terça-feira, julho 31, 2012
Quem é que mostrou vídeos do Michael Jackson ao meu filho?!
O puto agora só quer estar agarrado aos tomates quando se lhe muda a fralda...
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segunda-feira, julho 30, 2012
sexta-feira, julho 27, 2012
Bater no fundo
Ontem, escrevi aqui algo como "não há nada mau que as pessoas não consigam piorar". Cito de memória, portanto é provável que esteja a ser inexacto comigo próprio, é o que dá ter uma memória de porcaria, por exemplo, hoje não sei onde deixei as chaves do avião, e o facto de não ter um avião não pode servir de desculpa! Bom, mas perceberam a ideia: o que é péssimo pode sempre ficar um pouco mais ruim.
Nesse espírito, os senhores que estão à frente do canal televisivo conhecido por Sociedade Independente de Comunicação resolveram levar as coisas para outro nível e importaram um programa, a estrear por cá em Setembro ou Outubro, certamente, que só dá vontade de acreditar na profecia maia do fim do mundo. Naquilo a que só se pode chamar de mashup da treta, os criadores desse programa acharam que seria uma ideia maravilhosa misturar o conceito do Dança Comigo com o do Peso Pesado, e então tem-se uma espécie de Dança Com Gordos, em que vários concorrentes, todos com tonelagem acima da média, são desafiados a perder peso à custa de danças em frente das câmaras. (Se quem está a ler isto ainda não vomitou, os meus parabéns: estômago forte é contigo!)
Isto sim, é bater no fundo. Com estrondo. Comparada, a intervenção da Troika no nosso país parece uma coisa celestial. A possibilidade de o Sporting cair para a 2ª divisão também. Ei, até os incêndios que devastaram o Algarve e a Madeira parecem simpáticos e acolhedores se colocados diante de um conceito como o Dança Com Gordos (ATENÇÃO: o programa não se vai chamar assim. Em boa verdade, eu não sei que nome decidiram dar ao raio da coisa. Mas para mim, será sempre o Dança Com Gordos). Não deve haver coisas muito piores do que assistir a isto.
Quer dizer, é a minha perspectiva, claro. Sei bem que o Dança Com Gordos vai ser um sucesso de audiências. Porque não são só os programas televisivos que bateram no fundo. Os cérebros dos espectadores também. E quem engoliu Big Brothers, Casas dos Segredos, Ídolos e afins vai também engolir o Dança Com Gordos, mesmo que o excesso de gordura obrigue a tomar um Kompensam no fim de cada episódio. E parece-me que vai haver dois tipos de pessoas a vibrar com este programa:
Primeiro, as pessoas empáticas. Estas, na sua maioria gordas, vão estar ali a olhar para outros gordos e gordas e achar que é muito positivo exibir-se assim cachalotes no pequeno ecrã. Estes telespectadores assistirão ao programa com um sorriso nos lábios e clamarão: "Bravo. Esta gorda dança mesmo bem. E já perdeu uns 5 quilitos. Se perder mais uns 200 a dançar, vai ficar uma pessoa normal. Qualquer dia, faço o mesmo". Sim, isto é o que dirão, enquanto comem o terceiro bife que lhes coube ao jantar.
O segundo tipo de pessoas que verá o Dança Com Gordos é o dos gozadores. Gente que só vê para escarnecer e que só está bem a dizer mal dos outros. Estas pessoas farão comentários como "Xiii, olha-se só para aquela morsa. Vê-se mesmo a gordura a cair daqueles tronc... braços. A gaja, para ser considerada obesa mórbida, teria de emagrecer uns 700 quilos. Ihhhh, e agora vai dançar com aquele mastodonte. É melhor reforçarem o chão, senão os dois ainda se afundam, eheheheh, era pegar nestes gordos todos, juntar-lhes a dívida externa e mandá-los ao mar, nunca mais víamos nem uns nem outra, ahahahah, estúpidos obesos..."
Portugal, como bem sabemos, está cheio quer de gordos, quer de maldizentes. E os senhores da SIC sabem disso, daí a aposta num formato que sabem vencedor. Mas isto é mesmo bater no fundo, não tenham dúvidas.
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quinta-feira, julho 26, 2012
3 desportos incrivelmente estúpidos que nunca chegaram a modalidades olímpicas
Os Jogos Olímpicos estão quase, quase a começar. Espera-se assistir ao desempenho de alguns dos melhores atletas do mundo, em modalidades fascinantes. Claro, há algumas modalidades que não são tão fascinantes assim (ginástica rítmica, saltos para a água, vela...), mas devemos ao menos prestar homenagem aos senhores do Comité Olímpico por nunca, até ao momento, se terem lembrado de incluir, nos Jogos, nenhum dos três "desportos" de que vou falar.
#1 - Lançamento do Anão.
