um filho que depois vem a ser trocado por um carneiro... Se a Bíblia estimulasse a heterossexualidade, haveria no mínimo umas 29530958765 histórias de gajas todas boas a lamberem-se, mamas contra mamas, scissor scisters e tudo, e com Deus, lá do alto, a decretar "E isto é bom". Mas nãããão... É o Adão, o Noé, são os profetas, é o Jonas, é o Jó, é o Sansão ("ui, que músculos", deveria ter pensado Deus para consigo...), é o raio que os afunde!
E o Novo Testamento também não se safa! Deus quer redimir o mundo, e então opta por fazer vir à Terra o salvador. Mas vejam lá se ele escolheu uma gaja toda boa para salvar a humanidade!... O tanas: para Deus, essa tarefa, para ser bonitinha, teria de ser levada a cabo por um homem, Deus encarnado, que se diverte a passear pela terra santa acompanhado por doze (sim, doze!) apóstolos, todos eles homens. Por que é que, em vez de um Cristo, Deus não optou por uma Crista? Com, em lugar de grandes cabelos, grandes mamas! Podia até muito bem manter a relação com a Maria Madalena: se há algo comum a todo o heterossexual, isso é, lá está!, o gosto por lesbianismo!
Mas há pior, ó se há! Para além de meter um Cristo em vez da Crista e de fazê-lo rodear-se de apóstolos, para lá de Cristo ser incriminado à conta de um beijo do Judas (um beijo, meus senhores!!!! Entre dois homens, pá!!!!), há outro pormenor que deveria causar espécie ao mais devoto cristão. Pegue-se no episódio da crucificação de Cristo: ele está ladeado por dois supostos criminosos, certo?! Um deles interpela Jesus (o original, não aquela abécula que treina o Benfica) pedindo para ser recordado no Além, e o que Jesus responde? Não um "vocês os três, façam um quadrado", como a ave rara lampiã, mas um "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso". Estas são as palavras do filho de Deus!!!! E elas dizem tudo acerca da tendência sexual do Criador, que já deveria ser mais do que evidente a partir do momento em que, para inseminar a Maria, teve de recorrer à patranha mais mal contada da história do cristianismo (e se elas são muitas...), o Espírito Santo! A um Deus mesmo Deus, bastaria chegar junto da Maria, apalpar-lhe as mamas e pimba, cá vai alho! Mas não, ui, ele não gosta dessas coisas, então vai lá o Espírito Santo impregnar a gaja.
Por fim, a última prova da bichice de Deus. Esta já não é retirada da Bíblia, mas encontra-se em plena Capela Sistina do Vaticano, lugar eleito pelos auto-aclamados opositores da homossexualidade para debitarem as suas incongruências. Aquele tecto contém os mais famosos frescos da história da humanidade, ali colocados por um dos artistas mais paneleirões (eu sei chamar paneleiro a um artista é algo, em si, redundante, mas avancemos...) de todos os tempos, esse renascentista que, para agravar, possui o mesmo nome de um vocalista de uma banda de Cascais... Os senhores do Vaticano, tão ciosos em condenar a homossexualidade, deleitam-se, hoje e sempre, com a composição do senhor Miguel Ângelo, que revela um Deus nada másculo a tocar um Adão que expõe toda a sua meiguice. Ou seja, a mais famosa representação de Deus não é nada abonatória, virilmente falado, para esse mesmo Deus. E essa representação encontra-se não na cave do Cajó, não no sótão da dona Felismina, não no arquivo do Hugh Hefner, mas na Capela Sistina...
Está tudo dito, portanto, e a moral da história é: aqueles que condenam a homossexualidade com base na Bíblia e em Deus, é melhor olharem com olhos de ver para a mesma Bíblia e para o mesmo Deus. Talvez reconheçam que, em termos de rabilonzice, tudo o que é contado pela santa Igreja não fica nada atrás de uma comum parada gay.
P.S.: E porque não vos quero deixar sem nada para fazer durante o fim-de-semana, deixo um passatempo: contem o número de vezes que o termo "mamas" aparece neste texto.
quinta-feira, dezembro 17, 2009
Sismo?! Qual sismo?!
Aquilo foi o planeta a tremer de frio, mais nada!
Só tenho uma coisa a dizer: Terra, sua estúpida, da próxima vez que vieres com esses tremeliques, faz o favor de te queixares a horas decentes. Há gente a querer dormir, minha vaca!
Só tenho uma coisa a dizer: Terra, sua estúpida, da próxima vez que vieres com esses tremeliques, faz o favor de te queixares a horas decentes. Há gente a querer dormir, minha vaca!
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quarta-feira, dezembro 16, 2009
Estar a ficar velho é...
...a minha gaja chegar-se ao pé de mim, perguntar-me "O que é que queres para o Natal? Isto:
ou isto?":
e eu escolher precisamente o par de sapatos!!
Pobre de mim! A partir daqui, já não há retorno: estou oficialmente velho! Nem a atenuante de andar a precisar MESMO de um par de sapatos me salva...
ou isto?":
e eu escolher precisamente o par de sapatos!!
Pobre de mim! A partir daqui, já não há retorno: estou oficialmente velho! Nem a atenuante de andar a precisar MESMO de um par de sapatos me salva...
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terça-feira, dezembro 15, 2009
Adenda ao post de há pouco
No fundo, no fundo, o ideal para um homem é assim uma espécie de cruzamento entre um sapo e a Bimby... Um sapo bimbo, portanto! Ou uma bimba sapa, como preferirem!
A Bimby e o inevitável fim das mulheres
Puta que pariu, que frioooooo... Bom, mas não é sobre as condições climatéricas que venho falar hoje. Hoje, deu-me para tecer considerações sobre esse aparelho revolucionário que dá pelo nome de Bimby. A Bimby, para aqueles que desconhecem do que se trata, é uma pequena maquineta capaz de fazer tudo na cozinha. Desde sopas a massa para pizzas, passando por sumos, queijo ralado e sei lá mais o quê. As mulheres ficam loucas de prazer com esta máquina, pois pensam que lhes irá poupar imenso tempo e trabalho no seu local de eleição, a cozinha, mas eu pessoalmente creio que elas deveriam era estar assustadas. E já passo a explicar o porquê!
Sabem aquela anedota do sapo?! É assim: um gajo vai na rua e encontra um sapo. Decide-se por levá-lo para casa. Em casa, o nosso gajo coloca o sapo à vontade enquanto vai fazer um dos passatempos predilectos dos gajos: dormir! Deita-se na cama, e o sapo vai atrás dele. O nosso gajo começa a olhar para o sapo e a pensar: "mas que grandes olhos. E que grande boca". Passam uns minutos e ouve-se uma chave na porta: é a gaja do nosso gajo. Ela escuta uns sons estranhos vindos do quarto e dirige-se para lá. Abre a porta e dá com o sapo a mamar a pichota do nosso gajo. "O que é que estás a fazer com esse sapo?", diz a gaja (o que deve ser das perguntas mais estúpidas do anedotário brejeiro nacional). "Ó parva, então não estás a ver? O bicho está a fazer-me uma mamada! E olha que se ele aprender a cozinhar, estás fodida!".
Ora, o que se passa com a Bimby é igualzinho ao que se passa com o sapo, mas diferente! (perceberam? Igual, mas diferente) As mulheres deveriam sentir-se ameaçadas pela Bimby e não entusiasmadas como uma criança numa loja de brinquedos. É que a Bimby é capaz de fazer tudo o que uma mulher faz na cozinha, mas melhor e mais depressa. Em comparação com esta máquina de origem alemã, as mulheres ficam claramente a perder. Se algum dia os técnicos decidirem fazer uma Bimby com capacidades sexuais, as mulheres correm o grave risco de obsolescência e, por que não?!, de extinção. Pensem nisto: se um homem tiver em casa uma máquina que, além de cozinhar deliciosamente, faz bicos e outras artes sem se queixar de dores de cabeça ou de estar "naquela altura do mês", que espaço sobrará para as mulheres?!?
Então, depois disto, ainda acham que ter uma Bimby lá em casa é boa ideia?!?!? :)
segunda-feira, dezembro 14, 2009
Oh, coitadinho, ficou com a tromba toda arrebentadinha...
O grande acontecimento político do fim-de-semana, que abafou mesmo a fogueira das vaidades a decorrer em Copenhaga, foi a agressão ao playboy, mafioso, empresário e, nas horas vagas, primeiro-ministro de Itália, Silvio Berlusconi. O homem não ficou lá em muito bom estado, como se pode avaliar pela fotografia, o que não deixa de ser engraçado em alguém tão cioso da sua imagem. Por outro lado, Berlusconi agora pode alegar ter ficado parecido com uma obra de arte: digam lá se isto não vos faz lembrar alguns quadros do Francis Bacon?! Tipo este:
Fantástica semelhança, acho eu! E ainda querem denegrir a imagem do pobre agressor, alegando tratar-se de um deficiente mental! Uma pessoa com esta preocupação estética, capaz de fazer do Berlusconi uma obra de arte, não é um deficiente, é um génio!
O mais impressionante nesta história, porém, é a coincidência: precisamente há um ano, outra tentativa de agressão (terão sido prendas de Natal?!?!), infelizmente não consumada, correu mundo! Falo da dupla sapatada atirada ao Bush, que teve mais reflexos que o Don Berlusconi e saiu da coisa sem um arranhão sequer, o que pessoalmente lamento.
Estes dois episódios da política internacional devem servir para reflectirmos. Porque demonstram bem o atraso do nosso país. Repare-se: quantos políticos portugueses de topo sofreram agressões? Mário Soares levou porrada na Marinha Grande na corrida para as presidenciais de 1986; Vital Moreira, já este ano, levou umas garrafadas na campanha para as Europeias; Maria de Lurdes Rodrigues, ex-ministra da Educação, foi contemplada com ingredientes para omoletes. Agora, compare-se isto ao assassínio do Kennedy, à tentativa de sapatada no Bush, às feridas faciais do Berlusconi: neste país, as figuras maiores do Estado passam impunes! Não há primeiro-ministro (Soares, quando levou nos cornos, já não o era) ou presidente da República que sofra um encostozinho sequer, exceptuando uma vez que o Sampaio foi ao São João do Porto e levou umas marteladas na carola, mas martelos de plástico não aleijam nada!
"Ah", dir-me-ão vocês, com vontade de me entalar com contra-exemplos sacados da História de Portugal mais recente, "o Sidónio Pais foi morto, e o Sá Carneiro sofreu um atentado, e ambos estavam em funções, já para não se falar no Regicídio". Sim, é verdade, concedo, mas a diferença face por exemplo ao Kennedy, ao Bush, ou agora ao Berlusconi é esta: NINGUÉM FILMOU AQUELA MERDA! Os subversivos lusos não sabem tirar partido das novas tecnologias, e essa é que é a tragédia. As imagens que mostraram os balázios no Kennedy deram origem a filmes; os sapatos a voar sobre a cabeça do Bush foram das coisas mais visualizadas no youtube, e a pancada no Berlusconi, ainda quente, tem potencial para entrar, desde já, na selecção de apanhados da década. Comparado com isto, que temos nós?!? Umas garrafinhas de água lançadas na direcção de um gajo com bigode, uns ovinhos a estatelarem-se no carro de uma gaja que já nem faz parte do Governo...
Qualquer bom português não pode aceitar isto. Temos de pugnar por colocar Portugal no primeiro mundo da agressão a chefes de Estado. Mas essas agressões têm de ser filmadas, pois de nada vale mandarmos um taco de basebol mesmo na testa do Sócrates se não tivermos desse acto imagens para colocar na internet. O que não se vê, é como se não existisse!
Por isso, lanço daqui o repto: alguém com uma câmara e vontade de fazer História venha ter comigo! Estou com vontade de atirar um cavaco ao Cavaco e lançar a Apologia de Sócrates ao Sócrates. Depois é pegar nas imagens, meter aquilo no youtube e nos telejornais e avisar as embaixadas norte-americana e italiana, para eles saberem que os nossos líderes não são menos que os dos outros países.
Vão ver se esta merda não faz mais pelo prestígio de Portugal do que um TGV...
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sexta-feira, dezembro 11, 2009
Pornografia ou vasectomia: vocês decidem!
Veio recentemente a lume a notícia de que alguns jovenzinhos presenteados com o computador Magalhães andavam a utilizá-lo para navegar em sítios pornográficos. Lá em casa, as reacções a isto foram em sentido inverso: pela minha parte, congratulei os petizes pela iniciativa reveladora de profunda inteligência (só um puto inteligente é capaz de crackar os códigos de protecção para se pôr a navegar por mamas, pachachas e peidas), ao mesmo tempo que sentia uma ponta de inveja, pois se há algo que me irrita é não ter tido internet na minha infância. Sim, bem sei que naqueles tempos havia a Gina, cujo fim deixou órfãos todos os homens heterossexuais com mais de 30 anos, mas não é bem a mesma coisa: a Gina tinha um life spam de apenas uma utilização (após a qual as folhas ficavam tão peganhentas e coladas que nem um Hércules seria capaz de separá-las), ao passo que no computador podemos guardar as mamas, pachachas e peidas de que mais gostamos, e podemos lá voltar sempre que quisermos.
A minha gaja, no entanto, achou por bem ficar indignada com aquela notícia, que considerava um espelho da decadência da nossa sociedade. Para ela, miúdos de 6 e 7 anos que se põem a navegar na WWW em busca de conteúdos para maiores de 18 é a prova de que o mundo está a dar as últimas. Pessoalmente, considero que tal opinião é não só ofensiva (tivesse eu net aos 3 aninhos, e haviam de ver se eu não ia lá buscar ânuszinhos...) como também pateta. É muito mais salutar um puto ranhoso andar a ver javardice sexual na net do que queimar as pestanas a ler livros de português ou de matemática.
