Depois de apontar Vítor Baia, árbitros, jornalistas e adeptos do Sporting como causadores do seu fraco desempenho, Ricardo, guarda-redes da equipa leonina e da Selecção Portuguesa, surpreendeu tudo e todos ao apresentar
O Ser e o Nada como a verdadeira razão por detrás de tanto frango. Confessa Ricardo:
"A minha vida nunca mais foi a mesma desde que li O Ser e o Nada
, em particular as partes em que Sartre disserta sobre o olhar. Sempre que estou em campo e o adversário olha para mim, sinto-me objectivado. Isso perturba a minha concentração e, em vez de focar a bola, começo a reflectir acerca do meu ser-no-mundo. Os desenvolvimentos são óbvios: o adversário marca, a Juventude Leonina insulta-me e, mais grave ainda, perco o meu ser-para-mim".
Luís Figo, companheiro de Ricardo na Selecção Nacional, já terá aconselhado o seu colega a desistir de Sartre e a virar-se para Feuerbach, que postula uma relação eu-tu mais positiva. José Peseiro, (ainda) treinador do Sporting, limitou-se a exigir do seu jogador uma maior aplicação nos treinos e o abandono total e incondicional da fenomenologia pós-husserliana.
Eterno Entorno
3 comentários:
Pois é...quando o ponta de lança possui uma perspectiva do guarda-redes que este não desvenda, é um sarilho ... Talvez o Ricardo devesse estudar Husserl com mais atenção, assim, quando voltasse ao Ser e o Nada facilmente se distanciaria de Sartre uma vez que estaria pronto a reconhecer que toda a sua ontologia de base assenta sobre uma leitura mal feita da fenomenologia husserliana.
lllllloooooollllll :D
vou linkar ;)
Pá, sejamos sérios!!! Como pode o Sartre pretender um discurso correcto sobre o olhar, quando ele na verdade era um vesgo do caraças?
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