No atletismo, as provas de lançamento estão entre as mais técnicas, além de exigirem uma boa dose de força: lançamento do peso, lançamento do martelo, lançamento do disco, lançamento do dardo. Houve alguém, no entanto, que decidiu levar as provas de lançamento mais longe e se lembrou de inventar o lançamento do anão. E em que consiste o lançamento do anão?! Exactamente no que o nome indica: pega-se num anão, em alguns casos vestido com roupas ridículas, do tipo fantasia à Super Homem, levanta-se o anão e lança-se o anão para cima de uma superfície almofadada. Se alguma vez pensaram, num momento de desespero, sei lá, por exemplo, vamos supor que acabaram de assistir a uma comunicação oficial do ministro das Finanças, enfim, dizia eu, se alguma vez pensaram que a humanidade não pode ficar mais estúpida, vejam imagens deste "desporto" (procurem no Youtube por dwarf tossing ou midget throwing ou lá o que é) e revejam os vossos conceitos de estupidez.
#2 - Pólo com Elefantes.
Os ingleses, seja dada a mão à palmatória, foram os principais responsáveis pelo surgimento de belos desportos: o ténis, o râguebi, o futebol. Infelizmente, também lhes coube em sorte, e azar para nós, virem com outros bem estapafúrdios: o críquete (que merda é aquela, pá?!?!) e o pólo, originalmente da Pérsia mas actualizado em terras de Sua Majestade. O pólo normalmente é jogado por uns betos ingleses em cima de cavalos, mas houve pessoas lá na Ásia, provando ser possível, murphyanamente, piorar o que já é uma bela merda, que se lembraram de substituir os cavalos por elefantes. Se tivessem ido mais além e substituíssem os cavaleiros por trambolhos gordalhufos, a coisa até era capaz de ter alguma piada (até porque seria giro, para o público, tentar distinguir onde é que acabava o trambolho e começava o elefante, e vice-versa...), mas os proponentes do pólo com elefantes não quiseram ser tão vanguardistas. O pólo com elefantes, assim, é mais uma estupidez galopante, mas sem galopar muito porque os elefantes mal conseguem deslocar-se. É tudo muito lento, muito demorado, agravado pelas paragens de tempo suscitadas pelo desaparecimento da bola, pisada com muita frequência pelos simpáticos paquidermes, que coitados não têm culpa de nada.
#3 - Futebol para cegos.
Aqui, pára tudo. Não gosto de gozar ninguém devido a deficiências, tirando o caso óbvio dos políticos, até porque eu próprio sou possuidor de uma deficiência, uma anormalidade muito rara e difícil de encontrar no mundo de hoje, essa deficiência dá pelo nome de bom senso, mas caraças, olhem (a escolha do verbo "olhar" é, aqui, inocente, juro...) para este desporto: Futebol para cegos! Quer dizer, acho muito bem que qualquer pessoa pratique desporto e sou sincero admirador do sucesso dos nossos compatriotas nos Jogos Paralímpicos, só que, caramba, futebol para cegos é daquelas coisas que roçam o inacreditável de tão ridículas que são (duvidam? Procurem também no Youtube...). Num campo, defrontam-se duas equipas formadas por jogadores invisuais (excepto os guarda-redes), que só se orientam graças às indicações dos treinadores no banco. Portanto, sim, um jogo de futebol para cegos implica mais barulho do que as partidas do campeonato do mundo de 2010 agraciadas pela vuvuzela. Só que, claro está, nem sempre as indicações funcionam, sendo portanto muito comum um jogador pontapear violentamente um adversário, ou até um colega, pensando tratar-se da bola, também é normal jogadores esbarrarem uns contra os outros quando correm para a grande área adversária, enfim, é algo que tem mais semelhanças com uma película slapstick do que com um jogo de futebol. Ao que devo acrescentar mais um pormenor de dissemelhança com o desporto-rei: no futebol para cegos, além dos já citados guarda-redes, o único interveniente que vê é mesmo o árbitro. Falem-me lá em inversão de valores, falem...
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quarta-feira, julho 25, 2012
A realidade é apenas uma nota de rodapé no grande texto da ficção
A China anda a ser assolada por um tufão que já provocou vários mortos e feridos. Tão assustador, porém, quanto esta tragédia é a decisão de desinformação tomada pelo governo chinês: os jornalistas estão expressamente proibidos de fazer sair notícias negativas, devendo antes colocar a tónica no heroísmo do povo chinês e na eficácia dos meios de protecção civil. Enfim, quando a verdade é adulterada, a coisa só tem um nome: aldrabice. E isso é tão válido no país da grande muralha como no país à beira-mar plantado. Estou mesmo a ver os notíciários chineses: "E há pouco foram salvas duas pessoas E UM SACO DE ARROZ, num gesto corajoso dos nossos compatriotas. Devemos agradecer ao Comité Central do Partido a escolha tão acertada deste grupo de pessoas que cuida de nós, pobres cidadãos. Infelizmente, morreram 50 pessoas e 100 casas foram arrastadas pelos vent... ah, não, afinal não, acabámos de receber um comunicado que diz não ter morrido ninguém e todas as casas continuam de pé. Aliás, isto nem é um tufão, é uma correntezinha de ar, dizem os serviços meteorológicos do Politburo. Viva a China! Viva o Partido Comunista! Viva!"