Para fazer entrar alguma razão na cabecinha ultraconservadora da gaja, coloquei-a perante um dilema. Esperava, na minha inocência, que ela compreendesse que a pornografia não traz quaisquer malefícios às mentes masculinas; pelo contrário, é a sua ausência do imaginário másculo que pode provocar severos danos psicológicos! Disse-lhe então: "Ouve lá, se algum dia tivermos filhos rapazes, o que tu preferes? Que ele aos 6 anos saiba encontrar os melhores sites de pinanço, ou que saiba dançar ballet? O que tu preferes? Que ele aos 20 anos seja um devoto apreciador do animal feminino ou que ande pelos teatros de Lisboa a ver o Quebra-Nozes, pior ainda, o Cats?!"
A resposta que ela me deu foi a que eu não queria ouvir: "Prefiro que ele dance ballet e que seja um rapazinho sensível, não um tarado como tu. Se algum dia apanhar os meus filhos em sites pornográficos, juro pela minha saúde que os ponho, a eles e a ti, fora de casa!"
Fiquei desarmado. Nunca imaginei que o moralismo bacoco pudesse chegar a este ponto! Também nunca pensei que alguém, na sua perfeita consciência, pudesse chamar-me "tarado"! (em minha defesa, tenho a dizer que não sou tarado. O que eu sou é um, hmmm, ahnnnn, um, esperem lá, estou à procura do termo certo... um, já sei!, um esteta! é isso que sou!) Tremo só de pensar no que a falta de pornografia possa fazer aos meus filhos rapazes. Não é essa a vida que eu quero que eles tenham, tal como não quero que eles vivam num mundo em que o Sporting não ganhe campeonatos, mas sobre este último aspecto pouco posso fazer, a não ser chamar nomes aos directores que contratam jogadores (????) como o Caicedo. Por esse motivo, isto é, por não querer dar aos meus filhos um destino que seria decerto horrível, estou a equacionar fazer uma vasectomia, e - brinde dos brindes - essa decisão caber-vos-á a vós, leitores esclarecidos. Votem, se fazem favor. Obrigado.
Bom fim-de-semana e pornografiquem muito.
A minha gaja, no entanto, achou por bem ficar indignada com aquela notícia, que considerava um espelho da decadência da nossa sociedade. Para ela, miúdos de 6 e 7 anos que se põem a navegar na WWW em busca de conteúdos para maiores de 18 é a prova de que o mundo está a dar as últimas. Pessoalmente, considero que tal opinião é não só ofensiva (tivesse eu net aos 3 aninhos, e haviam de ver se eu não ia lá buscar ânuszinhos...) como também pateta. É muito mais salutar um puto ranhoso andar a ver javardice sexual na net do que queimar as pestanas a ler livros de português ou de matemática.
Para fazer entrar alguma razão na cabecinha ultraconservadora da gaja, coloquei-a perante um dilema. Esperava, na minha inocência, que ela compreendesse que a pornografia não traz quaisquer malefícios às mentes masculinas; pelo contrário, é a sua ausência do imaginário másculo que pode provocar severos danos psicológicos! Disse-lhe então: "Ouve lá, se algum dia tivermos filhos rapazes, o que tu preferes? Que ele aos 6 anos saiba encontrar os melhores sites de pinanço, ou que saiba dançar ballet? O que tu preferes? Que ele aos 20 anos seja um devoto apreciador do animal feminino ou que ande pelos teatros de Lisboa a ver o Quebra-Nozes, pior ainda, o Cats?!"
A resposta que ela me deu foi a que eu não queria ouvir: "Prefiro que ele dance ballet e que seja um rapazinho sensível, não um tarado como tu. Se algum dia apanhar os meus filhos em sites pornográficos, juro pela minha saúde que os ponho, a eles e a ti, fora de casa!"
Fiquei desarmado. Nunca imaginei que o moralismo bacoco pudesse chegar a este ponto! Também nunca pensei que alguém, na sua perfeita consciência, pudesse chamar-me "tarado"! (em minha defesa, tenho a dizer que não sou tarado. O que eu sou é um, hmmm, ahnnnn, um, esperem lá, estou à procura do termo certo... um, já sei!, um esteta! é isso que sou!) Tremo só de pensar no que a falta de pornografia possa fazer aos meus filhos rapazes. Não é essa a vida que eu quero que eles tenham, tal como não quero que eles vivam num mundo em que o Sporting não ganhe campeonatos, mas sobre este último aspecto pouco posso fazer, a não ser chamar nomes aos directores que contratam jogadores (????) como o Caicedo. Por esse motivo, isto é, por não querer dar aos meus filhos um destino que seria decerto horrível, estou a equacionar fazer uma vasectomia, e - brinde dos brindes - essa decisão caber-vos-á a vós, leitores esclarecidos. Votem, se fazem favor. Obrigado.
Bom fim-de-semana e pornografiquem muito.
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quinta-feira, dezembro 10, 2009
Saudades...e algum pesar!
...Ai ai... nem calculas as saudades que eu tenho de ti. Há mais de um ano e meio que não jogo contigo, eu que nos meus bons tempos de jovem inconsciente (hoje, sou só inconsciente...) andava contigo todos os dias e em todo o lado, fosse na relva, fosse na areia, fosse na terra, fosse no azulejo, fosse mesmo no alcatrão: tudo era belo quando tu rolavas, diante de mim, nesse jeito perfeito que tens de rolar.
Nunca passei tanto tempo seguido sem te pontapear, sem te levar nos meus pés, sem dar - por causa de ti - cacetadas nos cabrões que queriam tirar-te de mim. E lembras-te de como eu te enfiava nas redes? Ahhhh, a beleza dos processos simples, com fintas atrás de fintas, os meus companheiros de equipa a pedirem para eu passar, para eu cruzar, mas eu cagava e seguia contigo, e fintava mais um e pimba! toma lá uma biqueirada e é golo, golo, goooolo, minha linda, aqui o je não precisava de táctica do losango nem de outras merdas; todos sabiam que, quando eu jogava contigo, o show era meu.
E agora? Agora estou triste, pois se a prática faz a perfeição, o contrário também deve ser verdadeiro, e eu temo que todo este tempo sem jogar tenha feito de mim um Djaló, um Nuno Gomes, um Caicedo, um Keirrison, e custa sentir-me assim, um mero cepo sem qualidade e sem panache. Será um golpe cravado profundamente no meu fraco coração se eu, da próxima vez que te tocar (oh, como aguardo a chegada desse momento!...), me aperceber que a minha outrora afamada técnica se foi sem pedir sequer licença.
Mas enquanto não chega essa hora da verdade, resta-me suspirar pelas tuas curvas, pela tua câmara de ar, pelos alvéolos que a tua circunferência revela, por tudo aquilo que faz de ti um objecto magnífico que homenageio com pisões, pontapés, cabeçadas e truques circenses desconhecidos até pelo palhaço do Cristiano Ronaldo. Um dia, minha redondinha, um dia voltaremos a estar juntos... ai ai...
P.S.: QUERO JOGAR À BOLA, PORRA!!!!!!!!!!
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quarta-feira, dezembro 09, 2009
Carta de apresentação - Peter of Pan style!
Se, em vez de estarem a viver à conta do RSI ou do subsídio de desemprego (porra, pareço o Portas a falar...), andam activamente à procura de emprego, este post é para vocês. Em poucas linhas, explico como se faz uma carta de apresentação capaz de impressionar positivamente a entidade patronal. A sério, se seguirem este exemplo, é garantido que têm um emprego.
Nome: Peter of Pan
Morada: Eu sei, mas agora não ma lembro.
Telefone: Tenho um, mas só o uso para fazer chamadas eróticas.
A/C: Filho da puta responsável pelo recrutamento e selecção.
Assunto: Candidatura a emprego, foda-se.
Venho por este meio candidatar-me ao emprego por vós anunciado num jornal qualquer que eu li enquanto esperava pela minha vez no Lupanar da São. Creio ser a pessoa indicada para preencher essa vaga, e é bom que ma ofereçam, ou então eu vou aí aos escritórios e parto-vos a boca toda, além de mandar publicar na imprensa fotografias em que o vosso director executivo está a ir ao cu ao vosso director financeiro.
Também a meu favor está o facto de eu possuir um pau maior que o dos outros candidatos, e se vossa excelência duvida, faça o favor de pedir à sua esposa, essa maluca, que venha cá medir o tamanho do meu pirilau, mas com a boca. Estou certo de que ela não se importará, tal como não se importou ontem quando a virei do avesso enquanto vossa excelência estava no carro a fazer horas extraordinárias com um adolescente ali para os lados do Beato (também tenho fotografias desta merda).
Além do emprego, quero ter um ordenado fixe, nunca menos de 4000 €, e com direito a prémios mensais semelhantes aos que o Cristiano Ronaldo deve ganhar no Real Madrid. Eu sei que a vossa empresa está cheia dele, porque andou a fugir ao fisco nos últimos 13 anos e anda a receber dinheiro do tráfico de droga na Colômbia, portanto não vos custará nada contribuir um pouco para o meu bem estar, e por "meu bem estar" quero dizer o bem estar de todas as prostitutas de luxo com as quais queimarei o meu salário.
Estou à vossa disposição para uma eventual entrevista e prestar quaisquer esclarecimentos que entendam por necessários e para mandar umas valentes bordoadas na jovem que faz a vossa contabilidade, cujas pernas são de bradar aos céus. Aliás, não entendo por que razão ninguém na vossa empresa a assedia, devem ser todos uns paneleirecos do caralho, e daí mais um motivo para me contratarem, a ver se dou outra imagem à vossa instituição.
Sem mais outro assunto de momento, despeço-me com este desejo: vão todos levar no pacote!
Peter of Pan
P.S.: Chupem-mos.
Carta de Apresentação
Nome: Peter of Pan
Morada: Eu sei, mas agora não ma lembro.
Telefone: Tenho um, mas só o uso para fazer chamadas eróticas.
A/C: Filho da puta responsável pelo recrutamento e selecção.
Assunto: Candidatura a emprego, foda-se.
Venho por este meio candidatar-me ao emprego por vós anunciado num jornal qualquer que eu li enquanto esperava pela minha vez no Lupanar da São. Creio ser a pessoa indicada para preencher essa vaga, e é bom que ma ofereçam, ou então eu vou aí aos escritórios e parto-vos a boca toda, além de mandar publicar na imprensa fotografias em que o vosso director executivo está a ir ao cu ao vosso director financeiro.
Também a meu favor está o facto de eu possuir um pau maior que o dos outros candidatos, e se vossa excelência duvida, faça o favor de pedir à sua esposa, essa maluca, que venha cá medir o tamanho do meu pirilau, mas com a boca. Estou certo de que ela não se importará, tal como não se importou ontem quando a virei do avesso enquanto vossa excelência estava no carro a fazer horas extraordinárias com um adolescente ali para os lados do Beato (também tenho fotografias desta merda).
Além do emprego, quero ter um ordenado fixe, nunca menos de 4000 €, e com direito a prémios mensais semelhantes aos que o Cristiano Ronaldo deve ganhar no Real Madrid. Eu sei que a vossa empresa está cheia dele, porque andou a fugir ao fisco nos últimos 13 anos e anda a receber dinheiro do tráfico de droga na Colômbia, portanto não vos custará nada contribuir um pouco para o meu bem estar, e por "meu bem estar" quero dizer o bem estar de todas as prostitutas de luxo com as quais queimarei o meu salário.
Estou à vossa disposição para uma eventual entrevista e prestar quaisquer esclarecimentos que entendam por necessários e para mandar umas valentes bordoadas na jovem que faz a vossa contabilidade, cujas pernas são de bradar aos céus. Aliás, não entendo por que razão ninguém na vossa empresa a assedia, devem ser todos uns paneleirecos do caralho, e daí mais um motivo para me contratarem, a ver se dou outra imagem à vossa instituição.
Sem mais outro assunto de momento, despeço-me com este desejo: vão todos levar no pacote!
Peter of Pan
P.S.: Chupem-mos.
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segunda-feira, dezembro 07, 2009
Pobre coitada...
Estou numa de rever filmes com a Monica Bellucci (algo que eu faço sensivelmente de dois em dois meses) e começo a perceber que há um padrão trágico nas personagens representadas pela diva italiana. Em Malena, por exemplo, a Moniqueca tem de se prostituir, o que desagrada às restantes mulheres da aldeia, que, invejosas daquele corpozorro (que mulher não invejou já a Monica? Eu, se fosse mulher, ficaria com raiva de tanta perfeição), um dia decidem dar-lhe um violento tareão. No Irreversível, a Monicona é apanhada num túnel e brutalmente violada, numa cena de demora uns largos minutos. Porém, nem a violação do Irreversível nem o espancamento da Malena se comparam com a tragédia ocorrida em Matrix Reloaded: aqui, a nossa Moniquinhas é obrigada a beijar fogosamente o Keanu Reeves. Bleaaaaargh... actriz sofre!
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sexta-feira, dezembro 04, 2009
O que é pior do que o melhor não é necessariamente mau, tal como o que é melhor do que o pior não é necessariamente bom!
Parece um enigma, este título, não parece?! Nada anda mais longe da verdade... O título do post corresponde a um mecanismo psicológico muito vulgar, e que eu pessoalmente abomino porque não é senão estúpido. É francamente comum apanharmos com pessoas que, quando confrontadas com duas coisas em comparação, e sendo uma delas claramente melhor do que a outra, decidem qualificar uma (a melhor) como boa e a outra imediatamente como má, mesmo que não o seja.
