
Já cozinhei várias vezes no Wok e posso dizer que a experiência me agrada sobremaneira. Admito que não sou, nem nunca fui, um grande cozinheiro, demonstrando que, afinal, não aprendi nada a ver os programas da Nigella, mas ao fazer as coisas no Wok quase pareço um Gordon Ramsey, só que com mais asneiras. Isto porque é estupidamente fácil cozinhar num Wok, e agradeço ao japonês, ou chinês, ou coreano, ou espanhol, ou o raio que o parta do tipo de olhos em bico que inventou esta coisa. Ao contrário de uma panela, de uma frigideira ou dessa esquisitice que é a Bimby, tudo o que eu faço no Wok sai bem. Sai bem, pá! Num Wok, basta mandar lá para dentro ingredientes em barda, mexer um bocadinho e já está, não é preciso ter muito trabalho nem nada. Até mesmo as misturas mais estranhas casam bem lá dentro, é uma coisa impressionante. Já cheguei até a desconfiar de um certo providencialismo divino quando cozinho cenas no Wok, pois não parece cientificamente possível que um cozinheiro tosco como eu consiga ter sempre sucesso quando cozinha num Wok; dá a sensação de haver ali uma mãozinha transcendente, que transforma os ingredientes metidos à bruta aqui pelo je numa refeição deveras deglutível. Claro que, sendo eu ateu, não fiquei com esta ideia na cabeça durante muito tempo: a coisa é mais facilmente explicável recorrendo à sorte ou, então, e é esse aspecto que tenho tentado mostrar-vos, tal deve-se única e exclusivamente às características do Wok. As refeições saem-me bem no Wok porque o Wok é um instrumento onde nada pode sair mal. Se pretendem uma analogia relevante, e como eu gosto de inventar analogias relevantes, imaginem-se numa noite de amor com, ora bem, deixem lá ver, assim uma tipa tirada ao acaso, ah, já sei, a Monica Bellucci, imaginem-se, dizia eu, numa noite de amor com a Monica Bellucci: mesmo que vocês sejam uns gandas nabos na cama, não há risco de a noite de amor correr mal se deixarmos a diva italiana tomar conta das operações. É tiro certo, pronto, e o Wok é da mesma arte (agora, por favor, não ponham na cabeça que ir para a cama com um Wok dá bons resultados. Porque não dá! A sério, confiem em mim...).
Portanto, se ainda não têm um Wok, estão com vontade de experimentar e possuem essa menos valia que é serem uns cozinheiros de meia tigela, corram já à loja da vossa cadeia sueca preferida mais próxima e comprem um, que ainda por cima estão baratinhos e vêm, ao contrário de outros produtos da tal cadeia sueca, já montados. Garanto que as vossas refeições e, por arrastamento, vocês próprios, só terão a ganhar com a aquisição.
3 comentários:
Ainda bem que gostaste de wokar, é sinal que irás cozinhar mais vezes... porreiro, pá! :))
Compraste um wok da IKEA? Daqueles de 6 euros? Digo-te já que são uma bela merda. Fica-te com este conceito: Ferrugem. Queres escrever prosa elaborada acerca de um wok ao menos investe numa coisa decente, forreta...
Estou com curiosidade de tentar, mas como não sou boa cozinheira acho que o vou oferecer à mãezinha :bb
Love,
C s 1 9 9 3
nadaparavestir1993.blogspot.com
Enviar um comentário