terça-feira, dezembro 02, 2014

O nome certo

Confirma-se que o Marinho Pinto ("Marinho e Pinto"?! "Marinho e Parvo"?!) está de pedra e cal no Partido Democrático Republicano.

Eu gostaria que o recém-criado partideco tivesse uma designação mais transparente. Para mim, o nome certo seria Partido dos Idiotas que Votam Marinho Pinto.

Assim é que estaria bem.

segunda-feira, dezembro 01, 2014

Saí à rua...

...e por muito pouco não fui decepado por várias folhas que, agora, esvoaçam pela cidade.

Espanta-me que as estatísticas das mortes por Outono não sejam mais elevadas. Cá para mim, deve estar ela por ela com as estatísticas das mortes na estrada.

quinta-feira, novembro 13, 2014

Ressaca por simpatia

Estive a ver um episódio do Anthony Bourdain The Layover passado em Dublin. O gajo fartou-se de mamar copázios de Guinness, uns atrás dos outros. Já para não falar nos uísques irlandeses que também foi deitando abaixo.

Só sei que acordei com uma dor de cabeça do caraças. Estou como se me tivessem mandado uma bigorna aos cornos. Ou como se tivesse bebido uma tonelada de Guinnesses e mais uns uísques para animar.

É a primeira vez que deparo com um caso de ressaca adquirida pela televisão...

quarta-feira, novembro 12, 2014

Avião

Sobre esta história da actriz brasileira que foi apanhada aos comandos de um alfa pendular, só tenho a dizer que foi a primeira vez que vi um avião a conduzir um comboio.

E pronto, era só isto. Até amanhã, se a minha mulher não me atropelar com uma locomotiva antes.

sexta-feira, outubro 31, 2014

A fábula da doninha e da abelha

Olá, já não vinha aqui há algum tempo, e como forma de vos punir, deixo-vos uma pequenina, simples mas profunda fábula de minha autoria.

A doninha e a abelha

Era uma vez, num jardim muito bonito e cheio de flores, uma pequena abelha muito trabalhadora. A abelha passava os dias a ir de flor em flor para buscar polén, que levava depois para a colmeia onde vivia e era então transformado em mel.

Um dia, chegou ao jardim, vinda da floresta, uma doninha. A doninha achou o jardim muito bonito e pensou que seria um bom lugar para viver. Só que a doninha tinha um problema: cheirava muuuuito mal! E quando passou pela abelha, esta disse-lhe amavelmente:
- Foda-se, doninha! Mandas um smell do caralho, pá!
- Ó abelha, peço desculpa - respondeu a doninha - mas não posso fazer nada. Foi assim que a natureza me fez.
A abelha, que era muito simpática, prosseguiu:
- Deixa-te de merdas, minha porca! - observou - Tens aqui um batalhão de flores e o caralho, pega numa meia dúzia, faz um molho bem feito e passa essa merda p'lo corpo, foda-se! Agora esse fedor é que não se aguenta, vai mas é levar na peida!

Julgando que aquela era afinal uma boa ideia, a doninha assentiu e disse à abelha que assim iria fazer. E a partir daí, todos os dias, pela fresca, a doninha colhia flores e, com elas, perfumava o seu corpo, mascarando o odor desagradável que normalmente exalava. Andava assim feliz e cumprimentava todas as manhãs a sua amiga abelha, que simpaticamente a mandava ir dar o cu à esquina antes de ir recolher o seu polén.

Um dia, porém, a abelha viu que o jardim estava a ficar menos frondoso. Começavam a faltar flores, o que, para uma abelha, é muito triste. Foi então ter com a doninha à toca desta:
- Ó minha putéfia! - chamou, com voz doce, a abelha. - Anda cá, preciso de falar contigo, meu balde de merda!
A doninha que, nesse momento, estava a fumigar a toca com o perfume das flores que colhera nessa manhã, apressou-se e foi até junto da sua amiga abelha.
- Diz, minha querida amiga abelha.
- Ouve lá, ó doninha d'um cabrão, já viste que estás a foder o jardim todo?! Cada vez temos menos flores!
Espantada, a doninha ficou uns segundos sem saber o que dizer. Até que respondeu:
- Ó abelha, não fazia ideia. Mas por que achas que a culpa é minha? - proferiu, com um olhar triste.
- Que burra do caralho, foda-se, foda-se, caralho! - retrucou agradavelmente a abelha. - Então não vês, sua pateta, que ao colheres flores todos os dias estás a tirar flores ao jardim? Como é que achas que as flores nascem?! Elas precisam de ser polinizadas, minha grandessíssima puta, e nós, abelhas, não conseguimos polinizar as flores do jardim se não houver flores no jardim, és muita burra, que caralho de merda, devias era ser enrabada por um elefante violador que te deixasse o cu como tens deixado o jardim.
- Mas amiga abelha...
- Amiga, o caralho! - interrompeu a abelha.
- Amiga abelha, eu só segui o teu conselho!... - disse a doninha, quase à beira das lágrimas. A abelha, então, continuou:
- Vai lá chorar para o caralho que ta foda! Pára com essa merda de arrancar flores, já! Senão daqui a pouco não há flores para ninguém!
E logo a seguir a abelha foi-se embora, deixando a doninha a chorar sozinha na sua toca. 

A doninha ficou a pensar naquilo tudo. Concluiu que a abelha tinha razão. Era melhor desistir de colher flores e esperar que o jardim voltasse a florescer e a tornar-se belo como havia sido. E assim fez. Passados meses, o jardim regressou efectivamente ao seu aspecto anterior, e a doninha, que ali continuou a viver, sentir-se-ia muito, muito feliz, não fosse o facto de deitar um cheiro insuportável, que impedia a aproximação de qualquer outro animal do jardim e motivava as queixas constantes de todos, sobretudo da abelha, que lhe atirava todos os dias, com a habitual cortesia, um 
- Vai-te foder, malcheirosa do caralho!
acabando por deixar a doninha lavada em lágrimas. E assim acaba a nossa história.

FIM

Não preciso de vos dizer qual a moral desta história, pois não? Uma leitura apressada retirará desta fábula lições sobre ecologia, sustentabilidade e sacrifício individual em favor do bem comum; uma leitura mais aprofundada e inteligente saberá ver aqui a mensagem que se esconde com subtileza: O SPORTING É O MAIOR!

Bom fim-de-semana.

quarta-feira, outubro 15, 2014

Força, efeitos secundários!

Por causa de umas merdas de umas dores que me andam a chatear, estou a tomar umas merdas de umas cápsulas. Ao ler o folheto, notei que um dos efeitos secundários prováveis é o "crescimento das glândulas mamárias masculinas". Fónix... eu sempre desejei ter uns mamalhões grandes, pode ser que desta consiga concretizar o meu sonho.

A verdade é que já fui à farmácia comprar mais 20 caixas daquilo...

Se um dia passarem na rua por um gajo a enfiar as mãos no seu próprio peito (uma enorme prateleira, espero eu!) e com um radiante sorriso na face, digam-me olá. E não fiquem chateados(as) se não vos responder: provavelmente, estarei demasiado concentrado em apalpar os meus volumosos seios.

quinta-feira, setembro 25, 2014

Juro que fui agredido por uma mosca!

Que eu seja obrigado a ver todos os debates entre Seguro e Costa se isto não é verdade! Uma mosca agrediu-me. Por três vezes!!!