Por causa desta história de as notícias terem de ser "embrulhadas" num papel mais bonito e vistoso, lembrei-me deste vídeo:
e percebi que as pessoas não gostam da verdade, sobretudo quando esta perturba, ou seja, sempre. As pessoas gostam é que as coisas encaixem na sua forma de ver o mundo, que as sosseguem e deixem descansadas. A realidade, essa, fica para segundas núpcias: de que vale a realidade quando a mentira é mais simpática e nos deixa com um sorriso no rosto? Aos que pensam assim, dá-se o nome de alienados. Alienados são todos aqueles que, inconscientemente ou não, vivem numa realidade alternativa. São os que julgam ver um jardim quando tudo são destroços em volta. São aqueles que acreditam numa vitória na Liga dos Campeões quando o plantel não chega para a manutenção na 2ª liga. E neste cenário, quem tem a responsabilidade de informar, de mostrar como as coisas são, desempenha um papel importante, seja ele ou ela jornalista, político, intelectual, treinador do Sporting ou página central da Playboy. Tem de ser um gajo como o mensageiro de mais este vídeo que aqui boto (ver sobretudo a partir do minuto 2,15. Ahhhh, vejam tudo, pois é do Rowan Atkinson, esse génio):
Mesmo quando a verdade não nos agrada, temos de engoli-la, pois só assim podemos agir condignamente. E isto é válido tanto quando se é cidadão chinês, português, peruano, malibenho... malisiano... malitista... f#da-se esta merda, do Mali. Se não aceitamos a verdade, estamos a dar trela para que todos aqueles com responsabilidades de nos informarem continuem a enganar-nos, e a poderem achar que isso é que é bom e normal.
Devemos então preferir a realidade à ficção. Sempre. Sempre, caraças! E que o Sporting seja campeão europeu já na próxima época, mesmo não disputando a Liga dos Campeões!*
Devemos então preferir a realidade à ficção. Sempre. Sempre, caraças! E que o Sporting seja campeão europeu já na próxima época, mesmo não disputando a Liga dos Campeões!*
*Sim, c@r@lho, qual é o problema?! Então o Relvas pode ser licenciado sem ter feito as cadeiras, e o Sporting não pode conquistar um torneio para o qual não se tenha qualificado?!? Então mas isto agora é assim, é?! Mau...
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terça-feira, julho 24, 2012
A luta pela mente do meu filho já começou!
A gaja quer à força toda pô-lo a ver o Baby TV, com programas mal-amanhados onde dominam figuras psicadélicas, sons calmos, cores e formas, bonecos fofinhos, histórias simpáticas, animais que falam, florzinhas, borboletas, canções de embalar.
Já eu acho que ele deve ver o Family Guy, com as suas personagens disfuncionais, chefes de família que se peidam, um velho pedófilo, um bebé matricida, um cão janado, adolescentes problemáticos, um vizinho tarado, histórias politicamente incorrectas, humor que goza com tudo e todos, violência, alusões sexuais, drogas, mentiras, cultura pop.
Acho, sinceramente, que o meu filho fica muito mais bem preparado para a vida se eu ganhar esta luta. Quem tem dúvidas?!?
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segunda-feira, julho 23, 2012
A minha resposta de sempre à velha pergunta
Quando, espantadas por saberem que sou veggie, as pessoas me perguntam "Ihhh, mas então isso não é mau? Comes pouco, não comes? E não tens muita escolha, pois não?", a minha resposta, além de bater com a palma da mão na minha testa (devia ser na testa deles, com força...) derivado à estupidez galopante, é dizer: "Não, caraças. Mas, já agora, se gostas de quantidade e diversidade, por que é que não comes merda, que há em grande abundância e num lote infinito de variedades?"
E é assim que ponho gente crescida a chorar...
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sexta-feira, julho 20, 2012
Factos indesmentíveis #1
Cortar pão congelado é mais difícil e arriscado do que parece.
A Madeira arde, mas Jardim e Relvas não se queimam.
"Bujão de Higgs" é o melhor trocadilho dos últimos anos.
O Sporting é um lugar estranho.
Miúdos que dizem ter ido ao céu e o caraças deviam ser internados, não publicar livros.
Colectâneas de música lançadas para o período estival dão vontade de uma pessoa cortar os pulsos com uma colher de sobremesa.
A Susana Bento Ramos (pivot da TVI) é grossa até dizer chega.
Absinto mata neurónios, e a Baby TV também.
Vou ouvir das boas quando chegar a casa por ter elogiado a Susana Bento Ramos.
A Madeira arde, mas Jardim e Relvas não se queimam.
"Bujão de Higgs" é o melhor trocadilho dos últimos anos.
O Sporting é um lugar estranho.
Miúdos que dizem ter ido ao céu e o caraças deviam ser internados, não publicar livros.
Colectâneas de música lançadas para o período estival dão vontade de uma pessoa cortar os pulsos com uma colher de sobremesa.
A Susana Bento Ramos (pivot da TVI) é grossa até dizer chega.
Absinto mata neurónios, e a Baby TV também.
Vou ouvir das boas quando chegar a casa por ter elogiado a Susana Bento Ramos.
