Corte de 5% nos salários dos funcionários públicos.
Comentário: Pá, é lixado!
Congelamento das pensões já em 2011.
Comentário: Pá, é lixado!
Obrigatoriedade dos funcionários públicos descontarem mais 1% para a Caixa Geral de Aposentações.
Comentário: Pá, é lixado!
Congelamento de admissões e progressões na função pública.
Comentário: Pá, é lixado!
Despedimento de funcionários com contrato a prazo.
Comentário: Pá, é lixado!
Corte na comparticipação de medicamentos.
Comentário: Pá, é lixado!
Corte nos benefícios fiscais, que passam a ter um tecto máximo.
Comentário: Pá, é lixado!
Subida do IVA para 23%.
Comentário: MAS QUE É ESTA MERDA, PÁ?! IVA PARA 23%??!! MAS ESTÁ TUDO DOIDO? ENTÃO ISSO QUER DIZER QUE OS PREÇOS DOS CDS E DVDS VÃO AUMENTAR??!! REPITAM LÁ ISSO OUTRA VEZ! VÃO-SE F*$, SEUS C@#@&$* DO C@*$! ISTO EXIGE UM GOLPE DE ESTADO! UMA REVOLUÇÃO! HÁ QUE PEGAR NO SÓCRATES E NO TEIXEIRA DOS SANTOS E PENDURÁ-LOS PELOS TOMATES! E PORQUÊ FICAR POR AQUI? É FUZILAR TODOS OS MINISTROS, SECRETÁRIOS DE ESTADO E DEPUTADOS DE TODOS OS PARTIDOS! NÃO SE PODE ANDAR A BRINCAR ASSIM COM AS PESSOAS, PÁ! IVA A 23%?!?! VÃO À MERDA!!!!
Comentário geral a todas as medidas: ui, que já sinto o meu esfíncter mais largo. E vocês todos devem estar a sentir a mesma coisinha...
quinta-feira, setembro 30, 2010
quarta-feira, setembro 29, 2010
Sempre que vejo isto, desmancho-me, escangalho-me, mijo-me a rir!
Sobretudo a partir do minuto 5:27.
Quero este canito como presidente do Sporting!
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segunda-feira, setembro 27, 2010
Oktoberfest 2010: o rescaldo!
De quinta-feira a domingo decorreu o Oktoberfest em Lisboa, e eu fui. Esperava encontrar mais nazis por metro quadrado do que numa claque de futebol, mas fui defraudado: afinal, a festa alemã tinha p'raí os mesmos nazis que um comício do CDS/PP, ou seja, a rondar os 60% da população total.
Eu sei que a primeira pergunta que vocês estão a fazer é "Ouve lá, mas o teu post de hoje é sobre isto? Pensávamos que irias falar do Sporting! Então, voltaram a não ganhar, he he he?!?!". A isto eu digo: calem-se, antes que eu chame a Gestapo! Passem à segunda pergunta!
E a segunda pergunta que vocês querem fazer-me, estou certo, é: "Ouve lá, mas então tu não és anarquista?! Que raios foste tu fazer a uma festa que celebra a tradição teutónica, uma tradição que tem tanta anarquia quanto o exército chileno à época do Pinochet?! E que achaste da substituição do Liédson ao intervalo?!"
Eu respondo, eu respondo: sou anarquista, mas fui à Oktoberfest no Campo dos Mártires da Pátria porque, em boa verdade, onde houver comes e bebes à fartazana, eu sinto-me em casa! Ah, já estou a ver que esta minha resposta está a gerar em vós uma terceira pergunta, que é "Ouve lá, então mas tu, além de anarquista, não és vegetariano?! E vais a uma festa onde o prato principal são salsichas?! E pensas que o Paulo Sérgio tem condições para continuar no comando técnico dos leões?"
Bom, já estou farto das vossas perguntas, sobretudo dos ataques ao meu sportinguismo, mas tudo bem: eu fui lá para comer e beber, mas não toquei nas salsichas. Em vez disso, satisfiz-me com pão, pretzels, salada de batata, apfelstrudel e, principalmente, com sauerkraut até me escorrerem couves dos olhos! E estava bom, embora o pessoal tenha exagerado nos preços (devem pensar que somos todos judeus cheios da guita, ou que temos o salário médio de um alemão). Seja como for, posso dizer-vos que, depois de ter a barriga cheia, me apeteceu por diversas vezes pegar num Panzerkampfwagen VI de 70 toneladas e invadir a Polónia... suspeito que os teutões metem qualquer coisa na Erdinger!
Havia também distribuição de prémios (não, não ofereciam câmaras de gás), mas não ganhei nada. Um casal amigo meu, contudo, ganhou uma hora de SPA num hotel XPTO qualquer no Algarve, embora eu tenha a absoluta certeza que eles preferiam um álbum ilustrado com as melhores imagens dos campos de concentração. Enfim, o que eu posso dizer é que o evento foi engraçadito, vimos algumas alemãs vestidas em trajes da Baviera mostrando as suas belas erscheinungs, vimos alemães e portugueses bêbados, vimos alemãs idosas a cair de cu no chão, e eu acho que estou a ficar com um duplo queixo. E pronto, foi isto!
Eu sei que a primeira pergunta que vocês estão a fazer é "Ouve lá, mas o teu post de hoje é sobre isto? Pensávamos que irias falar do Sporting! Então, voltaram a não ganhar, he he he?!?!". A isto eu digo: calem-se, antes que eu chame a Gestapo! Passem à segunda pergunta!
E a segunda pergunta que vocês querem fazer-me, estou certo, é: "Ouve lá, mas então tu não és anarquista?! Que raios foste tu fazer a uma festa que celebra a tradição teutónica, uma tradição que tem tanta anarquia quanto o exército chileno à época do Pinochet?! E que achaste da substituição do Liédson ao intervalo?!"
Eu respondo, eu respondo: sou anarquista, mas fui à Oktoberfest no Campo dos Mártires da Pátria porque, em boa verdade, onde houver comes e bebes à fartazana, eu sinto-me em casa! Ah, já estou a ver que esta minha resposta está a gerar em vós uma terceira pergunta, que é "Ouve lá, então mas tu, além de anarquista, não és vegetariano?! E vais a uma festa onde o prato principal são salsichas?! E pensas que o Paulo Sérgio tem condições para continuar no comando técnico dos leões?"
