Admito que nunca prestei muita atenção à Janis Joplin. Preconceituoso, sempre pensei que a rapariga era mais um produto daquele delírio hippie que tantos adeptos teve na América dos anos 60 e no Portugal dos anos 70, 80, 90 e novo milénio. Todavia, após ter assistido a um documentário que passou na BBC Prime, percebo que talvez estivesse a ser injusto. Decidi, livre de preconceitos, dar uma oportunidade à maluca da tipa. Aqui fica o meu julgamento depois de ter escutado dois álbuns:
1) Não sabe cantar;
2) Grita mais do que canta;
3) Por vezes, os gritos tornam-se incómodos, para não dizer irritantes ou até mesmo insuportáveis;
4) Não poucas vezes, sentimos a voz "falhar", algo causado certamente pelo excesso de álcool e drogas;
5) Não se sabe por onde anda o seu sentido melódico;
6) Algumas músicas são tão barulhentas que fariam inveja a um qualquer grupo de black/death metal;
7) As letras são idiotas, quando não ridículas;
8) No fundo, Janis é uma gaja tentando ser bem sucedida no mundo blues/rock n'roll que, como se sabe, é terreno mais do que falocrático.
Por tudo isto, a minha apreciação geral ao trabalho de Janis Joplin não poderia ser outra: "porra, isto é bom, gostei, vou ouvir mais vezes, de preferência bem alto, particularmente quando algum dos meus vizinhos estiver a escutar um CD qualquer da Joss Stone, esse clone comercial que não passa de refugo musical".
Eterno Entorno
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