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quinta-feira, julho 19, 2012
Mensagem aos fumadores
Consta que o fascínio humano pelo tabaco começou quando um paneleireco babilónio, depois de praticar sexo oral noutro paneleireco babilónio, terá pensado "giro giro, era se esta coisa deitasse fuminho". Não vou citar a fonte, por duas razões muito simples: primeira, não costumo guardar na memória obras rabichas, segunda, porque na verdade acabei de inventar a história.
Porém, podia ter perfeitamente sido verdade, porque fumar é uma rabichobichanicegayolapanilas. Sobretudo no Verão. Quem é que, no seu perfeito juízo, fuma em dias de calor?! Já é uma perfeita estupidez fumar nas outras ocasiões, mas no Verão, então, faz tanto sentido como beber batidos de merda. E não me venham com aquelas histórias de que um cigarro depois do sexo ajuda a relaxar! Meus caros e minhas caras: se vocês depois do sexo precisam de relaxar, então é porque não o fizeram bem. Mas que vocês fumem na intimidade dos vossos quartos, depois de terem feito o amor, isso é lá convosco e nada tenho a dizer. Agora, em dias quentes, que vocês puxem da porcaria dos cigarros junto de mim enquanto aguardo pelo transporte público, aumentando ainda mais a temperatura ambiente (o fumo está quente, não sei se já repararam), isso só me faz querer sodomizar-vos com uma tocha a arder. Vão fumar para o raio que os parta!
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quarta-feira, julho 18, 2012
A ver estrelas
Kant dizia, no final da sua Crítica da Razão Prática: "duas coisas enchem-me o espírito de maravilha e admiração: o céu estrelado acima de mim, e a lei moral dentro de mim". É-lhe ainda atribuída a afirmação, redigida num guardanapo ao pequeno-almoço, de que o André Martins há-de dar um grande jogador e também aqui o filósofo de Konigsberg tinha razão. Voltemos no entanto à primeira frase.... não sou propriamente de me emocionar com a lei moral dentro de mim, até porque não gosto de ter nada cá dentro, excepto gelados, batatas fritas e álcool, mas no que ao céu estrelado diz respeito, percebo perfeitamente o bacano. Há algo de acolhedor e reconfortante em olhar para um céu repleto de estrelas. Eu, desde muito novo, ainda antes de descobrir o poder também acolhedor e reconfortante dos seios femininos, que gosto de olhar lá para o alto.
Ontem matei saudades deste sentimento. Mulher e filho deitados, vim para a rua e pus-me a levantar o pescoço lá para cima. O céu, limpo, dava-me uma visão das múltiplas estrelas que podem ser observadas no hemisfério norte. E, como sempre me acontece, é nestas alturas de abismação perante o infinito desconhecido que retornam as grandes questões. Estaremos sozinhos no Universo? Haverá gajas com três mamas numa galáxia lá longe? Na hipótese remota de haver humanóides noutro sistema solar, eles jogarão à bola? O Sporting podia ter oportunidade de ganhar qualquer coisinha lá? Se a tecnologia evoluir, podemos mandar abrir versões da academia de Alcochete por essa Via Láctea fora? E a Lei Bosman permite a contratação de alienígenas para o plantel principal? Por que é que as apresentadoras da TVI têm todas uma voz irritante? E que tem isto a ver com a descoberta do bosão de Higgs? Foram estas e outras interrogações que me inquietaram o espírito naquela altura, interrogações que, provavelmente, ficarão sem resposta até ao final da minha existência. Mas não faz mal, pois o importante da vida não é obter respostas: é fazer perguntas. E nada como um céu estrelado para nos estimular.
Acabei por ir deitar-me cheio de picadas de mosquitos...
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terça-feira, julho 17, 2012
Pornografia política
Muitas vezes se tem dito, com muita razão, acrescento, que a política é uma actividade pornográfica, em que a promiscuidade impera. Pois bem, se é de facto assim, por que não levar a coisa à letra?! Proponho, então, um filme pornográfico com algumas das personalidades políticas mais destacadas do nosso espectro.
Cena 1: Paula Teixeira da Cruz convida António Marinho Pinto ao ministério para discutir os problemas da justiça. A discussão rapidamente se torna acesa. Num acto impulsivo, o bastonário da Ordem dos Chulos Advogados rasga a camisa da ministra, desnudando-lhe os seios. Esta não se fica, agarra num chicote (não interessa de onde isto veio! Alguma vez vocês se preocuparam com questões de continuidade e coerência num filme porno?) e começa a fustigar Marinho Pinto, que geme de prazer. Depressa a situação evolui para sexo tórrido sado-maso, com o cabo do chicote a alternar entre os entrefolhos da ministra e os do bastonário. No fim, os problemas da justiça continuam por resolver, mas a relação entre um e outra sofreu melhorias assinaláveis.