Bom, já estou farto das vossas perguntas, sobretudo dos ataques ao meu sportinguismo, mas tudo bem: eu fui lá para comer e beber, mas não toquei nas salsichas. Em vez disso, satisfiz-me com pão, pretzels, salada de batata, apfelstrudel e, principalmente, com sauerkraut até me escorrerem couves dos olhos! E estava bom, embora o pessoal tenha exagerado nos preços (devem pensar que somos todos judeus cheios da guita, ou que temos o salário médio de um alemão). Seja como for, posso dizer-vos que, depois de ter a barriga cheia, me apeteceu por diversas vezes pegar num Panzerkampfwagen VI de 70 toneladas e invadir a Polónia... suspeito que os teutões metem qualquer coisa na Erdinger!
Havia também distribuição de prémios (não, não ofereciam câmaras de gás), mas não ganhei nada. Um casal amigo meu, contudo, ganhou uma hora de SPA num hotel XPTO qualquer no Algarve, embora eu tenha a absoluta certeza que eles preferiam um álbum ilustrado com as melhores imagens dos campos de concentração. Enfim, o que eu posso dizer é que o evento foi engraçadito, vimos algumas alemãs vestidas em trajes da Baviera mostrando as suas belas erscheinungs, vimos alemães e portugueses bêbados, vimos alemãs idosas a cair de cu no chão, e eu acho que estou a ficar com um duplo queixo. E pronto, foi isto!
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sexta-feira, setembro 24, 2010
Incomodado no comboio
Quando vou no comboio, há duas coisas que gosto de fazer:
1 - Ouvir música, porque sou um musicófilo, e porque assim não tenho de apanhar com as conversas de chacha dos outros passageiros. Normalmente, sou bem sucedido, excepto quando à bateria do meu leitor de mp3 lhe dá para se armar em economia grega e pifa, o palhaço.
2 - Ler, porque com o trabalho, as aulas e sei lá mais o quê, sobra pouco tempo e espaço para a leitura sem ser nos transportes públicos.
(também gosto, no comboio, de soltar puns e acusar, só com o olhar, quem se senta à minha frente, mas não vou numerar este pormenor, tal como não numero outra coisa que muito me dá gozo, e que é pensar em mamas quando vejo muitos "m" seguidos na mesma página que estou a ler. Enfim, faz de conta que não vos contei nada, ok?)
Como costumo fazer 1 e 2 numa base diária, estou praticamente alheado daquilo, e daqueles, que se passa à minha volta. Por vezes, como aqui narrei, isso leva-me a perder algumas coisas interessantes. Mas é difícil manter-me alheado quando me acontece o que aconteceu esta manhã: a tipa de trajos bloquistas que se sentou ao meu lado queria, à força toda, saber o que eu estava a ouvir e a ler, então vá de se encostar ao máximo. Inclusivamente, ela queria ver as notas que eu habitualmente coloco, através de lápis magnificamente sacados no IKEA, nas margens dos livros quando deparo com uma ou outra passagem mais apelativa. Em suma, a tipa queria entrar pela minha vida pessoal adentro, e essa conduta eu não posso admitir.
Reagi da maneira que me pareceu mais adequada: fingi um ataque de tosse e pespeguei-lhe uma cotovelada ali no sítio em que as pessoas costumam ter a chamada "dor de burro". A tipa até guinchou e, pelo canto do olho, vi que quase caiu do lugar. Como se não fosse nada comigo, continuei a ler, e pelos vistos a medida funcionou, porque a bloquista não mais voltou a colar-se-me; de quando em quando, esticava o pescoço na minha direcção, mas um leve dobrar do meu braço direito, espetando o cotovelo na sua direcção, rapidamente a dissuadia de mais movimentos.
Funcionou, mas agora que já não estou no comboio, e uma vez que duvido voltar a ver aquela tipa na vida, penso se não teria sido melhor ter ido por outra via, menos dramática mas igualmente violenta. Realmente, talvez tivesse sido preferível, em lugar de lhe enfiar com o cotovelo no lombo, tirar os auriculares dos meus ouvidos e enfiá-los nos dela, e depois mostrar-lhe, bem perto dos olhos, as notas que venho colocando nas margens das páginas da Manhã Submersa. Tenho quase a certeza que a dor e o choque que ela sentiria ao levar com decibéis de death metal pelos tímpanos e ao ler coisas como "estes padrecos hipócritas de merda deviam era ser todos enrabados, sem vaselina, por rinocerontes avantajados" superariam em muito uma simples cotoveladazinha.
Se voltar a ter alguém a querer cuscar o que oiço e o que leio, juro que é isto que faço...
1 - Ouvir música, porque sou um musicófilo, e porque assim não tenho de apanhar com as conversas de chacha dos outros passageiros. Normalmente, sou bem sucedido, excepto quando à bateria do meu leitor de mp3 lhe dá para se armar em economia grega e pifa, o palhaço.
2 - Ler, porque com o trabalho, as aulas e sei lá mais o quê, sobra pouco tempo e espaço para a leitura sem ser nos transportes públicos.
(também gosto, no comboio, de soltar puns e acusar, só com o olhar, quem se senta à minha frente, mas não vou numerar este pormenor, tal como não numero outra coisa que muito me dá gozo, e que é pensar em mamas quando vejo muitos "m" seguidos na mesma página que estou a ler. Enfim, faz de conta que não vos contei nada, ok?)
Como costumo fazer 1 e 2 numa base diária, estou praticamente alheado daquilo, e daqueles, que se passa à minha volta. Por vezes, como aqui narrei, isso leva-me a perder algumas coisas interessantes. Mas é difícil manter-me alheado quando me acontece o que aconteceu esta manhã: a tipa de trajos bloquistas que se sentou ao meu lado queria, à força toda, saber o que eu estava a ouvir e a ler, então vá de se encostar ao máximo. Inclusivamente, ela queria ver as notas que eu habitualmente coloco, através de lápis magnificamente sacados no IKEA, nas margens dos livros quando deparo com uma ou outra passagem mais apelativa. Em suma, a tipa queria entrar pela minha vida pessoal adentro, e essa conduta eu não posso admitir.
Reagi da maneira que me pareceu mais adequada: fingi um ataque de tosse e pespeguei-lhe uma cotovelada ali no sítio em que as pessoas costumam ter a chamada "dor de burro". A tipa até guinchou e, pelo canto do olho, vi que quase caiu do lugar. Como se não fosse nada comigo, continuei a ler, e pelos vistos a medida funcionou, porque a bloquista não mais voltou a colar-se-me; de quando em quando, esticava o pescoço na minha direcção, mas um leve dobrar do meu braço direito, espetando o cotovelo na sua direcção, rapidamente a dissuadia de mais movimentos.