Tudo começou quando, esta manhã, fui limpar o cocó do ãoão. Uma mosca que, pela aparência, se deleitava no meio da caca, esvoaçou quando apanhei as caganitas. Mas não esvoaçou para longe: mandou um par de círculos no ar e de repente investiu contra o meu peito, com toda a força que a sua condição de mosca permitia. Depois recuou, desenhou mais um círculo e repetiu a façanha. Por duas vezes.

Resulta óbvio que isto não se tratou de uma coincidência. A mosca é um insecto fugidio. Só propositadamente se aproxima de uma pessoa. Levar com um destes bichos no peito, foi coisa que nunca me aconteceu. À terceira vez, então, eu já estava perfeitamente convencido de que se tratava de um caso de agressão. Era como se a mosca estivesse a dizer-me: "ai estragaste a minha refeição, foi? Já vais ver o que te espera."

Tenho algum receio, admito. Sou daqueles que não fazem mal a uma mosca. Mas não posso esquecer que esta manhã fui agredido e pode haver uma escalada de violência. E se ela chama mais moscas? E se eu quando chegar a casa for recebido por centenas de moscas, com bastões e naifas? O que faço? Reajo? Vou buscar uma lata de Raid? Chamo as autoridades competentes? Faço queixa à minha mãe?

Era só o que me faltava, ser vítima de bullying de mosca...

quarta-feira, setembro 17, 2014

Uma confissão

O meu filho já beijou mais miúdas na boca do que eu em toda a minha vida!

E contra factos não há argumentos. Como é que ele consegue?!?!?!

segunda-feira, setembro 15, 2014

Conversa entre duas tipas no comboio

Como me esqueci de carregar o leitor mp3 ("estúpido", digo de mim para mim), não tive alternativa senão apanhar com os diálogos matutinos na viagem de comboio. Um, em particular, pela proximidade das dialogantes em relação ao meu sossegado lugar, e pelo assunto em causa, prendeu-me a atenção. Duas raparigas, na casa dos vintes-e-muitos, uma delas casada e a outra, aparentemente, não, falavam da sua existência mundana. Quer dizer: a casada falava; a não casada sobretudo escutava. Pormenores para aqui, pormenores para ali, a casada sai-se com esta: "ai, eu tenho muito trabalho em casa, estou sempre a fazer alguma coisa, o que vale é que o meu marido não é como os outros e ajuda-me muito. Ele lava-me a loiça uma vez por semana!".

Não percebi a gabarolice, confesso. Então a rapariga estava toda contente porque o respectivo esposo a ajuda em casa? Óptimo, acho muito bem! Mas a única coisa que o dito cujo faz é lavar a loiça?!?! Uma vez (UMA VEZ!!!) por semana?!?!?! E a tipa fica satisfeita?!? Isto é "ajudar muito"?!?!?!

Armar-me ao pingarelho é algo que está fora dos meus planos, até porque não considero o trabalho doméstico como motivo para qualquer pessoa se armar, mas chiça: eu lavo a loiça praticamente todos os dias. Arrumo-a. Faço comida. Limpo o pó e lavo o chão. Despejo o lixo. Faço a cama. Arrumo a roupa. Também (embora com menos frequência) aspiro, varro, passo a ferro. Etc!

Se a gaja do comboio fosse casada comigo, faria o quê? Erigia-me uma estátua, possivelmente...

Há exemplares do sexo feminino que mereciam viver num país muçulmano!

(E qual o comentário que a minha gaja fará quando ler este post?! Este: "Pffff! Devias fazer muitas mais coisas em casa". É assim. Cada um é para o que nasce...)

terça-feira, setembro 09, 2014

Bronzeado à ciclista: a solução possível

Divirto-me bastante a pedalar, não haja dúvida, mas há um pequeno senão em quem tem o ciclismo urbano como hobby: o bronze. É muito foleiro ficar com aquelas marcas nos braços e nas pernas, aquilo a que se chama a "tan line".

Perdi uns minutos a pensar nisto e concluí só haver uma solução: passar a pedalar todo nu!

Se não é isto que vou começar a fazer! (e, quanto mais não seja, é algo que elevará a minha relação com o selim a outro nível)

segunda-feira, setembro 08, 2014

Coisas que me apeteciam fazer

Depois de ouvir as incríveis declarações de Pedro Passos Coelho no encerramento da Universidade de Verão do PSD (já agora: vejo muita gente a queixar-se da queda na qualidade do ensino superior, mas não oiço ninguém a levantar a voz contra esta merdice de "universidades" patrocinadas por partidos), o que me apetecia fazer era isto:

Pô-lo em cima de um arame de equilíbro, mas com o requinte de este arame ser farpado. Obrigá-lo a fazer o pino enquanto segurava dois exemplares do mais recente orçamento rectificativo, um em cada mão. Por baixo, nada de rede: apenas uma tina com água a ferver. De um dos lados do arame, um lança-chamas. Do outro lado, um urso feroz.

E pronto, era isto. Estarei são?!

sexta-feira, setembro 05, 2014

Praticar desporto deveria vir com contra-indicações

Pois é, meus amigos e minhas amigas. A ideologia dominante tece loas à pratica de actividades desportivas. É-nos vendida a tese de que fazer desporto faz bem à saúde. Combate o stress. Etc.

Sim, está bem. Mas dos malefícios da actividade desportiva, ninguém - médicos, nutricionistas, personal trainers -, fala. Absolutamente ninguém. Ainda ontem espatifei um joelho a jogar futebol! Por que é que não há uma espécie de bula para o desporto?! Do género: "renhéurenhéurenhéu, esta actividade melhora a sua capacidade cardio-vascular. Reacções adversas: pode provocar lesões graves. Precauções: não faça desporto enquanto dorme. Nem enquanto amamenta. Pelo menos, não ao mesmo tempo". Infelizmente, não existe informação assim. Soçobramos ao peso da propaganda pró-desporto, e não somos avisados dos efeitos negativos. Está mal! Ontem estoirei um joelho (ao menos isto é um dói-dói que se apresente, ao contrário do que vem no post anterior), amanhã pode saltar-me um pulmão, sei lá!

Vamos começar a falar mais sobre isto, se faz favor!

quarta-feira, setembro 03, 2014

Notas sobre o torcicolo

Acordei às 2h30 da madrugada para ir junto do meu menino, que me chamava sem parar. A interrupção do sono não me incomodou por aí além, mas o torcicolo que assim de repente verifiquei ter-se-me instalado no hardware, esse chateou-me.

Chateou-me porque é um torcicolo. O torcicolo é das lesões mais parvas que podem existir. É tão, mas tão parvo, que nem sequer merece ser chamado de lesão. Uma pessoa cair na rua e fazer uma fractura exposta numa das pernas, isso é lesão. Um gajo andar à porrada e ficar com mazelas nas trombas, isso é lesão. Alguém estar a ver um debate no parlamento e de repente sentir partir-se-lhe o braço, isso é lesão. Agora, acordar a meio da noite com extremas dores no pescoço, isso é o quê?!? É uma valente porra, é o que é!

Porque um torcicolo é, na maior parte dos casos, uma mariquice. Um estudo levado a cabo pela conceituada Universidade do Ensino Superior Politécnico do Cu de Judas (colocar-vos-ia o link aqui, se não tivesse acabado de inventar esta peta!) refere que 80% dos torcicolos dão-se enquanto se está a dormir sossegado no belo do leito, 15% verificam-se a experimentar o Kamasutra sem supervisão adequada e 5% dizem respeito a outras causas, não especificadas no dito estudo (ou seja, não fazem a mínima ideia). 

