quinta-feira, julho 26, 2012

3 desportos incrivelmente estúpidos que nunca chegaram a modalidades olímpicas

Os Jogos Olímpicos estão quase, quase a começar. Espera-se assistir ao desempenho de alguns dos melhores atletas do mundo, em modalidades fascinantes. Claro, há algumas modalidades que não são tão fascinantes assim (ginástica rítmica, saltos para a água, vela...), mas devemos ao menos prestar homenagem aos senhores do Comité Olímpico por nunca, até ao momento, se terem lembrado de incluir, nos Jogos, nenhum dos três "desportos" de que vou falar.

#1 - Lançamento do Anão. 
No atletismo, as provas de lançamento estão entre as mais técnicas, além de exigirem uma boa dose de força: lançamento do peso, lançamento do martelo, lançamento do disco, lançamento do dardo. Houve alguém, no entanto, que decidiu levar as provas de lançamento mais longe e se lembrou de inventar o lançamento do anão. E em que consiste o lançamento do anão?! Exactamente no que o nome indica: pega-se num anão, em alguns casos vestido com roupas ridículas, do tipo fantasia à Super Homem, levanta-se o anão e lança-se o anão para cima de uma superfície almofadada. Se alguma vez pensaram, num momento de desespero, sei lá, por exemplo, vamos supor que acabaram de assistir a uma comunicação oficial do ministro das Finanças, enfim, dizia eu, se alguma vez pensaram que a humanidade não pode ficar mais estúpida, vejam imagens deste "desporto" (procurem no Youtube por dwarf tossing ou midget throwing ou lá o que é) e revejam os vossos conceitos de estupidez.

#2 - Pólo com Elefantes.
Os ingleses, seja dada a mão à palmatória, foram os principais responsáveis pelo surgimento de belos desportos: o ténis, o râguebi, o futebol. Infelizmente, também lhes coube em sorte, e azar para nós, virem com outros bem estapafúrdios: o críquete (que merda é aquela, pá?!?!) e o pólo, originalmente da Pérsia mas actualizado em terras de Sua Majestade. O pólo normalmente é jogado por uns betos ingleses em cima de cavalos, mas houve pessoas lá na Ásia, provando ser possível, murphyanamente, piorar o que já é uma bela merda, que se lembraram de substituir os cavalos por elefantes. Se tivessem ido mais além e substituíssem os cavaleiros por trambolhos gordalhufos, a coisa até era capaz de ter alguma piada (até porque seria giro, para o público, tentar distinguir onde é que acabava o trambolho e começava o elefante, e vice-versa...), mas os proponentes do pólo com elefantes não quiseram ser tão vanguardistas. O pólo com elefantes, assim, é mais uma estupidez galopante, mas sem galopar muito porque os elefantes mal conseguem deslocar-se. É tudo muito lento, muito demorado, agravado pelas paragens de tempo suscitadas pelo desaparecimento da bola, pisada com muita frequência pelos simpáticos paquidermes, que coitados não têm culpa de nada.

#3 - Futebol para cegos.
Aqui, pára tudo. Não gosto de gozar ninguém devido a deficiências, tirando o caso óbvio dos políticos, até porque eu próprio sou possuidor de uma deficiência, uma anormalidade muito rara e difícil de encontrar no mundo de hoje, essa deficiência dá pelo nome de bom senso, mas caraças, olhem (a escolha do verbo "olhar" é, aqui, inocente, juro...) para este desporto: Futebol para cegos! Quer dizer, acho muito bem que qualquer pessoa pratique desporto e sou sincero admirador do sucesso dos nossos compatriotas nos Jogos Paralímpicos, só que, caramba, futebol para cegos é daquelas coisas que roçam o inacreditável de tão ridículas que são (duvidam? Procurem também no Youtube...). Num campo, defrontam-se duas equipas formadas por jogadores invisuais (excepto os guarda-redes), que só se orientam graças às indicações dos treinadores no banco. Portanto, sim, um jogo de futebol para cegos implica mais barulho do que as partidas do campeonato do mundo de 2010 agraciadas pela vuvuzela. Só que, claro está, nem sempre as indicações funcionam, sendo portanto muito comum um jogador pontapear violentamente um adversário, ou até um colega, pensando tratar-se da bola, também é normal jogadores esbarrarem uns contra os outros quando correm para a grande área adversária, enfim, é algo que tem mais semelhanças com uma película slapstick do que com um jogo de futebol. Ao que devo acrescentar mais um pormenor de dissemelhança com o desporto-rei: no futebol para cegos, além dos já citados guarda-redes, o único interveniente que vê é mesmo o árbitro. Falem-me lá em inversão de valores, falem...

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