Funcionou, mas agora que já não estou no comboio, e uma vez que duvido voltar a ver aquela tipa na vida, penso se não teria sido melhor ter ido por outra via, menos dramática mas igualmente violenta. Realmente, talvez tivesse sido preferível, em lugar de lhe enfiar com o cotovelo no lombo, tirar os auriculares dos meus ouvidos e enfiá-los nos dela, e depois mostrar-lhe, bem perto dos olhos, as notas que venho colocando nas margens das páginas da Manhã Submersa. Tenho quase a certeza que a dor e o choque que ela sentiria ao levar com decibéis de death metal pelos tímpanos e ao ler coisas como "estes padrecos hipócritas de merda deviam era ser todos enrabados, sem vaselina, por rinocerontes avantajados" superariam em muito uma simples cotoveladazinha.
Se voltar a ter alguém a querer cuscar o que oiço e o que leio, juro que é isto que faço...
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quinta-feira, setembro 23, 2010
O dia em que eu e a gaja subimos ao Bom Jesus
Estão a ver o santuário do Bom Jesus de Braga, não estão?! Bem, presumo que não... excepto se viverem mesmo em Braga. Mas pronto, podem sempre olhar para a fotografia que acompanha o post de hoje: é o Bom Jesus de Braga.
Este santuário é mui afamado pela sua imensa escadaria. Sempre ouvi dizer que subi-la, na totalidade, era um suplício. Um desafio ao corpo, portanto.
Sendo assim, que outra coisa podia um homem querer quando, em pleno verão de Agosto, eu e a gaja demos um pulinho até Braga? A escadaria do Bom Jesus parecia estar mesmo a pedi-las. É como se a ouvisse, sussurando junto de mim: "Não és homem não és nada se não subires por mim acima. E, já agora, aproveito a oportunidade que tenho de sussurrar-te para dizer que és muita giro e que anseio por sentir os teus pés em cima da minha superfície marmoreada". Enfim, uma maluca, esta escadaria...
Assim, chegado ao santuário, a primeira coisa que disse foi "vou já subir esta merda", o que levou uma beata que por lá andava a dar beijinhos no terço que trazia nas mãos. Enfim, as pessoas religiosas, aparentemente, não podem ouvir ninguém dizer o verbo "subir"... Aproveitei também para desafiar a gaja. Num primeiro momento, não pareceu convencida ("Uh, é muito grande, isto. E tem muitos degraus. Vou ficar à rasca das pernas", respondeu ela), mas depois de alguma insistência da minha parte lá concordou.
E foi desta forma que nos colocámos a postos a partir da base. E ao meu sinal de "vamos?", começámos a subir a coisa.
E meus amigos: que decepção!!!!!! SUBIR O BOM JESUS É MAIS FÁCIL DO QUE ENTRAR PELA DEFESA DO SPORTING! Todas aquelas histórias que ouvi acerca da dificuldade de ir até lá acima não passavam de patranhas. Meus caros: nem suei (e recorde-se que era pleno Agosto). Deu até para brincar, com a gaja, durante a subida: enquanto eu ia pelo lado esquerdo, ela subia pelo lado direito, e 20 ou 30 degraus depois cruzávamo-nos no meio, com alguma teatralidade à mistura, pois abríamos os braços um para o outro enquanto eu trauteava a Chariots of Fire, do Vangelis. Deu, também, para ofender duas raparigas, muito pias, que se esfalfavam todas para subir aquilo: limitei-me a dizer-lhes, enquanto as ultrapassava a grande velocidade, "Pfff, então onde está a vossa fé para vos ajudar a subir? Eu sou ateu e subo esta merda com um pé atrás das costas".
Em conclusão: o santuário pariu um rato! Não custa nada, mesmo nadinha, subir aquela escadaria. Se tivessem posto uns 50 santuários seguidos, talvez aí a coisa desse alguma luta. Agora assim, tal como está, é uma brincadeira de meninos (shht, ó Carlos Cruz, está lá quieto, não vás já a correr comprar um bilhete para Braga). Acreditem!
P.S.: Se algum dia decidirem, de facto, subir ao Bom Jesus de Braga e a vossa experiência for um pouco diferente, do género irem parar ao hospital à custa de dores lancinantes nas pernas, aviso já que não é culpa minha. Vocês é que são uns fracotes!
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quarta-feira, setembro 22, 2010
Eu gostava era que o Freud ainda estivesse por cá para me explicar isto
Sonhos eróticos com a Katy Perry. Sonhos com casas enormes e uma garagem repleta de Ferraris e Porches. Sonhos com o Sporting a ganhar a Liga dos Campeões.
Estes devem ser os conteúdos oníricos de uma boa noite de sono de um homem normal. Mas eu, já o descobrira há muito tempo, não sou um gajo normal. E isso reflecte-se nos meus sonhos. Esta noite, sonhei que estava num café francês à época da II Guerra Mundial a tomar, à mesma mesa, um capuccino com o Sócrates, o Passos Coelho, o Portas, o Louçã e o Jerónimo. E eles estavam a dizer "sim, sim, é isso, é isso" a tudo o que eu expunha. E que expunha eu? A minha interpretação muito pessoal do Tratado sobre a verdadeira origem, extensão e fim do governo civil, da autoria do John Locke. E quando refiro "a minha interpretação muito pessoal", quero mesmo dizer isso, pois em lugar de argumentar sobre sobre a propriedade privada, o direito à revolta e o contrato entre soberano e súbditos - no fundo, o conteúdo desta obra do empirista inglês -, eu pegava no texto para justificar a necessidade de PS, PSD, CDS/PP, BE e PCP desviarem fundos para a minha conta bancária para que eu pudesse comprar cds e dvds. E os líderes de cada um destes partidos mostravam-se plenamente convencidos!!!!
Que é isto, pá?! Que raio de sonho é este? Tenho de ir ao Depois da vida (um dos piores programas televisivos da história da humanidade, e isto inclui toda a programação da Benfica TV) e pôr a idiota da medium inglesa a falar com o Freud de modos a perceber este sonho?!?
