quinta-feira, julho 28, 2011

O Wok: subsídios para a sua compreensão

Comprámos um Wok lá para casa! O Wok, para quem não sabe, é este utensílio de cozinha reproduzido na imagem acima. Para quem continua a não saber, um Wok é assim como que uma espécie de cruzamento entre uma panela e uma frigideira. E para aqueles que continuam sem saber o que é um Wok e são tarados sexuais, imaginem que se colocava uma panela e uma frigideira sozinhas num quarto e nove meses depois, nascia um Wok. Vá, eu sei, alguns de vocês devem ser contra as uniões do mesmo sexo, ancorados que estão naquele argumento bacoco de que duas pessoas do mesmo sexo não conseguem reproduzir-se, mas façam de conta que uma panela e uma frigideira, não sendo pessoas, conseguem, e que o resultado é o Wok. Pronto, ficou tudo explicadinho e ainda por cima consegui atingir vários segmentos de leitores que não sabem o que um Wok é.

Já cozinhei várias vezes no Wok e posso dizer que a experiência me agrada sobremaneira. Admito que não sou, nem nunca fui, um grande cozinheiro, demonstrando que, afinal, não aprendi nada a ver os programas da Nigella, mas ao fazer as coisas no Wok quase pareço um Gordon Ramsey, só que com mais asneiras. Isto porque é estupidamente fácil cozinhar num Wok, e agradeço ao japonês, ou chinês, ou coreano, ou espanhol, ou o raio que o parta do tipo de olhos em bico que inventou esta coisa. Ao contrário de uma panela, de uma frigideira ou dessa esquisitice que é a Bimby, tudo o que eu faço no Wok sai bem. Sai bem, pá! Num Wok, basta mandar lá para dentro ingredientes em barda, mexer um bocadinho e já está, não é preciso ter muito trabalho nem nada. Até mesmo as misturas mais estranhas casam bem lá dentro, é uma coisa impressionante. Já cheguei até a desconfiar de um certo providencialismo divino quando cozinho cenas no Wok, pois não parece cientificamente possível que um cozinheiro tosco como eu consiga ter sempre sucesso quando cozinha num Wok; dá a sensação de haver ali uma mãozinha transcendente, que transforma os ingredientes metidos à bruta aqui pelo je numa refeição deveras deglutível. Claro que, sendo eu ateu, não fiquei com esta ideia na cabeça durante muito tempo: a coisa é mais facilmente explicável recorrendo à sorte ou, então, e é esse aspecto que tenho tentado mostrar-vos, tal deve-se única e exclusivamente às características do Wok. As refeições saem-me bem no Wok porque o Wok é um instrumento onde nada pode sair mal. Se pretendem uma analogia relevante, e como eu gosto de inventar analogias relevantes, imaginem-se numa noite de amor com, ora bem, deixem lá ver, assim uma tipa tirada ao acaso, ah, já sei, a Monica Bellucci, imaginem-se, dizia eu, numa noite de amor com a Monica Bellucci: mesmo que vocês sejam uns gandas nabos na cama, não há risco de a noite de amor correr mal se deixarmos a diva italiana tomar conta das operações. É tiro certo, pronto, e o Wok é da mesma arte (agora, por favor, não ponham na cabeça que ir para a cama com um Wok dá bons resultados. Porque não dá! A sério, confiem em mim...).

Portanto, se ainda não têm um Wok, estão com vontade de experimentar e possuem essa menos valia que é serem uns cozinheiros de meia tigela, corram já à loja da vossa cadeia sueca preferida mais próxima e comprem um, que ainda por cima estão baratinhos e vêm, ao contrário de outros produtos da tal cadeia sueca, já montados. Garanto que as vossas refeições e, por arrastamento, vocês próprios, só terão a ganhar com a aquisição.

3 comentários:

Ilda disse...

Ainda bem que gostaste de wokar, é sinal que irás cozinhar mais vezes... porreiro, pá! :))

Humberto Silva disse...

Compraste um wok da IKEA? Daqueles de 6 euros? Digo-te já que são uma bela merda. Fica-te com este conceito: Ferrugem. Queres escrever prosa elaborada acerca de um wok ao menos investe numa coisa decente, forreta...

Cátia Sousa disse...

Estou com curiosidade de tentar, mas como não sou boa cozinheira acho que o vou oferecer à mãezinha :bb



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