Quer dizer... que raio de porcaria é esta que quase sempre se apanha enquanto se está no soninho?!?!? Há algo mais ridículo que isto?! Dizer "pá, rebentei um músculo enquanto jogava futebol" não é ridículo e fica sempre bem durante um almoço com colegas de trabalho. Mas afirmar "fiquei com um torcicolo a fazer óó"... Caramba: é ou não é parvo?!?

Raios partam!

terça-feira, setembro 02, 2014

Ainda acerca do meu último dia de férias

Temo que mandar uma pedalada de 40 quilómetros mesmo antes de regressar ao trabalho não tenha sido exactamente a mais feliz das ideias...


(ai, minhas pernas)

segunda-feira, setembro 01, 2014

Como passei parte do último dia de férias

Enquanto a mulher foi lavar o carro, eu fiquei em casa a engomar roupa.

Venham cá falar em famílias modernas e inversões de género ao pé de mim que eu espeto-vos um ferro bem quente no meio das trombas!

segunda-feira, julho 21, 2014

Sinais de que estás velho (1)

Tens vontade de te espreguiçar. Rasgas um músculo ao fazê-lo.

quarta-feira, julho 09, 2014

O que me apetece dizer depois dos 7-1 da Alemanha ao Brasil

Há um país que precisa de mudar de nome para Brasieben.

quinta-feira, junho 26, 2014

Uma breve análise de cervejas paneleiras

Parece que veio para ficar a moda das cervejas paneleiras. E o que é uma cerveja paneleira, perguntam vocês, meus mariconços?!

Pois bem: uma cerveja paneleira é uma cerveja que sofreu mudanças no seu sabor natural por causa da adição de uma outra substância, alimento ou ingrediente, tal como um paneleiro é, segundo o mais fundamentalista dos fundamentalistas anti-gay, um homem normal que sofreu mudanças na sua masculinidade por causa da adição de qualquer coisa, normalmente um bruto exemplar peniano pelo cu acima.

Bom, mas deixemo-nos de antropologias e passemos à análise propriamente dita das cervejas paneleiras. Já aqui falei da experiência falhada que foi unir chocolate à cerveja: numa manobra frankeinsteiniana, a Sagres criou esse monstro que, tal como aquele saído da obra da Mary Shelley, por mais boas que fossem intenções na origem do projecto, as consequências acabam por ser trágicas. A cerveja com chocolate era uma bela bosta, fim da história.

Mas vejamos outras cervejas paneleiras. É a aposta certeira? Sim, não, talvez? É aqui que entra Peter of Pan, o degustador. Vamos lá então.

Cerveja paneleira #1: Cerveja com tequila.

É quase um contra-senso categorizar de paneleira uma bebida que tem machismo multiplicado por 2. A cerveja é, já de si, uma bebida máscula. A tequila, então, tem mais testosterona do que um exército de Dannys Trejos. A união de cerveja e tequila numa bebida engarrafada comercializável deveria, pois, ser proíbida por conter demasiada masculinidade por gota. Mas não. Tal como a imagem de macho man é utilizada pela cultura gay (olhem os Village People, meus rabichos), a cerveja com tequila, ao querer ser tão máscula, na verdade não consegue ser mais do que uma cerveja rabichona, ficando longe da aceitável - porque controlada nos verdadeiros limites da macheza - masculinidade de cerveja e tequila quando isoladas. É que cerveja é de homem, e tequila é de homem, mas cerveja com tequila já é um cocktail, e um cocktail, excepção feita aos molotov, é bebida de maricas!

Vamos ao que interessa, no entanto. É a bebida boa?! Pá, é! Não tem o sabor amargo forte da cerveja, nem faz crescer pêlos no peito como a tequila à séria, mas desce bem. Sendo assim, o meu vaticínio é:
Cerveja com tequila: Sabor: 8/10. Paneleirice: 8/10. Recomendada para quando se está com vontade de rever a Conchita Wurst na televisão.

Cerveja paneleira #2: Cerveja com lima e gengibre.

Porra, misturar lima e gengibre numa cerveja? Mas que atentado paneleireco à bejeca é este?! Esta merda não mereceria desde logo uma condenação pelas Nações Unidas?! Se se começa a pôr lima e gengibre na cerveja, o que impede este mundo de descer a ladeira da moralidade e, sei lá, acabar a baptizar hospitais e escolas com os nomes de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas? Quando se comercializa cerveja com lima e gengibre, não é caso para perguntar se o relativismo não terá ido longe demais? É isto que queremos na sociedade? Lima e gengibre nas nossas cervejas tradicionalmente feitas à base de cevada? Milhares de anos a produzir cerveja sempre com os mesmos princípios, com resultados testados, e agora enfia-se nesse autêntico néctar o sabor (paneleiro) da lima e do gengibre?!? Mas está tudo doido? Já agora, o Jorge Jesus é mais loquaz do que o Vitorino Nemésio, querem ver?

Moralmente, estou contra esta mistura, que significa, na minha óptica, a vitória completa do nihilismo. Mas, mais uma vez, este post destina-se à apreciação estética da bebida. E essa é:
Cerveja com lima e gengibre: Sabor 8,5/10. Paneleirice 10/10. Pois é. Esta coisa abichanada, esquisita e eticamente recriminável, até sabe bem. Recomendada para quando se tem saudades de ouvir a Careless Whisper enquanto se recorda aquele nosso colega do secundário que jogava sempre à bola connosco e tinha um pénis bem comprido, maior do que o nosso.

Cerveja paneleira #3. Cerveja com limão.

Esta bebida já está há alguns meses entre nós. Não constitui, portanto, nenhuma surpresa, acredito, o seu sabor para vocês, meus rabilóides de um raio. Ainda assim, esta cerveja merece-me algumas palavras.
Sou fã de primeira hora. Acho que é uma paneleirice que funciona muito bem, tal como os filmes do Pedro Almodovar. O limão, menos paneleiro do que a lima (porra, a lima não passa de um limão bicha...), confere à cerveja um sabor forte, como se estivéssemos a ser sodomizados pelo Pepe. Já experimentei várias marcas de cerveja com limão, também chamada Radler, e gostei de todas (com pequenas desigualdades entre as marcas, mas não vamos ser picuinhas ao ponto de discriminar tudo. Porque discriminar, como deveriam saber os anti-gay, é uma actividade bué paneleira). Sou, portanto, o equivalente ao gajo que na prisão acaba por estar sempre a apanhar o sabonete e a rodar por todos (com pequenas desigualdades entre os prisioneiros, mas não vamos ser... iá, já sabem o resto). Votação:
Cerveja com limão (Radler): Sabor: 9,5/10. Paneleirice: 8,5/10. Perfeita para aqueles momentos em que querem levar com algo fresco pela garganta abaixo, mas ao vosso companheiro não lhe apetece mergulhar o órgão viril em gelo.

E pronto, foi esta a minha análise de algumas cervejas paneleiras que estão no mercado. Claro que podem sempre optar pela cerveja verdadeira, mas como é que se costuma dizer dos homossexuais? Quem experimenta já não quer outra coisa, não é isso que se alega?

Até à próxima e bebam muito.

segunda-feira, junho 16, 2014

Memes sobre o tema do momento

Isto é o que acontece nos treinos da selecção brasileira.