Estes devem ser os conteúdos oníricos de uma boa noite de sono de um homem normal. Mas eu, já o descobrira há muito tempo, não sou um gajo normal. E isso reflecte-se nos meus sonhos. Esta noite, sonhei que estava num café francês à época da II Guerra Mundial a tomar, à mesma mesa, um capuccino com o Sócrates, o Passos Coelho, o Portas, o Louçã e o Jerónimo. E eles estavam a dizer "sim, sim, é isso, é isso" a tudo o que eu expunha. E que expunha eu? A minha interpretação muito pessoal do Tratado sobre a verdadeira origem, extensão e fim do governo civil, da autoria do John Locke. E quando refiro "a minha interpretação muito pessoal", quero mesmo dizer isso, pois em lugar de argumentar sobre sobre a propriedade privada, o direito à revolta e o contrato entre soberano e súbditos - no fundo, o conteúdo desta obra do empirista inglês -, eu pegava no texto para justificar a necessidade de PS, PSD, CDS/PP, BE e PCP desviarem fundos para a minha conta bancária para que eu pudesse comprar cds e dvds. E os líderes de cada um destes partidos mostravam-se plenamente convencidos!!!!
Que é isto, pá?! Que raio de sonho é este? Tenho de ir ao Depois da vida (um dos piores programas televisivos da história da humanidade, e isto inclui toda a programação da Benfica TV) e pôr a idiota da medium inglesa a falar com o Freud de modos a perceber este sonho?!?
terça-feira, setembro 21, 2010
As praxes estão na rua
Todos os anos, é a mesma história: bandos de pós-púberes pintados dos cabelos aos pés, gritando cantilenas javardas, ladeados por sujeitinhos e sujeitinhas vestidos de preto, os quais lançam ordens como se fossem sargentos do exército. Olho para estas merdas e o meu sentimento anarquista de revolta vem à tona.
Recordo-me da minha primeira semana de caloiro. Uma aura de respeitabilidade envolvia-me (ainda ninguém sabia que eu era sportinguista). Contudo, isso não impediu que três veteranos viessem ter comigo:
- Olh'ó caloirito! - disseram eles, em coro. - Este caloirito ainda não foi praxado, pois não? - atirou um deles, um barbudo, para mim.
Trespassei-os com o olhar, sem dizer uma palavra, e virei-lhes as costas. Eles não desistiram.
- Olha, olha, o caloirito está armado em mete-nojo! - proferiu, de novo, o barbudo. Rodearam-me.
- Como é, pá?! Vais ou não vais ser praxado? - ameaçou o sacana do barbudo.
- Não vou. - respondi. - Têm algum problema com isso? - os três pareceram ficar surpreendidos.
- Ihhh, ca ganda mete-nojo! Ai vais ser praxado, vais! - mandou o barbudo, enquanto os outros dois anuíam.
- Ai vou?! O primeiro palhaço que se chegar a mim come nos cornos! - disse-o, levantando a voz e crescendo para os três panascas de preto. Comecei a ver que tremiam, fosse por eu, embora caloiro, ser mais velho que qualquer um deles, fosse por ter mais de 1,80m enquanto os três eram autênticos caga-tacos, fosse por utilizar uma linguagem de rua, a que a betaria da faculdade não estava propriamente habituada. E, lá está, eles não sabiam que eu era sportinguista... Continuei:
- Estão a olhar, é? Vejam lá se querem que eu vos fod@ a boca toda!...
Depois desta, eles ficaram perdidos. Entreolharam-se e recuaram. O cabrão do barbudo ainda disse, baixinho, qualquer coisa como "mete-nojo", mas afastou-se de vez, levando os dois outros estarolas com ele. Via-me livre da ameaça de praxe e, ainda por cima, este episódio depressa se espalhou, trazendo-me fama, de modos que nenhum outro veterano me incomodou. Alguns caloiros da turma viram em mim um protector e começaram a encostar-se aqui ao je. Nenhum deles foi praxado!
Um ou dois anos depois, voltei a encontrar o barbudo, que ameaçava uma jovenzinha caloira, amedrontada com a tirania dos veteranos. Cheguei-me junto dele e perguntei se não queria antes praxar-me a mim.
- Eu... eu conheço-te! - respondeu o barbudo.
- Sim. Tu e dois namorados teus quiseram praxar-me aqui há uns tempos. - fiz uma pausa , depois continuei: - Prometi fod&r-vos a boca toda se levassem a vossa avante!
- Ah, sim, pois. - limitou-se o barbudo a dizer. Baixou a cabeça para o chão. Senti, novamente, que ele ficava perdido. Faltava o K.O.:
- Põe-te a andar, e vai mas é fazer essa barba! - e foi-se embora.
Não mais voltei a ver o cabrão do barbudo.
Sempre que vejo pessoal a ser praxado, lembro-me disto. E a vontade que me dá de chegar junto dos supostos veteranos e ameaçar fod&r-lhes a boca toda...
Recordo-me da minha primeira semana de caloiro. Uma aura de respeitabilidade envolvia-me (ainda ninguém sabia que eu era sportinguista). Contudo, isso não impediu que três veteranos viessem ter comigo:
- Olh'ó caloirito! - disseram eles, em coro. - Este caloirito ainda não foi praxado, pois não? - atirou um deles, um barbudo, para mim.
Trespassei-os com o olhar, sem dizer uma palavra, e virei-lhes as costas. Eles não desistiram.
- Olha, olha, o caloirito está armado em mete-nojo! - proferiu, de novo, o barbudo. Rodearam-me.
- Como é, pá?! Vais ou não vais ser praxado? - ameaçou o sacana do barbudo.
- Não vou. - respondi. - Têm algum problema com isso? - os três pareceram ficar surpreendidos.
- Ihhh, ca ganda mete-nojo! Ai vais ser praxado, vais! - mandou o barbudo, enquanto os outros dois anuíam.
- Ai vou?! O primeiro palhaço que se chegar a mim come nos cornos! - disse-o, levantando a voz e crescendo para os três panascas de preto. Comecei a ver que tremiam, fosse por eu, embora caloiro, ser mais velho que qualquer um deles, fosse por ter mais de 1,80m enquanto os três eram autênticos caga-tacos, fosse por utilizar uma linguagem de rua, a que a betaria da faculdade não estava propriamente habituada. E, lá está, eles não sabiam que eu era sportinguista... Continuei:
- Estão a olhar, é? Vejam lá se querem que eu vos fod@ a boca toda!...
Depois desta, eles ficaram perdidos. Entreolharam-se e recuaram. O cabrão do barbudo ainda disse, baixinho, qualquer coisa como "mete-nojo", mas afastou-se de vez, levando os dois outros estarolas com ele. Via-me livre da ameaça de praxe e, ainda por cima, este episódio depressa se espalhou, trazendo-me fama, de modos que nenhum outro veterano me incomodou. Alguns caloiros da turma viram em mim um protector e começaram a encostar-se aqui ao je. Nenhum deles foi praxado!
