segunda-feira, outubro 10, 2005

Autárquicas, o rescaldo (1)

Se, ao contrário de mim, tiveram curiosidade em assistir aos resultados das eleições autárquicas, bem como às reacções dos principais intervenientes, estou convicto de que prestaram atenção no argumento quase unanimemente reivindicado. Esse argumento que, como referi, foi utilizado por quase todas as figuras partidárias (e independentes, é bom não esquecer), rezava mais ou menos assim:

"Nestes cerca de dois últimos meses, trabalhámos e lutámos muito. Foi extremamente cansativo, mas valeu a pena/infelizmente não compensou." (riscar o que não interessa, conforme tenha sido vencedor ou perdedor).

Ora, creio que tal declaração é insofismavelmente verdadeira. O período de campanha eleitoral é bastante duro; os políticos matam-se a trabalhar e concentram aí todo o seu empenho. Temos de congratulá-los.
Mas perguntam-me: como é que eu sei disso? O que me leva a dizer, com tanta certeza, que os políticos realmente trabalham durante o tempo de campanha? Muito simples: é óbvio que os autarcas ficam completamente estoirados após este período, pois passam os 3 anos e 10 meses seguintes sem forças para fazer o que quer que seja!

Eterno Entorno

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