E isto é o que acontece nos jogos a doer:


Até à próxima e vejam muito futebol.

quinta-feira, junho 05, 2014

A análise pré-Campeonato do Mundo que ainda não foi feita: quem manda os visuais mais marados!

A poucos dias de começar o Brasil 2014, especialistas e comentadores (não devemos confundir uns com outros, nem outros com uns) desdobram-se em análises tácticas, em queixas pela ausência do Quaresma, do Nasri ou de outro qualquer paneleireco e, sobretudo, em rigores médico-farmacêuticos acerca do joelho do Ronaldo, ou lá o que é, que eu confesso ainda não ter percebido em que raio de sítio o rapaz está aleijado. Contudo, ainda ninguém disse uma palavra sobre a estética deste mundial, e minha gente, se há coisa que o futebol é, na sua essência, é estética. Isso e comparar benfiquistas e tripeiros a nalgas... o que, se formos bem a ver, também é uma coisa mais ou menos estética (obrigado, Bruno de Carvalho).

E a estética do futebol divide-se em dois componentes. Primeiro, o do jogo propriamente dito: se é rápido, apoiado, lento, directo, etc. Não é isto agora que me interessa. Interessa-me, isso sim, o segundo componente: o dos jogadores. Não sendo o Brasil 2014, no seu conjunto, tão facilmente identificável, em termos estéticos, quanto o Alemanha 1974 e o Argentina 1978, em que os cabelos típicos dos anos 70 eram obrigatórios (vejam as selecções da Holanda e da Argentina, por exemplo), e faltando também do ponto de vista individual figuras como um Alexi Lalas (ex-defesa central dos EUA famoso pelo seu visual hippie/redneck/chunga 2.0) ou um Taribo West (ex-defesa central da Nigéria), devem ainda assim ser destacados os futebolistas que mandam mais estilo, esteticamente falado. E é assim que me decidi a fazer uma escolha dos jogadores aos quais, esteticamente, devemos estar mais atentos neste próximo Mundial. 

1. David Luiz (Brasil)
O visual "David Luiz" é já sobejamente conhecido, ou não tivesse o defesa brasileiro passado por uma das nalgas que solta trampa ou vento malcheiroso. A comparação com a personagem dos Simpsons Sideshow Bob já foi feita por diversas vezes, portanto, excluo-me de fazê-lo de novo, mas olhar para o David Luiz como uma espécie de poodle com talento para a bola não será algo totalmente desajustado.

2. Dante (Brasil)
Na selecção anfitriã podemos ainda encontrar a cabeleira afro-pós-moderna do central Dante. Ao contrário do seu colega David Luiz, cujos caracóis são móveis, a carapinha de Dante é uma espécie de elmo medieval que nem com uma alavanca se poderia mover, deitando por terra toda a física arquimediana com a mesma força com que se faz um carrinho por trás a um adversário. O cabelo dantiano é, pois, mais uma arma no jogo físico e aéreo, e ninguém se espante quando, nos quartos de final, o Brasil mandar para casa uns toscos quaisquer à conta de um golo marcado pelo cabelo do Dante na sequência de um pontapé de canto.

3. Fellaini (Bélgica)

David Luiz e Dante mandam grandes cabeleiras, sem dúvida, mas a mãe (e o pai) de todos os penteados aos caracóis é a cabeleira de Fellaini, o médio belga que fez sucesso no Everton mas, esta época, foi infeliz na sua mudança para o Manchester United. E percebe-se porquê: o meio campo precisa de jogadores com velocidade e visão, e o cabelo de Fellaini não o deixa ter nem uma coisa nem outra. Com o seu colega Axel Witsel (ver abaixo), forma a linha de centrocampistas com mais lã deste mundial.

4. Witsel (Bélgica)
É disto que estou a falar! Com Witsel e Fellaini, penetrar no meio campo belga não há-de ser tarefa fácil para os adversários. Não admira que a Bélgica seja considerada uma das equipas mais fortes deste Brasil 2014. Se os adversários não levarem tesouras para o terreno de jogo, prevejo complicações. A única réstia de esperança de toda e qualquer equipa que defronte os belgas estará, parece-me, em rezar por uma vaga de calor tão forte que faça Witsel e Fellaini suarem tanto que aos 30 minutos de jogo necessitem de ser substituídos à conta da desidratação.

5. Pogba (França)

Pogba tem um dos penteados mais revolucionários que podem ser observados neste mundial. Mistura um moicano afro (como se pretendesse unir o tribalismo africano e norte-americano, notem bem... multiculturalismo é isto), nuances loiras e riscos acima das têmporas.

6. Raul Meireles (Portugal)


Se o estilo moicano de Pogba ainda é um pouco tímido (falta rapar um pouco mais dos lados), já o de Raul Meireles é todo ele afirmativo. E junta a isto, que já de si não é pouco, uma farfalhuda barba que tem sido fartamente comparada à de António Variações. Só falta pintar cabelo e barba de loiro para o centrocampista português alcançar o nível de um ex-colega de selecção que mandava alto estilo, Abel Xavier de seu nome. Raul Meireles irá centrar atenções em qualquer encontro do qual participe. Há quem diga que este Mundial pode ser o Mundial de Ronaldo, de Messi, de Neymar. Pode ser. Mas em termos estéticos, o Brasil 2014 é o Mundial de Raul Meireles. Ponto final.

Agora é esperar que a bola role e as cabeças também.











quarta-feira, junho 04, 2014

Momento WTF

Mas que raios é uma "tendinose rotuliana esquerda"?!?!

Não podiam simplesmente dizer que o Cristiano Ronaldo tem um dói-dói?! Ao menos assim todos nós ficamos a perceber!...

sexta-feira, maio 30, 2014

Argumentum ab auctoritate

(pá, olhem só o estilo: um título de um post em latim... fónix. Quero ver o Jorge Jesus a fazer igual!)

Vi nas notícias que o Bill Clinton se juntou àqueles que aconselham a Portugal reestruturar a sua dívida.

Ora, esta é uma voz a que o governo deveria dar particular atenção. Porque se há algo de que o ex-presidente coiso percebe, é de buracos!


Bom fim-de-semana e reestruturem muito.

quinta-feira, maio 29, 2014

O conselho do Peter of Pan ao Bloco de Esquerda

O Bloco de Esquerda continua a afundar-se mais e mais a cada novo sufrágio. Parece evidente que a liderança bicéfala não está a resultar. Mas eu creio ter encontrado a solução perfeita para a chefia do partido da esquerda caviar. Uma solução que mantém a bicefalia mas concentra-a apenas numa pessoa. Uma solução que reúne a perspectiva feminina e a perspectiva masculina, mantendo assim a paridade tão cara aos bloquistas, mas oferecendo apenas uma cara com a qual os eleitores possam identificar-se.

Sim, a pessoa ideal para ficar à frente dos destinos do partido é a Conchita Wurst.

E é assim, insuspeitamente, que dou uma ajuda aos partidos de direita em Portugal (sim sim, não me lixem: comparado comigo, o BE é de direita!).

quinta-feira, maio 22, 2014

Versões alternativas ao novo single dos Mão Morta

Já, penso eu, toda a gente viu o novo tiro dos Mão Morta, e uso "tiro" livremente. E anda tudo a discutir se a coisa é violenta ou não, se apela à revolução ou não. Pessoalmente, estou-me a cagar, mas como até gosto da banda, e prevejo uma feroz onda de censura, sugiro aqui umas pequenas modificaçõezinhas ao refrão e ao conceito do videoclip, para que a coisa possa passar sem problemas nas rádios e nas televisões. Aqui vão:

1 - Pelo meu relógio, são horas de almoçar
videoclip: Adolfo Luxúria Canibal distribui senhas de refeição.