Cena 2: Assunção Cristas está no seu gabinete muito preocupada com a ausência de chuva. Convoca, em busca de ajuda e conselho, os ministros Miguel Relvas, hábil em meter água, Miguel Macedo e José Aguiar Branco. É precisamente o ministro da Defesa que recorda ter a ministra da Agricultura já passado por problema similar meses atrás, e que a ideia de rezar por chuva havia funcionado. Aguiar Branco aconselha então que a ministra volte a ajoelhar e rezar... e ela assim faz. Primeiro, avia o ministro da Defesa. Ao fim de 2 minutos e meio, ele chove. De seguida, avia o ministro da Administração Interna. Ao fim de 4 minutos, ele chove. Chega a vez do ministro dos Assuntos Parlamentares. Assunção reza. E reza. E reza. Mas não há meio de Miguel Relvas chover. Já cansada, ao fim de meia hora sem chuva a ministra levanta-se e decide pôr Relvas na rua. Ao que o ministro pergunta: "ao menos pode dar-me a equivalência?". Riem-se todos e iniciam um gangbang, finalizado com mais um chuveirinho, para deleite de Assunção Cristas. Depois saem muito satisfeitos, ainda que lá fora a seca continue.
Cena 3: Pedro Mota Soares, farto dos desfalques no RSI, inventa que as mulheres de etnia cigana contempladas com o subsídio terão de comparecer no ministério da Solidariedade e da Segurança Social, enquanto que os seus esposos/companheiros/pais/irmãos/avós são incumbidos de limpar as matas. Pedro Mota Soares recebe as ciganas uma a uma no seu gabinete, chantageando-as com sexo. Como nenhuma delas quer perder o rendimento, o ministro não recebe negas. Contudo, a medida chega aos ouvidos da comunidade africana que, julgando-se discriminada, resolve exigir igual tratamento junto do ministro. E é então que, todos os dias, mulheres de etnia cigana e de raça negra entram no gabinete do ministro, que aproveitando a oportunidade exige sexo lésbico antes de entrar em acção. [nota mental: este pormenor é brilhante, e mostra que um filme pornográfico pode também veicular valores. Pôr mulheres ciganas e africanas a ter sexo é, por um lado, mostrar que o multiculturalismo pode vingar e, por outro, que as minorias, quer étnicas que sexuais, têm lugar na sociedade portuguesa contemporânea] Despachadas cerca de 200000 mulheres, o que faz de Mota Soares o maior garanhão desde Ron Jeremy, o ministro anuncia a eficácia do sistema e, já preparando as próximas eleições, declara que ninguém vai perder o seu subsídio.
Para filme pornográfico, não me parece mal. Sobretudo, os actores, habituados que estão a f*der tudo e todos, não deveriam estranhar o enredo...
Cena 2: Assunção Cristas está no seu gabinete muito preocupada com a ausência de chuva. Convoca, em busca de ajuda e conselho, os ministros Miguel Relvas, hábil em meter água, Miguel Macedo e José Aguiar Branco. É precisamente o ministro da Defesa que recorda ter a ministra da Agricultura já passado por problema similar meses atrás, e que a ideia de rezar por chuva havia funcionado. Aguiar Branco aconselha então que a ministra volte a ajoelhar e rezar... e ela assim faz. Primeiro, avia o ministro da Defesa. Ao fim de 2 minutos e meio, ele chove. De seguida, avia o ministro da Administração Interna. Ao fim de 4 minutos, ele chove. Chega a vez do ministro dos Assuntos Parlamentares. Assunção reza. E reza. E reza. Mas não há meio de Miguel Relvas chover. Já cansada, ao fim de meia hora sem chuva a ministra levanta-se e decide pôr Relvas na rua. Ao que o ministro pergunta: "ao menos pode dar-me a equivalência?". Riem-se todos e iniciam um gangbang, finalizado com mais um chuveirinho, para deleite de Assunção Cristas. Depois saem muito satisfeitos, ainda que lá fora a seca continue.
Cena 3: Pedro Mota Soares, farto dos desfalques no RSI, inventa que as mulheres de etnia cigana contempladas com o subsídio terão de comparecer no ministério da Solidariedade e da Segurança Social, enquanto que os seus esposos/companheiros/pais/irmãos/avós são incumbidos de limpar as matas. Pedro Mota Soares recebe as ciganas uma a uma no seu gabinete, chantageando-as com sexo. Como nenhuma delas quer perder o rendimento, o ministro não recebe negas. Contudo, a medida chega aos ouvidos da comunidade africana que, julgando-se discriminada, resolve exigir igual tratamento junto do ministro. E é então que, todos os dias, mulheres de etnia cigana e de raça negra entram no gabinete do ministro, que aproveitando a oportunidade exige sexo lésbico antes de entrar em acção. [nota mental: este pormenor é brilhante, e mostra que um filme pornográfico pode também veicular valores. Pôr mulheres ciganas e africanas a ter sexo é, por um lado, mostrar que o multiculturalismo pode vingar e, por outro, que as minorias, quer étnicas que sexuais, têm lugar na sociedade portuguesa contemporânea] Despachadas cerca de 200000 mulheres, o que faz de Mota Soares o maior garanhão desde Ron Jeremy, o ministro anuncia a eficácia do sistema e, já preparando as próximas eleições, declara que ninguém vai perder o seu subsídio.
Para filme pornográfico, não me parece mal. Sobretudo, os actores, habituados que estão a f*der tudo e todos, não deveriam estranhar o enredo...