Um exemplo: na passada segunda feira desloquei-me ao teatro-estúdio Mário Viegas para assistir à peça As Vampiras Lésbicas de Sodoma, pela Companhia Teatral do Chiado, que é também responsável por esse marco chamado As Obras Completas de Shakespeare em 97 Minutos. De acordo com várias pessoas que se dizem minhas amigas e que já tinham assistido a ambas, não valeria a pena ver As Vampiras Lésbicas de Sodoma porque não chegava aos calcanhares d'As Obras Completas. Perante tal opinião, um gajo indiscutivelmente inteligente, como eu, só tinha duas opções: ou cagava nos comentários e ia ver o raio da peça, ou respeitava a opinião alheia e cagava na peça.
Felizmente, e como é hábito, tomei a opção correcta, que foi marimbar-me para as opiniões dos amigos e que, recordo, eram unânimes no sentido de desvalorizarem As Vampiras Lésbicas de Sodoma, e fui ver a peça. E tendo visto a peça, que tenho eu a dizer sobre a mesma?!?! Isto: fantástica, genial, hilariante!!!!!! Se puderem ver, não percam! E é por ter gostado tanto que As Vampiras Lésbicas de Sodoma me conduzem a uma reflexão profunda.
[um aparte: qualquer coisa que meta "lésbicas" ao barulho obriga-me a uma reflexão profunda. E, o que pode parecer uma contradição, ao mesmo tempo que reflicto profundamente, quando penso em "lésbicas" há partes do meu corpo que reagem em sentido inverso ao da profundidade. A reflexão pode ser profunda, mas a erecção, essa, é estratosférica...]
O que se me oferece então dizer sobre este caso é, pois, aquilo que dá título ao post de hoje. Uma coisa, embora possa não ser tão boa quanto outra, não significa necessariamente que seja má. Se tivesse de escolher entre As Obras Completas de Shakespeare e As Vampiras Lésbicas de Sodoma, eu diria que a primeira é, sem dúvida melhor. Porém, ao contrário dos tontos dos meus amigos, isso não quer dizer que a segunda seja má. Porque não é: é excelente!!! Dizer que uma coisa não vale a pena só porque a comparamos com outra que está nos píncaros é, pura e simplesmente, um absurdo! É como um gajo comer a Monica Bellucci e depois a Shakira e dizer que esta última não presta porque não se compara à italiana! Quer dizer... que estupidez, caraças!!!
Este exercício vale também para a situação oposta. Se estivermos perante duas coisas más, e em que uma é pior do que a outra, a comparação não dá direito a acharmos boa a coisa que é menos má do que a pior. Não precisam de ficar confusos com a minha retórica, dou já um exemplo para melhor caracterizar estes casos.
Compare-se José Sócrates e Pedro Santana Lopes. Ei, já que estamos aqui, compare-se José Sócrates, Santana Lopes, Durão Barroso, António Guterres, Aníbal Cavaco Silva e Mário Soares e por aí atrás. Se quiserem, recuem até ao Salazar. O facto de haver um pior do que os outros todos (eu não vivi na época do Estado Novo, felizmente, senão, com o meu feitio, teria sido torturado e encarcerado... ui, tão bom!) não quer dizer que esses outros sejam bons. Eu posso legitimamente dizer, por exemplo, que o Sócrates é pior primeiro-ministro do que o Cavaco foi, mas nem pensar que afirmarei, algum dia "O Cavaco Silva foi um bom primeiro-ministro". Porque não foi. Tal como um gajo que comesse a Lili Caneças e depois a Manuela Ferreira Leite dificilmente (a não ser que fosse maluco) poderia alegar que uma delas fosse boa.
Assim, conclui-se efectivamente que o que é pior do que o melhor não é necessariamente mau, tal como o que é melhor do que o pior não é necessariamente bom! Aprendam, pois, a fazer comparações e a avaliar correctamente as coisas, em vez de serem uns parolitos. E vão ver As Vampiras Lésbicas de Sodoma, que vale decididamente a pena!
Para terminar o post de hoje, que já vai longo, deixo-vos a minha lista pessoal das melhores comédias que já vi em teatro:
1 - O Que Diz Molero
2 - As Obras Completas de Shakespeare em 97 Minutos
3 - As Vampiras Lésbicas de Sodoma
4 - Arte
5 - Bíblia: Toda a Palavra de Deus d'uma Assentada
Bom fim-de-semana...
Um exemplo: na passada segunda feira desloquei-me ao teatro-estúdio Mário Viegas para assistir à peça As Vampiras Lésbicas de Sodoma, pela Companhia Teatral do Chiado, que é também responsável por esse marco chamado As Obras Completas de Shakespeare em 97 Minutos. De acordo com várias pessoas que se dizem minhas amigas e que já tinham assistido a ambas, não valeria a pena ver As Vampiras Lésbicas de Sodoma porque não chegava aos calcanhares d'As Obras Completas. Perante tal opinião, um gajo indiscutivelmente inteligente, como eu, só tinha duas opções: ou cagava nos comentários e ia ver o raio da peça, ou respeitava a opinião alheia e cagava na peça.
Felizmente, e como é hábito, tomei a opção correcta, que foi marimbar-me para as opiniões dos amigos e que, recordo, eram unânimes no sentido de desvalorizarem As Vampiras Lésbicas de Sodoma, e fui ver a peça. E tendo visto a peça, que tenho eu a dizer sobre a mesma?!?! Isto: fantástica, genial, hilariante!!!!!! Se puderem ver, não percam! E é por ter gostado tanto que As Vampiras Lésbicas de Sodoma me conduzem a uma reflexão profunda.
[um aparte: qualquer coisa que meta "lésbicas" ao barulho obriga-me a uma reflexão profunda. E, o que pode parecer uma contradição, ao mesmo tempo que reflicto profundamente, quando penso em "lésbicas" há partes do meu corpo que reagem em sentido inverso ao da profundidade. A reflexão pode ser profunda, mas a erecção, essa, é estratosférica...]
O que se me oferece então dizer sobre este caso é, pois, aquilo que dá título ao post de hoje. Uma coisa, embora possa não ser tão boa quanto outra, não significa necessariamente que seja má. Se tivesse de escolher entre As Obras Completas de Shakespeare e As Vampiras Lésbicas de Sodoma, eu diria que a primeira é, sem dúvida melhor. Porém, ao contrário dos tontos dos meus amigos, isso não quer dizer que a segunda seja má. Porque não é: é excelente!!! Dizer que uma coisa não vale a pena só porque a comparamos com outra que está nos píncaros é, pura e simplesmente, um absurdo! É como um gajo comer a Monica Bellucci e depois a Shakira e dizer que esta última não presta porque não se compara à italiana! Quer dizer... que estupidez, caraças!!!
Este exercício vale também para a situação oposta. Se estivermos perante duas coisas más, e em que uma é pior do que a outra, a comparação não dá direito a acharmos boa a coisa que é menos má do que a pior. Não precisam de ficar confusos com a minha retórica, dou já um exemplo para melhor caracterizar estes casos.
Compare-se José Sócrates e Pedro Santana Lopes. Ei, já que estamos aqui, compare-se José Sócrates, Santana Lopes, Durão Barroso, António Guterres, Aníbal Cavaco Silva e Mário Soares e por aí atrás. Se quiserem, recuem até ao Salazar. O facto de haver um pior do que os outros todos (eu não vivi na época do Estado Novo, felizmente, senão, com o meu feitio, teria sido torturado e encarcerado... ui, tão bom!) não quer dizer que esses outros sejam bons. Eu posso legitimamente dizer, por exemplo, que o Sócrates é pior primeiro-ministro do que o Cavaco foi, mas nem pensar que afirmarei, algum dia "O Cavaco Silva foi um bom primeiro-ministro". Porque não foi. Tal como um gajo que comesse a Lili Caneças e depois a Manuela Ferreira Leite dificilmente (a não ser que fosse maluco) poderia alegar que uma delas fosse boa.
Assim, conclui-se efectivamente que o que é pior do que o melhor não é necessariamente mau, tal como o que é melhor do que o pior não é necessariamente bom! Aprendam, pois, a fazer comparações e a avaliar correctamente as coisas, em vez de serem uns parolitos. E vão ver As Vampiras Lésbicas de Sodoma, que vale decididamente a pena!
Para terminar o post de hoje, que já vai longo, deixo-vos a minha lista pessoal das melhores comédias que já vi em teatro:
1 - O Que Diz Molero
2 - As Obras Completas de Shakespeare em 97 Minutos
3 - As Vampiras Lésbicas de Sodoma
4 - Arte
5 - Bíblia: Toda a Palavra de Deus d'uma Assentada
Bom fim-de-semana...
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quinta-feira, dezembro 03, 2009
Choque tecnológico!
Se ontem vieram para ler o post do dia no blogue e bateram com os cornos na porta, peço-vos desculpa. Foi-me completamente impossível vir cá, pela simples razão de ter sido alvo de uma maquiavélica conspiração (sim, sim, uma conspiração. E ao contrário do que acontece aos papalvos do PS, as conspirações de que sou vítima são mesmo reais e não meras fantasias imaginadas para desviar as atenções do estado crítico do país).
Os mentores da cabala que me afectou durante todo o dia de ontem têm um nome: impressora, teclado e ligação à internet. Bandalhos!!! Isto é que é o verdadeiro choque tecnológico: as tecnologias dão-me tanto trabalho que eu fico, inevitavelmente, chocado! Primeiro, a impressora: aqui a donzela decidiu-se, a meio da manhã por deixar de trabalhar. A todas as folhas que eu mandava imprimir, ela respondia "no pasarán", e não passavam mesmo porque encravavam no raio do mecanismo. Tirei tudo: tinteiro, folhas, lixo diverso acumulado... mas nem com a maior das boas vontades ela se decidiu por voltar a laborar. Duas horas depois, desisti de tentar arranjar a máquina e deixei-a ao abandono. A ver se ela aprende...
Nem dez minutos depois, é um teclado que resolve chatear-me. Por mais que carregasse nas teclas, o ecrã não devolvia resposta. Esmurrei o dito. Nada. Chamei-lhe nomes. Nicles. Ameacei doá-lo ao major Valentim. Népia. Cheguei a pensar que o teclado teria, definitivamente, falecido, até me lembrar que o sacana funcionava a pilhas. Virei-o do avesso, tirei-lhe as pilhas e fui comprar outras. E era mesmo esse o problema: com uma renovada fonte de energia, o teclado desatou a teclar que nem um maluco, escrevendo até mais do que eu lhe pedia para escrever (ou estava contente, ou então os circuitos ficaram assim como que avariados depois dos murros, das ofensas e das ameaças que lhe fiz).
Quando eu pensava que já não me iria acontecer mais nada, eis que me vejo a braços com uma ligação à internet mal feita num computador recém-instalado no meu local de trabalho. Eu não sou informático, ou seja, dificilmente sei a diferença entre um CTRL + ALT + DEL e um CTRL + C, contudo, na ausência de alguém indicado para resolver o problema, tive mesmo de ser eu a atirar-me à coisa. Estive três horas nisto, até finalmente me lembrar de ir às opções de internet reconfigurar o proxy. É claro que, enquanto não cheguei a esta conclusão, devo ter apagado uma série de coisas importantes do disco rígido, mas pronto, pode ser que ninguém repare no facto de o ecrã estar constantemente a dar a mensagem FATAL ERROR. Pelo menos, já se pode aceder à internet...
E foi isto o meu dia de ontem. E ainda dizem que os avanços tecnológicos vieram servir a humanidade. O caraças é que vieram. Se não fossem os filmes pornográficos, juro que mandava toda esta treta dos computadores e afins à merda. Irra...
Os mentores da cabala que me afectou durante todo o dia de ontem têm um nome: impressora, teclado e ligação à internet. Bandalhos!!! Isto é que é o verdadeiro choque tecnológico: as tecnologias dão-me tanto trabalho que eu fico, inevitavelmente, chocado! Primeiro, a impressora: aqui a donzela decidiu-se, a meio da manhã por deixar de trabalhar. A todas as folhas que eu mandava imprimir, ela respondia "no pasarán", e não passavam mesmo porque encravavam no raio do mecanismo. Tirei tudo: tinteiro, folhas, lixo diverso acumulado... mas nem com a maior das boas vontades ela se decidiu por voltar a laborar. Duas horas depois, desisti de tentar arranjar a máquina e deixei-a ao abandono. A ver se ela aprende...
Nem dez minutos depois, é um teclado que resolve chatear-me. Por mais que carregasse nas teclas, o ecrã não devolvia resposta. Esmurrei o dito. Nada. Chamei-lhe nomes. Nicles. Ameacei doá-lo ao major Valentim. Népia. Cheguei a pensar que o teclado teria, definitivamente, falecido, até me lembrar que o sacana funcionava a pilhas. Virei-o do avesso, tirei-lhe as pilhas e fui comprar outras. E era mesmo esse o problema: com uma renovada fonte de energia, o teclado desatou a teclar que nem um maluco, escrevendo até mais do que eu lhe pedia para escrever (ou estava contente, ou então os circuitos ficaram assim como que avariados depois dos murros, das ofensas e das ameaças que lhe fiz).
Quando eu pensava que já não me iria acontecer mais nada, eis que me vejo a braços com uma ligação à internet mal feita num computador recém-instalado no meu local de trabalho. Eu não sou informático, ou seja, dificilmente sei a diferença entre um CTRL + ALT + DEL e um CTRL + C, contudo, na ausência de alguém indicado para resolver o problema, tive mesmo de ser eu a atirar-me à coisa. Estive três horas nisto, até finalmente me lembrar de ir às opções de internet reconfigurar o proxy. É claro que, enquanto não cheguei a esta conclusão, devo ter apagado uma série de coisas importantes do disco rígido, mas pronto, pode ser que ninguém repare no facto de o ecrã estar constantemente a dar a mensagem FATAL ERROR. Pelo menos, já se pode aceder à internet...