Um ou dois anos depois, voltei a encontrar o barbudo, que ameaçava uma jovenzinha caloira, amedrontada com a tirania dos veteranos. Cheguei-me junto dele e perguntei se não queria antes praxar-me a mim.
- Eu... eu conheço-te! - respondeu o barbudo.
- Sim. Tu e dois namorados teus quiseram praxar-me aqui há uns tempos. - fiz uma pausa , depois continuei: - Prometi fod&r-vos a boca toda se levassem a vossa avante!
- Ah, sim, pois. - limitou-se o barbudo a dizer. Baixou a cabeça para o chão. Senti, novamente, que ele ficava perdido. Faltava o K.O.:
- Põe-te a andar, e vai mas é fazer essa barba! - e foi-se embora.
Não mais voltei a ver o cabrão do barbudo.
Sempre que vejo pessoal a ser praxado, lembro-me disto. E a vontade que me dá de chegar junto dos supostos veteranos e ameaçar fod&r-lhes a boca toda...
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segunda-feira, setembro 20, 2010
sexta-feira, setembro 17, 2010
Um homem e a sua pança (1)
Confesso que estou a ficar cada vez mais satisfeito com o desenvolvimento da minha pança. É que ela, a cada dia que passa, vai-se assemelhando mais e mais a uma mega-mama!
Prevejo horas e horas de diversão, eu com o meu abdómen, num futuro próximo... nestas condições, quem é que precisa de um Wii?!?
Prevejo horas e horas de diversão, eu com o meu abdómen, num futuro próximo... nestas condições, quem é que precisa de um Wii?!?
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quinta-feira, setembro 16, 2010
Soluções de recurso
Ora, está um tipo muito bem descansado no conforto do seu... do seu... do seu quê?!?! este mundo em que vivemos não é para confortos! Reformulo, então: está um tipo muito bem descansado na irritação da sua crise quando depara com a notícia de capa do Record: ao que parece, a Federação Portuguesa de Futebol quer contratar o Mourinho por dois jogos. O propósito é similar ao de uma Junta de Salvação Nacional: tal como os militares de Abril ocuparam temporariamente o poder até que houvesse condições para realizar eleições livres e democráticas, Mourinho orientará Portugal até que venha, ao que tudo indica, o risco ao meio do Paulo Bento.
A medida é desesperada, porque também o é a situação classificativa da selecção portuguesa. Espera-se que, com Mourinho, a equipa das quinas dê uma sapatada na crise, deixando terreno aberto para o próximo seleccionador nacional se poder impor, e isto sem ter de mandar ninguém para a con@ da mãe.
Não tendo eu qualquer simpatia pela selecção nacional, abstenho-me de fazer comentários positivos ou negativos sobre esta iniciativa da Federação. Não me interessa o seu resultado. Agora, o que eu acho é que podem tomar-se medidas similares noutras áreas da vida nacional! Raciocinem comigo: a selecção está pelas ruas da amargura, certo? O Queirós foi à viola, certo? Em princípio, quem vem a seguir é o Paulo Bento, certo? E enquanto o Paulo Bento não chega, a Federação quer jogar pelo seguro, isto é, contar com o Mourinho, um treinador cujo currículo fala por si, durante dois jogos decisivos, que Portugal não pode perder. É isto, não é?
Então, por que não se propõe uma medida igual para o país?! Portugal está na merda, não está? O Sócrates deve ir à viola, não deve? Em princípio, quem vem a seguir é o Passos Coelho, não é? Então, e enquanto o Passos Coelho não chega, que tal jogarmos todos pelo seguro, isto é, colocarmos no governo alguém com provas dadas na gestão de orçamentos limitados, fosse em épocas de expansão, estagnação ou mesmo contracção, alguém que, desde sempre, pugnou por promover o desenvolvimento não apenas económico, mas também moral e intelectual dos seus dependentes?! Ou seja, por que é que não colocamos no governo, durante este período de transição, a minha mãe?!?!
Pensem nisto, e se estiverem de acordo, digam-me qualquer coisinha, que é para ver se a convenço. Aposto convosco que esta treta de país entra logo na linha...
A medida é desesperada, porque também o é a situação classificativa da selecção portuguesa. Espera-se que, com Mourinho, a equipa das quinas dê uma sapatada na crise, deixando terreno aberto para o próximo seleccionador nacional se poder impor, e isto sem ter de mandar ninguém para a con@ da mãe.
Não tendo eu qualquer simpatia pela selecção nacional, abstenho-me de fazer comentários positivos ou negativos sobre esta iniciativa da Federação. Não me interessa o seu resultado. Agora, o que eu acho é que podem tomar-se medidas similares noutras áreas da vida nacional! Raciocinem comigo: a selecção está pelas ruas da amargura, certo? O Queirós foi à viola, certo? Em princípio, quem vem a seguir é o Paulo Bento, certo? E enquanto o Paulo Bento não chega, a Federação quer jogar pelo seguro, isto é, contar com o Mourinho, um treinador cujo currículo fala por si, durante dois jogos decisivos, que Portugal não pode perder. É isto, não é?
Então, por que não se propõe uma medida igual para o país?! Portugal está na merda, não está? O Sócrates deve ir à viola, não deve? Em princípio, quem vem a seguir é o Passos Coelho, não é? Então, e enquanto o Passos Coelho não chega, que tal jogarmos todos pelo seguro, isto é, colocarmos no governo alguém com provas dadas na gestão de orçamentos limitados, fosse em épocas de expansão, estagnação ou mesmo contracção, alguém que, desde sempre, pugnou por promover o desenvolvimento não apenas económico, mas também moral e intelectual dos seus dependentes?! Ou seja, por que é que não colocamos no governo, durante este período de transição, a minha mãe?!?!
Pensem nisto, e se estiverem de acordo, digam-me qualquer coisinha, que é para ver se a convenço. Aposto convosco que esta treta de país entra logo na linha...
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quarta-feira, setembro 15, 2010
Qual é o nosso lugar no mundo?!
Nunca tiveram aquela sensação angustiante de não saberem qual o vosso lugar? Nunca disseram, para vocês próprios, "o que é que estou aqui a fazer?"
Eu já. Coloco-me esta questão muitas vezes, embora os termos variem um pouco quanto à subtileza. Tecnicamente, nunca pergunto "o que é que estou aqui a fazer?", e sim, qual herdeiro da escola epistemológica Carlos Queirós, "mas que c@r@lho de merd@ estou a fazer aqui, f*da-se?!?!". No fundo, porém, a angústia é a mesma.