2 - Pelo meu relógio, são horas de coçar
videoclip: Adolfo Luxúria Canibal distribui coçadelas. No caso mais complicado (um político com uma perna engessada), o vocalista dos Mão Morta vai lá com um arame.

3 - Pelo meu relógio, são horas de comprar um relógio novo.
videoclip: Adolfo Luxúria Canibal distribui relógios previamente comprados aos ciganos.

4 - Pelo meu relógio, são horas de uma sesta.
videoclip: Adolfo Luxúria Canibal distribui almofadas, lexotans e copos de água.

E pronto, é isto. Nunca digam que eu não faço nada pela música portuguesa.

quinta-feira, maio 15, 2014

Duas coisinhas à volta da derrota do Benfica

Uma: é triste, diria mesmo uma vergonha, perder por causa de um beto.

Duas: parafraseando Lineker, o futebol são 90 minutos e 11 contra onze. E nas finais, o Benfica perde.

Até à próxima.

segunda-feira, maio 12, 2014

Existem pessoas distraídas. E depois existo eu.

Vi agora que me cortei num dedo. Mas o corte não é recente: passaram aí umas cinco horas desde que peguei no canivete, para cortar uma peça de fruta. E na altura não me dei conta de ter cortado o dedo.

Curiosamente, há coisa de um mês, parti a cabeça de manhã e só dei por isso várias horas depois, quando fui tomar banho ao fim da tarde e reparei que o meu cabelo estava empapado em sangue.

Qualquer dia, morro e nem dou conta.

(na pior das hipóteses, já estou mesmo morto e apenas tenho andado distraído)

quinta-feira, maio 08, 2014

Confissões de um obsessivo-compulsivo

Todos nós temos as nossas manias, mas algumas manias são - como dizê-lo? - mais parvas que outras. Então quando se é obsessivo-compulsivo (coisa que eu não sou, mas só porque tenho a mania obsessivo-compulsiva de dizer que não sou), não há hipótese: as nossas idiossincracias serão inevitavelmente imbecis. Recentemente, estive a fazer uma lista (algo que os obsessivos-compulsivos fazem muito...) com as minhas manias mais estranhas. Para não vos chatear, comprovando, assim, que sou um obsessivo-compulsivo nada obsessivo-compulsivo, porque os obsessivos-compulsivos mesmo obsessivos-compulsivos acabam sempre por chatear os outros com as suas manias obsessivo-compulsivas, mas eu não, eu não chateio nada, mesmo nadinha, reproduzo apenas 5 dos itens que constavam dessa lista, os mais inofensivos, porque, não sei se já vos tinha dito, a minha intenção é não vos chatear, ao contrário dos obsessivos-compulsivos que passam a vida a melgar o resto da humanidade, raios parta essa gente mais as suas coisinhas, que chatos pá, desopilem:

1 - Todos os meus cds têm de estar direitinhos dentro das respectivas caixas. E se o desenho do cd for igual ao desenho da capa, têm de estar milimetricamente alinhados. Esta é uma das razões por que não gosto de emprestar cds: se os devolvem sem esse alinhamento, fico completamente possesso. O mais estranho é que eu só faço isto com os MEUS cds. 

2 - Outra que também envolve os meus cds: cada cd novo que compro tem de ser escutado exactamente 6 vezes antes de ser arrumado na prateleira. Depois disto, quando volto a ouvi-lo, é indiferente: posso ouvi-lo uma, duas, dez vezes seguidas, conforme me apetecer. Mas assim que o compro, não falha. São 6 vezes, nem uma a mais, nem uma a menos.

3 - Quando pego num livro, tenho de lê-lo todo, de ponta a toda. E quando digo "todo", é mesmo TODO! Capa, contracapa, lombada, página do editor... até a porcaria do ISBN e do código de barras eu tenho de ler!!!!!

4 - Se vai passar um filme na televisão que eu quero ver e, por azar, perco os primeiros segundos, já não o vejo. Tenho de ver um filme rigorosamente desde o início. A não ser que seja um filme que já tenha visto. Quando assim é, não me importo. Sim, eu sei... manias...

5 - E, já agora, quando vejo um filme no leitor de dvd, tenho de vê-lo até ao seu absoluto final, isto é, até todos os créditos terem passado pelo ecrã. Mas só se for em dvd: não faço isso no cinema, tirando uma vez ou outra, e não faço isso com os filmes que passam na televisão.

E vocês, quais são as vossas manias parvas?!

terça-feira, abril 22, 2014

Esta é seca, parva, estúpida e tudo ao mesmo tempo.

Era um treinador tão, mas tão mariconço que só gostava de exibições que lhe enchessem o olho.

terça-feira, abril 15, 2014

O regresso da bicicleta

Já há muito tempo que não trazia a minha bicicleta para o trabalho. Ultimamente, tenho-a utilizado só mesmo por lazer, limitando-me a uma voltinha ou outra aos fins-de-semana. Andar nela todos os dias é que não.

E isto trouxe consequências. Primeira, o meu rabo está muito menos calejado e musculado do que há uns meses atrás. Segunda, a minha bicicleta não gostou de ser posta de lado. Em conversa (*) com ela, fui alvo de severas críticas e reclamações. O que tive de ouvir, entre outras coisas, foi

"Já não estás interessado em mim"

"Dantes pedalavas-me todos os dias, agora mal me tocas"

"Tu tens outra bicicleta, é o que eu acho. E aposto que é mais nova que eu"

"Sempre me disseste que gostavas delas com pneus mais cheiinhos. É isso, não é?!"

"Tens é vergonha de me mostrar aos teus colegas"

Rebati tais acusações, mas ela recusa-se a acreditar em mim. É fêmea, e já se sabe que as fêmeas nunca aceitarão os argumentos racionais de um macho. Portanto, não serviu de nada alegar que saio menos vezes com ela porque não há espaço no comboio, porque só agora o tempo começa a estar menos chuvoso, porque isto e porque aquilo. A minha bicicleta só acredita no que quer acreditar.

O prolongado hiato de deslocações ciclistas casa-trabalho/trabalho-casa terminou hoje, porém. Trouxe-a. E tirando a sensação de que os travões precisam de vistoria (será um problema técnico dos ditos, ou tratou-se apenas de a minha bicicleta querer punir-me um pouco pela falta de andamento?), e que o meu rabo precisa novamente de ganhar calo (don't ask...) correu tudo muito bem ou, se me é permitido o jogo de palavras, correu tudo sobre pedais. E, há pouco, quando vim do almoço e vi a minha bicicleta acorrentada ao suporte toda contente na companhia de outras, percebi que tinha tomado a decisão certa. Como fêmea que é, a bicicleta só precisava de passear um bocadinho. Quer apenas alguém que tenha pedalada para ela, nada mais. E isso é bonito.

Já lhe sussurrei junto ao guiador que amanhã voltaremos a pedalar. Ficou logo com o selim mais fofo, a maluca. E deixei de ouvir recriminações. Está a ser um bom dia, portanto.
 