E foi isto o meu dia de ontem. E ainda dizem que os avanços tecnológicos vieram servir a humanidade. O caraças é que vieram. Se não fossem os filmes pornográficos, juro que mandava toda esta treta dos computadores e afins à merda. Irra...
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terça-feira, dezembro 01, 2009
Fora com o Cavaco, fora!
Estou indignado! Estou irritado! Estou irado! E estou idiota o suficiente para colocar aqui à farta palavras começadas por "i".
A minha indignação, a minha irritação e a minha ira têm um motivo: a XIX cimeira ibero-americana. Estive a ver, agorinha mesmo, a transmissão em directo na SIC Notícias (quer dizer, jogos de iniciados do Sporting, que é bom, não transmitem eles, mas encontros entre políticos já merecem ser filmados. Não consigo perceber as prioridades dos jornalistas...) e fiquei triste com a prestação do presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, ou, como eu o trato na intimidade, "o palhaço".
E o que fez o Cavaco para ser alvo da minha indignação, da minha irritação e da minha ira?! Primeiro, quando a orquestra sinfónica juvenil ibero-americana estava a tocar o hino nacional, Cavaco permaneceu mudo, não esboçando sequer a mínima tentativa para cantar a nossa Portuguesa! Afinal, parece que temos um presidente da República que em nada se distingue de alguns jogadores da selecção nacional de futebol. Nada? Bom, fontes dizem-me que Cavaco possui melhores capacidades de finalização que o Nuno Gomes, mas como nunca joguei à bola no palácio de Belém, não consigo avaliar, e além disso ser melhor ponta-de-lança que o Nuno Gomes é algo de que até o meu cão se pode arrogar. Não é nada do outro mundo, é o que eu quero dizer...
Mas eu até perdoo o Cavaco por não ter cantado o hino. Ele não sabe a letra? Tudo bem. Não quis ofender os seus homólogos da América Latina? Aceito. Agora, aquilo que eu não admito nem aceito é ele estar ao lado do monarca espanhol Juan Carlos em - atenção! - pleno 1º de Dezembro e não ter mandado sequer um calduço ou uma belinha no sacana do peropompero! Não foi para estas merdas que o nosso país restaurou a independência em 1640, porra!!!!
Bom feriado, e se virem um espanhol, espetem-lhe um estaladão.
A minha indignação, a minha irritação e a minha ira têm um motivo: a XIX cimeira ibero-americana. Estive a ver, agorinha mesmo, a transmissão em directo na SIC Notícias (quer dizer, jogos de iniciados do Sporting, que é bom, não transmitem eles, mas encontros entre políticos já merecem ser filmados. Não consigo perceber as prioridades dos jornalistas...) e fiquei triste com a prestação do presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, ou, como eu o trato na intimidade, "o palhaço".
E o que fez o Cavaco para ser alvo da minha indignação, da minha irritação e da minha ira?! Primeiro, quando a orquestra sinfónica juvenil ibero-americana estava a tocar o hino nacional, Cavaco permaneceu mudo, não esboçando sequer a mínima tentativa para cantar a nossa Portuguesa! Afinal, parece que temos um presidente da República que em nada se distingue de alguns jogadores da selecção nacional de futebol. Nada? Bom, fontes dizem-me que Cavaco possui melhores capacidades de finalização que o Nuno Gomes, mas como nunca joguei à bola no palácio de Belém, não consigo avaliar, e além disso ser melhor ponta-de-lança que o Nuno Gomes é algo de que até o meu cão se pode arrogar. Não é nada do outro mundo, é o que eu quero dizer...
Mas eu até perdoo o Cavaco por não ter cantado o hino. Ele não sabe a letra? Tudo bem. Não quis ofender os seus homólogos da América Latina? Aceito. Agora, aquilo que eu não admito nem aceito é ele estar ao lado do monarca espanhol Juan Carlos em - atenção! - pleno 1º de Dezembro e não ter mandado sequer um calduço ou uma belinha no sacana do peropompero! Não foi para estas merdas que o nosso país restaurou a independência em 1640, porra!!!!
Bom feriado, e se virem um espanhol, espetem-lhe um estaladão.
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segunda-feira, novembro 30, 2009
Cabrão do Quim, pá!
O texto que aqui deixo hoje não é exactamente o texto que eu tinha em mente. Havia preparado uma eloquentíssima dissertação acerca dos 8 a 0 com que o Sporting deveria ter brindado o Benfica no último dérbi de sábado, incluindo 5 golos que o Liédson supostamente marcaria, mas infelizmente só acertei em metade do marcador. Sim, o Benfica ficou em branco, mas não, o Sporting não só ficou muito longe dos 8, como nem sequer marcou unzinho para alegrar a malta.
E se o Sporting não marcou um golito, isso deve-se ao cabrão do Quim, o guardião das lampiãs redes. E a verdade é que já não é a primeira vez que o Quim faz desfeitas aos lagartos. O Quim, que manda frangalhadas contra todas as outras equipas, sejam elas portuguesas (Braga, Setúbal, Leiria...) ou estrangeiras (Milan, Barcelona, Nacional da Madeira...), quando joga contra o Sporting engata sempre. Mas é que é sempre!!! E isto, minha gente, isto só pode ter um nome: DISCRIMINAÇÃO! Sim, o Quim discrimina o Sporting, e já é tempo de a Liga e a Federação porem mão nisto. Aliás, é até altura de o Bloco de Esquerda também dizer qualquer coisinha sobre o assunto, porque se não aceitam - e bem - que as vac... aham, as mulheres, os pret... aham, as pessoas de cor e os maric... aham, os gays sejam discriminados, também não se pode aceitar que o palhaço de um guarda-redes lampião discrimine os jogadores de um clube só porque eles envergam camisolas com riscas horizontais verdes e brancas, defendendo todas as tentativas para chegarem ao golo, ao passo que deixa entrar as bolas quando estas são rematadas por outros jogadores. Não se pode admitir uma conduta destas, caramba!
O Quim tem, portanto, de ser castigado. As suas exibições contra o Sporting deveriam ser inconstitucionais, de tanto atingirem os direitos humanos de pessoas de bem. Aquela defesa ao rematezorro do Miguel Veloso deveria, por si só, ser castigada com uma multa de, no mínimo, 200 mil euros e uma pena efectiva de 10 anos de prisão. Se fosse um jogador de outra equipa, o Quim certamente teria ficado pregado ao relvado e acompanharia, deliciado, o esférico a entrar pelas redes encarnadas. Mas como foi um jogador do Sporting, o filho de uma grande rameira resolveu armar-se em canguru e deu um salto tal que conseguiu evitar que aquela bola ultrapassasse o risco. Assim não vale, está bem?!?! Está na hora de acabar, de uma vez por todas, com o racismo, tanto na sociedade em geral, como no futebol em particular, e sobretudo neste. Da próxima vez, exijo que o Quim se comporte contra os lagartos da mesma maneira que contra os outros clubes, e mande lá uma frangalhada ou outra. Porque, afinal, somos todos diferentes, todos iguais, e eu quero igualdade de tratamento, olhem que porra!!!!
Por falar em igualdade de tratamento, tenho só mais três coisinhas (vão numeradas e tudo) a dizer àquelas pessoas que hoje têm tolerância de ponto e estão a fazer ponte:
1 - VÃO
2 - À
3 - MERDA!
E tenho dito!
E se o Sporting não marcou um golito, isso deve-se ao cabrão do Quim, o guardião das lampiãs redes. E a verdade é que já não é a primeira vez que o Quim faz desfeitas aos lagartos. O Quim, que manda frangalhadas contra todas as outras equipas, sejam elas portuguesas (Braga, Setúbal, Leiria...) ou estrangeiras (Milan, Barcelona, Nacional da Madeira...), quando joga contra o Sporting engata sempre. Mas é que é sempre!!! E isto, minha gente, isto só pode ter um nome: DISCRIMINAÇÃO! Sim, o Quim discrimina o Sporting, e já é tempo de a Liga e a Federação porem mão nisto. Aliás, é até altura de o Bloco de Esquerda também dizer qualquer coisinha sobre o assunto, porque se não aceitam - e bem - que as vac... aham, as mulheres, os pret... aham, as pessoas de cor e os maric... aham, os gays sejam discriminados, também não se pode aceitar que o palhaço de um guarda-redes lampião discrimine os jogadores de um clube só porque eles envergam camisolas com riscas horizontais verdes e brancas, defendendo todas as tentativas para chegarem ao golo, ao passo que deixa entrar as bolas quando estas são rematadas por outros jogadores. Não se pode admitir uma conduta destas, caramba!
O Quim tem, portanto, de ser castigado. As suas exibições contra o Sporting deveriam ser inconstitucionais, de tanto atingirem os direitos humanos de pessoas de bem. Aquela defesa ao rematezorro do Miguel Veloso deveria, por si só, ser castigada com uma multa de, no mínimo, 200 mil euros e uma pena efectiva de 10 anos de prisão. Se fosse um jogador de outra equipa, o Quim certamente teria ficado pregado ao relvado e acompanharia, deliciado, o esférico a entrar pelas redes encarnadas. Mas como foi um jogador do Sporting, o filho de uma grande rameira resolveu armar-se em canguru e deu um salto tal que conseguiu evitar que aquela bola ultrapassasse o risco. Assim não vale, está bem?!?! Está na hora de acabar, de uma vez por todas, com o racismo, tanto na sociedade em geral, como no futebol em particular, e sobretudo neste. Da próxima vez, exijo que o Quim se comporte contra os lagartos da mesma maneira que contra os outros clubes, e mande lá uma frangalhada ou outra. Porque, afinal, somos todos diferentes, todos iguais, e eu quero igualdade de tratamento, olhem que porra!!!!
Por falar em igualdade de tratamento, tenho só mais três coisinhas (vão numeradas e tudo) a dizer àquelas pessoas que hoje têm tolerância de ponto e estão a fazer ponte:
1 - VÃO
2 - À
3 - MERDA!
E tenho dito!
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sexta-feira, novembro 27, 2009
A prova indirecta
A água faz os tecidos encolherem, não é verdade? Pois eu tenho a sensação de que o roupeiro lá de casa deve ter ficado submerso durante algumas horas... não é que eu tenha visto, mas possuo provas indirectas do facto: não há uma cabrona de uma peça de roupa que me sirva!
(ou isso ou hoje, quando me fui vestir, enganei-me e fui à zona "da gaja")
(ou isso ou estou mesmo a ficar mais gordinho)
(mas eu continuo a achar que foi o roupeiro que apanhou água... wishful thinking?!)
(e por que é que eu estou a enfiar aqui tantos parênteses? Terá o meu cérebro também apanhado água?)
(vá, confessem: quantos de vocês sabiam escrever correctamente a palavra "parênteses"? Os que não sabiam, agora já sabem: é assim que se escreve!)
(bom fim-de-semana)
(ou isso ou hoje, quando me fui vestir, enganei-me e fui à zona "da gaja")
(ou isso ou estou mesmo a ficar mais gordinho)
(mas eu continuo a achar que foi o roupeiro que apanhou água... wishful thinking?!)
(e por que é que eu estou a enfiar aqui tantos parênteses? Terá o meu cérebro também apanhado água?)
(vá, confessem: quantos de vocês sabiam escrever correctamente a palavra "parênteses"? Os que não sabiam, agora já sabem: é assim que se escreve!)
(bom fim-de-semana)
quinta-feira, novembro 26, 2009
Ser chato
Todos nós temos um bocadinho de chatos. Calma, não estou a falar dos bichinhos que atacam a genitália e sim da característica de se ser irritante, estão a ver?, ou, como dizem nos filmes, "a real pain in the ass". Eu, quando quero, consigo ser extremamente chato. Mas nem eu nem, creio, a maior parte das pessoas, consegue ser tão chata quanto aqueles indivíduos que entram pelo nosso território adentro (por "território", pode entender-se o escritório, a casa, a casa-de-banho, o lugar ao nosso lado num transporte público...) e desatam a contar histórias da carochinha, interrompendo-as de cinco em cinco minutos para proferir a frase mais chata de que há conhecimento:
"Não estou a chatear, pois não?"
Como é que é possível haver pessoas com tão pouca noção de si próprias?, é o que pergunto. Eu sei que elas, quando atiram aquela frase, estão à espera de uma resposta simpática do outro lado, de um "Não, não, qual quê! Não está a chatear nada. A sua história sobre a colecção de lenços de papel usados que guarda desde os oito anos é absolutamente fascinante, eu próprio estou com vontade de começar uma mas só com lenços de papel apanhados dentro de peep shows", e que nós, os coitados que têm azar de apanhar com chatos desses, até temos pena deles, mas às vezes - sim, às vezes - dá vontade de lhes dar uma resposta mais torta e dizer que sim, que estão a chatear-nos mesmo bastante, que participar na guerra do Vietnam a combater soldados norte-americanos/soldados norte-vietnamitas (riscar o que não interessa, consoante as vossas preferências bélicas) era algo muito menos arriscado e menos propenso a causar a morte do que escutar conversas enfadonhas, que um ensaio do Heidegger irrita menos, e coisas afins.
Eu só não dou estas respostas porque tenho pena e receio de traumatizar para o resto da vida os chatos. Mas um dia, ah, um dia, se me vir mais chateado do que posso aguentar, passo-me da cabeça e chuto essas e outras imprecações. A ver se eles gostam, chatos do caraças!...
"Não estou a chatear, pois não?"