E nunca soube dar-me uma resposta satisfatória a tal inquietação. A única resposta que dou é um vergonhoso "não sei", ou, quando estou assim mais iracundo, qual discípulo da maneira Alberto João Jardim de fazer política, "não sei, meu c@brão de merd@, mas que con@ de pergunta estás a fazer a ti próprio, olha que c@r@lho!", só que isto - decerto concordarão - está bastante longe de poder ser considerado uma resposta satisfatória.
A realidade é que desconheço o lugar que ocupo na ordem das coisas. Não sei mesmo o que ando aqui a fazer. São muitas as perguntas que me incomodam sem que esteja capacitado a dar-lhes uma resposta. Para que é que eu sirvo? O que é que se exige de mim? Que devo fazer? O Estádio Alvalade XXI é real, ou aquelas cores não passam de uma partida pregada pela imaginação do Taveira? Se eu ligar a televisão logo à noite, apanharei outra vez com o Carlos Cruz? E por que é que nunca mais se ouviu falar da Laetitia Casta? Morreu? Entrou em combustão espontânea? Pior: roubaram-lhe as mamas?!?!
Digam lá se estas merd@s não são de lixar a cabeça a um gajo...
Eu já. Coloco-me esta questão muitas vezes, embora os termos variem um pouco quanto à subtileza. Tecnicamente, nunca pergunto "o que é que estou aqui a fazer?", e sim, qual herdeiro da escola epistemológica Carlos Queirós, "mas que c@r@lho de merd@ estou a fazer aqui, f*da-se?!?!". No fundo, porém, a angústia é a mesma.
E nunca soube dar-me uma resposta satisfatória a tal inquietação. A única resposta que dou é um vergonhoso "não sei", ou, quando estou assim mais iracundo, qual discípulo da maneira Alberto João Jardim de fazer política, "não sei, meu c@brão de merd@, mas que con@ de pergunta estás a fazer a ti próprio, olha que c@r@lho!", só que isto - decerto concordarão - está bastante longe de poder ser considerado uma resposta satisfatória.
A realidade é que desconheço o lugar que ocupo na ordem das coisas. Não sei mesmo o que ando aqui a fazer. São muitas as perguntas que me incomodam sem que esteja capacitado a dar-lhes uma resposta. Para que é que eu sirvo? O que é que se exige de mim? Que devo fazer? O Estádio Alvalade XXI é real, ou aquelas cores não passam de uma partida pregada pela imaginação do Taveira? Se eu ligar a televisão logo à noite, apanharei outra vez com o Carlos Cruz? E por que é que nunca mais se ouviu falar da Laetitia Casta? Morreu? Entrou em combustão espontânea? Pior: roubaram-lhe as mamas?!?!
Digam lá se estas merd@s não são de lixar a cabeça a um gajo...
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terça-feira, setembro 14, 2010
Odeio-me e quero morrer (2)
Sentei-me no comboio, peguei no livro que ando presentemente a ler e embrenhei-me tanto que nem dei pelo tempo passar. A conversa sobre o falsificacionismo de Karl Popper estava tão interessante que só levantei a cabeça das páginas quando o comboio chegou à estação pretendida. E quando levantei a cabeça, que vi eu?!
Exacto: sentada, mesmo à minha frente, uma deslumbrantíssima rapariga: morena, olhos penetrantes, sensual e aquelas mamas, por Liédson, aquelas mamas... Maldisse-me naquele preciso momento! Poderia ter estado vários minutos a reter visualmente aquele corpinho e em vez disso os meus olhos só acompanharam letras em papel. Alguém me dê já um tiro, por favor!!!!
Exacto: sentada, mesmo à minha frente, uma deslumbrantíssima rapariga: morena, olhos penetrantes, sensual e aquelas mamas, por Liédson, aquelas mamas... Maldisse-me naquele preciso momento! Poderia ter estado vários minutos a reter visualmente aquele corpinho e em vez disso os meus olhos só acompanharam letras em papel. Alguém me dê já um tiro, por favor!!!!
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segunda-feira, setembro 13, 2010
Odeio-me e quero morrer*
O SPORTING JÁ ESTÁ A 5 PONTOS DO FC PORTO!!!!!!!!!
(Já alguma vez vos disse que detesto futebol?!?!)
*título sacado de uma música dos Nirvana, composta por um gajo que realmente se odiava e queria morrer. Tanto que se matou mesmo... ao menos, não teve de se chatear com as prestações do clube de Alvalade. Sortudo d'um cabrão...
(Já alguma vez vos disse que detesto futebol?!?!)
*título sacado de uma música dos Nirvana, composta por um gajo que realmente se odiava e queria morrer. Tanto que se matou mesmo... ao menos, não teve de se chatear com as prestações do clube de Alvalade. Sortudo d'um cabrão...
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sexta-feira, setembro 10, 2010
Agora que há aí um reverendo de nome Terry Jones armado em parvo, deixo-vos com o grande bispo Terry Jones
Os Monty Python eram os maiores, carago!
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quinta-feira, setembro 09, 2010
E a pergunta de 20 euros que eu coloco é:
Vou ou vão vou ver estes gajos logo à noite?!?!?
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quarta-feira, setembro 08, 2010
Contentarmo-nos com o mal dos outros: subsídios para um estudo
"Com os males dos outros posso eu bem", já diz a sabedoria popular (expressão que, por vezes, roça a contradição. Como podemos dizer que é sábio um povo que gostou tanto do Sócrates que votou nele por uma segunda vez?!?!). Tirando talvez Jesus Cristo, o Gandhi, a Madre Teresa de Calcutá e a selecção portuguesa, não conheço mais ninguém que só queira o bem dos outros. O que é normal, e humano, demasiado humano, é desejarmos que os outros se lixem, e ficarmos felizes quando isso acontece.
Eu, por exemplo, passo várias horas por dia a desejar que o Cavaco Silva corte a artéria carótida enquanto faz a barba e fique por ali, a esvair-se em sangue. Outras vezes, rezo para que o Pinto da Costa caia num buraco com 15 metros de profundidade, parta as duas pernas e fique 2 dias seguidos a gritar por ajuda, ao fim dos quais um vendedor de fruta deixará cair um caixote que cairá bem em cima dos cornos do Pintinho, tirando-lhe a vida.