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segunda-feira, julho 16, 2012
Hoje fala-se de betas tias. E de mamas.
Fui a uma festa de aniversário no passado sábado. A dita festa teve lugar numa praia, ao final da tarde. O vento, soprando forte, incomodava ligeiramente, mas o que incomodava mesmo bastante era a concentração indesejada de betos no local. Concentração indesejada?! Bem, vamos lá a ver: se a concentração desejada de betos é igual a zero, e a concentração indesejada é igual ou superior a um, então naquele local estava uma concentração indesejada elevada à enésima potência. Vi tanto, mas tanto beto, tanta, mas tanta tia que quase desejei ter uma arma e cometer um massacre.
Pior foi quando decidi ir molhar os pés à água salgada. Deslocando-me por entre o tecido de areia, vi um beto, gordo e velho, acompanhado por uma tia quarentona com as mamas à mostra. As mamas eram bem boas, diga-se, redondas, bem feitas, tamanho certo e naturais. Mas o pau levantou? O tanas é que levantou! Parecia a economia do país! Noutras circunstâncias, uma visão de mamocas assim despertaria o peterofpanzinho, mas o mero facto de aqueles seios pertencerem a uma tia bastou para anestesiar o bichano. É que, para mim, a betice constitui o maior tira-tesão do mundo! Lembro-me tão bem daquela vez, já há uns anos, em que uma beta boa se atirou a mim e eu fiquei uma semana sem conseguir pô-lo de pé, nem com filmes da Monica Bellucci lá ia! A betice é um anti-estimulante! A betice é um crime de lesa-pau!
Já discuti este tema com vários amigos que não compreendem a minha aversão à betice, aversão que se estende à minha capacidade sexual. Alguns desses amigos confessam até já ter feito sexo com betas, coisa que a mim só desperta o vómito. Um deles, o Xavier, esse maluco, diz até que é com as betas que prefere fazê-lo pois gosta de humilhá-las. Isso é lá com ele, eu nunca conseguiria. Se eu levasse uma tia para a cama, estou mesmo a ver o filme: bastaria ela dizer "Ouça lá, você está a tentar possuir-me? Acho isso o máximo, sei lá, ah ah ah!" para eu perder toda a vontade. Podia mesmo dar-se o caso de eu me tornar homossexual.
O que, convenhamos, sempre é uma condição preferível a ser beto, a fazer sexo com betas ou mesmo ser visto a conversar com betos.
sexta-feira, julho 13, 2012
O estatuto da comunicação na sociedade contemporânea pós-moderna
Fo#@-se, que raio de título... Raios me partam se não haverá para aí uma tese de doutoramento com um título assim parecido... Bom, mas vamos ao assunto do post que eu não quero dar ideias ao Miguel Relvas.
Eu e o meu filhote dialogamos bastante. Só que, facto curioso, nenhum de nós compreende o outro. Ele, porque fala bebézês, eu porque falo português, ou coisa parecida. De certa forma, fazemos lembrar os vários diálogos entre governo e oposição: falam uns com ou outros, mas não se compreendem. Esta manhã, o diálogo decorreu mais ou menos assim (cito de memória):
O meu filhote fofo: Ahhhh, Dahhhhh, Guuuuuuuuuu.
Eu: Pois eu acho que o Sunil Chhetri ainda vai ser uma revelação!
O meu filhote lindo: Gahhhhhh, Ruuuuuu, Brrrum.
Eu: Não, filho, repara, o Wolfswinkel quer marcar mais de 25 golos, logo...
O meu filhote esperto: Auáááááá, Grrrru, Ahrrram.
Eu: Já eu quero é que o Adrien se f[pííííííí].
Gaja [a assumir o papel de perturbação na linha]: Mas que raios é que vocês estão para aí a dizer?
E a verdade é esta: eu não sei, o meu filho não sabe, ninguém sabe. Porque, afinal, é este o estatuto da comunicação na sociedade contemporânea pós-moderna. (olha, voltei a repetir a expressão pomposa. E não é que agora tudo faz sentido?!?!)
Bom fim-de-semana e comuniquem muito.
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quinta-feira, julho 12, 2012
Se eu fosse a Inês Pedrosa, já há muito que tinha capitalizado o Fazes-me Falta
Depois de dar ideias à Alexandra Solnado para escrever mais livros (está uns posts mais abaixo, procurem se quiserem porque agora não me apetece colocar o link!), hoje é a vez da actual directora da Casa Pessoa, que aqui há uns anos escreveu a obra Fazes-me Falta. Com um título destes, é mesmo estar a chamar por franchises. Eis as minhas sugestões:
- Fazes-me Penalty
- Fazes-me Um Livre à Entrada da Área, Descaído Para a Direita, de Forma a Ser Apontado Directamente Com o Pé Esquerdo, Ou Então Indirectamente Com o Pé Direito, Caso Em Que Solicita Um Cabeceamento Junto à Zona de Intervenção do Guarda-Redes Adversário
- Fazes-me Falta, Sim, Mas o Palhaço do Árbitro Não Assinala e Ainda Por Cima Mostra-me Amarelo Por Simulação, É Nisto Que Anda o Futebol Português
Eu leria qualquer uma destas obras, ao contrário da Fazes-me Falta, que nunca tive curiosidade em ler. Temos pena!
quarta-feira, julho 11, 2012
Novas gerações: vocês desapontam-me!!!!
