quarta-feira, outubro 21, 2009

Uma Questão de Linguagem (1)

Hoje este blogue vai cumprir uma função didáctica, pois compromete-se a pormenorizar uma boa utilização do Português escrito. Quem passa por blogues, messengers, twitters, facebooks e os tomates facilmente repara como o Português escrito é mal tratado, e uma das circunstâncias em que o Português leva mais cacetada, como se a nossa língua fosse um avançado que apanhasse pela frente o Bruno Alves (e este, em vez de treinado pelo Jesualdo Ferreira, o fosse pelo Jaime Pacheco), é na conjugação de tempos verbais, particularmente quando a conjugação envolve o pretérito perfeito do indicativo, o presente do indicativo ou o imperativo associados a pronomes. Quem já não deparou com atentados do género "encontras-te o lápis?", "tens os dois Kill Bill? Emprestamos!" ou "gostas-te de chuparmos?". Enfim, há de tudo para todos os gostos, foda-se (ou é fodasse?! Já nem sei...)

Com alguns singelos exemplos, espero que as pessoas responsáveis por aquelas e outras calinadas parem de escrever mal em Português e percebam, de uma vez por todas, a diferença entre um tempo verbal mariconço que anda agarrado a um pronome através de um hífen, o qual é claramente, a seguir ao til, o sinal ortográfico com o nome mais larilóide, e um outro que não tem nada acoplado. Vamos aos exemplos? Vamos:

1 - Ana e Paula conjugam o verbo levar sem pronome.

Ana: Olá, Paulinha. Queres ir ao bar comigo?
Paula: Sim, vamos!
Ana: Deve estar lá o Sérgio...
Paula: Ui, o Sérgio, que bom.
Ana: Achas que ele nos vai perguntar se queremos levar no rabo?
Paula: Ihihihi... acho!
Ana: E o que fazemos se ele nos perguntar se queremos levar no rabo?
Paula: Ora... levamos no rabo, claro está!

2 - Ana e Paula conjugam o verbo levar com pronome.

Ana: Olá, Paulinha. Estás melhor do rabo?
Paula: Olá, Ana. Sim, estou, mas ainda me dói um bocadinho!...
Ana: E o que fazes com esses chocolates todos?
Paula: Levo para casa... mas são tantos que me caem sempre das mãos!
Ana: Queres ajuda?
Paula: Sim, sim.
Ana: Queres que eu leve os teus chocolates no meu rabo?
Paula: Sim, sim. Leva-mos no rabo!

E pronto, é isto. Espero que tenham ficado esclarecidos.

3 comentários:

S* disse...

ahahah

Que bons ensinamentos estes!

Lexy disse...

LOL

Há calinadas que uma gaja fica a bater mal.
Eu vou ter em conta que um exemplo com gajos ficava a matar ;)

Unknown disse...

Eu confesso: em dias de cérebro mais dormente, também eu mando dessas calinadas! Ninguém pode ser assim tão perfeito, nao é verdade? eheh Adorei os teus exemplos elucidativos, tinhas jeito para professor. No liceu deveria funcionar na perfeição. Com exemplos desse teor, de certeza que a rapaziada decorava logo como escrever correctamente a nossa língua eheh
Beijocas.