...pois esta coisinha fofa, linda, meiga, adorável e querida é, ao mesmo tempo, o terror de qualquer pardal e andorinha que se aventure pela Margem Sul. Já perdi a conta aos pardalitos que tirei àqueles dentinhos; a última foi anteontem, e o passarito felizmente sobreviveu, embora nem todos tenham essa sorte, pois também já perdi a conta às avezitas que encontrei, sem vida, no quintal. E uma vez, vi até esta gata a tossir uma pena. Não é preciso ser o Sherlock Holmes para fazer uma dedução que explicasse, por A + B, a razão de ela estar a tossir penas...
De alguma forma, esta némesis de tudo o que voa (ontem, por exemplo, passou uma cegonha por cima da nossa casa, e eu temi que, com a excitação, a gata fosse atrás dela...) faz recordar o killer bunny dos Monty Python:
Ou seja, não há dúvida de que as coisas mais belas por vezes são também as mais terríveis, como qualquer homem heterossexual que já tenha padecido de amores por uma qualquer gaja jeitosa bem sabe. À semelhança desta gatinha, que por fora é muito bela e muito fofinha, mas depois revela-se uma predadora e uma caçadora terrível, as mulheres jeitosas também por fora são... bem, são jeitosas, com aquelas curvinhas e aquela pele sedosa e acho melhor ficar-me por aqui senão perco-me, mas depois, à mínima oportunidade, transparece a sua verdadeira faceta, que é a de seres vis, ominosos, capazes de fazer a vida negra a um homem que caia debaixo dos seus pés, prendendo-no sem hipótese de escapatória e obrigando-o a lavar a loiça todos os dias, todos os dias, todos os dias.
Cuidado com as coisas belas, é a lição a retirar do post de hoje!
1 comentário:
Ainda bem que não sou bela!!! Comigo não precisas de ter cuidado!
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