Um estudo publicado pela UE Kids Online mostra algumas conclusões que têm tanto de interessante como de preocupante. Destaco apenas duas:
1 - 12,3% dos jovens entre os 11 e os 16 anos que utilizam a Internet viram imagens sexuais.
O comentário que isto me merece: É INADMISSÍVEL! Roça mesmo o escândalo! De acordo com estes números, quase 90% dos jovens usa a Internet para outros motivos que não sejam a busca de conteúdos de cariz sexual. Ora, foi para estas merdas que se fez a Internet? Não me parece... a Internet foi criada para difundir a pornografia, para fazê-la chegar mais facilmente ao consumo do utilizador, em particular ao utilizador jovem, aquile que está a despertar para a descoberta da sexualidade. As Wikipedias, o Skyrim, os Memes e o caraças são apenas um bónus secundário: a essência da Internet está em mostrar pinanço. Mas agora vemos a grande maioria dos jovens a desdenhar deste autêntico maná! É isto o que queremos para as gerações futuras?! Uma imensa base de dados com mamas ao dispor de toda a gente, e os jovens viram as costas (sabe-se lá para fazer o quê!)? Se fosse feito um estudo semelhante no tempo em que eu era jovem, os resultados não poderiam ser mais díspares! No meu bairro, 200% dos jovens viam imagens sexuais, não na Internet, que à época não existia para o indivíduo comum, mas na Gina, na Playboy e noutra revista qualquer de teor mais badalhoco. E falo em 200% porque todos nós víamos as revistas pelo menos duas vezes.
E os putos de hoje, nada...
2 - Dessa minoria de adolescentes que viu conteúdos sexuais na rede, 14% admitiu ter ficado apaneleirado preocupado.
O comentário que isto me merece: É INADMISSÍVEL! Roça mesmo o escândalo! De acordo com estes números, mais de 10% dos jovens mostra ter o arcaboiço de alguém como este caro:
E eu recordo que a personagem atrás exposta se trata de um bebé, gay, e ainda por cima é um desenho animado. Quem é que, no seu perfeito juízo, fica perturbado à conta de ver pinanço?! Eu, se fosse jovem, ficaria perturbado era se não visse! A não ser que os jovens de hoje só vejam o 2 Girls, 1 Cup (caso em que aconselho a internarem-se o mais rapidamente possível), não compreendo onde é que pode haver perturbação. São cus, mamas e rachas (para os gajos) ou pichas (para as gajas). Isto não pode ser mais perturbador do que a licenciatura do Miguel Relvas.
Tendo em conta este estudo, imagino o típico jovem de hoje em dia. É um jovem que nunca abriu o RedTube e passa as horas todas de que dispõe à frente do ecrã a consultar notícias, a escrever e comentar em blogues, a postar no Twitter. Nunca, como agora, me senti tão vítima do generation gap.
O comentário que isto me merece: É INADMISSÍVEL! Roça mesmo o escândalo! De acordo com estes números, mais de 10% dos jovens mostra ter o arcaboiço de alguém como este caro:
E eu recordo que a personagem atrás exposta se trata de um bebé, gay, e ainda por cima é um desenho animado. Quem é que, no seu perfeito juízo, fica perturbado à conta de ver pinanço?! Eu, se fosse jovem, ficaria perturbado era se não visse! A não ser que os jovens de hoje só vejam o 2 Girls, 1 Cup (caso em que aconselho a internarem-se o mais rapidamente possível), não compreendo onde é que pode haver perturbação. São cus, mamas e rachas (para os gajos) ou pichas (para as gajas). Isto não pode ser mais perturbador do que a licenciatura do Miguel Relvas.
Tendo em conta este estudo, imagino o típico jovem de hoje em dia. É um jovem que nunca abriu o RedTube e passa as horas todas de que dispõe à frente do ecrã a consultar notícias, a escrever e comentar em blogues, a postar no Twitter. Nunca, como agora, me senti tão vítima do generation gap.
terça-feira, julho 10, 2012
Estão mesmo a pedi-las
Então o Benfica está a estagiar em Evian?!? Está mais do visto que a equipa vai meter água durante a época que se avizinha. Os títulos virão por água abaixo e não restará mais aos jogadores do que afogarem as mágoas. Só Jesus se salvará, pois apenas ele conseguirá caminhar sobre as águas.
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segunda-feira, julho 09, 2012
Meias: um problema
É espantoso como só trago para este blogue temas da mais altíssima craveira metafísica. Hoje, ocupo-me das meias, essa peça de vestuário que serve para aconchegar as terminações inferiores do nosso corpo, ou seja, os presuntos. E o que se passa com as meias?!?