Como é que é possível haver pessoas com tão pouca noção de si próprias?, é o que pergunto. Eu sei que elas, quando atiram aquela frase, estão à espera de uma resposta simpática do outro lado, de um "Não, não, qual quê! Não está a chatear nada. A sua história sobre a colecção de lenços de papel usados que guarda desde os oito anos é absolutamente fascinante, eu próprio estou com vontade de começar uma mas só com lenços de papel apanhados dentro de peep shows", e que nós, os coitados que têm azar de apanhar com chatos desses, até temos pena deles, mas às vezes - sim, às vezes - dá vontade de lhes dar uma resposta mais torta e dizer que sim, que estão a chatear-nos mesmo bastante, que participar na guerra do Vietnam a combater soldados norte-americanos/soldados norte-vietnamitas (riscar o que não interessa, consoante as vossas preferências bélicas) era algo muito menos arriscado e menos propenso a causar a morte do que escutar conversas enfadonhas, que um ensaio do Heidegger irrita menos, e coisas afins.
Eu só não dou estas respostas porque tenho pena e receio de traumatizar para o resto da vida os chatos. Mas um dia, ah, um dia, se me vir mais chateado do que posso aguentar, passo-me da cabeça e chuto essas e outras imprecações. A ver se eles gostam, chatos do caraças!...
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quarta-feira, novembro 25, 2009
Uma vida de dor e de sofrimento
Com muita frequência, mais do que seria desejável, sou abordado por pessoas na rua. Pessoas que se dizem amigas, ou familiares, da minha cara-metade. E esses encontros acabam sempre da mesma maneira: sou exortado, por essas pessoas, "a tratar bem dela". "A ter de fazê-la feliz". "Cuidar para que ela não sofra". "Dar-lhe uma vida boa".
Não percebo tal insistência. Não percebo, também, porque é que as pessoas dizem isso DELA e não dizem isso DE MIM. Afinal, nesta relação, o sportinguista sou eu, EU é que preciso que me façam feliz, EU é que preciso de ser bem tratado, EU é que tenho de ter alguém a aplacar-me o sofrimento...
É triste...
Não percebo tal insistência. Não percebo, também, porque é que as pessoas dizem isso DELA e não dizem isso DE MIM. Afinal, nesta relação, o sportinguista sou eu, EU é que preciso que me façam feliz, EU é que preciso de ser bem tratado, EU é que tenho de ter alguém a aplacar-me o sofrimento...
É triste...
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terça-feira, novembro 24, 2009
O comentário de Kanye West ao tralho da Jennifer Lopez nos AMA
HEY J.LO., I'M HAPPY FOR YOU AND IMMA LET YOU FINISH, BUT W. AXL ROSE HAD ONE OF THE BEST FALLS ON STAGE OF ALL TIME! OF ALL TIME!!!!
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segunda-feira, novembro 23, 2009
Confissões & Queixas
Confissão: Estou verdadeiramente viciado no joguinho de poker do Facebook. E o pior é que não consigo desligar daquilo e vejo-me a transportar todos os conceitos do poker para a realidade do dia a dia. Quando me perguntam se estou a fazer bem o meu trabalho, eu digo "Sim", o que é claramente uma jogada de bluff; quando a gaja me pergunta se eu quero ir com ela ao supermercado para ajudar a trazer os sacos das compras, eu lanço logo um fold, que é como quem diz "desisto!". Entre amigos, quando alguém se oferece para pagar as imperiais, automaticamente eu tiro o meu dinheiro todo da carteira e faço um raise, ficando todos a olhar com ar de parvos para mim... E quando a minha gaja se põe em cima da cama só em lingerie, levando-me a olhar para os seus seios, imediatamente solto "Um par de ases", e depois quando verifico a minha erecção, dá-me para gritar "Full House"! Será que preciso de ajuda profissional?
Queixa: E o nevoeiro hoje de manhã na margem sul, hum?!? Não dava para ver puto! Mas uma pessoa chega a Lisboa, pimba, o nevoeiro desaparece! Que raio de discriminação vem a ser esta, hã?! Já não basta termos apanhado com aquelas declarações do ex-ministro Mário Lino sobre a margem sul ser um deserto? Agora somos um deserto com nevoeiro? E se aparece por lá el-rei D. Sebastião? Pior, e se ele aparece mesmo ao pé de minha casa? Eu sou anti-monárquico, não quero essa gentalha lá ao pé de mim! (Porém, se em vez do Sebastião, aparecer no meio do nevoeiro a rainha da Jordânia só com um véu a cobrir-lhe o corpinho, eu prometo que até dou algum crédito à monarquia...)
Confissão: Isto é deveras intrigante: eu sou ateu, daqueles mesmo ateus, daqueles tão ateus que fazem o José Saramago parecer um padreco de província, mas ao mesmo tempo sou tão crédulo que até acredito na possibilidade de o Sporting não só vir a ganhar ao Benfica no próximo fim-de-semana como, ainda, que o clube de Alvalade irá conquistar o campeonato. Como é possível, na mesma pessoa, conviverem uma descrença tão aguda e uma crença tão ingénua?
Queixa: Hoje, enquanto me calçava, magoei um colhão. Tratou-se de uma descoordenação qualquer entre os movimentos da minha perna direita, da minha pélvis e da minha cintura que, conjugados, levaram a que eu entalasse o testículo direito entre o meu avantajado pénis e a virilha direita. Agora, dói-me. E de vez em quando, tenho de coçar esta zona. Infelizmente, os meus colegas de trabalho vêem nisto um sinal de má educação, e quando eu lhes tentei explicar que não, não estava a coçar os tomates só por coçar, que o propósito era, e cito as minhas próprias palavras, "aplacar a dor que eu tenho neste colhão, que hoje magoei de encontro ao caralho, foda-se!", eles não reagiram como eu esperava e apelidaram-me de ordinário. Cambada de filhos da puta...
Então bom início de semana e isso...
Queixa: E o nevoeiro hoje de manhã na margem sul, hum?!? Não dava para ver puto! Mas uma pessoa chega a Lisboa, pimba, o nevoeiro desaparece! Que raio de discriminação vem a ser esta, hã?! Já não basta termos apanhado com aquelas declarações do ex-ministro Mário Lino sobre a margem sul ser um deserto? Agora somos um deserto com nevoeiro? E se aparece por lá el-rei D. Sebastião? Pior, e se ele aparece mesmo ao pé de minha casa? Eu sou anti-monárquico, não quero essa gentalha lá ao pé de mim! (Porém, se em vez do Sebastião, aparecer no meio do nevoeiro a rainha da Jordânia só com um véu a cobrir-lhe o corpinho, eu prometo que até dou algum crédito à monarquia...)
Confissão: Isto é deveras intrigante: eu sou ateu, daqueles mesmo ateus, daqueles tão ateus que fazem o José Saramago parecer um padreco de província, mas ao mesmo tempo sou tão crédulo que até acredito na possibilidade de o Sporting não só vir a ganhar ao Benfica no próximo fim-de-semana como, ainda, que o clube de Alvalade irá conquistar o campeonato. Como é possível, na mesma pessoa, conviverem uma descrença tão aguda e uma crença tão ingénua?
Queixa: Hoje, enquanto me calçava, magoei um colhão. Tratou-se de uma descoordenação qualquer entre os movimentos da minha perna direita, da minha pélvis e da minha cintura que, conjugados, levaram a que eu entalasse o testículo direito entre o meu avantajado pénis e a virilha direita. Agora, dói-me. E de vez em quando, tenho de coçar esta zona. Infelizmente, os meus colegas de trabalho vêem nisto um sinal de má educação, e quando eu lhes tentei explicar que não, não estava a coçar os tomates só por coçar, que o propósito era, e cito as minhas próprias palavras, "aplacar a dor que eu tenho neste colhão, que hoje magoei de encontro ao caralho, foda-se!", eles não reagiram como eu esperava e apelidaram-me de ordinário. Cambada de filhos da puta...
Então bom início de semana e isso...
sexta-feira, novembro 20, 2009
O dia em que descobri o sentido da vida através de um salmão grelhado
Olá, olá, bom dia, bom dia. Começo por dar a resposta ao enigma colocado ontem. Era fácil: tratava-se mesmo de O Rei Pescador, esse grande filme desse grande génio que pertenceu aos grandes Monty Python, o grande Terry Gilliam. Quem nunca viu, deverá fazê-lo assim que possa, pois é realmente um extraordinário momento de cinema, com duas grandes prestações (Jeff Bridges e Robin Williams) e uma história tocante e delirante. É um dos 10 filmes da minha vida, e dizer isto equivale a apôr-lhe o melhor selo de qualidade do mundo, que é o selo de qualidade Peter of Pan.
Hoje não há passatempo, porque não me apetece andar a procurar imagens pelo Google, e também não vou falar daquela vez em que quase fui molestado por um lémur de Madagáscar porque não tenho tempo. Vou, em vez disso, narrar-vos a conversa que tive, anos atrás, com uma posta de salmão grelhado.
Era eu ainda um jovem estudante quando, ao fazer uma noitada de estudos, fui surpreendido por um chamamento na cozinha:
- Pssst. Pssst, eh, tu aí.
Mas eu não fazia ideia de quem me chamava. O que não impediu o chamamento de continuar:
- Eh, psst. Ó tu, com cara de parvo! Sim, tu!
Virei-me para um lado e para o outro. Na cozinha, não se via vivalma. Só lá estava eu e uma posta de salmão grelhado, que tinha deixado de fora para comer daí a um bocado.
- Ó minha besta - prosseguiu a voz - Aqui em baixo, pá!
Foi então que percebi de onde vinha o apelo. Era, efectivamente, da posta de salmão. Não é que eu ficasse excessivamente surpreendido, pois já me aconteceram coisas bem mais esquisitas, mas não pude deixar de mostrar alguma perturbação:
- Quéisto, um salmão que fala?! Hoje nem sequer bebi nada... - falei, mais para mim do que para o salmão.
- Shht, cala-te, rapaz - disse, arrogante, a posta - Tu não estás ébrio. Eu falo. E falo porque tenho muito para dizer. - concluiu o bocado de peixe.
O facto de haver um salmão falante era intrigante, mas mais era ele ter efectivamente algo para dizer. Do que se trataria? O que poderia um salmão argumentar que posse minimamente relevante?
- Rapaz - retomou, calmamente, no seu tom de salmão, o salmão - o que tenho para comunicar é o sentido da vida. Sabes qual é o sentido da vida?
Eu, que pensava no sentido da vida desde os meus seis anos de idade, tinha resposta para ele:
- Pá, a vida não tem sentido. Isso porque a vida não é um ponto de chegada e sim um ponto de partida. Não podes dar sentido a uma coisa no início. Isso é batota! O sentido é construído à medida que se caminha o caminho. E além do mais, tu és uma posta de salmão. O que é que podes dizer sobre o sentido da vida?
- Puto - respondeu-me o salmão - 'Tá calado. Abaixa a bolinha, que eu estou aqui para falar de coisas importantes.
Este salmão era de facto muito arrogante. Devia estar armado em dourada. E não parou:
- Se eu digo que conheço o sentido da vida, é porque conheço o sentido da vida. Eu estive lá! Eu vi! Eu vivi! Eu reflecti! E dei uso às barbatanas. E sei que a vida tem um sentido.
- Ah sim? - retorqui eu, cada vez mais indignado com a jactância de uma mera posta de peixe - Então e qual é ele, ó espertalhão?!
- O sentido da vida é voltar ao rio em que nasceste e aí procriar e deixar descendência, para que as vidas futuras possam renovar aquilo que tu um dia fizeste. - pausou um pouco, para deixar que as palavras fizessem efeito, e retomou a conversa - E isto prova que o Aristóteles estava errado. - concluiu.
Absorvi a sabedoria do salmão, raciocinando naquelas palavras. Poderia ser efectivamente esse o sentido da vida? Regressar ao rio? Mas e quem não nasceu num rio? Eu não nasci. Como é que, então, poderia voltar ao rio em que não nasci e aí procriar e gerar novos eus? Estaria o salmão a falar a sério? Ou toda aquela mensagem não passava de uma metáfora? Seria o rio o símbolo de algo? E se sim, do quê?
Pensei, pensei, pensei, enquanto olhava para o salmão, agora sereno após me ter generosamente comunicado o sentido da vida. Pensei mais. Olhava o salmão. Pensei mais ainda. E de novo olhava o salmão. Pensei tudo o que podia ter pensado, e olhei o salmão até onde podia ter olhado, até que me deu a fome e o comi. E assim acabou a história. Não descobri se aquele era mesmo o sentido da vida, mas posso dizer que aquela posta, regadinha com um niquinho de azeite, estava uma delícia.
Bom fim-de-semana a todos.
[E o contador assinala: 4 dias sem falar em futebol, mamas, cus ou grelos]
Hoje não há passatempo, porque não me apetece andar a procurar imagens pelo Google, e também não vou falar daquela vez em que quase fui molestado por um lémur de Madagáscar porque não tenho tempo. Vou, em vez disso, narrar-vos a conversa que tive, anos atrás, com uma posta de salmão grelhado.
Era eu ainda um jovem estudante quando, ao fazer uma noitada de estudos, fui surpreendido por um chamamento na cozinha:
- Pssst. Pssst, eh, tu aí.
Mas eu não fazia ideia de quem me chamava. O que não impediu o chamamento de continuar:
- Eh, psst. Ó tu, com cara de parvo! Sim, tu!
Virei-me para um lado e para o outro. Na cozinha, não se via vivalma. Só lá estava eu e uma posta de salmão grelhado, que tinha deixado de fora para comer daí a um bocado.
- Ó minha besta - prosseguiu a voz - Aqui em baixo, pá!