E se pensam que só quero o mal a figuras públicas, desenganem-se. O meu sadismo vai ainda mais longe no que toca aos anónimos, às pessoas comuns de todos os dias. O meu desejo quando, por hipótese, um cabrão deixa um carro estacionado em segunda fila bloqueando a saída do meu, é vê-lo ser passado a ferro por um camião quando se dirigir à sua viatura. E - vejam lá até onde pode ir o meu maquiavelismo -, no momento em que ele, estrebuchando no chão, suplicasse por uma ambulância, eu chegaria junto dele com o meu telemóvel ligado, colocá-lo-ia no seu ouvido e diria apenas, fleumaticamente: "Liguei para a Telepizza. O funcionário está a enumerar os ingredientes. Queres escolher um ou dois, ou vais ficar aí colado ao chão a olhar para as tuas tripas de fora?!".
Porém, há dias em que estou mais simpático, em que estou mais feliz comigo mesmo, em que sou todo paz e harmonia. Hoje, pelos vistos, é um desses dias. Daí que, quando um panasca qualquer rompe pelo meio da multidão, abalroando velhinhas e crianças, para chegar mais depressa à cancela da estação dos comboios, e ao tentar passar o bilhete aquela merda lhe devolve um sonoro "PIPIPIIIIII" e mantém a cancela fechada, eu, em lugar de desejar que a cabeça lhe explodisse ali mesmo, lançando pedaços de crânio em todas as direcções e, no fim, que aparecesse um pitbull terrier que, vá lá, qual é a expressão adequada, ah, já sei, "fizesse amor" com o buraco que surgisse daquele rebentamento, apenas cheguei junto do palhaço, infelizmente ainda com a cabeça presa ao resto do corpo, ri-me na cara dele e lancei, de forma a ser ouvido por todos os que ali estavam, um "Que estúpido, este otário. Veio com muita sede ao pote, e lixou-se. Bem feito. E olhem ali um pitbull terrier!".
Depois vi-me embora, passando sem problemas pela cancela, e fiquei convicto de que hoje sou uma pessoa melhor.
Eu, por exemplo, passo várias horas por dia a desejar que o Cavaco Silva corte a artéria carótida enquanto faz a barba e fique por ali, a esvair-se em sangue. Outras vezes, rezo para que o Pinto da Costa caia num buraco com 15 metros de profundidade, parta as duas pernas e fique 2 dias seguidos a gritar por ajuda, ao fim dos quais um vendedor de fruta deixará cair um caixote que cairá bem em cima dos cornos do Pintinho, tirando-lhe a vida.
E se pensam que só quero o mal a figuras públicas, desenganem-se. O meu sadismo vai ainda mais longe no que toca aos anónimos, às pessoas comuns de todos os dias. O meu desejo quando, por hipótese, um cabrão deixa um carro estacionado em segunda fila bloqueando a saída do meu, é vê-lo ser passado a ferro por um camião quando se dirigir à sua viatura. E - vejam lá até onde pode ir o meu maquiavelismo -, no momento em que ele, estrebuchando no chão, suplicasse por uma ambulância, eu chegaria junto dele com o meu telemóvel ligado, colocá-lo-ia no seu ouvido e diria apenas, fleumaticamente: "Liguei para a Telepizza. O funcionário está a enumerar os ingredientes. Queres escolher um ou dois, ou vais ficar aí colado ao chão a olhar para as tuas tripas de fora?!".
Porém, há dias em que estou mais simpático, em que estou mais feliz comigo mesmo, em que sou todo paz e harmonia. Hoje, pelos vistos, é um desses dias. Daí que, quando um panasca qualquer rompe pelo meio da multidão, abalroando velhinhas e crianças, para chegar mais depressa à cancela da estação dos comboios, e ao tentar passar o bilhete aquela merda lhe devolve um sonoro "PIPIPIIIIII" e mantém a cancela fechada, eu, em lugar de desejar que a cabeça lhe explodisse ali mesmo, lançando pedaços de crânio em todas as direcções e, no fim, que aparecesse um pitbull terrier que, vá lá, qual é a expressão adequada, ah, já sei, "fizesse amor" com o buraco que surgisse daquele rebentamento, apenas cheguei junto do palhaço, infelizmente ainda com a cabeça presa ao resto do corpo, ri-me na cara dele e lancei, de forma a ser ouvido por todos os que ali estavam, um "Que estúpido, este otário. Veio com muita sede ao pote, e lixou-se. Bem feito. E olhem ali um pitbull terrier!".
Depois vi-me embora, passando sem problemas pela cancela, e fiquei convicto de que hoje sou uma pessoa melhor.
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terça-feira, setembro 07, 2010
Um post só com armas de destruição maciça!
Scarlett Johansson com bomba dupla. Estima-se que cause ataques cardíacos, em homens e mulheres, num raio de 100km2. Nota: esta imagem foi tirada por ocasião dos Golden Globes. De facto, ninguém duvida!
Chaimite Soraia, modelo 2.0. Provoca o entumescimento e posterior explosão de certas zonas do corpo masculino.
Base de mísseis Gemma Atkinson. As Nações Unidas ainda não conseguiram calcular o poder de destruição desta ex-Ronaldete. Há quem jure a testículos juntos que a alcunha de Tomahawk destinava-se não aos pontapés de Ronaldo nos livres e sim aos seios de Gemma.
Metralhadora Francesca Dellera com 5 velocidades. O MI-6, serviço britânico de Inteligência, apurou que, caso esta arma estivesse disponível no tempo do Duce, a Itália teria ganho sozinha a II Guerra Mundial. Dispara em todas as direcções e causa ferimentos profundos.
Leryn Franco multifunções. A multifacetada modelo e atleta de alta competição acumula também a característica de ser uma poli-arma de destruição maciça: ela é um dardo, uma bala, um míssil, uma bomba. Provoca lesões incuráveis.
P.S.: Não há nenhuma foto da bomba nuclear Bellucci porque, diz-se, só o olhar para ela causa a morte. No fundo, é o que me vai acontecer quando a minha gaja vir este post...
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segunda-feira, setembro 06, 2010
Na ressaca da Festa do Avante 2010, a verdadeira fascista de esquerda
Como se identifica um fascista de esquerda?! Bom, é alguém que, embora de esquerda, é tão autoritário quanto um fascista de direita! Mas pode ser também alguém que faz a saudação fascista com o braço esquerdo.