Bom, o que posso dizer é que não compro meias. Nunca. Não me recordo de alguma vez ter comprado um par que fosse, o que coloca as meias na mesma categoria das gravatas ou das cuecas com um strap-on. A diferença é que cuecas com strap-on e gravatas, eu não uso, mas meias, ora, meias uso sim! Então, como é que eu consigo usar meias nunca as tendo adquirido? A resposta não podia ser mais simples: vivo, meisticamente falando, das dádivas de Natal. Toda a gente recebe meias pelo Natal, e eu mais do que todos os outros porque nunca torci o nariz a este género de prendas.
Só que há aqui um problema. O Natal dá-se numa época em que os termómetros apontam lá para baixo. Está fresquinho, portanto. E o que é que as pessoas que oferecem meias pensam? "Ah, está friozinho e tal, vamos cá oferecer meias quentinhas que aqueçam os pézinhos e os protejam deste gelinho". E tunga, quando chega a altura de abrir os presentes, damos com meias daquelas bem grossas, quentes, um gajo mete lá os pés e aquilo parece um forno. Tal é bastante agradável durante o Inverno, não nego, mas a coisa muda de figura quando as temperaturas sobem. E aqui é que é o caraças: como só compro meias no Dia de São Nunca, estou dependente das meias que me oferecem no Natal, mas como só me oferecem meias no Natal, e no Natal está frio, tenho uma catrefada de meias de Inverno, mas um stock bastante limitado de meias de Verão que, como são mais frágeis, rompem-se e desfiam-se e o catano com facilidade! Resultado: ou ando descalço (andar de sandálias é para os hippies!), coisa que não me agrada, ou calço meias de Inverno, que me aquecem os pés em demasia, causam-me comichão e despertam ainda mais o chulé que há em mim.
Sendo assim, lanço aqui um apelo: antecipem o raio do Natal e ofereçam-me as meias já em Julho. Daquelas fresquinhas. Os meus pés agradecem...
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sexta-feira, julho 06, 2012
Anos e anos com a cabeça na lua
finalmente podem começar a dar os seus frutos. Sinto-me particularmente tentado a pedir a creditação desta minha experiência profissional para fazer uma licenciatura em Astrofísica. Acham que devo?!
P.S.: na realidade, todo o tempo que passo com a cabeça na lua era suficiente para, pelo menos, dois post-docs e um honoris causa. Mas, pronto, humilde como sou nem vou por aí...
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quinta-feira, julho 05, 2012
A vida é feita de decisões difíceis
Isto parece um título saído de um daqueles livros manhosos de auto-ajuda, não parece?! Azar. Porque não estou a dizer mentira nenhuma. A vida é mesmo composta de dilemas. Vários. E complicados. E um dos mais complicados de todos é este: o que fazer quando estamos na cama, a curtir o belo do sono, cansados depois de um fatigante dia, e lá para as 3-4 da manhã, dá-nos a vontade de fazer xixi?! O que fazer?! Permanecemos na cama, desafiando as leis da natureza e arriscando-nos a molhar o colchão, o que é desagradável, vergonhoso e inibidor do soninho que levávamos (quem é que consegue dormir com o leito húmido)? Ou levantamo-nos, cambaleantes, arriscando-nos a dar uma cabeçada no roupeiro, a tropeçar e cair no chão, a apalpar o bengaleiro em lugar de ligar o interruptor da luz e, no final da mijadela dada, ficar sem o sono que tanta falta nos fazia?! Sim, em última análise as variáveis são: ou fazemos xixi na cama e perdemos o sono, ou fazemos xixi na casa de banho e perdemos o sono.
São estas coisas, estes pedaços antropomórficos de escolhas atrás de escolhas, que fazem a verdadeira diferença do que é ser humano. Um robô não tem de se preocupar com este género de decisões: um robô não faz xixi, nem dorme. Um animal não humano está-se a cagar, pois pode fazer xixi em qualquer sítio: alivia a bexiga e ainda marca o território. Mas um homem, ah um homem tem de decidir, ó se tem! E não é fácil. Nada fácil.
Se querem conhecer a minha experiência, eu tenho escolhido sempre fazer xixi na casa de banho e perder o sono. Em compensação, tenho ganho vários hematomas ao ir contra móveis, já desloquei uma anca ao cair, de estrondo, no chão, e uma vez a soneira era tão grande que, ao vir do W.C., agarrei-me ao bengaleiro e pus-me a acariciá-lo. A minha gaja não gostou nada, mas o importante para mim era saber a opinião do bengaleiro. Ainda não disse nada até hoje, o sacana...
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quarta-feira, julho 04, 2012
Mas já pararam todos para pensar
que o Miguel Relvas, na verdade, pode ser um génio?!
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segunda-feira, julho 02, 2012
Engendrei um plano astucioso para pôr o puto a dormir
e que foi tentar chegar a um acordo de cavalheiros. Expus-lhe a situação: "filho, eu conto-te uma história, mas quando chegar ao fim, tu tens de adormecer". Os olhinhos dele pareceram responder que sim. Contei então a história:
"Era uma vez uma princesa. FIM!"
Estranhamente, o plano não funcionou. Porquê, pergunto-me eu, porquê?!?!?!
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