Foi então que percebi de onde vinha o apelo. Era, efectivamente, da posta de salmão. Não é que eu ficasse excessivamente surpreendido, pois já me aconteceram coisas bem mais esquisitas, mas não pude deixar de mostrar alguma perturbação:
- Quéisto, um salmão que fala?! Hoje nem sequer bebi nada... - falei, mais para mim do que para o salmão.
- Shht, cala-te, rapaz - disse, arrogante, a posta - Tu não estás ébrio. Eu falo. E falo porque tenho muito para dizer. - concluiu o bocado de peixe.
O facto de haver um salmão falante era intrigante, mas mais era ele ter efectivamente algo para dizer. Do que se trataria? O que poderia um salmão argumentar que posse minimamente relevante?
- Rapaz - retomou, calmamente, no seu tom de salmão, o salmão - o que tenho para comunicar é o sentido da vida. Sabes qual é o sentido da vida?
Eu, que pensava no sentido da vida desde os meus seis anos de idade, tinha resposta para ele:
- Pá, a vida não tem sentido. Isso porque a vida não é um ponto de chegada e sim um ponto de partida. Não podes dar sentido a uma coisa no início. Isso é batota! O sentido é construído à medida que se caminha o caminho. E além do mais, tu és uma posta de salmão. O que é que podes dizer sobre o sentido da vida?
- Puto - respondeu-me o salmão - 'Tá calado. Abaixa a bolinha, que eu estou aqui para falar de coisas importantes.
Este salmão era de facto muito arrogante. Devia estar armado em dourada. E não parou:
- Se eu digo que conheço o sentido da vida, é porque conheço o sentido da vida. Eu estive lá! Eu vi! Eu vivi! Eu reflecti! E dei uso às barbatanas. E sei que a vida tem um sentido.
- Ah sim? - retorqui eu, cada vez mais indignado com a jactância de uma mera posta de peixe - Então e qual é ele, ó espertalhão?!
- O sentido da vida é voltar ao rio em que nasceste e aí procriar e deixar descendência, para que as vidas futuras possam renovar aquilo que tu um dia fizeste. - pausou um pouco, para deixar que as palavras fizessem efeito, e retomou a conversa - E isto prova que o Aristóteles estava errado. - concluiu.
Absorvi a sabedoria do salmão, raciocinando naquelas palavras. Poderia ser efectivamente esse o sentido da vida? Regressar ao rio? Mas e quem não nasceu num rio? Eu não nasci. Como é que, então, poderia voltar ao rio em que não nasci e aí procriar e gerar novos eus? Estaria o salmão a falar a sério? Ou toda aquela mensagem não passava de uma metáfora? Seria o rio o símbolo de algo? E se sim, do quê?
Pensei, pensei, pensei, enquanto olhava para o salmão, agora sereno após me ter generosamente comunicado o sentido da vida. Pensei mais. Olhava o salmão. Pensei mais ainda. E de novo olhava o salmão. Pensei tudo o que podia ter pensado, e olhei o salmão até onde podia ter olhado, até que me deu a fome e o comi. E assim acabou a história. Não descobri se aquele era mesmo o sentido da vida, mas posso dizer que aquela posta, regadinha com um niquinho de azeite, estava uma delícia.
Bom fim-de-semana a todos.
[E o contador assinala: 4 dias sem falar em futebol, mamas, cus ou grelos]
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quinta-feira, novembro 19, 2009
Passatempo Peter of Pan: adivinhem o filme através das imagens (3)
Antes de mais, quero pedir a todos desculpa por não ter vindo postar ontem. Tal deveu-se a ter andado à porrada com a minha constipação, o que me retirou tempo às normais actividades diárias, como postar, tomar banho ou mandar cartas registadas para a sede do CDS/PP com ameaças de que está lá um sem-abrigo infiltrado.
O Clash of the Titans entre mim e a constipação foi, em si, um evento extremamente interessante. Ela começou melhor, aplicando-me uma chave de braço que me deixou sem respiração, mas aos poucos fui respondendo à altura. Servi-me do meu famoso jogo de pernas para presenteá-la com uns dropkicks aqui, uns Chuck Norris' roundhouse kicks ali e, à hora em que Portugal jogava com a Esbórnia, já a constipação estava a pedir o final do combate. Vitória para mim, portanto.
Mas passemos à frente. Ora, o resultado do passatempo anterior era esse filme para adolescentes bimbas, o Dança Comigo, também conhecido pelo seu nome original, Dirty Dancing. As imagens eram esclarecedoras: um par a dançar, uma parte da anatomia feminina e uns meegos. Tudo junto, só poderia dar "Dança Comigo".
Vamos à charada de hoje. Eis as imagens:
Vá, esta é muito fácil. Amanhã dou a resposta, se bem que nem deveria ser preciso...
[E o contador assinala: 3 dias sem falar em futebol, mamas, cus ou grelos]
O Clash of the Titans entre mim e a constipação foi, em si, um evento extremamente interessante. Ela começou melhor, aplicando-me uma chave de braço que me deixou sem respiração, mas aos poucos fui respondendo à altura. Servi-me do meu famoso jogo de pernas para presenteá-la com uns dropkicks aqui, uns Chuck Norris' roundhouse kicks ali e, à hora em que Portugal jogava com a Esbórnia, já a constipação estava a pedir o final do combate. Vitória para mim, portanto.
Mas passemos à frente. Ora, o resultado do passatempo anterior era esse filme para adolescentes bimbas, o Dança Comigo, também conhecido pelo seu nome original, Dirty Dancing. As imagens eram esclarecedoras: um par a dançar, uma parte da anatomia feminina e uns meegos. Tudo junto, só poderia dar "Dança Comigo".
Vamos à charada de hoje. Eis as imagens:
Vá, esta é muito fácil. Amanhã dou a resposta, se bem que nem deveria ser preciso...
[E o contador assinala: 3 dias sem falar em futebol, mamas, cus ou grelos]
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terça-feira, novembro 17, 2009
Passatempo Peter of Pan: adivinhem o filme através das imagens (2)
Olá, olá, bons dias, espero que estejam todos com uma constipação 10 vezes pior do que a minha e que graças a isso não consigam levantar-se da cama. Eu devo ter feito mal a alguém numa vida anterior porque, embora estando constipado como o caraças, tive de vir trabalhar. É o que dar ser uma figura importante no local de trabalho... todos dependem de mim, sobretudo as mulheres. Se eu falto, o mais provável é dar-se um suicídio colectivo.
Bom, mas vamos lá a coisas importantes. A resposta à charada de ontem era, obviamente, "Alta Fidelidade", que desde já aconselho todos a verem, e também a lerem o livro (é do Nick Hornby). Para minha surpresa, só duas pessoas acertaram na resposta: El Guru e a nossa amiga de Marte. Estou muito desapontado com todos os outros, muito sinceramente! Eu farto de elogiar-vos nas sessões de copos com os amigos, sou mesmo capaz de, à 23754ª imperial, dizer que são os leitores mais inteligentes do planeta, e fazem-me uma destas?!?! Ó que caraças!...
Mas hoje há uma possibilidade de se redimirem. Basta adivinharem qual é o filme:
Também não é muito difícil, pois não? É mais subtil do que a charada de ontem, mas puxem um bocadinho pela mioleirinha que chegam lá! Amanhã dou a resposta!
[E o contador assinala: 2 dias sem falar em futebol, mamas, cus ou grelos]
Bom, mas vamos lá a coisas importantes. A resposta à charada de ontem era, obviamente, "Alta Fidelidade", que desde já aconselho todos a verem, e também a lerem o livro (é do Nick Hornby). Para minha surpresa, só duas pessoas acertaram na resposta: El Guru e a nossa amiga de Marte. Estou muito desapontado com todos os outros, muito sinceramente! Eu farto de elogiar-vos nas sessões de copos com os amigos, sou mesmo capaz de, à 23754ª imperial, dizer que são os leitores mais inteligentes do planeta, e fazem-me uma destas?!?! Ó que caraças!...
Mas hoje há uma possibilidade de se redimirem. Basta adivinharem qual é o filme:
Também não é muito difícil, pois não? É mais subtil do que a charada de ontem, mas puxem um bocadinho pela mioleirinha que chegam lá! Amanhã dou a resposta!
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segunda-feira, novembro 16, 2009
Passatempo Peter of Pan: adivinhem o filme através das imagens
Hoje deu-me para isto: vou colocar aqui duas imagens e vocês, através da associação, terão de adivinhar qual é o filme que eu tenho na cabeça. Vou dar um exemplo, para ficarem com uma ideia mais precisa: se eu colocasse aqui a imagem de um leão, e de seguida a imagem de uma estrela, qual seria o filme, qual seria?! Exacto, o Voando Sobre Um Ninho De Cucos! Ok, estou a brincar, é claro que se trataria de O Leão da Estrela. Se alguém pensou mesmo que era o Voando Sobre Um Ninho de Cucos, é melhor convencer-se de que sofre de severos problemas de entendimento, e deve portanto arranjar ajuda especializada o mais rapidamente possível.
Como este post é o estreante, a charada é muito fácil. Aqui ficam as imagens:
Espero as vossas respostas na caixa de comentários. Darei a solução (mas vocês não precisam, pois não?! Esta é mesmo muito fácil!!!) no post de amanhã!
[E o contador assinala: 1 dia sem falar em futebol, mamas, cus ou grelos]
Como este post é o estreante, a charada é muito fácil. Aqui ficam as imagens:
Espero as vossas respostas na caixa de comentários. Darei a solução (mas vocês não precisam, pois não?! Esta é mesmo muito fácil!!!) no post de amanhã!
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sexta-feira, novembro 13, 2009
Chego à conclusão
que a maior parte dos meus posts ou falam sobre futebol, ou sobre mamas, ou sobre futebol, ou sobre pachachas com dentes, ou sobre futebol, ou sobre cus, ou sobre futebol. De vez em quando, lá vem um que relaciona a política com o futebol, ou a filosofia com as mamas, mas é muito de vez em quando. É capaz de ser boa ideia renovar um pouco a minha imaginação. Se na próxima semana escrever alguma coisa que tenha a ver com as temáticas atrás referidas, prometo açoitar-me violentamente.
Bom fim-de-semana e boas mamas.
Nãããão, tudo menos isso!!!
Ao que tudo aponta, será André Villas-Boas o sucessor de Paulo Bento no comando técnico do Sporting. Se isto se confirmar, é um dia triste para mim enquanto adepto sportinguista. Porque eu admito muita coisa: admito o Sporting ter sido fundado por aristocratas, admito o Sporting ter entre os seus simpatizantes figuras da direita como Durão Barroso, Paulo Portas ou António Pires de Lima, admito até que o clube não ganhe uma porcaria de jeito, mas levar com um beto como treinador já é demais. Demais! É querer abusar da paciência de uma pessoa.
Pobre Sporting... volta, Paulo Bento, por favor!!!!
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quinta-feira, novembro 12, 2009
Lúcidos comentários acerca de Teeth, o filme
De todos os filmes não-pornográficos que saquei da net nos últimos dias, o que mais me chamou a atenção pela sua estupidez foi este Teeth, que desconheço se saiu em Portugal. Teeth é uma daquelas películas típicas de terror, ou melhor, de terrir, para adolescentes, mas distingue-se das outras pelo seu ponto de partida, que é uma gaja descobrir que tem dentes na perseguida!
Este conceito é desde logo prometedor, e foi o que bastou para que eu me pusesse a ver o filme. Assisti então ao drama de Dawn, uma normal rapariga ultra-cristã que sonha chegar casta ao casamento, até se apaixonar por um rapaz também cristão, e que também fez um voto de castidade, mas que à primeira oportunidade manda a abstinência às urtigas e salta para a cueca da pobre Dawn. Porém, nada há a temer, porque após duas ou três penetrações, o rapazote tem uma supresa do caralho, quer dizer, no caralho: fica sem ele porque a patagónia da Dawn tem esse insuspeito truque que é possuir vigorosa dentição, capaz de dar cabo de qualquer membro, mesmo do mais avantajado (eu é que não lá o metia, podem ter a certeza).
Não vos vou contar o resto da história, apenas vos deixo mais este spoiler: a dada altura, a coitada da Dawn decide ir ao ginecologista avaliar do seu, digamos, original problema. Como é a sua primeira vez, ela não sabe muito bem o que fazer e em que posição se colocar. O ginecologista, no propósito de a acalmar, vem com um daqueles clichés previsíveis "Não te preocupes, eu não mordo", até enfiar a mão dentro da crica da Dawn e aperceber-se que, afinal, quem morde é a dita cuja. Ri a bom rir quando o doutor retira a mão, verifica que ficou sem os dedos e, esvaindo-se em sangue, grita "AAAAAHHHH, VAGINA DENTATA!!!!". Uma daquelas cenas antológicas que deveria ficar para a história do cinema...
Enfim, se querem saber mais, vejam o filme. Não demora muito a sacar e dá para sorrir. Sempre é melhor do que pagar 5 euros para assistir ao 2012, não é verdade?!
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quarta-feira, novembro 11, 2009
Sonho de Berlim (por detrás da Cortina de Ferro)
Grande parte das vezes, os nossos sonhos derivam de ocorrências reais, às quais é dada uma enorme liberdade poética capaz de as tornar irreais (até porque são sonhos, certo?!). As vezes que eu já vi a Monica Bellucci no televisor e depois, na própria noite, tive sonhos que envolviam envolver-me com ela numa banheira cheia de espuma... Tantas, tantas...
