Prestes a realizar-se um jantar de filosofia contemporânea

Alguns dos mais reputados filósofos da época contemporânea decidiram organizar um jantar, através do qual poderão trocar ideias e impressões filosóficas, além de aproveitarem para encher o bandulho. Esta iniciativa está a gerar enorme expectativa entre a comunidade filosófica, já que o intercâmbio intelectual passível de sair desse encontro pode dar um novo impulso às ciências humanas.
No entanto, nem tudo são boas notícias: a distribuição dos lugares está a provocar polémica. Hegel, por exemplo, recusa sentar-se ao lado de Kant e só vai ao jantar se Schelling não for convidado; Marx só aceita estar junto de Hegel se este explicar a dialéctica do senhor e do servo à luz dos princípios comunistas. Nietzsche, por sua vez, não quer estar ao pé de ninguém e exige comida para o seu cavalo; Heidegger não se senta na mesa de Husserl, e Sartre quer um lugar a partir do qual não possa olhar Heidegger. Wittgenstein, por seu lado, já afirmou que, caso Karl Popper esteja num raio de proximidade até 5 metros, lhe dará com o atiçador na cabeça.
Também o local do jantar demora a ser escolhido, embora Kierkeggaard já se tenha mostrado disponível para receber todos os colegas na sua residência dinamarquesa. Bertrand Russell foi dos primeiros a aceitar a oferta do autor de Temor e Tremor, desde que este poupe os filósofos à - e passamos a citar - "estupidez do Estado Religioso".

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