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(*) Sim, eu mantenho diálogos com objectos inanimados. Algum problema? Para além da bicicleta, converso muitas vezes com bolas de futebol (diz-se que o Cristiano Ronaldo faz exactamente o mesmo: talvez este seja um comportamento que só se vê nos grandes craques da bola!), com garrafas de cerveja e com o Paulo Portas.

terça-feira, abril 08, 2014

Pensamentos nada machos

Fiz uma breve lista mental de 10 filmes que gostaria de rever nos próximos tempos.

O 5º ou 6º dessa lista era o Brokeback Mountain.

Vou ter de passar o dia todo a pensar em mamas só para compensar esta falha, que se traduz numa derivação para a mariquice.

Esperem: eu disse "ter de passar o dia todo a pensar só em mamas"?!? Isso já eu faço, dia sim dia sim.

Vou ter de passar, pois, o dia todo a pensar AINDA MAIS em mamas.

Ah, assim já está bem!

(ao menos não pensei em rever o Querelle do Pasolini. Ufa!)

quarta-feira, abril 02, 2014

Gosto sempre de olhar para o lado positivo das coisas

E o lado bom de estar constipado há exactamente três semanas é que, durante este tempo, não apanhei nenhuma nova constipação. Um BRAVO para mim!

quarta-feira, março 19, 2014

O mistério do avião desaparecido está agora resolvido.

Eu sei por que ninguém consegue encontrar o avião das linhas aéreas da Malásia.

É que ele foi cair mesmo no buraco do BPN!

terça-feira, março 18, 2014

O meu Movimento Basta!

Só se passaram três meses no novo ano e eu já me constipei 4 vezes. Isto constitui um recorde negativo, até mesmo para mim, que estou habituado a constipar-me com relativa frequência. Dá mais do que uma constipação por mês, o que é absurdo. E parvo. E é coisa que não consigo colocar as culpas no governo, por mais que tente (e eu tenho tentado). E isso é ainda mais absurdo. E mais parvo.

Para tentar perceber as razões deste meu downsizing de saúde, instalei microfones ocultos no meu corpo. E captei um diálogo que explica tudo, tudo:

Anticorpo 1: Olha, aí vem outra vez um vírus. 'Bora lá trabalhar uma beca.
Anticorpo 2: 'Tá quieto, kaga lá nisso, estou aqui tão bem...
Anticorpo 1: Mas assim o dono deste corpo vai constipar-se. Outra vez.
Anticorpo 2: E eu com isso? Vou arriscar-me a combater vírus por esse gajo?! Eu já perdi a conta às vezes que combati vírus. E que ganhei com isso? 'Tou farto e quero a reforma antecipada.
Anticorpo 1: Olha que ele tem-nos dado muita coisa. Leva-nos a jogar à bola, consome pipas de gelados, olha para as mamas das gajas...
Anticorpo 2: Pfff... peanuts. Nada disso compensa termos de arriscar a vida 7 ou 8 vezes por ano para o livrarmos de constipações. Quantos dos nossos amigos já viste tu morrer à conta das constipações que este marmelo apanha? Hmmm? Diz-me lá.
Anticorpo 1: Não sei já. Foram muitos, é verdade.
Anticorpo 2: Milhões de nós já pereceram. Milhões! E esta besta continua a constipar-se! Ele que peça ajuda a outros, este anticorpo aqui não mexe mais a palha. Não sem contrapartidas relevantes. Ele que vá pró c#$&""#&%€ [parte censurada]. Nem mais um anticorpo para a guerra contra os vírus.
Todos os anticorpos [em uníssono]: Nem mais um anticorpo para a guerra contra os vírus!

Este diálogo não se pode comparar com as escutas do Apito Dourado, bem sei, em parte porque não mete putas ao barulho. Mas que contém afirmações deveras graves, disso não há dúvidas. Comprova, desde logo, que o aumento do número de constipações se deve em larga medida à inacção das entidades que têm por missão combatê-las! E isto não é admissível. E como não o é, reservo-me no direito à indignação e ao protesto. Porém, isto não basta, e inspirando-me nas recentes iniciativas dessa instituição magnífica e espectacular que é o Sporting Clube de Portugal, resolvi criar também um Movimento Basta.

Movimento Basta do Peter of Pan

Basta de roubos
Basta de mentiras
Basta da complacência dos anticorpos face aos vírus
Basta de inacção
Basta de atentados à  minha saúde

Reivindico a união de todos os anticorpos contra o sistema cuja face visível são as constipações
Reivindico o combate imediato à constipação que presentemente me incomoda
Reivindico o rápido restabelecimento da minha saúde
Reivindico o julgamento rápido e posterior prisão para os responsáveis máximos deste golpe anti-corpo dado pelos meus anticorpos

À atenção das entidades competentes, abaixo assinado

Peter of Pan

terça-feira, março 11, 2014

As minhas opiniões sobre a nova série Cosmos






Sim, visualmente muito apelativo e tal, quase sempre bem explicado e claro, mas houve duas coisas de que não gostei.

Uma: que raio de coisa é aquela nave?!?! Não só o conceito é estúpido, como a própria nave o é. Que nem é bem uma nave: mais parece uma máquina de barbear.

Duas: sim, as origens do universo, muito bem, o Big Bang, pois, as estrelas e a gravidade, o surgimento da vida na Terra... MAS FALTOU FALAR SOBRE O ITEM MAIS IMPORTANTE DO UNIVERSO, AQUELA COISA QUE FAZ TUDO ISTO VERDADEIRAMENTE VALER A PENA!!!!!

Pois é: nem por uma única vez o Neil deGrasse Tyson falou em mamas...

segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Com o mal dos outros, posso eu bem

Que me perdoem os meus amigos portistas (e por "me perdoem" quero na verdade dizer que vão lamber os testículos de um mamute descongelado...), mas as únicas ocasiões onde me dá prazer ver imagens do FC Porto é quando o circo pega fogo. As imagens do Pinto da Costa e restante entourage tripeira com cara de cu são absolutamente preciosas.

Que o Paulo Fonseca se possa manter no Porto por muitos e bons anos! A esta hora, ele deve estar a pensar "Que caraças, não sei por que estou a ser tão contestado no Benfica, afinal fiz uma época tão boa o ano passado com o Nacional da Madeira...".

terça-feira, fevereiro 11, 2014

E isso é lá nome de tempestade?!?!

As tempestades são uma coisa tramada, não são? Uma pessoa, quando ouve a notícia de que se aproxima uma tempestade, fica logo com o coração na boca, certo? Porque as tempestades são lixadas: arrancam árvores, provocam acidentes, desatinam as ondas do mar...

...então por que raios não inventam nomes de jeito para baptizar as tempestades?! Uma tempestade, para fazer jus à sua condição de tempestade, devia chamar-se RAMBO! CHUCK NORRIS! Vejam lá se isto até não soaria melhor nos telejornais:

"Tempestade Rambo provoca danos na costa portugesa e prejuízos contabilizados em milhares de euros. A protecção civil avisa que todos os cidadãos devem ficar em casa."


ou isto:

"Vários mortos e feridos em acidente provocado pela tempestade Chuck Norris. A protecção civil pede aos portugueses que não saiam da cama, nem para fazer xixi, que esta tempestade não está para aturar merdas."

