O Governo anunciou que as Universidades passarão a ser avaliadas de acordo com a empregabilidade gerada. Trocado por miúdos, isto quer dizer que o mais importante no Ensino Superior será não a competência dos professores, não as capacidades dos alunos, não a pertinência das disciplinas ministradas, e sim a capacidade de arranjar
tachos. Ou muito me engano ou muitas das nossas Faculdades vão ter de fechar portas, em especial aquelas relacionadas com cursos de Letras... Acabou-se a Universidade enquanto instituição de ensino e aprendizagem, inicia-se definitivamente a época da Universidade enquanto instituição tecnocrata.
Já agora, baseando-me neste mesmo princípio de avaliação, lanço daqui um apelo aos senhores da União Europeia: passem a aferir da qualidade dos países-membros consoante o nível de empregos criados. Se esta proposta for para a frente, repito
mutatis mutandis o que afirmei acima — ou muito me engano ou alguns países vão ter de fechar portas... nomeadamente, um certo país localizado entre o Oceano Atlântico e Espanha.
Eterno Entorno
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