Foi precisamente nessa posição que surpreendi uma das minhas gatinhas! Enquanto o som propagado pela Festa do Avante chegava à nossa casa, esta totalitária felina sentou-se no seu imponente trono negro, colocou a pata dianteira direita sobre o coração e lançou a pata dianteira esquerda avante, como quem diz: "Quando esta merda derivar toda para o comunismo soviético, vão ver se não tomarei conta disto tudo! Distribuirei comida de gato por todo o povo, mas para mim será só peixinho, daquele acabadinho de pescar. Darei emprego a qualquer um... que não se recusar a fazer-me festinhas. Legislarei as 40 horas de trabalho semanal, mas eu dormirei 20 horas por dia. Retirarei o país da NATO para fazê-lo aderir ao GATO. E seremos todos muito mais felizes; mas se não formos todos, basta que eu seja para estar tudo bem. Nhau!".
Basta olhar a sua expressão decidida para percebermos que ela está a levar tudo isto muito a sério. Comparados com esta estalinista de quatro patas, Jerónimo e Louçã são uns meros ratinhos. Só espero é que, quando isto for uma república socialista felina, ela se lembre de colocar na nomenklatura aquele que durante tanto tempo lhe afagou o pêlo, deu miminhos, limpou a liteira, comprou papinha, etc. e tal...
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sexta-feira, setembro 03, 2010
Secas e estúpidas para secar e estupidificar o vosso fim-de-semana
- Qual é a anedota preferida de um vegetariano?
- É aquela do "por que é que o tofu atravessou a estrada?".
- Por que cagam os cães na praia?
- É para estrumar.
- Como se chama um gato que tem dificuldade em ver ao longe?
- Miaupe.
- Qual é o melhor cantor pimba português?
- É o Tony, porque é o único que tem uma Carreira...
- Como se ensina uma criança a desenhar uma nave espacial?
- Dá-se-lhe um papel e um lápis e pede-se ao raio do puto para desenhar a nave espacial!
- É aquela do "por que é que o tofu atravessou a estrada?".
- Por que cagam os cães na praia?
- É para estrumar.
- Como se chama um gato que tem dificuldade em ver ao longe?
- Miaupe.
- Qual é o melhor cantor pimba português?
- É o Tony, porque é o único que tem uma Carreira...
- Como se ensina uma criança a desenhar uma nave espacial?
- Dá-se-lhe um papel e um lápis e pede-se ao raio do puto para desenhar a nave espacial!
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quinta-feira, setembro 02, 2010
Não se bate no Tarantino nem com uma bazuca de 500 quilos!
Imaginem uma reunião dos altos quadros do III Reich. Sim, imaginem que, na mesma sala, estão, para além do Adolfo e seu famoso bigodinho, o Goebbels, o Goering, o Himmler, o Karl-Heinz Rummenigge, o Hess..., enfim, tudo gente simpática, e de repente entra um judeu... que também é preto... e gay! Qual acham que seria a reacção daqueles indivíduos de língua alemã?!
Pois, exactamente! Ora, reacção semelhante tenho eu quando, a menos de 5 metros de distância, ouço uns carapaus quaisquer a dizer que "os filmes do Tarantino não valem um chavo". Quer dizer, como é que alguém com um pingo de humanidade pode sequer pensar que os filmes do Tarantino são abaixo de excelentes?! Dizer mal do Tarantino é daquelas coisas inconcebíveis, tipo um gajo chegar-se junto da Scarlett Johansson só para lhe lançar à cara algo como "ah, tu nem és assim muito gira, e não gosto nada das tuas mamas". É um atentado ao bom gosto, à inteligência e aos direitos humanos!
Tenho só mais uma coisa a acrescentar: normalmente, não sou de desejar mal a ninguém, a não ser que esse alguém seja o Paulo Portas, mas, muito sinceramente, pessoas que, face a pérolas do calibre de
Cães Danados (um dos melhores debuts de sempre - o My Best Friend's Birthday não conta!)
Pulp Fiction (o melhor filme de todos os tempos, e quem discorda vá ver a obra completa do Steven Seagal)
Jackie Brown
Kill Bill 1&2
À Prova de Morte (pronto, concedo, talvez o menos óptimo dos filmes do Q.T., mas ainda assim bom)
Sacanas Sem Lei
se limitam a torcer o nariz, ora, essas pessoas mereciam levar com uma cassete VHS pelo cu acima e só se retiraria a dita cassete quando ela estivesse completamente rebobinada, que era para aprenderem a ter juízo!
Pois, exactamente! Ora, reacção semelhante tenho eu quando, a menos de 5 metros de distância, ouço uns carapaus quaisquer a dizer que "os filmes do Tarantino não valem um chavo". Quer dizer, como é que alguém com um pingo de humanidade pode sequer pensar que os filmes do Tarantino são abaixo de excelentes?! Dizer mal do Tarantino é daquelas coisas inconcebíveis, tipo um gajo chegar-se junto da Scarlett Johansson só para lhe lançar à cara algo como "ah, tu nem és assim muito gira, e não gosto nada das tuas mamas". É um atentado ao bom gosto, à inteligência e aos direitos humanos!
Tenho só mais uma coisa a acrescentar: normalmente, não sou de desejar mal a ninguém, a não ser que esse alguém seja o Paulo Portas, mas, muito sinceramente, pessoas que, face a pérolas do calibre de
Cães Danados (um dos melhores debuts de sempre - o My Best Friend's Birthday não conta!)
Pulp Fiction (o melhor filme de todos os tempos, e quem discorda vá ver a obra completa do Steven Seagal)
Jackie Brown
Kill Bill 1&2
À Prova de Morte (pronto, concedo, talvez o menos óptimo dos filmes do Q.T., mas ainda assim bom)
Sacanas Sem Lei
se limitam a torcer o nariz, ora, essas pessoas mereciam levar com uma cassete VHS pelo cu acima e só se retiraria a dita cassete quando ela estivesse completamente rebobinada, que era para aprenderem a ter juízo!
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quarta-feira, setembro 01, 2010
Regresso ao trabalho
Nhé... acabaram-se as férias... :(
O pior de regressar ao trabalho é concluir que só vou voltar a apanhar o jeito após muito, muito tempo. Assim tipo lá para Julho de 2011, ou seja, imediatamente antes de entrar de férias outra vez!
É triste. E para todos aqueles que ainda se encontram de férias, reservo uma mensagem muito especial: vão todos para o c@&@lhinho!
O pior de regressar ao trabalho é concluir que só vou voltar a apanhar o jeito após muito, muito tempo. Assim tipo lá para Julho de 2011, ou seja, imediatamente antes de entrar de férias outra vez!
É triste. E para todos aqueles que ainda se encontram de férias, reservo uma mensagem muito especial: vão todos para o c@&@lhinho!
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