Nomes assim impõem ou não impõem respeito?! Agora, uma tempestade chamada Stephanie? Andamos há dias a levar com uma tempestade com nome de transformista?! Mas que raio de coisa é esta? Isto é designação que se apresente? Com um nome destes, nem sequer é tempestade; quanto muito é uma tempestinha. Não admira então que os portugueses continuem a sair à rua e a desafiar a intempérie junto dos paredões construídos à beira-mar. Quem é que se assusta com a Stephanie? Eu não. A Stephanie não mete medo a ninguém. Ela que vá fazer ondinhas e engatar marinheiros para onde quiser que, com esse nome, daqui não leva nada.

segunda-feira, fevereiro 10, 2014

Está um gajo cheio de ganas para assistir ao dérbi, eis que...

...o estádio dos piupius começa a desfazer-se! 

(na imagem: um objecto voador não identificado. 
Mais raro do que isto no estádio da Luz, só o bom futebol da equipa da casa)

Quer dizer, isto não se admite! Uma pessoa está preparada para violência entre adeptos, para confrontos entre jogadores, para empurrões ao árbitro, mas é a primeira vez que vejo um estádio a ir abaixo ANTES de um jogo de alto risco e sem que as claques das duas equipas tenham feito o que quer que seja.

Eu até já tinha os cenários todos traçados. Cenário 1: Sporting vence por 10 a 0, com 8 golos de Montero. Cenário 2: Sporting vence por 4 a 2, sendo que os quatro golos do clube verde e branco são marcados no período de descontos. Cenário 3: Sporting vence por 1 a 0, golo marcado por Rui Patrício aos 2 minutos de jogo, na sequência de um pontapé de baliza.

Tinha também, pela primeira vez na vida, preparado um papel contendo as respostas às perguntas que a minha mulher iria fazer-me durante o jogo, a saber:
1 - O que é um Oblak?
2 - Podes explicar-me de novo a lei do fora de jogo?
3 - Por que é que os jogadores do teu clube são tão bons e os benfiquistas não jogam nada?
4 - O Benfica ainda está a perder?
5 - Para haver fora de jogo é preciso que os dois últimos defensores façam o quê?
6 - Desde quando é que o Benfica passou a ser uma filial sérvia?
7 - Podes explicar-me de novo a lei do fora de jogo?
8 - Achas que ser do Benfica traduz uma deficiência meta-ético-ontológica?
9 - Quando é que o Jesus mete o Eusébio?
10 - Podes explicar-me de novo a lei do fora de jogo?

Ora, por causa da lã de vidro, nem os cenários possíveis se verificaram, nem as respostas prontas foram dadas! Não houve jogo, não houve vitória do Sporting, e a única resposta que pude dar à minha esposa foi "uma lampionice qualquer", e sempre à mesma pergunta: "O que é aquela porcaria a cair no estádio?"

Estes lamps inventam de tudo para fugir a um jogo de futebol, caraças...

quinta-feira, fevereiro 06, 2014

A voz que falta ouvir sobre este caso dos Mirós

Muito se tem dito sobre os 85 quadros do Miró que pertenciam ao BPN. Há quem diga que devem ser vendidos, há quem diga que não devem. O cruzamento de informação é tal que não sabemos já o que havemos de pensar. E eu acho que isto se deve à ignorância de quem tem falado. Há gente que tem falado sobre o Miró e nunca deve ter visto um Miró. Há gente que não sabe quem foi o artista que criou os posters alusivos ao Campeonato do Mundo de Futebol do ano de 1982 (uma pista: começa por um M e acaba em iró). Há gente que não percebe a diferença entre um Miró e um bóbó e depois vão para casa fazer não sei o quê aos maridos e aquilo fica tudo mal feito.

Basta já de tanta desinformação. Temos entre nós, felizmente, alguém capaz de fornecer uma opinição bem formada sobre o tema. Alguém que é um notório marchand de arte. Alguém cujo amor pelo artístico é tão grande que foi ao ponto de se casar com uma peça de museu. Alguém que está permanentemente junto (e, por vezes, debaixo e, por vezes, em cima) dos artistas e do mundo da arte.

Sim: há que ouvir o José Castelo Branco!

quarta-feira, fevereiro 05, 2014

A semelhança entre a prisão e a praxe

Na prisão, o que nos lixa é o duche

Na praxe, o que nos lixa é o dux.

quinta-feira, janeiro 30, 2014

O que redime o gajedo

Diálogo escutado por aí:

Um gajo qualquer: Vocês mulheres são o mal absoluto. Bem tinha razão o Hesíodo quando falou do mito da caixa de Pandora. O mal no seu estado mais puro é a mulher.

Uma gaja qualquer: Pode até ser, mas nós temos mamas e vocês não!


Ora, eu não posso deixar de concordar com a resposta da gaja. Atenção, também estou inclinado a concordar com a posição do gajo: as mulheres são más, cruéis, vis. Mas salvam a pele porque vêm equipadas com essa coisa maravilhosa a que damos o nome de seios.

E agora argumento com um bocadinho de teodiceia, mas em versão secular e badalhoca: tenho a absoluta certeza de que seríamos todos muito mais infelizes caso não existisse mal, mas também não existissem mamocas. Eu, pelo menos, sê-lo-ia. Com o mal posso eu muito bem, mas não consigo sequer imaginar como seria a vida sem glândulas mamárias da fêmea humana. E perguntem a um estudante qualquer de engenharia informática, que não vê mamas a não ser quando joga Lara Croft, se eu não tenho razão!

É tudo uma questão de pesarmos, como se se fizesse um cálculo utilitarista, o grau de infelicidade causado pelo mal inerente às mulheres, com o grau de felicidade causado pelas mamas pertencentes às mulheres. Não é preciso ser-se um prémio Nobel nem um quadro superior da Goldman Sachs para perceber que os valores do segundo item superariam, em muito, os valores do primeiro item. E, assim, se a mesma coisa fecunda o mal mas ao mesmo tempo é fonte de um bem supremo, devemos perdoar essa coisa.

Porque mamas, eis o porquê!

quarta-feira, janeiro 29, 2014

O bom e o mau da mesmíssima coisa

O bom. Disseram-me isto: "estás muito bem conservado, não pareces ter nada a idade que tens".

O mau. Quem o disse foi um homem.

terça-feira, janeiro 28, 2014

Quando o nosso cabelo faz tudo aquilo que não queremos que ele faça


O meu cabelo é um rebelde. Um anti-sistema. E faz questão de me mostrar isso! Aqui há coisa de dias, acordei com o aspecto de um semi-Wolverine: tinha o cabelo levantado como o do Wolverine (ver imagem acima), mas só de um dos lados (daí o "semi"), o que além de estúpido é um sinal claro de provocação. Tentei de tudo para contrariar o cabelo: lavá-lo, penteá-lo, bater-lhe com um tacho, chamar-lhe nomes... e ele manteve-se irredutível naquela posição! Passadas três horas, desisti e fui trabalhar.