Esta noite, o sonho foi menos libidinoso e mais politicamente comprometido. Com tanta propaganda feita nos últimos dias à queda do Muro de Berlim, não espantou que os meus sonhos tenham saído afectados. E foi assim que me vi transportado no espaço e no tempo e fui parar ao lado de lá da Cortina de Ferro antes da queda do muro. Pelas ruas de Berlim oriental caminhava, cruzando-me aqui e ali com habitantes da Alemanha de Leste, pessoas tristes de olhar melancólico e rosto fechado. As mulheres, em particular, davam dó, pois arrastavam-se penosamente pela calçada, carregando de cada lado um cesto com vegetais. Dava-me vontade de libertá-las e trazê-las para o lado de cá, mas uma pessoa quando sonha tem de obedecer às regras do sonho, e no meu sonho eu estava obrigado a continuar a caminhar.
Caminhando e caminhando chego a uma praceta, onde decorre uma espécie de ajuntamento comunista. Em cima de um palanque, um dirigente grita palavras de ordem, mas eu não compreendo porque o homem fala em russo. Defronte do palanque, os alemães de leste cochicham uns com os outros, talvez perguntando "Gott im himmell, porrque é que este cabrrón está a falarrr em russo?!?", ainda e sempre com rostos tristes. Olho para o espectáculo por uns minutos, e desta vez o sonho diz-me para intervir, e assim faço: com uma força desconhecida, irrompo pela praceta e, empurrando alguns alemães no processo, rapidamente chego até junto do palanque, onde olho nos olhos o palhaço comuna que papagueava a cassete do Kremlin. Fico uns momentos assim, a fazer cara de mau para o tipo, até ele parar de falar. Quando finalmente se cala, chega a minha vez: "Palhaço de merda, estás para aí a elogiar o teu regime de merda e olha para esta gente, olha para a vida deles. Filho de uma rameira siberiana, são tipos como tu e regimes como aquele que apoias que dão mau nome à Esquerda. Se eu tivesse aqui comigo um saco cheio de mijo, atirava-to já à cabeça, meu rabilóide. Devias ser apanhado num beco escuro por um bando de cossacos que te fizessem ao cu aquilo que os bolcheviques fizeram aos mencheviques."
Como eu falava em português, a besta do russo nada entendia, mas a raiva que embebia as minhas palavras era-lhe bastante perceptível. Sentindo-se atacado, disse-me "Nasdrovnja, pravda nyet nyet navratilova, cecceka moskva, gospodin mikaylichenko andryi shevckenko nyet portugalski cunhalovski pravda", ao que lhe respondi com um gesto universal, que se caracteriza por dobrar de encontro à palma da mão os dedos indicador, anelar e mindinho e esticar para o ar o dedo médio. O pulha não gostou e chamou imediatamente os guardas que ladeavam o palanque. Percebi então que os meus minutos do lado de lá da Cortina de Ferro estavam contados e que o melhor era dar corda aos sapatos e pisgar-me dali para fora. Corro, corro, corro, apanho uma barra de ferro do chão da Berlim oriental e, com o Muro já à distância do tamanho do pénis do John Holmes, dou uma de Sergei Bubka e salto para o lado de cá da Cortina de Ferro. Estranhando não ter levado com nenhum tiro, desvio o meu olhar para as torres de vigia: nelas, os soldados do leste estão a bater palmas, claramente impressionados pela minha atlética exibição. "Fixe", digo para mim, "esta merda até não correu mal. Só espero que o meu exemplo sirva... pá, sirva de exemplo e que os alemães não se deixem levar pelos sovietes".
A saga, no entanto, ainda não estava terminada. Ao virar as costas, em definitivo, para o Muro de Berlim, vejo dois soldados norte-americanos a vir na minha direcção. Um deles grita "Man, you're a fucking hero. You're a symbol of western capitalism", mas mal acaba de dizer a última sílaba da palavra "capitalism", leva com a barra de ferro na tromba (sim, a barra de ferro deveria ter ficado na Berlim oriental, mas é destas coisas que os sonhos são feitos, não é verdade?). O outro soldado olha espavorido para mim e para o colega, sem saber o que fazer. É aí que dou a minha lição política: "Ó palhaço, 'tá lá quietinho e ajuda mas é o teu colega a ir para o hospital. Vocês do lado de cá são iguais aos estúpidos do lado de lá. O totalitarismo do capital não é melhor que o totalitarismo do plano quinquenal. Ah, e chupa-mos". O soldadito, embora não entendesse português, de certeza que percebeu as minhas intenções, pois acaba por deixar-me em paz e levar o companheiro, cujo nariz se esvai em sangue, aos ombros até ao posto médico mais próximo.
Ciente de que nada mais havia a fazer naquele lugar, viro-me uma última vez para o Muro, desço a braguilha, puxo o peterpanzinho para fora e, num gesto derradeiro de provocação, pinto aquela mordaça de betão com a minha urina. Soltos os últimos pingos, arrumado o animal e fechada a braguilha, resolvo apanhar o primeiro táxi e venho para a caótica Lisboa (só em sonhos é que um gajo gosta de ir de táxi!!! E de trocar Berlim por Lisboa!!!). E foi assim que terminou a minha aventura, e idem para o meu sonho. De manhã, só me vieram à cabeça, em jeito de moral (ou será "mural"?) da história, as seguintes palavras: "Aqueles que querem desvalorizar a queda do muro de Berlim com o argumento de que a vida nos antigos países do bloco soviético não está melhor do que antes, são iguais àqueles que desvalorizam o 25 de Abril com o argumento de que a vida em Portugal não está melhor do que na época do Salazar".
Isto é profundo, meus meninos. E tão verdadeiro quanto profundo...
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terça-feira, novembro 10, 2009
O dia em que a minha gaja compreendeu, definitivamente, que não sou deste planeta
Porque nós somos um casal muito asseadinho, vai não vai andamos em limpezas. Normalmente é ela quem toma conta do aspirador, e eu do balde e da esfregona, e isto tem uma razão muito corriqueira por detrás: é que se for eu a aspirar a casa, o barulho do aparelho abafa o heavy metal que coloco na aparelhagem para ajudar a suportar as tarefas domésticas, ao passo que andar para a esquerda e para a direita com a esfregona permite-me ouvir o maravilhoso do sonzaço!
No entanto, da última vez que nos pusemos a limpar a maison, tive de ser eu a agarrar-me ao aspirador, isto porque a gaja andava tão entretida a jogar Farmville que descurou a sua colaboração. Portanto, it's a dirty job, but someone has got to do it, e toca de aspirar o chão. À falta da música que, como referi, não poderia colocar porque não se ouviria nada, tive de ocupar a minha mente com outras coisas. E quando a minha cabeça não está entretida a acompanhar os grunhidos death metal do vocalista de Obituary ou a emular os guinchos gélidos das guitarras dos Enslaved, só há uma coisa de que ela se lembra: javardeira!
E foi aí, quando eu estava quase a acabar de aspirar o quarto de dormir, que tive esta iluminação: criar músicas pornográficas para criancinhas! Julguei logo estar perante uma oportunidade óptima de negócio, pois trata-se de um nicho de mercado ainda por explorar. A minha ideia seria criar um projecto que misturasse a ternura de um Avô Cantigas com o lirismo de um Bocage ou, até, de um Manuel João Vieira. E as letras começaram a chegar em catadupa, ao mesmo tempo que ia aspirando as restantes divisões.
A primeira letra que criei foi esta: "O caralhinho não está sozinho", e o refrão reza assim
O caralhinho não está sozinho
Tem um amiguinho
Que é o cuzinho
O caralhinho não está só
Tem outro amigo
É o bóbó!
O bóbó e o cuzinho
São amiguinhos
Do caralhinho!
Imaginem esta merda musicada com uma viola e um teclado, e creio que podem ver o enorme potencial que isto tem!
Depois iniciei a criação de mais outra, ainda em desenvolvimento, "As vogais vão ao cu às consoantes", de que só tenho os seguintes versos:
A A A, vou-te à pá
É É É, cheiras a chulé
I I I, furo-te o pipi
Ó Ó Ó, come o meu cocó
Ú Ú Ú, rebento-te esse cu
Um gajo mete aqui uns coros e o camandro, e a coisa fica mais fixe do que o Requiem do Mozart.
Estando, então, diante de um conceito novo e com pernas para andar, desliguei o aspirador e fui partilhar com a gaja tão inovadora ideia. Expliquei-lhe: "Gaja, 'tou com uma cena bestial na cabeça. E se formássemos uma banda porno-infantil?" Ela, não convencida, limitou-se a torcer o nariz, mas não desisti e comecei a cantar as duas letras acima e que havia criado enquanto aspirava, aguardando por uma reacção.
E a reacção deu-se mas não, certamente, aquela que eu pensava. A minha gaja, incompreensivelmente, e em claro desprezo pelo meu génio, em lugar de apoiar a minha arte, veio logo com um "Mas tu és maluco?! Tu estás doido?! Que raio de coisa vem a ser esta?! Tu não és normal!!! Pobres criancinhas! Já não quero ter filhos contigo!!! Se não tomas juízo já, eu juro que chamo a polícia!".
Fiquei, como seria natural, muito desanimado com esta resposta. É triste ser um génio incompreendido, e ter dentro de si algo que, a ser bem aproveitado, não só me traria segurança económica como levaria alegria a milhares e milhares de criancinhas por esse país - não, mundo! - fora. E é lamentável que a minha própria cara metade não entenda o potencial de um projecto assim. Extremamente lamentável...
No entanto, da última vez que nos pusemos a limpar a maison, tive de ser eu a agarrar-me ao aspirador, isto porque a gaja andava tão entretida a jogar Farmville que descurou a sua colaboração. Portanto, it's a dirty job, but someone has got to do it, e toca de aspirar o chão. À falta da música que, como referi, não poderia colocar porque não se ouviria nada, tive de ocupar a minha mente com outras coisas. E quando a minha cabeça não está entretida a acompanhar os grunhidos death metal do vocalista de Obituary ou a emular os guinchos gélidos das guitarras dos Enslaved, só há uma coisa de que ela se lembra: javardeira!
E foi aí, quando eu estava quase a acabar de aspirar o quarto de dormir, que tive esta iluminação: criar músicas pornográficas para criancinhas! Julguei logo estar perante uma oportunidade óptima de negócio, pois trata-se de um nicho de mercado ainda por explorar. A minha ideia seria criar um projecto que misturasse a ternura de um Avô Cantigas com o lirismo de um Bocage ou, até, de um Manuel João Vieira. E as letras começaram a chegar em catadupa, ao mesmo tempo que ia aspirando as restantes divisões.
A primeira letra que criei foi esta: "O caralhinho não está sozinho", e o refrão reza assim
O caralhinho não está sozinho
Tem um amiguinho
Que é o cuzinho
O caralhinho não está só
Tem outro amigo
É o bóbó!
O bóbó e o cuzinho
São amiguinhos
Do caralhinho!
Imaginem esta merda musicada com uma viola e um teclado, e creio que podem ver o enorme potencial que isto tem!
Depois iniciei a criação de mais outra, ainda em desenvolvimento, "As vogais vão ao cu às consoantes", de que só tenho os seguintes versos:
A A A, vou-te à pá
É É É, cheiras a chulé
I I I, furo-te o pipi
Ó Ó Ó, come o meu cocó
Ú Ú Ú, rebento-te esse cu
Um gajo mete aqui uns coros e o camandro, e a coisa fica mais fixe do que o Requiem do Mozart.
Estando, então, diante de um conceito novo e com pernas para andar, desliguei o aspirador e fui partilhar com a gaja tão inovadora ideia. Expliquei-lhe: "Gaja, 'tou com uma cena bestial na cabeça. E se formássemos uma banda porno-infantil?" Ela, não convencida, limitou-se a torcer o nariz, mas não desisti e comecei a cantar as duas letras acima e que havia criado enquanto aspirava, aguardando por uma reacção.
E a reacção deu-se mas não, certamente, aquela que eu pensava. A minha gaja, incompreensivelmente, e em claro desprezo pelo meu génio, em lugar de apoiar a minha arte, veio logo com um "Mas tu és maluco?! Tu estás doido?! Que raio de coisa vem a ser esta?! Tu não és normal!!! Pobres criancinhas! Já não quero ter filhos contigo!!! Se não tomas juízo já, eu juro que chamo a polícia!".
Fiquei, como seria natural, muito desanimado com esta resposta. É triste ser um génio incompreendido, e ter dentro de si algo que, a ser bem aproveitado, não só me traria segurança económica como levaria alegria a milhares e milhares de criancinhas por esse país - não, mundo! - fora. E é lamentável que a minha própria cara metade não entenda o potencial de um projecto assim. Extremamente lamentável...
segunda-feira, novembro 09, 2009
Um apelo à blogoesfera: como perder peso?!
Acabo de subir à balança para verificar o meu peso. Tenho um choque: 80 kg! Para o meu outrora elegante corpinho, trata-se de um recorde absoluto. Chego, portanto, à conclusão de que preciso perder peso. O problema é que não tenho experiência alguma na área. Não sei como fazê-lo, pronto. Várias opções estão lançadas diante de mim, mas desconheço qual a mais eficaz. É por isso que vos faço um apelo: das acções que me proponho executar, e que listarei já de seguida, qual a que apresenta melhores resultados? Eu não preciso de perder muitos quilos, uns 2 ou 3 certamente bastarão.
Vá, dêem lá uma ajudinha aqui ao amiguinho...
Vá, dêem lá uma ajudinha aqui ao amiguinho...
sexta-feira, novembro 06, 2009
O Sporting e o optimismo antropológico
Conhecem a tese do optimismo antropológico, não conhecem?! Em poucas palavras, e de acordo com o seu teórico mais famoso, Jean-Jacques Rousseau, o que diz é isto: as pessoas são naturalmente boas, a sociedade é que depois as corrompe. Ora, na minha opinião, e tendo em conta os actuais resultados da equipa verde-e-branca, creio que é possível adaptar esta tese para a realidade do futebol.