E é isto: o meu cabelo vence-me na guerra de vontades. Eu já desconfiava desde o momento em que ele começou a abandonar-me, deixando-me mais e mais careca. Por muito que eu suplique para que fique e não se vá embora, o meu cabelo tem desejos que não estou apto a compreender, e sai de mim para ir sabe-se lá onde. Talvez vá para os copos, talvez vá para o engate, talvez vá fazer street racing. Não sei. Só sei que não consigo fazer nada dele. Mas ele faz o que quer de mim.

quinta-feira, janeiro 23, 2014

Não percebo a animação infantil




O meu filho gosta muito do Pocoyo. Já eu não percebo nada daquilo. Um bonequinho antropomórfico de fato-de-treino azul relaciona-se com um pato, uma elefanta cor-de-rosa (grandes brocas fumaram aqueles ilustradores, parece-me), uma cadela e um passaroco azul. E o que faz o Rocócó?! Anda e salta de um lado para o outro, agita-se, vai atrás dos bichos, eu sei lá! E o meu puto ri-se. E eu sem compreender nada destes bonecos, pergunto-lhe "Filho, gostas de ver o Mocotó?". Ele nem responde, fascinado pelo que o televisor exibe. Não satisfeito pela minha ignorância, tenho ido consultar a Crítica da Razão Pura a ver se encontro alguma referência ao Balacó. Mas nem na secção sobre a apercepção transcendental descubro a mínima opinião do Kant sobre estes bonecos, o que só demonstra como o idealismo alemão é pateta.

No episódio de ontem, o bico do pato girou em 360º, coisa que Newton ou Einstein dificilmente julgariam possível. Tentando trazer o meu petiz para o mundo real, avisei que os bicos dos patos não se movem assim, mas uma vez mais ele não me ligou nenhuma. Ainda perdoo que a elefanta se mova sobre duas patas (bastaria que a evolução tivesse decorrido de maneira um poucochinho diferente para termos elefantes bípedes), agora bicos giratórios, isso, parafraseando o treinador do Benfica, nem que os patos nascessem 10 vezes.

Juro-vos que o Renhónhónhó me anda a dar cabo da cabeça...

quarta-feira, janeiro 22, 2014

Novos critérios para a classificação dos clubes nos campeonatos nacionais precisam-se

Segundo nos diz a classificação do campeonato nacional, há uma equipa com uma vantagem de dois pontos sobre o segundo classificado, e são esses dois míseros pontos que colocam essa equipa no primeiro lugar.

Eu protesto contra este sistema altamente discriminatório que assenta na hierarquização por intermédio dos pontos conquistados. Classificar equipas por causa dos pontos é uma coisa tão demodé, tão século XX... outros critérios são necessários, critérios mais justos e simpáticos.

Por exemplo: por que não passar a atribuir o primeiro lugar à equipa que mais golos tem marcados? Ou à equipa que menos golos tem sofridos? Ou à equipa que melhor futebol pratica? A adopção destes critérios faria com que, em alguns casos, três equipas ficassem ex-aequo em primeiro lugar (um 1º lugar para a equipa que mais golos marcasse, um 1º lugar para a equipa que menos golo sofresse, um 1º lugar para a equipa com futebol mais bonito). Noutros casos, faria com que o mesmo clube pudesse acumular vários primeiros lugares, o que também seria giro. É o caso do nosso campeonato, onde - se esses critérios fossem levados a sério - o clube com mais golos marcados, menos sofridos e a praticar melhor futebol é o mesmo, o Sporting.

Se houvesse uma revisão dos critérios, teríamos um campeonato mais competitivo e justo. E um primeiro classificado mais bonito e com classe. Dêem-me boas razões para se apurarem os primeiros lugares por causa dos pontos, e não por causa dos critérios que apontei! Não há nenhuma!

Abaixo a tirania dos pontos. Avante com outros métodos de classificação.

Pensem nisto.

segunda-feira, janeiro 20, 2014

Mais ideias para referendos

Ideia para referendo #1:
Referendar o heliocentrismo

Pergunta nº 1: "Concorda que o Sol possa afectar gravitacionalmente os astros que estão na sua proximidade?"

Pergunta nº 2: "Concorda com o movimento de translação da Terra?"

Que isto siga para votação no parlamento.

terça-feira, janeiro 07, 2014

Futebol zombie

No dia da morte do Eusébio, bateu-me uma ideia brilhante, uma daquelas tão geniais que só podia mesmo ser originada na minha massa cinzenta. Essa ideia era juntar grandes jogadores do passado que entretanto tinham falecido (Eusébio, Garrincha, Yashin, Best...), transformá-los em zombies, pô-los num campo da bola e, assim, dar o pontapé de saída no primeiro jogo de futebol para zombies.

Eu sei, eu sei... é mesmo genial isto.

Todavia, toda a gente a quem falo na ideia parece ter uma opinião diferente. Olham para mim de lado. Fazem "não" com a cabeça. Dizem "tss, tss" e deixam-me sozinho. E atiram um "E se deixasses de ser parvo?" quando se vão embora.

E estas são só as reacções da minha mulher!

Estou careca de saber (e escrevo "careca" no sentido literal do termo...) que as ideias mais revolucionárias da história não começaram por ser bem aceites. Tudo aquilo que constitui novidade assume carácter de estranheza. E é isso o que se passa com a minha fabulosa ideia de um futebol zombie (atenção: nada a ver com as recentes prestações da equipa do Benfica. Eu aqui falo de zombies a sério, não de jogadores que apenas se parecem com zombies).

Tenho tanta confiança neste meu achado que estou certo um dia ainda se irá fazer um campeonato mundial de futebol para zombies. E depois não venham cá dar-me pancadinhas nas costas! Nem quando esta minha ideia for adaptada para o cinema de Hollywood, apesar da minha resistência, que soçobrará aos argumentos da minha gaja, tipo este:

Ela: então querem pôr em filme aquela tua ideia parva dos futebolistas zombies a jogarem à bola?
Eu: sim, mas vou dizer-lhes não. É um estúdio de Hollywood, e tu sabes o que penso dos americanos.
Ela: ah, só que vais dizer que sim.
Eu: não, não vou.
Ela: vais sim, porque isso significa dinheiro a chegar e assim podes comprar-me aquele colar que eu há muito ando a namorar.
Eu: é que nem penses!
Ela: se dizes não a Hollywood, eu vou dar uma entrevista à Cristina Ferreira onde digo que tens o pénis pequeno.
Eu: mas o meu pénis não é pequeno!
Ela: pois não. É enorme. Gigantesco! Mas em quem achas que os espectadores da Cristina vão acreditar?!?
Eu:... está bem, eu assino o raio do contrato.

E também não venham cá fazer-me homenagens e dar o meu nome a ruas e o caraças depois que a adaptação em filme do futebol zombie ganhe dezenas de Óscares na cerimónia de 2017 para a qual eu e a minha esposa seremos convidados, apesar da minha resistência, que soçobrará aos argumentos dela, tipo este: 

Ela: ihhhh, recebemos um convite para a cerimónia dos Óscares, que fixe, sempre foi o meu sonho.
Eu: sim, mas eu não vou.
Ela: tu o quê?
Eu: não vou. Sabes perfeitamente o que eu penso dos americanos.
Ela: ah, mas é que vais mesmo. Eu quero que toda a gente me veja com o meu vestido ultra fashion da casa Armani e que ao meu lado vai o homem que teve aquela ideia estúpida que tu tiveste dos zombies e da bola e coiso!
Eu: mas é que nunca na minha vida!
Ela: se tu não vais, eu juro que digo a todos os microfones que me entrevistarem na passadeira vermelha que és péssimo a fazer amor.
Eu: mas eu sou bom a fazer amor!
Ela: pois és. És óptimo. O maior! Mas em quem achas que os milhões de espectadores que seguirão a cerimónia em directo vão acreditar?
Eu:...fosga-se, vai lá preparar o caraças do teu vestido...

Quando tudo isto tiver acontecido, lembrem-se de que comecei por ser vilipendiado e vulgarizado.