No fundo, o que eu afirmo é que basta substituirmos os papéis: o Sporting desempenha o papel de sociedade e (eu sei que esta parte já é mais complicada, mas façam um esforço...) os jogadores de futebol desempenham o papel de pessoas, e ficamos com a tese de que "os jogadores de futebol são naturalmente bons, o Sporting é que dá cabo deles todos!"
Ao contrário do Rousseau, que para apoiar a tese recorreu ao mito do bom selvagem, eu disponho de evidência empírica: qualquer jogador é bom antes de envergar a camisola às riscas verdes-e-brancas, e qualquer jogador se estraga durante o tempo que permanece no Sporting. Se permanecer muito tempo, corre mesmo o risco de se danificar para sempre (creio ter sido este, mais do que qualquer outra coisa, o segredo por detrás do sucesso de jogadores como Paulo Futre, Luís Figo e Cristiano Ronaldo: ficaram pouco tempo em Alvalade).
Vamos aos exemplos: Liédson. Uma análise feita só pela rama dirá que este jogador é um contra-exemplo à minha tese. Liédson, afinal, é só o melhor ponta-de-lança a actuar em Portugal. Porém, vejamos as coisas mais de perto. Liédson é o maior, mas suponhamos que em vez de jogar no Sporting, jogava noutro clube. Já estão a ver? No Sporting, o Liédson marca golos com alguma frequência; noutro clube, não tenham dúvidas que marcaria cerca de 50 golos por jogo!
Mais outro caso: Caicedo. O avançado equatoriano está avaliado em mais de 10 milhões de euros. Teve boas prestações no Manchester City. Vem para o Sporting, dá-se-lhe uma bola e ele revela mais desconhecimento no trato com a redondinha do que o Oliveira e Costa relativamente ao buraco do BPN. Até o Miguel Veloso na passerelle joga melhor que o Caicedo dentro das quatro linhas...
Ainda outro caso: Pedro Silva. "Quem é esse?", perguntam vocês, ignorantes do plantel lagarto. Pedro Silva é uma espécie de lateral direito que se caracteriza por ser lento, estúpido, desprovido de técnica, e de táctica, e que só teve algum reconhecimento por parte da massa adepta leonina quando resolveu lançar fora a medalha de vencido da Taça da Liga (sim, aquela que decorreu este ano e em que o Sporting foi absolutamente roubado). Pedro Silva é, pois, uma nulidade... no Sporting, porque ao que parece o rapaz quando estava no Corinthians até dava uns toques.
Por fim, o último caso: Silvestre Varela. Varela começou a dar nas vistas no Casa Pia, emprestado pelo Sporting. Quando voltou ao clube, não deu uma para a caixa. Voltou a ser emprestado, com bons resultados. Regressou ao SCP, recomeçou a não jogar peva. Foi para Espanha, deu espectáculo por onde passou e voltou a Portugal, para o Estrela da Amadora, onde foi o melhor jogador durante a época passada. Este ano, representa o Porto e já conseguiu boas exibições, estando actualmente lesionado, mas ainda assim consegue ser mais produtivo do que quando jogava no Sporting.
Estes quatro casos bastam para que me seja dada razão. Os jogadores até são bons jogadores, mas infelizmente assinam por um clube que pode perceber de muita coisa, mas não de bola. E depois admiram-se que os adeptos tenham de ser corridos a tiro...
Aviso já que quando o Paulo Bento for embora, me vou candidatar ao cargo de treinador do Sporting. Alguém tem de inverter a triste situação do clube, e tem de ser alguém que compreenda profundamente as razões pelas quais o Sporting é o Sporting. E eu compreendo, por isso sou a pessoa mais indicada para fazer do Sporting um clube ganhador, conquistador e demolidor.
A minha primeira medida, acaso seja contratado, será mudar de nome. "Sporting" já há muito é sinónimo de "derrota ou empate humilhante". Proporei que, em vez de "Sporting", o clube passe a ser designado por "Barcelona Clube de Portugal". Que tal, para começar?!
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quinta-feira, novembro 05, 2009
As melhores frases de engate são, sem dúvida, as mais simples!
Todos sabem que o Quentin Tarantino é o realizador/argumentista mais fixe do mundo. E quem melhores diálogos cria. Revi recentemente o Jackie Brown, que muita gente detesta (por "muita gente", deve entender-se "idiotas"), e não obstante todo o enredo ser brilhante, há por lá uma pérola que, só por si, faz valer as quase duas horas e meia de filme. Refiro-me a uma conversa entre Melanie (Bridget Fonda) e Louis (Robert de Niro):
MELANIE: That's a picture of me in Japan.
LOUIS: You been to Japan?
MELANIE: I lived there for about nine months.
LOUIS: You lived in Japan, when?
MELANIE: About five years ago.
LOUIS: Who's arm is that?
MELANIE: That's the guy I lived with... his name was... Hir... Hirosh.
LOUIS: Must of made quite an impression.
MELANIE: I never got to know him, really. I couldn't speak Japanese, and his English was terrible. But I couldn't say anything, because his English was better than my Japanese.
LOUIS: That sounds like a problem.
MELANIE: Not really. We didn't have much to say to each other anyway. I never got to know him that well, but I knew enough to know I wasn't missing much. I keep that, because of all the fuckin' time I was there, that's the only picture I got of me in Japan. (she points beyond her shoulder) That's Japan.
Melanie looks up at Louis.
MELANIE: Wanna fuck?
LOUIS: Sure.
Cá está! Só um génio como Tarantino se lembraria de uma punchline tão simples quanto eficaz. Mas eu, como sou esquisito, ainda acho que se poderia ter simplificado mais a coisa. Eis como eu faria, se fosse o autor do diálogo:
MELANIE: Did you know I was in Japan?
LOUIS: No, I didn't!
MELANIE: Lets fuck?!
LOUIS: Yeah!
Mas até isto pode ser ainda mais simples:
MELANIE: Lets f...
LOUIS: (shuts her mouth and jumps into her pants)
Ahhhh, não há verdadeiramente nada como a simplicidade...
MELANIE: That's a picture of me in Japan.
LOUIS: You been to Japan?
MELANIE: I lived there for about nine months.
LOUIS: You lived in Japan, when?
MELANIE: About five years ago.
LOUIS: Who's arm is that?
MELANIE: That's the guy I lived with... his name was... Hir... Hirosh.
LOUIS: Must of made quite an impression.
MELANIE: I never got to know him, really. I couldn't speak Japanese, and his English was terrible. But I couldn't say anything, because his English was better than my Japanese.
LOUIS: That sounds like a problem.
MELANIE: Not really. We didn't have much to say to each other anyway. I never got to know him that well, but I knew enough to know I wasn't missing much. I keep that, because of all the fuckin' time I was there, that's the only picture I got of me in Japan. (she points beyond her shoulder) That's Japan.
Melanie looks up at Louis.
MELANIE: Wanna fuck?
LOUIS: Sure.
Cá está! Só um génio como Tarantino se lembraria de uma punchline tão simples quanto eficaz. Mas eu, como sou esquisito, ainda acho que se poderia ter simplificado mais a coisa. Eis como eu faria, se fosse o autor do diálogo:
MELANIE: Did you know I was in Japan?
LOUIS: No, I didn't!
MELANIE: Lets fuck?!
LOUIS: Yeah!
Mas até isto pode ser ainda mais simples:
MELANIE: Lets f...
LOUIS: (shuts her mouth and jumps into her pants)
Ahhhh, não há verdadeiramente nada como a simplicidade...
quarta-feira, novembro 04, 2009
Eu vi, eu vi... eu juro que vi
um amish a passear impunemente pelas ruas do nosso país. Desconhecia, até hoje, que pudessem existir membros desta comunidade em Portugal, mas pelos vistos eles andam por aí. Aquele que vi hoje pode muito bem não ser o único, ou pode até ser uma espécie de batedor que foi mandado para cá com o objectivo de reconhecer o terreno. Que quererão eles?! Transformar Portugal num país conservador através de uma aliança com a Manuela Ferreira Leite? Ou estão a equacionar substituir a Maçonaria como a seita mais parva a ser levada a sério no nosso país? Se for esta última hipótese, os militantes do PS passarão a deixar crescer a barba e a andar com um chapéu antiquado em cima da carola? Será possível que queiram transformar os congressos socialistas e, quiçá, a própria Assembleia da República nisto?:
Não é que eu esteja propriamente com medo, mas lá que acho esquisito vir a ter de conviver com esta gente, ai isso acho. Só ficarei mais descansado - até mesmo entusiasmado - se com eles vier a Kelly McGillis (vá, não me digam que nunca viram A Testemunha...).
Não é que eu esteja propriamente com medo, mas lá que acho esquisito vir a ter de conviver com esta gente, ai isso acho. Só ficarei mais descansado - até mesmo entusiasmado - se com eles vier a Kelly McGillis (vá, não me digam que nunca viram A Testemunha...).
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terça-feira, novembro 03, 2009
Mas quem é que se terá lembrado de inventar isto?!
A roda. A imprensa de caracteres móveis. A máquina a vapor. A lâmpada eléctrica. Tudo descobertas que vieram ajudar a desenvolver a vida em sociedade. Mesmo que não subscrevamos a tese do determinismo técnico, é algo consensual que a humanidade estaria noutro plano caso as luminárias que se lembraram de vir com aqueles objectos estivessem a fazer qualquer coisa menos produtiva, como por exemplo ver jogos do Sporting.
Infelizmente, nem só de grandes invenções vive o cérebro humano. A mesma espécie que criou o automóvel, o avião, o cd e o wonderbra foi também a espécie que se lembrou disto:
E o que é isto, perguntam vocês, ignorantes da evolução da tecnologia? "Será um boomerangue?!" Não! "Tratar-se-á de um canário disfarçado?!" Não, que disparate! "Ah, é um novo modelo de preservativo?!" Népias, vocês são doidos? Quem é que ia enviar o coiso naquela coisa? "Poderá ser, então, uma daquelas coisas que se enfiam no cu e dão prazer?!" Não, porra, deixem de ser parvos!!! Vou dar mais uma hipótese:
"Uma banana?!" Mas, ó Peter of Pan, seu tolinho, as bananas já foram inventadas há muitos milhões de anos atrás!" Eu sei, eu sei... Só vos peço para olharem a banana e depois olharem aquela coisa esquisita da primeira foto. Não vos ocorre nada?!? Terei de vos mostrar a derradeira fotografia?! Vocês decepcionam-me... Então tomem lá:
Pronto! Já descobriram, finalmente, para que é que aquela coisa serve?!?! Exacto: é um porta-bananas!!! Era mesmo disto que precisávamos para salvar o mundo: uma caixinha amarela em forma de... bem, em forma de banana, que se abre e dá para meter uma banana lá dentro! Quem terá sido o anormal a vir com uma inutilidade destas?!?! PARA QUE É QUE ISTO, EFECTIVAMENTE, SERVE?! "Ah, para guardar bananas, lógico. Foste tu próprio a dizê-lo". Sim, está bem, mas PORQUÊ, caraças?! Com tanta coisa que faz falta inventar, quem é que envida esforços para criar o porta-bananas?! Por que é que a pessoa que se lembrou disto não se lembrou antes, sei lá, de inventar um mecanismo que permita ver a Monica Bellucci a tomar banho? Ou de criar uma táctica que não o losango e apresentá-la ao Paulo Bento? Isso sim, seriam inventos bem-vindos. Mas não: em vez disso, o que temos? O porta-bananas...
Filho-da-puta do cabrão que inventou esta estupidez, é bem feito que morra com um cacho de bananas enfiado na peida...
Infelizmente, nem só de grandes invenções vive o cérebro humano. A mesma espécie que criou o automóvel, o avião, o cd e o wonderbra foi também a espécie que se lembrou disto:
E o que é isto, perguntam vocês, ignorantes da evolução da tecnologia? "Será um boomerangue?!" Não! "Tratar-se-á de um canário disfarçado?!" Não, que disparate! "Ah, é um novo modelo de preservativo?!" Népias, vocês são doidos? Quem é que ia enviar o coiso naquela coisa? "Poderá ser, então, uma daquelas coisas que se enfiam no cu e dão prazer?!" Não, porra, deixem de ser parvos!!! Vou dar mais uma hipótese:
"Uma banana?!" Mas, ó Peter of Pan, seu tolinho, as bananas já foram inventadas há muitos milhões de anos atrás!" Eu sei, eu sei... Só vos peço para olharem a banana e depois olharem aquela coisa esquisita da primeira foto. Não vos ocorre nada?!? Terei de vos mostrar a derradeira fotografia?! Vocês decepcionam-me... Então tomem lá:
Pronto! Já descobriram, finalmente, para que é que aquela coisa serve?!?! Exacto: é um porta-bananas!!! Era mesmo disto que precisávamos para salvar o mundo: uma caixinha amarela em forma de... bem, em forma de banana, que se abre e dá para meter uma banana lá dentro! Quem terá sido o anormal a vir com uma inutilidade destas?!?! PARA QUE É QUE ISTO, EFECTIVAMENTE, SERVE?! "Ah, para guardar bananas, lógico. Foste tu próprio a dizê-lo". Sim, está bem, mas PORQUÊ, caraças?! Com tanta coisa que faz falta inventar, quem é que envida esforços para criar o porta-bananas?! Por que é que a pessoa que se lembrou disto não se lembrou antes, sei lá, de inventar um mecanismo que permita ver a Monica Bellucci a tomar banho? Ou de criar uma táctica que não o losango e apresentá-la ao Paulo Bento? Isso sim, seriam inventos bem-vindos. Mas não: em vez disso, o que temos? O porta-bananas...
Filho-da-puta do cabrão que inventou esta estupidez, é bem feito que morra com um cacho de bananas enfiado na peida...
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